Fanfics Brasil - O Homem do Gás !

Fanfic: O Homem do Gás !


Capítulo: 1? Capítulo

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web levemente inspirada na musica e clipe abaixo


 


http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=zh1ZV2XH1TU



Mais um dia escaldante em Acapulco - México. A vida seguia a todo vapor, ruas movimentadas por turistas, hotéis lotados pela alta estação... Pessoas nas praias se divertindo, conhecendo, explorando...

Num bairro de classe pobre vamos conhecer nossa protagonista, Dulce María. Uma jovem de 22 anos. Casada com Alfonso Herrera, seu colega de supletivo há dois anos atrás. Ainda não tinham filhos, Poncho padeceu de uma doença venérea que quando, totalmente curado, lhe deixou estéril. Os dois sofreram muito com isso, se amavam demais, e agora não podiam ter um filho... O fruto desse amor. E apesar de terem ficado juntos, se apoiando mutuamente... O dia-a-dia fez com que o amor desse casal “tão lindo” se desfizesse a cada minuto. Eram dois estranhos vivendo sob o mesmo teto. Eram somente, parceiros de trabalho, a única coisa que dividiam hoje em dia.

Dulce era cozinheira de mão cheia, mais conhecida como “Dul da Marmitex”. Era famosa por seus quitutes. Tinha vários clientes. Apesar de nova, tinha começado muito cedo a trabalhar na barraca de comida da sua mãe, Dona Blanca, hoje aposentada por um terrível derrame cerebral que quase lhe tirou a vida. Tinha 2 irmãs, Blanca cobradora de ônibus e Claudia, entregadora de panfleto do restaurante “Ardilla Cremosa”. Essa família fazia questão de esquecer que trabalhavam em uma zona de Acapulco...


 


E apesar da vida sofrida, Dulce conseguiu conquistar uma amiga fiel, sua confidente, a única pessoa que podia confiar suas penas e mostrar seu lado mais bonito e humano. Maite, trabalhava com ela há 2 anos. Logo no começo de seu casamento. Dulce ainda lembrava do dia em que a amiga bateu em sua porta com uma criança nos braços e outra de mão dada, pedindo esmola. Compadeceu-se por Maite, e lembrou-se que ela era a morena bonita que estudou na preparatória. A chamou para entrar, deu comida a ela e a seus filhos. E ver como os olhos cristalinos de Maite lhe olhavam com tanta gratidão, fez com que Dulce se sentisse feliz com aquilo. Acabou chamando-a para trabalhar com ela na preparação das marmitas. Maite ficou surpresa com o pedido, mas aceitou no ato. E as duas riram felizes, pois Dulce realmente precisava de uma ajudante, sua produção já havia aumentado 150%, e estava se desdobrando todos os dias para conseguir dar conta dos pedidos. E Maite estava precisando do dinheiro para sobreviver. Uniu o útil ao agradável.

Apesar de ser linda, sua vida não era fácil. O casamento que acreditou ter sido a melhor coisa que fizera na vida, se desmanchava a cada dia. Podia afirmar que não era feliz no casamento, faltava algo mais, faltava à palavra chamada amor, união, companheirismo, faltava sexo...

- Dulce já são quase onze horas. Onde anda o Poncho? – Maite perguntou, picotando a cenoura em cima do caldeirão de arroz fervente.

Dulce ergueu uma sobrancelha, enquanto separava os caroços de feijões em cima da mesa.

- Boa pergunta. Saiu ontem as 9 e até agora...


 


- Você acha que ele tá com... – Maite se calou no ato, temendo que Dulce não soubesse o que todo o bairro já sabia. Aquilo lhe doía, não queria magoar sua amiga.

- Pode completar, Mai. Todo mundo já sabe que ele anda com a vadia da manicura do salão do Krystian...

Maite deixou o queixo decair um pouco. Pelo visto ela também já sabia.

- Babado forte...tu já tá sabendo?

- Fia, até o cachorro daqui já sabe...- Dulce suspirou, se levantando com a bacia do feijão. Despejou tudo na água fervente temperada. E foi retirar a outra panela de feijão que estava quase pronta. - Me ajuda aqui com a panela do feijão, tá pesada.

- Mas Dul, como você sabe que teu marido tá te traindo e fica assim...tô passada...

As duas colocaram panos de prato nas asas do caldeirão de feijão e trocaram à panela de boca naquele fogão industrial.

- Só vou te falar uma coisa, o homem vai buscar na rua o que não tem em casa, concorda? – Dulce deu uma mexida na panela e Maite voltou para o arroz.

- Então quer dizer que vocês nada?! – Maite olhou para a amiga com os olhos arregalados pela surpresa.


 


- Ele já tinha percebido que eu não tava sentindo nada há tempos, era como tá dando pra parede...

As duas deram uma gargalhada.

- Amiga, você tá precisando de uma bem dada. Tá precisando de um homem que te jogue na parede e te chame de lagartixa...

Dulce começou a rir olhou pro fogão. O fogo estava muito fraco. Regulou o fogo, mas ele não aumentava. Então o cheiro de gás tomou conta da cozinha. E Dulce grunhiu irritada.

- Merda! – gritou furiosa. - Isso são horas de acabar esse caralho! Puta que pariu...porra vai solar o arroz, desgraça... – continuou praguejando mil e um palavrões.

Maite então olhou até a geladeira e ficou olhando os adesivos.

- Calma, aqui na geladeira tem o número do Telegás, vou pegar...


 


Tirou a panela de arroz no fogo, levou para a pia e colocou mais água no arroz para que não grudasse. Dulce olhava para a panela de feijão que estava quase pronto e por um instante não sabia o que fazer. Se não trocasse agora esse gás, o feijão iria demorar mais ainda pra cozinhar e, assim, perderia a hora da entrega das marmitas.

- Ayy Mai essa porra que não chega, vou ter que ligar no celular do Poncho pra ele passar e trazer o gás imediatamente..

- Espera to ligando no gás...- disse ela com o auricular do telefone no ouvido. - Alô... Oi aqui é da rua dos prazeres, tem como me trazer um bujão?

- Agora? – falou uma voz grossa do outro lado da linha.

- Agora, nesse minuto. Rapidinho, rapidinho. Ainda temos que entregar 50 marmitex e se não vier logo vai estragar o arroz e o feijão...

- Estaremos entregando agora mesmo, senhora.

- Ok tudo bem. Tem troco pra 50?

- Temos sim. Mas precisamos do número da sua casa.

- Ok,..casa 34. Seu nome?...

- Christopher.

- Tudo bem Christopri...oh desculpa Christopher..nome difícil – Maite escutou uma risada gostosa do outro lado da linha. - Tchau... – deixou o telefone no lugar e voltou para Dulce e para as panelas. - Pronto Dulce...


 


- Tomara que venha logo. Mas que merda! – bateu com as duas mãos na mesa. - Isso só acontece nessas horas que tou mais aperreada! Tudo culpa da peste do traste daqui, emprestou o casco do botijão pro motorista de taxi..aff...

Andou até a panela de feijão e espalhou mais algumas folhas de louro por cima. Mexeu com a colher de pau, e sentiu o cheiro tomar conta da cozinha. Maite foi até a mesa e começou a picar a descascar as batatas que já estavam cozidas.

- Nossa não imaginava que vocês andavam tão mal. Ainda lembro quando vim trabalhar aqui...eram um amor só..

- No começo tudo são flores. Veja agora. Quase a gente não se fala, na verdade somos uma parceria, eu cozinho e ele entrega. Ele come a vadia da manicura e ela faz minha unha, que ironia né? – esboçando um sorriso cínico.

- Você tem sangue de barata isso sim...deitar com um homem que você sabe que come outra...

- Um dia eu sei q isso vai mudar..e vai entrar por aquela porta...

TOC TOC TOC

- OLHAAAAAA O GÁS... – gritou uma voz do outro lado da porta, enquanto agitava o sininho tradicional dos entregadores do gás.

Dulce e Maite se olharam e suspiraram pela rapidez do serviço. E Dulce sorriu ao se dar conta de que hoje salvaria o horário das entregas.


 


- Corre Mai, abre lá pra ele...

- Agora não dá, tou com a mão suja de beterraba. – disse mostrando as mãos imundas.

- Então vou lá..

Dulce foi correndo até a porta, abriu de vez e teve uma surpresa ao encontrar praticamente um deus grego a sua frente... Ela ficou parada olhando com incredulidade cada pedaço do corpo daquele ser. O rapaz franziu a testa por se chocar com aquele olhar inquisidor.

- Onde eu ponho o gás, senhora?

Aquela mulher era muito jovem para ser uma Senhora, mas a aliança banhada a ouro no dedo anelar esquerdo não lhe deixou mentir. Então aquela era a famosa “Dul da Marmitex”. Ele deu um sorriso com o canto da boca. Era bonita a condenada, apesar de suas roupas não melhorarem muito sua imagem. E a maior piada do bairro. A Chifruda mais conhecida do bairro. O marido dela só poderia ter sido operado do cérebro para trocar um mulherão desse por aquela raquítica do salão.

A voz grave e rouca fez a ruiva despertar da sua hipnose...

- Ah...entra aí, no fim do corredor é a cozinha.. – disse olhando diretamente nos olhos daquele homem perfeito.

Ele passou por ela com o botijão em cima de um ombro. E ela olhava tamanha força. Ele parecia ter mais de 1.80, o macacão estava meio sujo... Mas adorava homens másculos. Apesar de seu marido ser esguio. Via cada detalhe daquele corpo que não entendera como o seu começava a reagir somente com a presença de um estranho... Podia ver a anatomia masculina fazer um vulto sobre a virilha e as coxas grudadas no tecido... Não se conteve e passou o pano de prato na cara limpando o suor. Realmente ela tinha sido afetada de alguma maneira...


 


Correu até a cozinha não ia perder um só momento do homem trocando seu gás...

O macacão meio aberto em cima uns 4 botões, expôs um tórax firme bem desenhado, liso. A gota de suor que descia do pescoço dele se escondia naquela barriga... tragou a saliva, escondendo sua língua que tremia por sair e averiguar, Deus sabe, onde essa gota estava indo parar.. Maite nem sequer olhava para ele. Mas por que não? Será que ela estava louca de admirar um peão? Podia até ouvir sua mãe lhe dizendo uma e outra vez que ela não teria sorte no amor, porque nunca soube escolher seus homens. Namorou um bicheiro, um sapateiro e se casou com um vagabundo. Por Deus, e agora se sentia atraída por um entregador de gás? Dulce riu por baixo de sua sorte. “É Dulce você tá de mal a pior.” Mas bem que aquele corpanzil lhe daria uma boa diversão. Podia pegar ele ali mesmo, jogar por cima das marmitas e rasgar suas roupas e passar horas em cima dele gemendo e gritando...

Ela nem se deu conta que ele já havia terminado o serviço e estava na sua frente esperando o pagamento...

- Acabei... – disse ele olhando para ela. Havia tirado a luva grossa que usava para pegar o gás, para não deixar sua palma cheia de calos.

Ela parecia algo hipnotizada. E ele ergueu uma sobrancelha. Era impressão sua, ou essa mulher estava lhe paquerando? Tragou a saliva, ao baixar a mirada aos seus seios descobertos pelo decote do vestido de alcinha. Era apetitosa, esses peitos dariam um bom banquete... Se moveu com incomodidade, ao sentir como seu próprio corpo começava a se animar. E o mais impressionante, em só observar uma mulher.

- Dulce, Dulce, DULCE ! – Maite gritou impaciente, vendo que estava no meio de uma batalha sensual.

Dulce despertou com o grito e se moveu nervosa para o lado.

- Oi? – E viu como ele ainda seguia ali parado diante a ela, esperando o dinheiro. - Ai me desculpa tava aqui preocupada com o arroz.. – ele esboçou um sorriso e assentiu.


 


Dulce tirou o dinheiro do seu bolso e ficou atenta a cada movimento dele. Principalmente, em como ele levava sua mão ao bolso traseiro para pegar as notas para o troco. Aquilo fazia com que os músculos de seus peitorais quase saltassem para fora. Dulce tragou a saliva nervosa, e enxugou as mãos suadas no pano de prato.

Na sua vida toda nunca tinha desejado ser uma mão, para tocar aquela bunda grande empinada e perfeita... Realmente teve a certeza que não estava sã, nunca se sentira assim atraída por um estranho, nem sabia seu nome e já tinha vontade de tomar seu corpo... Talvez fosse a carência. Estava quase há um ano sem ter um homem, por mais que tivesse um dentro de casa. Estava há muito tempo sem sentir essas coisas por um homem... Há mais de um ano que vivia trancada dentro de casa, vivendo para o trabalho sem querer pensar em homem. Homem só trazia desgraça, e ela já estava vivendo a dela com o que tinha dentro de casa. Pensou que em sua casa estaria segura... Mas havia se equivocado e muito. Tragou a saliva e o observou outra vez. Era a carência, tinha que ser...

- Aqui o troco senhora... – disse ele estendendo o dinheiro para ela, quem o apanhou, ainda encarando-o nos olhos.

- Pode me chamar de Dulce.

- Ok Dulce... – ele riu, e ela se afundou naquele sorriso. - Tenho que ir...preciso entregar mais bujões.

Dulce olhou no relógio e viu que estava na hora do almoço.

- Fica pro almoço.





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Autor(a): kalu

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- Não posso, infelizmente. – ele franziu a testa com desgosto. – Adoraria provar de sua comida... – Dulce ergueu as sobrancelhas com a ambigüidade daquela frase. E quando ele riu outra vez, ela quase desfaleceu de desejo. Apertou os punhos para não voar em cima dele e lhe beijar essa boca linda. – Todos conhecem sua fama de ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 53



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