Fanfic: Semprii a tu lado

***

Os preparativos da festa de natal estavam á mil por hora, mamae estava mais empolgada do que os anos anteriores, e pela quantidade e variedade de comida que ela havia feito, eu deduzi que a cidade inteira viria á nossa festinha em família.

Mas eu estava preocupada com outras coisas,bem mais importantes: Chris não estaria na cidade, na noite de natal, e eu estava tentando me manter distraída para não pensar nisso, afinal o que seria um natal sem o meu bebe? 

“Duuuuuulce!” Mamãe gritou eufórica.

“O que é meu Deus? A casa tá pegando fogo?” Eu desci correndo.

“Não palhaça!” Minha mãe me ama mesmo! –‘ “ Veja, tem uma caixa enorme na sala!”

“Oh não! Chega de enfeites mamãe... é natal e não carnaval!” Eu falei totalmente desinteressada.

“Não seja tola! Não são enfeites! É um presente pra você!”

“Pra mim?” Eu fiz uma careta. “De quem é?”

“Do seu pai é que não é ne Dulce? Ele não comprou presente nem pra mim que sou a mulher dele imagine pra você...”

“Tá, então quem foi a criatura generosa que me mandou?” Eu rolei os olhos, tive de cortá-la ou então iríamos passar a tarde naquela sala, ela fazendo seu famoso drama.

“VÁ VER!” ela gritou e meus tímpanos vibraram.

Sem mais falar, me aproximei do grande embrulho. Como de se esperar, havia um bilhete.

“E então? De quem é?” Ela indagou empolgada, bastou um olhar da minha parte pra ela captar. “Tá,tá! Se decidir me contar estarei na cozinha!” Ela rolou os olhos e me deixou só.

“Minha pequena,

Como estás cielo?

Realmente espero que bem!

Sei que deve estar extremamente irritada comigo, e com razão, mas entenda que não pude fazer nada para reverter a situação, não sabe o quanto queria estar ai do seu lado agora...Nesse exato momento, como queria te abraçar e beijar seus lábios agora.

Claro que o que tá dentro dessa caixa não é o seu presente ainda, quero dá-lo pessoalmente! Amo-te incondicionalmente!

                Chris ♥

Ps: Me liga quando der, preciso ouvir sua voz. “

Quando dobrei cuidadosamente o bilhete, a gota salgada desceu sobre minha bochecha, não havia dor pior que a saudade, nada se comparava á ela!

A curiosidade já estava corroendo meu pâncreas, mas eu não me movi, não queria estragar o embrulho – que com certeza não foi ele quem fez.

Puxei delicadamente o laço que o envolvia por inteiro e a caixa ficou ‘nua’.

O urso marrom sorria e segurava um coração, gravado meu nome com linha.

A surpresa estava quando abracei fortemente o urso, claro, não é a mesma coisa, mas o urso estava coberto com o perfume de Christopher.

O calor que seus pelos artificiais me proporcionavam não chegavam perto do calor do abraço dele, mas quebrava o galho.