Fanfics Brasil - Fade-95 Wake - Despertar s2 vondy s2

Fanfic: Wake - Despertar s2 vondy s2 | Tema: Vondy, Rebelde


Capítulo: Fade-95

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Dulce olhou para o livro. Virou a pagina, sabendo que não haveria mais nada. Sabendo que não era uma piada.


Ela olhou para as mãos.  Flexionou os dedos. Olhando para suas juntas e para as unhas curtas.


Para a maneira como eles se curvavam e voltavam a ficar retos. E então ela olhou para o quarto.


Retirou os óculos.


Pensou bastante, mas ela já sabia a resposta. Os sonhos, as dores de cabeça, as mãos tortas e os olhos cegos da senhora Stubin. A própria perda de visão de Dulce.


Dulce sabia.


Ela já sabia por algum tempo.


Ela só não queria pensar sobre aquilo. Não queria acreditar.


Talvez o Christopher já soubesse, ela pensou. Com aquela  estúpida tabela optometrica. Talvez fosse por isso que ele realmente precisou de um tempo. Ele sabia que ela estava caindo aos pedaços.


E ele não podia aguentar mais um problema com a Dulce.


Dulce estava tão surpresa que não podia mais chorar.


Ela pegou a chave do carro e correu para a porta antes de lembrar.


A senhora Stubin havia matado três pessoas em um acidente de carro por causa de um sonho.


Dulce  olhou  para  a  Ethel  através  da  janela,  então  lentamente  ela  caiu  até  o  chão,  chorando enquanto seu mundo termina.


Ela não se levantou.


Não.


Não naquela noite.


 


 


25 de março de 2006


Dulce ainda estava no chão da sala, próximo a porta. Sua mãe passou por cima dela, duas vezes, sem  se  alarmar  desaparecendo  novamente  para  seu  quarto  escuro.  Ela  já  havia  visto  Dulce dormir no chão antes.


Dulce não se moveu quando ouviu uma batida na porta. Uma segunda batida, mais urgente não fez nada com ela.


E então as palavras.


- Não me faça quebrar a porta Saviñón.


Dulce levantou a cabeça. E olhou para  a maçaneta. –  não está  trancada. -Ela falou baixo, mesmo tentando parecer respeitável.


E a capitã estava lá, na sala de Dulce  e de alguma maneira na casa pequena ela parecia muito maior que a Dulce.


- O que está acontecendo Dulce? A capitã perguntou, a preocupação começou a aparecer em seu rosto quando viu Dulce deitada no chão. 


Dulce  balançou  a  cabeça  e  falou  e  uma  voz  fraca  e  espantada.  –  acho  que  estou  morrendo senhor.


Dulce sentou. Ela conseguia sentir a marca profunda que o carpete havia deixado no rosto dela.


Parecia com as cicatrizes das queimaduras do Christopher.  –  eu iria encontrar com a senhora ontem.


Ela falou, olhando para as chaves no chão junto a ela. – eu estava saindo pela porta, e então tudo veio em minha mente. Sobre dirigir. E tudo o mais.  Eu apenas... Ela balançou a cabeça.  –  Vou ficar cega, senhor. Como à senhora Stubin.


A capitã se levantou calada. Esperou pacientemente pela explicação de Dulce. Estendeu a mão para Dulce. Á ajudando a levantar e a abraçou. – fale comigo. -A capitã falou gentilmente.


E Dulce que havia ficado sem lagrimas á muitas horas atrás, encontrou novas e começou a chorar no ombro da capitã, enquanto contava tudo sobre o que havia no caderno verde. Deixando que a


capitã o lesse. A capitã abraçou Dulce com força quando ela começou a soluçar novamente.


Depois  de  algum  tempo  Dulce  estava  quieta.  Ela  olhou  ao  redor  procurando  por  alguma  coisa para limpar o casaco da capitã, mas não havia nada. Nunca havia nada na casa de Dulce.


- Você já ligou para a escola avisando sobre sua ausência?


- Merda.


- Sem  problemas.  Vou  fazer  isso  agora.  A  sua  mãe  é  conhecida  por  senhora  Saviñón?  Não quero que o pessoal da escola saiba que conheço você.


Dulce  sacudiu  a  cabeça.  –  Não,  não  use  o  senhora.  Ela  falou.  –  Apenas  diga  que  é  Dorothea Saviñón. Quando a capitã desligou o telefone, Dulce falou.  –  como você soube que precisava vir aqui?


Ela fez uma careta.  –  o Christopher me ligou. Falando que você não apareceu na escola, ele queria saber se eu tivera noticias suas. Acho que ele tentou ligar para o teu celular.


Então  eu  teria  que  desaparecer  para  conseguir  que  ele  me  ligasse.  Dulce  não  falou  nada.  Ela queria de todo o coração perguntar para a capitã por que o Christopher não estava falando com ela.


Mas Dulce sabia muito bem que não deveria fazer isso. Então tudo o que ela falou, foi.  –  isso foi gentil.


E então ela pensou por um momento. – a senhora suspeitava disso? A senhora Stubin lhe contou alguma coisa sobre isso?


-  Eu sabia que havia alguma coisa te incomodando depois que você ligou há algumas semanas atrás, mas eu não sabia disso. A Senhora Stubin era uma pessoa muito fechada, Dulce. Ela não falava muito sobre ela, e eu não perguntava. Não era minha função.


- você acha que o Christopher sabe?


- você pensou em perguntar para ele?


Dulce  olhou  para  cima  lendo  a  expressão  da  capitã.  Mordeu  os  lábios  para  fazê-los  parar  de tremer. – não estamos conversando no momento.


A capitã suspirou.  –  eu já sabia. Cuidadosamente ela falou.  –  Christopher tem seus próprios demônios,  e  se  ele  não  matá-los  de  uma  vez,  vou  chutar  o  traseiro  dele.  Ele  está  tendo problemas para lidar com algumas coisas no memento.


Dulce sacudiu a cabeça. – eu não entendo.


A capitã ficou em silencio. – talvez você devesse perguntar para ele. Diga a ele sobre o que e você está passando.


- Para que? Para quando eu contar que vou me tornar uma invalida cega, ele nunca mais querer se aproximar de mim?


A capitã sorriu tristemente. –  não posso prever o futuro, Dulce. Mas duvido que  alguns problemas físicos  fossem  fazer  ele  se  afastar,  se  você  entende  do  que  estou  falando.  Mas  ninguém  esta dizendo que você deve contar para ele. Ela fez uma pausa.  –  você parece que poderia apreciar um  bom  café  da  manhã.  Vamos  dar uma  volta  Dulce.  Ela falou. Dulce  olhou  para  suas  roupas amassadas do dia anterior. –  claro por que não. Ela falou. Ela levou alguns minutos para escovar os cabelos, e então olhou no espelho. Olhando para seus olhos.


A capitã levou Dulce para Ann Arbor. Elas pararam para o café da manha do Angelo‟s, onde a capitã  aparentemente  conhecia  todos  no  lugar,  incluindo  Victor,  o  cozinheiro.  Ele  mesmo  que entregou  o  pedido  na  mesa  delas.  Dulce que  não  havia  se  alimentado  desde  o  almoço  no  dia anterior atacou a comida agradecidamente.


Depois do café da manhã a capitã dirigiu pelo campus da Universidade de Michigan. – alguns dos melhores laboratórios médicos estão aqui, Dulce. Talvez haja algo... A capitã deu de ombros.  – tenha  em  mente,  que  Martha  Stubin  perdeu  a  visão  á  cinquenta  anos  atrás.  Muitas  coisas mudaram  no  mundo  medico  desde  então.  Não  se  condene  antes  de  saber  o  que  os  médicos podem fazer por você. E não apenas por seus olhos. Por suas mãos também. E talvez com os sonhos. Você vê aquele prédio? A capitã apontou.  –  é ali o estudo do sono. Talvez alguma coisa possa ser arranjada para te acomodar apropriadamente algumas vezes. Tenho alguns amigos no campus em quem confio. Eles sabiam sobre a Martha. Eles irão nos ajudar.


Dulce olhou ao redor. Sentindo uma pequena onda de esperança. Ela e Christopher haviam planejado ir para lá no  próximo verão, assim que pudessem ser vistos juntos. Agora Dulce não sabia o que pensar. Talvez Christopher voltasse.


Ou talvez ele fosse espantado para longe novamente.


Dulce  não  sabia  mais  quantos  rompimentos  e  reconciliações  ela  aguentaria  no  relacionamento deles.  –  por  que  tudo  tem  que  ser  tão  difícil?  Ela  perguntou  em  voz  alta.  E  então  corou.  –pergunta retórica. Sinto muito capitã.


A capitã sorriu. – o que fez você finalmente ler o diário?


Dulce engoliu com dificuldade.  –  agora que o Christopher não se aproxima mais de mim, imaginei que não tinha mais muito a perder. Que piada não é?


A capitã retorceu os lábios enquanto dirigia e resmungou alguma coisa em voz baixa. – tudo bem.


Ela falou. – e como você se sente sabendo que é uma apanhadora de sonhos?


Dulce pensou. – acho que não sei a diferença.


A capitã olhou para ela curiosa. – como a sua mãe se encaixa nisso tudo?


- ela não se encaixa.


- e o teu pai...?


- até onde sei, ele não existe.


- entendo. A capitã fez uma pausa. – você está arrependida por ler o caderno?


Dulce ficou calada por um momento. – não senhor.


Elas  ficaram  em  silencio,  então  a  capita  apontou  para  mais  alguns  prédios  no  campus  da Universidade de Michigan. – você quer desistir do seu trabalho comigo Dulce? Se isolar?


Dulce olhou para a Capitã. – você quer que eu desista?


- é claro que não. Você é brilhante fazendo isso.


- eu gostaria de continuar se você tiver mais missões para mim senhor.


A  capitã  sorriu,  e  então  ficou  novamente  séria.  –  você  acha  que  pode  trabalhar  com  o  Christopher, mesmo se você não voltar a ter um relacionamento com ele?


Dulce suspirou.  –  se ele conseguir lidar com isso sem ser um idiota, acho que posso. E então a voz dela falhou. – eu apenas... Ela balançou a cabeça e reuniu coragem, não querendo chorar.


A capitã olhou pela janela. Mordeu o lábio. Sacudiu a cabeça.  –  eu juro por Deus que vou bater naquele menino. Ela resmungou.  –  escute Dulce, Christopher nunca teve muito, ele teve uma mãe que o abandonou, um pai que quase o matou...  E  agora, enquanto ele  esteve com você, ele queria desesperadamente te manter em segurança no bolso dele o tempo inteiro. Mas ele sabe que não pode. Ele precisa aprender a como lidar com isso.


Dulce pensou sobre isso. – mas capitã ele nem ao menos suportava me tocar depois da prisão do Durbin. Ela começou a chorar. – é como se ele estivesse sentindo nojo por eles terem me tocado ou algo do tipo... Ela pegou um lenço entre os bancos do carro.


-  Jesus Cristo. A capitã falou.  –  Dulce me escute. Você já é uma boa detetive. Você  sabe que em nosso trabalho, nós temos pistas e temos que procurar as repostas. Você faz isso tão bem no trabalho. Por que você não segue essa mesma linha lógica em sua vida pessoal? Você vai ter que falar com o Chris se quiser algumas respostas. Especulações sem fim só levam a becos sem saída.


Dulce fechou os olhos. Descansando a cabeça contra o banco.  –  sinto muito, capitã. A senhora está  certa. Juro que não vou deixar essa bagunça afetar o meu trabalho. Trabalhar para você é a melhor coisa da minha vida. Sinto como se realmente estivesse fazendo a diferença, você sabe?


A capitã deu um rápido abraço em Dulce.  –  eu sei garota. E tenho grandes planos para você, se estiver no jogo.


- Capitã?


- sim.


- como vou poder me locomover se não posso dirigir?


A capitã suspirou. – ainda não achei uma resposta para isso. 


-  você sabia que a senhora Stubin teve um acidente de carro por causa dos sonhos? Ela matou três pessoas inocentes.


A capitã diminuiu a velocidade do carro e olhou para a Dulce.  – eu sabia que ela havia sofrido um acidente terrível, quando li a ficha dela. Não sabia que havia acontecido por causa de um sonho.


A capitã fez uma pausa. – ela tinha dezesseis quando aconteceu.


Dulce ficou sentada em silencio.


A capitã continuou. –  ela foi condenada por matar usando o veiculo Dulce. Ela perdeu a licença e ficou três anos em uma prisão feminina. A punição teria sido maior se ele não fosse menor de idade na época. Aquilo foi uma coisa muito seria.


O estomago de Dulce se revirou.  –  eu quase atropelei uns garotos de um ônibus escolar ontem.


Ela falou suavemente. – alguma criança no ônibus estava sonhando.


A  capitã  sacudiu  a  cabeça  resolvida.  –  bem,  então  isso  resolve  tudo.  Se  te  pegar  dirigindo novamente Dulce, eu mesma vou te multar, juro por Deus. Enquanto isso, se você precisa ir á algum  lugar,  vou  levar  você  ou  mandar  um  carro.  Não  quero  você  desperdiçando  sonhos  em algum ônibus pela cidade.


Dulce sentia como se tivesse sido colocada em uma jaula.  –  e quanto à  escola? Ela perguntou.  –vou ter que pegar o ônibus escolar. O que vou falar para as pessoas? O Christopher vai desconfiar. Isso é uma merda.


A  capitã  olhou  para  ela  com  firmeza.  –  você  sabe  o  que  é  uma  merda?  Matar  três  pessoas inocentes. Você acha que a sua vida esta ruim agora, tente viver com isso. A voz dela estava firme.


Dulce ficou calada.


Elas seguiram de volta para Fieldridge.


Quando o celular da capitã tocou ela olhou para ele e atendeu. – Komisky. Ela parou. – sim estou com ela. Outra pausa.  –  sim ela está  bem. Ela balançou a cabeça e olhou para Dulce sorrindo, e então voltou para o telefone.


- Ela está bem. -A capitã repetiu e seus lábios se pressionaram em uma linha fina e apertada.


 


12h36min


A capitã deixou Dulce em casa e a abraçou. – me ligue se precisar conversar mais sobre isso. Ela falou.


- obrigado capitã.


- e a decisão se vai  contar alguma coisa para o Chris ou não é sua. Tenha certeza de que não é minha função contar nada para ele, a menos que esteja interferindo no trabalho de vocês como parceiros, e  mesmo  assim,  eu  vou  pedir  para  que  você  faça  isso.  E  quanto  a  você  não  poder dirigir, acho que o Christopher vai aceitar isso muito bem. Ele já se preocupa demais sobre isso. Me culpe.


Dulce  abanou  fracamente  enquanto  a  capitã  se  afastava.  Ela  olhou  tristemente  para  a Ethel, quieta e sozinha na entrada de carros. Ela se virou e entrou na casa.


Sem ter certeza do que fazer.


Ela foi para o quarto. O caderno verde brilhava ameaçadoramente do local onde Dulce o havia deixado aberto. Com cuidado Dulce o fechou e o recolocou na caixa dentro do armário.


Depois caiu na cama e fica deitada, encarando o teto.


Definitivamente, não sabia o que fazer.



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Autor(a): megvondy

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Genteeeen, desculpem o mega atraso, mas a moça aqui ficou sem net 2 semanas T-T mas agora voltei pra postar, então vou postar logo dois caps e rezar pra não ficar sem net dnv :3      ------------------------------------------------------------------------------     14h23min Rua central, purgatório. - Agora você ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 37



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  • WannaPlay_Vondy Postado em 19/06/2015 - 14:33:12

    Continua por favor,ainda não me conformo da Dul perder a visao e ficar aaleijada.Eu acho que o pai dela é um apanhador de sonhos

  • Poly Postado em 21/04/2015 - 19:50:53

    Não li tudo ainda - na verdade, parei no capítulo 81 - mas desde já quero que saiba que eu adoro essa web. Dubin é um tarado egocêntrico, safado.

  • kelly001 Postado em 25/07/2014 - 18:02:23

    oie! Menina continua, fico aflita aki esperando mais...

  • dokka Postado em 05/10/2013 - 02:13:01

    Posta mais mulher .... nao some naum!!! aaahhhh, da uma passadinha na minha web? Aii to com medo de ninguem gostar. Lê e me diz se vc gosta, please?? http://fanfics.com.br/fanfic/27553/casada-com-um-estranho-vondy-e-um-pouquinho-d e-ponny-vondy

  • larivondy Postado em 25/09/2013 - 15:44:22

    obrigada, posta mais, to adorando, muito fofa a Dul se declarando *-*

  • dokka Postado em 15/09/2013 - 00:36:09

    Euu voolteii, e volteii pra ficar, pq akii, akii é meu lugar!! ( No Ritmo kkkk )AAAhhh eu voltei. Aii nega, dessculpa o sumiço, vida corrida, trabalhando éh um caos, agora eu parei e li tudinhoO ..... Me diga, como estas ????? Ahhh REBELDE de volta, q loucura kkkkk .... Bem gatinha, naum para de postar ok .... BjoO

  • larivondy Postado em 06/09/2013 - 18:11:04

    leitora noova!! posta mais, não abandona por favor, to adorando a web!!

  • paty1987 Postado em 09/08/2013 - 00:02:44

    posta mais

  • ninamenina Postado em 24/07/2013 - 02:04:28

    Leitora novaaa....eu ja me adiantei na leitira antes de comentar...cara que perfeita essa wn...minhas amigas ja nao estavam aguentando mais ouvir que eu to viciada nela...eu quero mais...tu tem que postar mais...maaaiiisss !!!!

  • sharonvondy60 Postado em 08/07/2013 - 17:08:21

    Oi eu sou sua mais nova leitora, me interresei pela web e super legal ,, t ns primeiros capitos ainda.. Mas quando eu apanhar o vosso ritmo,, venho cmentar ta??


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