Fanfic: Wake - Despertar s2 vondy s2 | Tema: Vondy, Rebelde

12h30min

Dulce estava dormindo no sofá. ela não sonhava. Nunca sonhava.

05h02min

Dulce acordou, catapultada para o sonho de Maite. Era aquele sobre o rio. Novamente. Dulce havia estado ali mais duas vezes depois da primeira, quando elas tinham treze anos.

Dulce, foi as cegas pelo corredor, com seu corpo físico, tentando se manter de pé. Se ela pudesse sentir seu caminho para o quarto e fechasse a porta antes que começasse a ficar amortecida, talvez ela pudesse colocar uma distancia suficiente para quebrar o contato. Ela sentia o caminho com seus dedos, procurando por garrafas no chão, e as desviando. Ela alcançou a parede e achou seu caminho pelo corredor enquanto ela e Maite caminham pela floresta no sonho de Maite. Dulce alcança o marco da porta, primeiro a do quarto da mãe, ( rápido não bata na porta), então a do banheiro, e por ultimo a do seu quarto. Ela consegue entrar, se vira, e fecha a porta justamente quando Maite e Dulce se aproximam da margem do rio.
A conexão se perdeu.
Dulce respirou em alivio. Olhou ao redor, piscando no escuro quando sua visão retornou, deitou em sua cama, e dormiu.

09h06min

Quando ela acordou, tanto sua mãe quanto Maite estavam na cozinha. A sala estava livre das garrafas. Maite estava secando uma pia cheia de louças, e a mãe de Dulce estava preparando sua bebida da manha: Vodka e suco de laranja com gelo. Sobre o fogão uma frigideira coberta com um prato de papel. Duas torradas com manteiga, dois ovos, e uma pequena fortuna em bacon, estavam no segundo prato de papel, próximo a frigideira.
A mãe de Dulce pegou um pedaço de bacon, pegou sua bebida e desapareceu de volta para seu quarto sem dizer uma palavra.
- obrigado Maite. Voce não precisava fazer isso. Estava planejando limpar isso hoje.
Maite estava animada.

– é o mínimo que posso fazer. Voce dormiu bem? Quando voce foi para cama?
Dulce espiou a frigideira, pensando, descobriu bolinhos fritos.

–uau! A...a pouco tempo atrás. Era quase de manha. Mas eu estava tão cansada.
- você vem trabalhando demais. Dulce.

– é, bem. Faculdade. Um dia. Como você dormiu?
- muito bem... Ela hesitou, como se quisesse falar mais alguma coisa, mas não falou.
Dulce comeu um pouco da comida. Ela estava faminta.

– você teve bons sonhos?
Maite encarou Dulce, então pegou outra louça e a secou com a toalha.

– na verdade não.
Dulce se concentrou na comida, mas seu estomago se retraiu. Ela esperou, ate que o silencio ficou estranho.

– você quer conversar sobre isso? Maite ficou em silencio por um longo tempo.

– na verdade não. Não. Ela finalmente disse.

E aumenta a velocidade.

30 de agosto 2004.

No primeiro dia de aula. Dulce e Maite eram juniores. Elas esperaram pelo ônibus na esquina da rua. Uma mão cheia de outros estudantes estava com elas. Alguns estavam ansiosos. Alguns eram terrivelmente baixos. Dulce e Maite ignoraram os calouros.
O ônibus estava atrasado. Para sorte de Christopher Uckermann, o ônibus estava mais atrasado do que ele. Dulce e Maite conheciam Christopher. Ele havia sido problemático na escola desde a nona serie. Dulce não lembrava muito dele depois disso, a historia era que ele havia reprovado de ano.

Ele normalmente estava atrasado. Sempre parecendo drogado. Agora, ele parecia pelo menos 15 centímetro mais alto do que estava na primavera. Seu cabelo preto azulado estava pendurado em mechas gordurosas na frente de seus olhos, e ele caminhava com os ombros curvados, como se sentisse mais confortável sendo baixo. Ele ficava distante de todos e fumava cigarros.
Dulce pegou seu olhar por acidente, então acenou um ola. Ele olha para o chão rapidamente. Sopra fumaça por seus lábios. Joga o cigarro no chão, e o esmaga no cascalho.
Maite cutucou Dulce nas costelas.

– olha, é o seu namorado. Dulce revirou os olhos.

– seja gentil. Maite o observou com cuidado enquanto ele não estava olhando.

– bem. As espinhas em seu rosto melhoraram no verão. Ou talvez a nova cerca as esconda.
- pare.

Dulce xingou. Ela estaca rindo e se sentindo mal por isso. Mas ela estava olhando para ele. Ele deveria ser tão pobre quanto Dulce, a julgar por suas roupas.
– ele é apenas um solitário. E quieto.
- um chapado, talvez, e que tem uma queda por você.
Dulce serrou os olhos, e seu rosto ficou serio.
- Maite pare com isso. Estou falando serio. Você esta se tornando má como a Anahi. Dulce olhou para Christopher. Seus jeans eram muito curtos. Ela sabia
o que era ser mau tratado por não ter roupas e coisas legais. Ela sentiu vontade de defendê-lo.
- ele provavelmente tem pais que não dão a mínima pra ele, como eu. Maite estava quieta.

– eu não sou como a Anahi.
- então por que você é amiga dela?
Ela suspirou e pensou sobre isso por um minuto.

– não sei.

- Por que ela é rica.
Finalmente o ônibus apareceu. A corrida era de quarenta e cinco minutos ate a escola, mesmo a escola sendo menos de oito quilômetros de distancia, por causa das paradas. Juniores como Dulce e Maite eram consideradas pelas regras não escritas do ônibus estudantes de classe superior. Então elas sentavam próximas na parte de trás do ônibus. Christopher passou e caiu no assento atrás delas. Dulce podia sentir seus joelhos empurrando contra suas costas. Ela espiou através de uma rachadura entre o encosto de seu banco e a janela. O queixo de Christopher estava sobre suas mãos. Seus olhos fechados, quase escondidos embaixo de seus cachos gordurosos.
- merda. Dulce resmungou baixinho.
Por sorte, Christopher Uckermann não sonhou.
Pelo menos não no ônibus.
E também não na aula de química.
Ou inglês.
Nem mais ninguém. Dulce chagou em casa depois do primeiro dia de escola, aliviada.

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