Fanfic: Once upon a time, Sophia | Tema: Romance, adolescência
Há tempos atrás quando palavras verdadeiras eram ditas e sentimentos eram muito mais do que meras emoções, eu amei, e amei e amei de novo, na verdade eu descobri o verdadeiro significado da palavra amar. Essa história é confusa e até meio maluca, mas é a minha história e gostaria que alguém soubesse de como eu vivi, até agora.
Tudo começou quando eu era adolescente. Morava em nova York. Eu sempre fui diferente das outras; Eu não era a mais bela, ou a mais popular. Eu era apenas eu. Uma menina que tinha poucos amigos mais que os valorizava mais do que tudo eu era a estranha, a menina que não era bem uma menina. É confuso, eu sei, mas eu não era como as outras, eu não gostava de maquiagens, detestava batons e meninos da minha escola e eram amigos e nada mais que isso, acho que isso me fazia me sentir diferente, enfim... Eu era uma sonhadora, que acreditava no amor mais do que tudo nessa vida; sonhava em casar com um príncipe, ter filhos, netos, e morrer velha numa cama ao lado do homem da minha vida. Naquela época eu achava que contos de fadas não aconteciam somente nos clássicos da Disney, mas também na vida real. Eu era uma criança feliz, tinha pai e mãe, o mundo era mágico pra mim. Mas a vida nos mostra que o mundo é bem mais que borboletas e sorrisos e eu aprendi isso da pior forma.
Aos 16 anos de idade eu sofri um acidente, eu fiquei bem, mas meu pai e minha mãe não.
Estávamos indo para a casa da minha avó em Los Angeles, estavamos na estrada, já era tarde. nos estávamos passando pela estrada, até que um motorista de caminhão estava bêbado ele veio em nossa direção, mas ele conseguiu desviar o carro, ele não bateu em nós, mas enquanto o motorista freava, a carreta virou e bateu no carro fazendo-o capotar, depois disso eu não me lembro de mais nada, eu acordei dias depois no hospital perto da cada da minha avó ela e estava lá, ela esperava por mim e assim que ela me viu ela sorria e chorava ao mesmo tempo, eu não entendia porque até tentar mover minhas pernas. Aquele acidente não só tirou de mim meus pais, mas também tirou as minhas pernas. Os médicos diziam que era um milagre eu conseguir mover a parte de cima do meu corpo e que não sabiam se eu poderia andar de novo.
***
- há! Graças a Deus? Graças a Deus que eu perdi meu pai, graças a Deus eu perdi a minha mãe e graças a Deus eu perdi as minhas pernas. Você quer que eu agradeça? Obrigada Deus, por transformar minha vida num inferno.
Minha avó estava triste por mim, ainda mais por perder seu único filho, mas mesmo assim ela nunca perdeu a confiança e a fé.
- Não fale assim, menina! Tudo nessa tem um motivo, se Deus quis assim... – antes mesmo que ela pudesse terminar a frase, eu retruquei.
- Se Deus quis assim você vai concordar com isso? Isso não é justo? pessoas boas morrem, enquanto pessoas ruins estão vivas e continuam fazendo maldades por ai! Olha vó, eu não quero mais saber desse papo de que Deus quis assim... A única coisa que eu quero nesse momento é ir embora desse hospital. – disse com raiva.
- Os médicos disseram que você pode sair amanhã.
- ótimo! Agora se você puder me dar licença, eu quero dormir, pra que amanhã chegue logo e eu possa ir embora. – minha avó sorriu mesmo eu ainda a tratando daquela maneira. Eu deitei na cama para ver se ela ia embora, mas ela não foi, ainda tinha algo mais pra falar.
- Sof, Amanhã quero que conheça alguém!
- aé? Quem ? – disse entediada.
- Seu tio, Kay.
Eu levantei, no mesmo instante.
– Meu pai nunca disse que tinha um irmão.
- Kay não é meu filho de sangue, há uns anos atrás eu o encontrei desmaiado na varanda de casa, completamente nu, coberto por um cobertor velho e sujo. – Minha avó riu relembrando. – Pobrezinho estava morrendo de fome. Então eu o levei a policia, esperei por meses e ninguém apareceu...
- Kay? Esse é o nome dele? Ai a senhora resolveu adotar o menino nu?
Minha avó assentiu.
- Ai que ótimo! Estou doida pra conhecer o meu titio – Disse com um tom irônico.
Minha avó me olhou com aqueles olhos grandes e tristes, abaixou a cabeça e saiu pela porta. Assim que ela saiu, me deitei e não consegui dormir fiquei pensando em como ela pode abandonar meu pai por um novo filho, um que nem era dela. As horas passavam muito devagar e eu não conseguia parar de pensar em meus pais, minha vida, meus amigos. Certamente minha avó não iria voltar pra cidade comigo, então, eu moraria ali com ela e o Kay. Minha vida acabou antes mesmo de começar. Só de pensar em tudo aquilo eu chorei até pegar no sono. Quando acordei a médica estava no pé da minha cama.
- Sophia está na hora de ir pra casa. – disse ela sorrindo.
- Posso ficar aqui e morrer?
- Não! Você tem que sair e ver o sol lá fora, sua avó está a te esperar, você ainda tem muito pra viver.
- Tomara que isso não seja verdade. – a médica me olhou meio confusa e perguntou.
- O que não é pra ser verdade?
- Tomara que eu não tenha muito tempo pra viver, até porque eu não tenho mais motivo pra isso.
A médica não respondeu nada apenas me tirou da cama e me levou para fora.
Minha avó estava lá fora com um casaco na mão me esperando com aqueles olhos.
- Sof, está muito frio aqui coloque esse casaco. – Vovó me cobriu com aquele velho casaco, ela me olhava com os mesmos olhos de antes, os me fazia lembrar de meu pai, até Kay parecer. Kay era alto, loiro, cabelos tão finos quanto de um bebê e tinha um brilho ensebado que me dava nojo, olhos azuis petrificantes, músculos reluzentes. Um deus. O que me fazia odia-lo cada vez mais.
Kay veio apertar minha mão, mas me neguei a tal gesto. Eu estava determinada a fazer da sua vida um inferno.
- Vovó, onde está o carro? –digo.
Minha avó me reprova com os olhos.
- Venha, eu te levarei até ele. – Vovó me empurra até o carro, só de ver o carro eu podia dizer que vovó tinha uma vida muito boa, pois o carro era 0 km modelo novo, tinha cheiro de novo.
- Kay, ajude Sophia a entrar no carro. – antes mesmo que ele me tocasse eu hesitei.
- não preciso de ajuda.
Mas mesmo assim kay me pega no colo e me coloca no branco da frente, fecho a porta do carro quase prendendo seus dedos.
- minha nossa, ela é bem forte.
Minha avó e Kay conversaram a viagem toda enquanto eu, encostava meu rosto na janela fria e chuvosa tentando ver a paisagem do meu novo lar. Minutos depois chegamos a casa era grande e bonita, apesar de estar frio e nebuloso, parecia o cenário de um quadro, ou uma foto muito bem feita. Não estava acostumada com aquilo, o ar puro, os pássaros cantando, eu não estava apta aquilo tudo, eu era acostumada a ouvir o som do transito pela manhã, barulhos de obras e cheiro de fumaça e gasolina na hora de ir pra escola, agora, o único cheiro que sinto é de orvalho. Assim que entramos em casa, minha avó pegou minhas malas e pediu pra que levasse lá pra cima. Senti-me uma completa inútil ao ver kay levar minhas malas, será que seria assim pro resto da minha vida? As pessoas fazendo as coisas por mim, não queria viver assim, na verdade eu não queria mais viver e queria deixar isso bem claro.
No final da noite, minha avó e Kay compraram uma banheira pra mim, já que não podia ficar de pé.
- Kay, leve ela ao banheiro, por favor, Sophia precisa de um banho pra relaxar, ela ainda está meio tensa. – kay assentiu.
Kay me levou até a porta do banheiro, e ficou me olhando de um jeito meio que estranho.
- Você vai ficar parado ai?
Kay me olha sem entender.
- hãm?
- já pode ir embora! Não preciso mais de você.
Alguns minutos depois eu tive que chamar minha avó, pois não conseguia mais sair da banheira, meus braços estava doendo de tanta força que fiz pra empurrar aquela cadeira. Minha avó fez kay ir me buscar, Kay me deu uma toalha que eu cobri todas as partes do meu corpo. Assim que eu me enrolei, ele tentou me pegar de olhos fechados.
- Não seja estúpido, vamos cair.
ele me olhou e riu, sabendo que aquela ideia era meio boba. Kay me pegou da banheira olhando diretamente em meus olhos, parecia que aqueles olhos negros podiam refletir minha alma, ele me carregou até o quarto, onde minha avó me esperava com uma peça de roupa quente.
- Muito obrigada – digo tremendo de frio.
Kay assente e desce.
Minha avó tenta me vestir, mas fico inquieta, me sinto incomodada com a situação e ela percebe e me deixa sozinha.
- espero que se sinta melhor amanhã. – minha avó sai e fecha a porta.
Eu odiava aquilo tudo, não queria mais saber da minha avó nem de Kay e nem de mim, mas eu não podia sair daquele lugar então resolvi mostra minha total falta de vontade com ações meio que foras do comum.
Assim que minha avó sai, vou até a penteadeira, pega uma tesoura na gaveta e corto todo o meu cabelo, corto todo, fico parecida com um menino, mas não me importo, pois queria demonstrar que não me importava mais, só não queria mais viver.
***
No dia seguinte vovó foi levar o café pra mim e teve uma surpresa.
- MEU DEUS DO CÉU, O QUE É ISSO? – Minha avó ficou pálida ao ver que eu não tinha quase cabelo algum.
Com o escândalo que vovó deu, kay ficou preocupado e saiu correndo do quarto só vestido apenas à roupa de baixo.
- Mãe, o que está... – ele me olha, passa a mão nos cabelo e começa a rir.
- hahahaha, belo cabelo Sof.
Kay ri de mim o que me deixou muito brava, e quando eu fico brava, mas vezes não tenho controle sobre as palavras que saem da minha boca.
-Você não tem um carro pra concertar, motorista?
O sorriso de kay desaparece. Kay sai do quarto um pouco triste. Minha avó desaprova totalmente meu comportamento.
- Você não tinha o direito de falar assim com ele.
- E você não tinha o direito de nos trocar por ele. – Minha avó faz cara de quem não estava entendendo.
-Trocar vocês? Do que está falando?
- Você trocou meu pai por esse moleque! Esqueceu-se de mim e do seu filho, por causa desse moleque.
- Sophia, eu nunca fiz isso! Seu pai já era um homem quanto adotei Kay.
- É... Mas esqueceu de mim.
- Sophia você está sendo injusta.
- Injusta? Você quer falar de injustiça, o mundo é injusto, eu perdi tudo e você só quer saber do Kay.
- Sof, você ainda tem a mim, Kay nunca teve nada.
- Aé, então vá ficar com ele e me deixe em paz.
Minha avó sai do quarto, mas antes que ela saisse eu podia ver que ela está chorando.
Eu me sentia mal, não queria ter feito aquilo, mas não tive outra escolha ela só queria saber daquele idiota de cabelo ensebado, tudo pra ela era o kay, ela não ligava mais pra mim, antigamente eu tinha meus pais, agora sei que não tenho nada.
***
Mais tarde naquele mesmo dia, Kay foi me procurar.
- o que você quer? – digo com raiva e remorso juntos em uma só voz.
- Porque você é assim?
- Assim? Há. Deve ser porque eu perdi tudo! – kay me olha de um jeito confuso.
- você não perdeu tudo. Deus te deu o direito de recomeçar e ai você destrata a pessoa que mais te ama nesse mundo?!
- Me ama? Ela não me ama! Ela te escolheu. E Deus? Há. Deus se é que ele existe só me fez sofrer, eu queria ter morrido no lugar dos meus pais e ao invés disso ele me fez ficar deficiente. Odeio depender das pessoas, ainda mais quando não gosto delas. – kay sentiu que era uma indireta pra ele, então, engoliu a seco e disse.
- Olha Sophia, não precisa gostar de mim, mas quero que você respeite Rose, afinal, ela fez tudo por mim e está tentando te ajudar. – ignorei.
- Não pedi a ajuda dela e muito menos a sua. – Kay estava ficando irritando.
-Sophia, por favor! Eu lhe peço. Fique de bem com ela e juro que lhe deixarei em paz.
- E se eu não quiser paz? você não entende? Eu nunca vou ter paz e se eu não posso você também não vai ter!
Kay me olha assustado.
- O que está querendo dizer?
- Que enquanto eu viver farei da sua vida um inferno. Agora vá embora – kay assente e se retira.
Eu o odiava tanto que estava a ponto de fazer uma besteira.
Kay e eu ficamos em pé de guerra durante 2 meses, não me orgulhava daquilo, mas era preciso, até que um dia eu resolvi pedir uma tréqua.
Um dia, minha avó estava trabalhando e ela passou muito mal, eu estava em casa, não podia ir até lá, mas estava ao lado dela. Fiquei preocupada com a minha avó até Kay chegar com as noticias.
- O que ela tem?
Kay respira e diz.
- O médico disse que é estresse.
Eu sabia o verdadeiro motivo do estresse de minha avó, mas não ia dar o braço a torcer.
- Sophia, você não está vendo que essa nossa briga idiota está fazendo mal a ela?!
- o que você quer que eu faça? - disse.
- Pare de ser egoista e pense um pouco da sua avó. Você não precisa gostar de mim, mas eu só te peço, na verdade eu suplico, eu quero que essa briga acabe, porque Rose é a unica coisa que eu tenho nessa vida. Você diz que perdeu tudo, pelo menos você já teve, eu nunca tive nada, e Rose é o unico motivo de eu estar aqui, se acontecer algo com ela, eu e você não teremos mais nada. Sophia, por favor, vamos parar?
eu continuei muda. Kay estava triste e cansado. Acho que sabia extamente o que ele estava sentindo, afinal nós dois agora precisavamos da mesma pessoa.
- Kay, quando ela virá pra casa?
- Amanhã!
- Ótimo!
***
Naquela noite eu não conseguia dormir, só conseguia pensar no bem estar da minha avó, então eu decidi que faria qualquer coisa pra fazê-la feliz, até mesmo fingir que gostava do Kay.
***
No dia seguinte, minha tinha voltado pra casa e eu estava disposta a fazer qualquer coisa por ela.
Kay tinha a trago do hospital e eu estava na varanda esperando-a.
- Olá, Sof.
- Ei, vó! - sorri.
- Não destruiram a casa na minha ausência, né?
- Não, na verdade aqui está tudo em plena paz. - disse Kay.
Minha avó olhou pra ele e depois pra mim, ela sabia que tinha algo errado, mas não quis falar. Kay e eu passamos um dia inteiro sem brigar ou agredir verbal e fisicamente um ao outro, minha avó estava gostando muito disso.
- Sof! - me avó me chamou.
- Sim?
- Eu queria conversar com você.
- Pode falar!
- Eu sei que você e kay não simpatizam um com o outro...
a interrompi.
- Vó, eu e Kay já resolvemos isso e eu decidir da uma chance a ele, afinal agora ele é da família. - deu um sorriso forçado.
- Isso é ótimo!
- Vó eu faço qualquer coisa pra vê-la feliz.
minha avó sorriu.
***
Com o tempo e com a ausência de brigas minha avó tinha ficado melhor e Kay e eu por ter que ficar em casa juntos nos tornamos amigos.
Kay até que era uma boa pessoa, ele me levou pra conhcer Los Angeles enquanto minha avó trabalhava, nós jogavamos video game e viamos tv juntos. Os dias se passavam e nós estavamos cada vez mais próximos. Uma noite Kay me deu um presente meio que especial.
Eu já estava na cama, pronta pra dormir, ai que ele apareceu.
- Ei, sof.
- O que você quer?
- Minha mãe disse que você queria ser escritora, é verdade?
- Era! Mas o que isso tem haver, com o fato de você estar atrapalhando meu sono?
- É por que eu te trouxe um presente.
Eu fui obrigada a lhe dar atenção, afinal, não era todo dia que eu recebia um presente, ainda mais vindo de Kay.
- Toma.
Era um embrulho, muito mal feito por sinal, e dentro dele, tinha um caderno azul de capa dura.
- É pra você escrever!
-Sobre o que?
- sei lá, sobre mim, sobre nós, sobre nada. Eu não entendo muito disso, só sei que se você é boa numa coisa devia fazer.
- Muito obrigada Kay.
Meu corpo teve um impulso involuntário e eu acabei o abraçando.
- agora, vá dormir. Boa noite.
kay voltou pro seu quarto e eu continuei ali encarando aquele caderno, então, peguei uma caneta e comecei a escrever.
Eu me sentia só, mergulhada num mar sem fim de desespero até ver a sua luz, a luz acolhedora do seu sorriso, mais brilhante do que o sol, você é o meu sol. É o oxigênio pulsante em meus pulmões, você é a minha força vital.
Depois que li, eu arranquei a folha e a joguei no fundo da gaveta.
Será que era possível, será que eu estava realmente apaixona por Kay?
Autor(a): Heynathii
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Eu? apaixonada pelo Kay? Que ridiculo, o que eu sentia por ele era admiração e nada mais. Kay era surpreendente, quanto mais eu o conhecia menos eu o entendia. Ele era o exemplo vivo de que as coisas nunca são o que parecem, pois quem olhava pra aquele garoto forte e mãos ásperas nunca imaginaria que ele era alguém tão ...
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