Fanfic: Wake - Despertar s2 vondy s2 | Tema: Vondy, Rebelde
24 de Junho de 2006
É como se ela não conseguisse mais respirar, não importa o que faça, é como se tudo estivesse se fechando ao redor, a oprimindo, a ameaçando. A audiência. A verdade vindo à tona.
Reviver o que aconteceu na festa da casa do Durbin, em frente a um juiz e com os três bastardos a olhando.
As câmeras a seguiam assim que saia do tribunal, a expondo como uma agente da polícia. Toda Fieldridge estava falando sobre ela.
Durante semanas esteve em todos os noticiários locais. As pessoas fofocavam nas lojas e no centro da cidade. As pessoas apontavam para ela, e sussurravam com suas cabeças perto uma das outras, com olhares estranhos no rosto, algumas vezes a abordando para fazer perguntas indiscretas. Estranhos, e antigos colegas de classe, invadiam seu espaço, sussurrando como se fossem seus amigos próximos. – ―então o que eles realmente fizeram a você?‖
Dulce não fora feita para isso. Ela é uma solitária. Alguém que trabalha em segredo. É como se ela nem tivesse tempo para pensar em outras coisas. As coisas realmente importantes, as coisas que haviam mudado sua vida. As coisas do caderno verde. Ficar cega, perder o uso das mãos.
A pressão era incrível.
Ela estava sufocando.
E só queria correr.
Se esconder.
Para então poder apenas ser ela mesma.
Cinco minutos que importam.
Do outro lado da mesa, o lugar em frente a ela estava vazio.
―Eu não sei de mais nada. Ela falou. ―Eu apenas não sei.
Ela aperta as mãos contra as têmporas, esperando que sua cabeça não exploda.
―A decisão é sua. A mulher falou. E esse era o segredo delas.
1º de Agosto de 2006
07h25min
―Eu não posso respirar.- Ela sussurra.
Ela pode sentir dedos quentes tocando suas costelas, penetrando através da pele, até seus pulmões congelados. Ele a abraça, a beija. Respirando para ela. Através dela. Permitindolhe esquecer.
E então ele falou.
―Estamos indo. Agora. Vamos.‖
Ela foi.
Nas três horas de viajem ela olhava por entre os cílios para seus dedos borrados sobre os joelhos. Ela fingia dormir, sem ter bem certeza do por que. Apenas absorvendo a quietude. E sabendo que no fundo que ele e isso não eram as respostas para seus problemas.
Ela começou a pensar o que seria.
3 de Agosto de 2006
01h15min
Não havia curiosos naquela parte do estado. Aqui na casa em que Charlie e Megan alugam no Lago Fremont, ninguém a conhece. Os dias são calmos, mas as noites, dentro da cabana minúscula, são muito ruins.
Os sonhos não tiram férias quando as pessoas tiram.
Há sempre alguma coisa, não é? Há sempre algum problema e nenhuma paz para Dulce.
Nunca, nunca há nada para ela.
Como o carro que o medico disse que ela não poderia dirigir. Ela ansiava isso. Ansiava se rebelar, contra aquilo que ela não podia ter. E quando o próximo pesadelo começou ela pensou seriamente sobre isso.
01h23min
Dulce tremia no velho sofá, ao lado dela deitado em uma cadeira reclinável estava Christopher.
Dormindo.
Ele estava sonhando com ela.
Dulce observou, como fazia algumas vezes quando seus sonhos eram doces. Guardando memórias. Para mais tarde. Mas isso...
Eles estavam jogando paintboll em um campo juntamente com outra dúzia de pessoas desconhecidas. Parecia um vídeo game. Chris e Dulce se moviam através dos obstáculos, e atiravam um no outro, rindo, se desviando dos tiros e se escondendo. Christopher se esconde e a certa dois tiros em Dulce, duas bolas de tinta vermelha.
Elas a acertam bem nos olhos.
Tinta vermelha começou a escorrer por suas bochechas, e das orbitas dos olhos vazias.
Ele continuou atirando e arrancando um membro de cada vez, até que restasse somente o
tronco do corpo de Janie e seu rosto listrado de tinta.
Ele começou a chorar, cheio de remorso. Ele se ajoelha ao lado dela no chão, e em seguida, a pega no colo e a carrega para uma cadeira de rodas. Empurra a cadeira até uma área deserta do campo e a joga na grama amarelada.
Dulce saiu do sonho. Ela sabia que não deveria estar desperdiçando sonhos, mas ela não podia evitar. Ela não conseguia olhar para longe. Quando ela conseguiu enxergar novamente, ela ficou encarando o teto escuro, enquanto Christopher se mexia de um lado para outro. Ela cobriu os olhos com o braço, tentando esquecer, tentando fingir que aquilo não vinha acontecendo por dois meses.
―Por favor, pare com isso. Ela sussurrou. ―Por favor.
04h23min
Ele sonha e Dulce luta para acordar novamente.
Ela segurou a cabeça.
Dulce e Christopher estavam nos fundos da casa dele, sentados na grama verde. Os braços de Dulce terminavam em seus cotovelos, seus olhos estavam fechados, as agulhas ainda estavam penduradas nos cordões caídos contra as bochechas. Ela chorava lágrimas negras.
Christopher estava em pânico. Ele pegou uma espiga de milho de dentro da sacola de uma mercearia, e a prendeu a um dos cotovelos de Dulce. Ele tira da sacola duas pedras olho de tigre marrom. Ele as empurra para dentro dos olhos suturados de Dulce, empurra com força, mas elas não se prendem. Dulce cai para trás como se você uma boneca de pano, incapaz de se segurar sem as mãos. A espiga de milho cai de seu cotovelo e rola para longe. Christopher segura às pedras em suas mãos.
Dulce já amortecida não consegue mais observar. E ela não iria tentar mudar o sonho. Não um sonho como aquele. Por que era sobre ela, e como o Christopher estava lidando com as coisas. E parecia completamente errado manipular aquilo. Ela apenas esperava que ele nunca pedisse por ajuda.
Ainda assim ela não queria que ele sonhasse aquilo. Ponto final. Nenhum daqueles sonhos. Ela chutou sua perna. Se conectando a ele. E tudo ficou escuro.
―Sinto muito -ele resmungou. E voltou a dormir.
Tem sido desse jeito.
É como se tudo o que ele não pudesse expressar aparecesse em seus sonhos.
09h20min
Um movimento familiar a faz parar de sonhar. Um alívio bem vindo. Dulce estava deitada no sofá meio adormecida, tentando se convencer a acordar.
Voltar a normalidade. Ela colocou sua expressão calma, até poder adivinhar o que fazer sobre aquilo.
Com a vida.
Com ele.
09h33min
Ela escutou a cadeira reclinável estalar, e então sentiu o Christopher se deitar atrás dela no sofá.
Ela se enrijeceu, apenas um pouco. Apenas por um segundo. Então respirou fundo. Ele deslizou os dedos quentes por baixo de sua camisa até tocar o abdômen dela. Ela sorriu e relaxou, com os olhos ainda fechados.
―Você vai nos colocar em problemas. Ela falou. ―Você lembra das regras do teu irmão.
―Eu estou sobre o cobertor, e você está em baixo dele. Ele vai aceitar isso. Além do mais, não estou fazendo nada. Ele acaricia a pele dela, beijando seu ombro, deslizando os dedos sob o elástico da bermuda dela.
―Ei amigo. Dulce segurou a mão dele. ―Nem pensar. Ela gritou caso Charlie ou Megan estivessem escutando. ―Nada vai acontecer aqui
Ela murmurou para o Chris. ―Você vai fazer o
café da manhã, certo?
―Certo. Estou acendendo o fogo com a minha mente, fritando o bacon com meus mais obscuros e apavorantes pensamentos. E você achou que era a única com habilidades. Pense novamente querida.
Dulce riu, mas saiu de uma forma contida. ―Você dormiu bem?
―Sim. O queixo dele arranhou o ombro dela. ―Bem, tão bem quanto alguém pode dormir com faixas de plástico e metal enferrujado cutucando o traseiro. Ele mordeu a orelha dela e adicionou. ―Por quê? Eu tive algum pesadelo? Você sempre me deixa nervoso quando me
pergunta isso
―Shh. Ela falou. ―Vá fazer um pouco de bacon para mim.
Ele ficou quieto por um momento, e então levantou. Colocou os jeans. ―Tudo bem então.
09h58min
Eles fizeram coisas de férias. Sentaram para conversar com o Charlie e a Megan, bebendo café, preparando o café da manhã no acampamento. Relaxando. Começando a se conhecerem melhor.
Dulce se distraiu.
Ela olhava para tudo, com medo de perder alguma coisa que precisava ser vista, antes que fosse tarde demais.
Ela realmente não sabia o que fazer quando se estava de férias. Além do mais, você não pode fugir de algumas coisas. Mas ela era corajosa e tudo parecia estar normal, mas por dentro ela estava um caco. Haviam sido meses difíceis. Encarar o Mestre, o Dunga e o Feliz fora muito mais difícil do que ela pensou que seria. Reviver as mentiras, as armações, o assédio, todas as coisas que aqueles professores fizeram, foi horrível.
Agora estava acabado. O barulho cessou, embora ainda fosse difícil. Voltar a vida normal novamente, e enfrentar a realidade em que teria um futuro como uma pessoa cega e deformada, era muito difícil. Ter uma mãe alcoólatra era muito difícil também. Pensar na faculdade onde as pessoas dormiam em todos os lugares, e um namorado cuja dúvidas e medos somente se expressavam em seus sonhos.
A vida no geral.
Sim.
Tudo aquilo.
Era muito, uma maldição de difícil.
Dulce e Chris lavavam a louça juntos, Chris lavava e Dulce secava. Aquilo parecia tão agradável. Dulce segurava os pratos com firmeza enquanto os secava com o pano. Pensando.
Ela se perguntava se deveria interrogar Christopher sobre seus sonhos.
E então ela divagou:
―Você já pensou em como vai ser, se nós ficarmos juntos, e eu ficar cega e eu começar a caminhar pela cozinha, derrubando e quebrando pratos, por que não vou conseguir segurá-los?
Ela colocou o prato no armário.
Chris mexeu os dedos jogando água nela. Sorrindo.
―Claro. Acho que tenho muita sorte. Aposto que pessoas cegas são ótimas fazendo sexo.
Eu até mesmo posso usar vendas para que fiquemos quites.
Ele bateu o quadril contra o dela. Ela não riu. Ela o estudou, então pegou uma panela pela alça e começou a secá-la. Olhando para seu reflexo distorcido nela.
―Hei. Chris falou. Ele secou as mãos no calção e acariciou a bochecha de Dulce .
―Eu estava só brincando.
―Eu sei. Dulce suspirou.
E colocou frigideira para o lado, e jogou o pano de prato sobre o balcão.
―Venha, vamos fazer alguma coisa divertida.
Autor(a): megvondy
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Ooooiiieeeee Como vão vcs? Eu to de ferias \o/ Demorei? É que eu tbm posto fic no Social Spirit, então, já sabem né :3 -------------------------------------------------------------------- 13h12minEla se concentrou mentalmente. A água estava fria, mas o sol da tarde estava quente em seu rosto, e cabelos. Dulce balançou a cabe ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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WannaPlay_Vondy Postado em 19/06/2015 - 14:33:12
Continua por favor,ainda não me conformo da Dul perder a visao e ficar aaleijada.Eu acho que o pai dela é um apanhador de sonhos
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Poly Postado em 21/04/2015 - 19:50:53
Não li tudo ainda - na verdade, parei no capítulo 81 - mas desde já quero que saiba que eu adoro essa web. Dubin é um tarado egocêntrico, safado.
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kelly001 Postado em 25/07/2014 - 18:02:23
oie! Menina continua, fico aflita aki esperando mais...
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dokka Postado em 05/10/2013 - 02:13:01
Posta mais mulher .... nao some naum!!! aaahhhh, da uma passadinha na minha web? Aii to com medo de ninguem gostar. Lê e me diz se vc gosta, please?? http://fanfics.com.br/fanfic/27553/casada-com-um-estranho-vondy-e-um-pouquinho-d e-ponny-vondy
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larivondy Postado em 25/09/2013 - 15:44:22
obrigada, posta mais, to adorando, muito fofa a Dul se declarando *-*
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dokka Postado em 15/09/2013 - 00:36:09
Euu voolteii, e volteii pra ficar, pq akii, akii é meu lugar!! ( No Ritmo kkkk )AAAhhh eu voltei. Aii nega, dessculpa o sumiço, vida corrida, trabalhando éh um caos, agora eu parei e li tudinhoO ..... Me diga, como estas ????? Ahhh REBELDE de volta, q loucura kkkkk .... Bem gatinha, naum para de postar ok .... BjoO
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larivondy Postado em 06/09/2013 - 18:11:04
leitora noova!! posta mais, não abandona por favor, to adorando a web!!
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paty1987 Postado em 09/08/2013 - 00:02:44
posta mais
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ninamenina Postado em 24/07/2013 - 02:04:28
Leitora novaaa....eu ja me adiantei na leitira antes de comentar...cara que perfeita essa wn...minhas amigas ja nao estavam aguentando mais ouvir que eu to viciada nela...eu quero mais...tu tem que postar mais...maaaiiisss !!!!
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sharonvondy60 Postado em 08/07/2013 - 17:08:21
Oi eu sou sua mais nova leitora, me interresei pela web e super legal ,, t ns primeiros capitos ainda.. Mas quando eu apanhar o vosso ritmo,, venho cmentar ta??