Fanfics Brasil - Gone-101 Wake - Despertar s2 vondy s2

Fanfic: Wake - Despertar s2 vondy s2 | Tema: Vondy, Rebelde


Capítulo: Gone-101

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18h: 25min


Dulce escutou o clique da porta de tela da cabana e sentou se sentindo culpada, enquanto


Megan caminhava em direção à eles.


―Sinto muito Megan, nós deveríamos te ajudar com o jantar.‖


―Naaa.‖ Megan falou. ―Você precisava de um cochilo depois de esquiar e se afogar, mas o teu telefone está tocando lá na cabana e eu não sei o que fazer com ele.‖


―Obrigado, vou ver.‖


Christopher também se sentou.


―Está tudo bem? Afinal de contas onde está o Charlie?‖


―Na cidade fazendo algumas compras. Está  tudo bem. Relaxe.‖ Megan falou. ―Sério, vocês passaram por tempos difíceis, precisam descansar.‖


Obediente Christopher voltou a se deitar no cobertor. Enquanto Dulce se levantava.


―Volto logo.‖  Ela  falou.  ―É  melhor  não  ser  a  Capitã  com  algum   trabalho,  ou  eu  peço


demissão.‖


Christopher riu. ―Você não faria isso.‖


 


 


18h29min


Recados de voz.


De Maite.


Cinco delas.


E eram notícias ruins.


Dulce escutou incrédula. Voltou a escutar ainda estupefata.


―Hei Dulce, que droga onde que você está. Ligue-me.‖ Clique.


― Dulce isso é sério, tem alguma coisa errada com a tua mãe. Ligue.‖ Clique.


― Dulce sério a tua mãe tá tropeçando pelo quintal da frente, gritando chamando por você.


Você não falou que iria viajar. Ela está completamente drogada Dulce. Merda ela caiu.‖ Clique.


―Hei  estou  levando  a  tua  mãe  para  o  hospital,  se  ela  vomitar  na  Ethel  você  está  morta.


-Ligue. Jesus. Merda a bateria do telefone está acabando, então é melhor você ir direto para o hospital, eu não sei o que te falar. Vou tentar ligar de novo assim que puder.‖ Clique.


Oh meu Deus.  Dulce ficou olhando para seu telefone, sem realmente o ver. Então ela ligou para a Maite, mas o telefone caiu na caixa de mensagens.


―Maite o que aconteceu. Ligue. Estou com meu telefone agora, eu sinto muito, eu estava cochilando.‖


Aquilo soava vazio, descuidado. Até mesmo frívolo quando Dulce falou em voz alta.


“O que eu estava pensando em deixar minha mãe sozinha por uma semana? “


―Apenas ligue.‖


Dulce ficou parada lá. Todo o ar parecia ter sido sugado de dentro dela, e substituído por


medo.


E se alguma coisa estiver realmente errada?


E então ela sentiu raiva.


Eu nunca vou ter uma vida, enquanto aquela mulher viver. Ela pensou.


Fechando os olhos,  retirando  aquele  pensamento.  Ela não  podia  acreditar  que  era  uma


pessoa tão terrível, por pensar uma coisa tão horrível.


Charlie  entrou  na  pequena  cozinha  da  cabana  segurando  os  sacos  marrons  com  as compras, e parou imediatamente quando viu o rosto da Dulce.


―Você está bem?‖ Ele perguntou.


Dulce piscou sem ter certeza.


―Não, acho que não.‖ Ela falou baixinho. ―Eu acho... Eu acho que tenho que ir.‖


Charlie largou as compras com força sobre o balcão. ―Christopher!‖ Ele gritou através da porta de tela. ―Venha aqui!‖


Dulce largou  o  telefone  e  pegou  sua  mala  no  guarda  roupas.  Ela  começou  a  jogar  as


roupas dentro da mala. Ela se olhou no espelho, e passou os dedos por seu cabelo embaraçado.


―Oh meu Deus.‖ Ela falou para si. ―O que diabos há de errado com a minha mãe?‖


Então  ela  entendeu.  E  se  a  mãe  realmente  estivesse  morrendo,  ou  morta?  Era  tanto fascinante quanto aterrorizador. Dulce imaginou a cena.


―O que foi?‖ Christopher falou entrando na cabana. ―O que está acontecendo?‖


―Aqui.‖ Ela falou.


Ela discou para os recados de voz, e entregou o telefone para o Christopher.


Enquanto ele  escutava  as  mensagens,  Dulce  continuava  a  empacotar  suas  coisas.


Depois que tudo estava dentro da mala, ela percebeu que iria precisar uma roupa para usar, ela não poderia dirigir até Fieldridg usando um maiô. E ela não podia nem dirigir. Um grande detalhe.


―Merda.‖ Dulce resmungou.


Ela  observou  enquanto  Christopher  escutava  as  mensagens.  Observando  sua  expressão  se intensificar.


―Que merda!‖ Ele falou.


Ele olhou para a Dulce. Pegou a mão dela. ―Que merda Dulce, o que eu posso fazer?‖


Dulce apenas enterrou o rosto contra o pescoço dele, tentando não pensar.


 


 


19h03min


Era uma viajem de três horas, de volta para casa. Christopher estava dirigindo a BMW que a


Capitã havia emprestado. O DJ de uma rádio fazia piadas e então passou a tocar musicas no


horário  das  mais  pedidas.  E  Dulce apenas  olhava  para  seu  telefone,  desejando  que  Maite ligasse, mas em silêncio.


Dulce ligou para o hospital. Eles não tinham nenhum registro de atendimento com o nome


de Dorothea Saviñón.


―Talvez ela esteja bem, e eles não precisaram ficar com ela no hospital.‖ -Christopher falou.


―Ou talvez ela esteja no necrotério.‖


―Eles já teriam ligado para você à uma hora dessas.‖


Dulce ficou  em  silêncio.  Tentando  encontrar  razões  para  o  hospital  não  ter  ligado.  E também sobre a Maite não ter voltado a ligar.


―Nós podemos ligar para a capitã.‖ Christopher falou.


―Que bem isso faria?


―Ela é a chefe de policia, pode entrar em contato com quem quiser.‖


―Verdade. Mas...‖ Dulce suspirou. ―Eu não... Minha mãe... Esqueça. Não eu não quero ligar


para a Capitã.‖


―Por quê? Ela pode te ajudar com isso.‖


―Chris.‖


― Dulce, estou falando sério, você deveria ligar para ela. Não se preocupe, ela adora você, se


está com medo de se impor.‖


―Não obrigada.‖


―Você quer que eu ligue para ela?‖


―Não, tudo bem, eu não quero que ela saiba!‖


Christopher suspirou irritado.


―Eu não entendo.‖


Dulce  cerrou  a mandíbula. Olhando pela  janela, e  sentindo  o  calor se  espalhar em  suas bochechas, as lágrimas queimando. A vergonha. Então falou baixinho. ―Minha mãe é uma droga de uma bêbeda. Tropeçando pelo jardim da casa, gritando. Meu Deus, eu não quero que a Capitã veja isso. Ou que saiba dessa... Dessa parte da minha vida.


Isso  é  pessoal,  há  coisas  que  eu  converso  com  a  capitã,  e  há  coisas  que  são  particulares. Apenas esqueça.‖


Christopher ficou em silêncio.


Depois de alguns minutos escutando o DJ da rádio tagarelar, ele ligou seu Ipod no radio. Feels like rain do Josh Schicker encheu o carro.


Quando  a  música  acabou  e  as  primeiras  notas  da  canção  seguinte  começou,  ele  ficou tenso e rapidamente desligou o rádio  sabendo qual seria a próxima música. Sabendo que boas


mães não vão embora.


Uma hora passou enquanto eles viajavam para o leste atravessando Michigan. Deixando o


por do sol alaranjado em seu caminho.


O trânsito estava leve.


Dulce  recostou  a  cabeça  contra  a  janela.  Observando  o  borrão  verde  das  árvores,  e  os


campos amarelos passarem.


Havia um veado pastando na grama, enquanto a escuridão se aproximava. Ou talvez fosse


somente um galho de arvore queimado, que chamava a atenção dela todas às vezes.


Ela  se  perguntou  quantas  vezes  mais  ela  poderia  ver  cenas  como  aquelas.  Ela  tentava


lembrar tudo o que via agora, para mais tarde. Quando tudo o que ela terá será a escuridão e os sonhos.


Ela  tentou  ligar  para  o  hospital  novamente.  Ainda  não  havia  nenhum  registro  de  uma


Dorothea Saviñón. Era um bom sinal, Dulce pensou. Exceto que Maite ainda não havia ligado.


Onde ela estava? Dulce bateu a cabeça contra o encosto do banco.


Chris espiava Dulce. ―A Mai não falou que o telefone dela estava ficando sem bateria?‖


―Ela falou que a bateria estava fraca. Mas há outros telefones.‖


Christopher bateu no queixo pensativamente.


―Ela realmente sabe o teu número, ou ele está na discagem rápida do telefone dela?‖


―Ahhh. Bem pensado. Discagem rápida.‖


―Então  é por isso que ela não ligou. Ela não sabe o teu número, o telefone dela está sem


bateria e ela não consegue te ligar.‖


Dulce sorriu. Deixando escapar um suspiro de preocupação.


―É, provavelmente você está certo.‖


―Você tentou ligar para casa, para saber se a tua mãe está lá?‖


―É eu fiz isso também. Ninguém atendeu.‖


―Você tem o número do Christian? Ou o da casa da Mai?‖


―Tentei a casa dela, mas ninguém atendeu. E eu não tenho o número do Christian. Eu deveria


ter, eu sempre quero perguntar.‖


―E quanto a Anahí?‖


―Ah claro,‖ Dulce bufou. ―Tudo o que eu preciso, os esnobes do Hills espalhando essa


história por ai.‖


Ela voltou a olhar pela janela.


―Sinto muito ter me descontrolado, você sabe, mais tarde.‖


Chris sorriu na escuridão.


―Está tudo bem.‖


Ele procurou pela mão da Dulce, entrelaçando os dedos nos dela.


―Eu não estava pensando. O erro foi meu.‖


Ele fez uma pausa.


―Você  sabe,  ninguém  pensa  mal  de  você,  por  causa  de  coisas  que  você  não  pode


controlar. Como as coisas que a tua mãe faz. Ninguém.‖


Chris falou.


―Certo. Todos tiveram uma opinião sobre a bagunça da história do Durbin.‖


―Ninguém que importa.‖


Dulce inclinou a cabeça.


―Você sabe Chris, talvez os vizinhos, toda a cidade Fieldrigd, talvez eu me importe com o


que eles pensam. Quero dizer... Deus. Esqueça. Só estou cansada de tudo isso. Nossa o que


mais vai acontecer.‖


Depois de uma pausa Christopher falou.


―Então vamos direto para o hospital. Certo?‖


―É.  Acho  que  é  o  melhor  a  se  fazer.  Ela  pode  estar  somente  sentada,  esperando  na


emergência. Vamos tentar lá primeiro. O que você acha?‖


―Sim.‖


 


-----------------------------------


19h57min


Dulce a Christopher esperam na emergência sem saber ao certo o que fazer. Não havia sinal da


Maite  ou  da  mãe  da  Dulce  entre  as  pessoas  doentes  ou  feridas.  Ninguém  na  recepção  havia encontrado nenhum registro sobre ela também.


Chris bateu os dedos contra os lábios pensando.


―Saviñón é o nome de casada da tua mãe?‖


Dulce apertou os olhos fechados e suspirou.


―Não.‖


Ela  nunca  havia  contado  muita  coisa  sobre  a  mãe  para  o  Chris.  E  ele  nunca  havia


perguntado. E era assim que Dulce e gostava das coisas. Até agora.


―Ãhh‖. -Ele resmungou.


―Como posso colocar isso? Vamos ver. Tudo bem... A tua mãe já usou algum outro nome


além do Saviñón?‖


―Não. O nome dela é Dorothea Saviñón, e esse é o único nome que ela já teve. Eu   sou


uma bastarda, tudo bem.‖


― Dulce, sério, ninguém liga para esse tipo de coisa.‖


―É bem, eu me importo. Pelo menos você sabe quem são os teus pais.‖


Ele olhou para a Dulce.


―E veja o bem que isso fez para mim.‖


―Oh, nossa Chris.‖- Dulce resmungou.―Eu  sinto  muito.  Eu  não  pensei  antes  de  falar.  Estou  estressada,  não  sei  do  que  estou falando.‖


Parecia que Chris estava prestes a falar alguma coisa, mas ele mudou de idéia. Olhou ao


redor novamente.


―Vamos.‖ Ele falou agarrando a mão da Dulce.


―Vamos entrar  no elevador, dar uma olhada nos quartos, dez minutos no máximo, se não


encontrarmos a Maite, voltamos para a tua casa e esperamos. Eu não sei o que mais fazer.‖


Um estremecimento atravessou a pele de Dulce. Sua mãe alcoólatra estava desaparecida.


 


 


22h02min


Na sala de espera do terceiro andar, com os cotovelos sobre os joelhos e o rosto enterrado


nas mãos, os dedos enrolados no cabelo escuro e inclinada para frente, como se estivesse pronta para pular de pé a qualquer segundo e correr como se fugindo do inferno.


―Maite!‖ - Dulce falou.


Maite levantou.


―OH Deus, você pegou o meu recado.‖


―Onde está a minha mãe?


―Ela está no quarto com ele.‖


―O que?‖


―Oh você não pegou o meu recado?‖


―Que recado? Tudo o que sei é o que você deixou na minha caixa de mensagens.‖


―Deixei  um  recado  na  Ethel  no  estacionamento.  Achei  que  você  sendo  uma  detetive  ou qualquer coisa dessas agora, você ia pensar em procurar pelo meu carro. Mas que diabos, como você  me  encontrou  então?  Esqueça.  A  tua  mãe,  ela  está  bem.  Quero  dizer,  ela  ainda  está bêbeda, mas acho que ela está ficando sóbria agora. Ela estava chorando e tremendo, mas...‖


―Maite!‖Calma. Me diga o que há de errado com a minha mãe e onde posso encontrá-la.‖


Maite suspirou. Ela parecia cansada.


―A tua mãe está bem. Só ta bêbada.‖


Dulce olhou nervosa para a porta aberta no corredor enquanto uma enfermeira passava.


Sua voz ficou mais baixa e urgente.


―Tudo  bem,  tudo  bem.  Eu  entendi  que  ela  está  bêbada.  Ela  sempre  está  bêbada.  Você


pode, por favor, parar de gritar isso. E se ela está bem por que diabos ela está na UTI?‖


―Oh Deus.‖ -Maite falou. Ela balançou a cabeça. ―Por onde começar?‖


Chris levou Dulce e Maite em direção às cadeiras. E sentou junto dela.


―Quem é “ele” Maite? Com quem ela está?‖ Ele falou gentilmente.


Dulce  assentiu ecoando a pergunta. Mas ela já sabia a resposta. Havia somente um “ele”


que  poderia  ser,  não  havia  mais  ninguém  no  mundo,  ninguém  mais  que  faria  a  mãe  de  Dulce reagir daquela maneira. Ninguém mais com quem a mãe de Dulce sonhava .


Maite cuja os olhos normalmente intensos estavam inquietos pela estranheza do dia olhou


para Dulce.


―Aparentemente é o teu pai, Dul. Ele parece estar realmente muito doente.‖


Dulce apenas olhou para a Maite.


―Meu pai.‖


―Eu não acho que ele vá conseguir.‖


 


 


22h06min


Dulce  caiu  para  trás  na  cadeira.  Sem  ter  idéia  de  como  deveria  se  sentir  sobre  aquela


noticia. Ela não tinha nenhuma maldita pista.


Christopher levantou a mão para pausar a conversa. Os três ficaram sentados na sala de espera em silêncio por um momento. Dulce parecendo sem reação. Maite mastigando um chiclete.


Chri fechou os olhos e balançou a cabeça lentamente. ―Comece do inicio.‖ Ele falou.


Maite assentiu. Pensou.


―Sim. então... Nessa tarde, provavelmente perto das três da tarde, eu escutei alguém gritar do lado de fora, eu ignorei, por que sempre tem alguém gritando na nossa vizinhança. Certo? Eu estava  dobrando  a  roupa  sobre  a  cama  quando  vi  a  mãe da  Dulce  através  da minha janela, e achei  estranho,  por  que  ela  nunca  sai  de  casa,  a  menos  que  ela  saia  para  ir  até  o  posto  de gasolina ou a parada de ônibus para conseguir mais bebida, certo? Mas hoje ela estava usando uma camisola enquanto caminhava pelo quintal.‖


Dulce ficou vermelha e colocou as mãos sobre o rosto. ―Oh Deus!‖ Ela falou.


―E ela estava gritando. Dulce! Dulce! E ela meio que tropeçou e eu corri para rua para saber


o que havia de errado com ela. E a Dorothea estava chorando e ela falava que tinha recebido


uma ligação e precisava ir para o hospital, e ficou repetindo isso sem parar. Então eu liguei para você, e deixei recados, então finalmente a trouxe para cá, por que não sabia mais o que fazer e ficamos quase uma hora sentadas na recepção esperando para falar com a recepcionista antes dela...  Ah  para  que  ela  se  acalmasse  e  fosse  capaz  de  explicar  que  ela  havia  recebido  uma ligação e precisa ver o Henry.‖


Dulce olhou para cima. ―Henry?‖


―Sim Henry Feingold, é esse o nome do cara.‖


―Henry Feingold.‖ - Dulce falou.


O nome soava vazio. Não tinha nenhum significado para ela. Não soava como o nome que


ela imagina para o pai.


―Como  vou  saber  se  é  ele?  Dorothea,‖  ela  falou  dando  ênfase  as  sílabas.  ―Nunca  se


incomodou em dividir nenhuma informação comigo sobre ele.‖


Maite  assentiu  solenemente.  Ela  sabia.  E  então.  Dulce  conteve  as  lágrimas  quando


percebeu a verdade.


―Ele  deve  morar  por  perto  para  terem  trazido  ele  para  cá.  Acho  que  ele  nunca  se


incomodou em me conhecer também.‖


―Eu sinto muito querida.‖ -Maite olhou para o chão.


Dulce se levantou abruptamente e olhou para o Christopher e para a Maite.


―Não posso acreditar que ela estragou as nossas férias! Eu realmente sinto muito Mai,


por você ter desperdiçado todo o seu dia aqui. Você é uma boa amiga. Por favor, vá para casa,


ou pro apartamento do Christian, tanto faz.‖ Ela se virou para o Chritopher. ―Chris eu cuido de tudo por aqui.


Vou pegar um ônibus para casa assim que achar minha mãe. Por favor pessoal, vão descansar


um pouco.‖


Ela caminhou pela porta, torcendo para que a Mai e Chris  a  seguissem, para que ela


pudesse mandá-los embora, para poder sofrer a vergonha de tudo aquilo em privacidade.


Seus lábios tremeram. ―Deus isso é tão errado.‖


Chirstopher se levantou, e então Maite se levantou também.


―Então...‖ -Ele falou para a Maite enquanto eles seguiam Dulce até a porta. ―O que há de


errado com ele? Você sabe?‖


―Algum  problema  no  cérebro  ou  algo  parecido.  Eu   não  sei  muito,  mas  escutei  o  médico falar para a Dorothea que ele ligou para a emergência e ainda estava consciente quando chegou aqui, mas não acordou mais. Então finalmente eles deixaram a Dorothea entrar para vê-lo  a  uns trinta minutos atrás. E Dulce , Maite falou. ―Não tem problema nenhum, tudo bem. Você faria o mesmo, se minha mãe precisasse de ajuda. Certo.‖


A  garganta  de  Dulce  se  apertou.  Ela  piscou  para  espantar  as  lágrimas.  Tudo  o  que  ela


conseguiu fazer foi assentir. Quando a maite a abraçou, ela engoliu um soluço.


―Obrigado.‖ - Dulce sussurrou contra o cabelo da Maite.


Ela se virou para ir embora.


―Me  ligue.‖  - Dulce assentiu  novamente,  e  observou  a amiga caminhar  em  direção  dos


elevadores. E então ela olhou para o Christopher.


―Vá.‖ Ela falou.


―Não.‖ Ele não iria a lugar algum.


Dulce suspirou inquieta. Por que era ótimo ele ser tão cuidadoso, mas aquela situação era


muito estranha. E Dulce não sabia ao certo o que esperar. Algumas coisas eram mais fáceis de


serem feitas sozinha.


Estava quieto e as luzes estavam fracas quando eles  passaram pelas portas em


direção ao corredor da UTI.


Dulce sentiu um sonho a puxando fracamente a distancia. E ela o combateu imediatamente


sem paciência. Espiou para dentro de um quarto, e silenciosamente amaldiçoou. Frustrada por


não  conseguir  fugir  dos  sonhos  das  pessoas,  até  mesmo  quando  sua  mente  estava


extremamente ocupada com outras coisas. Eles olharam na sala das enfermeiras, Dulce  limpou a garganta.


―Henry, ah... Fiendstai.‖


―Fiengold.‖-Chris falou calmamente.


―Vocês são da família?‖ A enfermeira perguntou. Ela olhou para eles duvidosa.


―Eu... Ah...‖ Dulce falou. ―Sim. ele é o meu pai. Eu acho.‖


A  enfermeira  inclinou  a  cabeça.  ―O  segredo  para  se  entrar  no  quarto  de  um  paciente  é mentir de uma maneira mais convincente.‖ Ela falou. ―Boa tentativa.‖


―Eu... eu não quero entrar no quarto dele. Você poderia apenas dizer para minha mãe que


estou aqui, sim? ela está lá com ele. Vou estar na sala de espera.‖


Dulce se virou rapidamente e Crhitopher deu de ombros para a enfermeira e seguiu Dulce. Eles


marcharam de volta para as portas duplas e a sala de espera. Deixando uma enfermeira confusa os observando sair.


Dulce  resmungou baixinho enquanto se lançou contra uma cadeira.


―Fiengold. Henry Fiengold.‖


Chirs olhou para ela. ―Henry.‖


―Certo  nossa.  Eu  nunca  iria  adivinhar  que  você  trabalha  para  a  polícia.  O  que


provavelmente você é tão convincente trabalhando disfarçada.‖ Chris falou sorrindo.


Dulce bateu com o cotovelo nele automaticamente.


―Bem  eu  não  trabalho  mais.  Não  esqueça  que  você  está  falando  com  a  garota  da


narcóticos.‖  Ela  se  virou  para  ele.  Agarrando  a  mão  dele  implorando.  ―Chris  de  verdade,  você deveria ir embora. Durma um pouco. Volte  para o lago e aproveite o restante da semana. Estou bem aqui, posso tomar conta disso.‖


―Eu sei que você pode lidar com isso. Você é uma maldita mártir.  Na  verdade  está  ficando  cansativo  ter  a  mesma  discussão  com  você  toda  vez  que acontece alguma coisa. Apenas


A mandíbula de Dulce se abriu. ―Um mártir!‖


―É um pouco.‖


―Oh, por favor, você não pode ser um mártir pela metade, ou você é ou não é. É como uma


coisa única.‖


Ele  riu baixinho. Os cantos de seus olhos se enrugaram. E então ele apenas olhou para


ela.  Sorrindo  daquela  maneira  torta  que  fazia  Dulce  lembrar  da  época  em  que  ele  andava  de skate. Mas agora ela não conseguiu retribuir o sorriso.


―Sobre essa pequena  aventura.‖ Ela começou. ―Isso é muito vergonhoso. Eu estou


tão envergonhada sobre isso. Eu mal consigo suportar o quão bom você está sendo para mim.


Odeio estar arruinando as tuas férias também. Então de verdade, por favor, você vai me fazer


sentir melhor se você apenas... sabe...‖ Dulce olhou para ele tristemente.


Ele  piscou.  Sua  testa  se  enrugou,  e  ele  olhou  preocupado  para  ela.  ―Ah...‖  ele  falou.


―Você realmente quer que eu vá para casa. Quando você diz que isso é vergonhoso, você quer dizer que sente vergonha que eu saiba sobre essas coisas também.‖


Dulce olhou para o chão. Dando a resposta.


―OH.‖ Chris mediu suas palavras. Em choque.


―Eu  sinto  muito  Dulce.  Eu  não  havia  percebido  isso.‖  Ele  se  levantou  rapidamente.


Caminhou para a porta. Dulce o seguiu pelo corredor até os elevadores.


―Bem... vejo você por ai. Eu acho.‖ Ela falou


―Ligue-me.‖


―Eu vou.‖ Dulce  falou. Olhando para o grande sinal que dizia para desligarem os telefones


preso na parede. ―Mando uma mensagem para você mais tarde. É que isso é uma coisa que eu realmente prefiro cuidar sozinha. Tudo bem? Eu amo você.‖


―É tudo bem. Amo você também.‖


Chris se virou e abanou incerto para ela. Ele olhou por sobre o ombro.


―Hei, os ônibus não funcionam entre as duas e cinco da manhã. Você sabe disso, certo?‖


Dulce sorriu. ―Eu sei.‖


―Não seja sugada em nenhum sonho. Tudo bem?‖


―Tudo bem.‖ - Dulce falou.


Esperando que ninguém mais tenha escutado aquilo. Antes que ele pudesse pensar em


mais alguma coisa Dulce voltou para a sala de espera para sentar e pensar.


Sozinha.



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Autor(a): megvondy

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Oi Gente *-* eu tava sem internet, então fiquei muito tempo sem postar ;-; quando voltou meu padrasto formatou o pc e eu perdi todos os capitlos prontos ;-; Mas ca estou eu de novo. e boa leitura ^^   -------------------------------------------------------------------   1h: 20min Ela cochilava na cadeira da sala de espera. De repente ela sentiu algu&ea ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 37



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  • WannaPlay_Vondy Postado em 19/06/2015 - 14:33:12

    Continua por favor,ainda não me conformo da Dul perder a visao e ficar aaleijada.Eu acho que o pai dela é um apanhador de sonhos

  • Poly Postado em 21/04/2015 - 19:50:53

    Não li tudo ainda - na verdade, parei no capítulo 81 - mas desde já quero que saiba que eu adoro essa web. Dubin é um tarado egocêntrico, safado.

  • kelly001 Postado em 25/07/2014 - 18:02:23

    oie! Menina continua, fico aflita aki esperando mais...

  • dokka Postado em 05/10/2013 - 02:13:01

    Posta mais mulher .... nao some naum!!! aaahhhh, da uma passadinha na minha web? Aii to com medo de ninguem gostar. Lê e me diz se vc gosta, please?? http://fanfics.com.br/fanfic/27553/casada-com-um-estranho-vondy-e-um-pouquinho-d e-ponny-vondy

  • larivondy Postado em 25/09/2013 - 15:44:22

    obrigada, posta mais, to adorando, muito fofa a Dul se declarando *-*

  • dokka Postado em 15/09/2013 - 00:36:09

    Euu voolteii, e volteii pra ficar, pq akii, akii é meu lugar!! ( No Ritmo kkkk )AAAhhh eu voltei. Aii nega, dessculpa o sumiço, vida corrida, trabalhando éh um caos, agora eu parei e li tudinhoO ..... Me diga, como estas ????? Ahhh REBELDE de volta, q loucura kkkkk .... Bem gatinha, naum para de postar ok .... BjoO

  • larivondy Postado em 06/09/2013 - 18:11:04

    leitora noova!! posta mais, não abandona por favor, to adorando a web!!

  • paty1987 Postado em 09/08/2013 - 00:02:44

    posta mais

  • ninamenina Postado em 24/07/2013 - 02:04:28

    Leitora novaaa....eu ja me adiantei na leitira antes de comentar...cara que perfeita essa wn...minhas amigas ja nao estavam aguentando mais ouvir que eu to viciada nela...eu quero mais...tu tem que postar mais...maaaiiisss !!!!

  • sharonvondy60 Postado em 08/07/2013 - 17:08:21

    Oi eu sou sua mais nova leitora, me interresei pela web e super legal ,, t ns primeiros capitos ainda.. Mas quando eu apanhar o vosso ritmo,, venho cmentar ta??


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