Fanfic: Portiñón - Por sua causa | Tema: Portiñón

Terminei de falar e nós ficamos nos encarando até ela quebrar o silêncio.

Anahi: Não sei o que te dizer, eu preciso pensar, eu... – Ela me olhava com um olhar perdido. Não a deixei terminar de falar e apenas falei

Dulce: Tudo bem Annie, te dou o tempo que for preciso e até um pouco mais. Esse final de semana, eu irei passar fora, quero espairecer um pouco.  Espero que fique bem – Dei um beijo na testa dela e sai do banheiro, enxuguei minhas lágrimas e fui de encontro ao Christian.

Cheguei lá completamente arrasada, eu sabia que talvez eu não tivesse nenhuma chance com a Annie, mas tinha a tal da esperança que me acompanhava esses dias...

Sentei ao lado do Christian, Pedi ao garçom uma bebida qualquer, apenas queria beber nem que seja um pouco.

Dulce: Falei a ela – Falei olhando para o copo parado na minha frente.

Christian: Falou o que?

Dulce: O que sinto – dei um gole na bebida que saiu ardendo na minha garganta, até chegar no meu estomago, eu queria beber como se o álcool pudesse dilacerar a dor que estava sentindo.

Christian: O que ela falou? – Perguntou ele com insegurança em sua voz, deu pra perceber o medo com que ele me perguntava aquilo, ele também temia o pior, como eu.

Dulce: Ela disse que precisava pensar, darei o tempo que for preciso, irei passar o final de semana fora, quero espairecer um pouco, rever os meus conceitos, quero mudar, sei que em dois dias é pouco, mas não quero continuar desse jeito – Terminei de falar num fio de voz e logo após bebi mais um pouco da bebida que eu fazia idéia de qual era o nome.

Estava tão e absurdamente voltada ao meu mundo que não percebi que Maite também estava com a gente, só me dei conta depois disso.

Dulce: Ah, Oi Mai – Dei um sorriso triste.

Maite: Oi Dul, Espero que der tudo certo com vocês duas – Falou ela com sinceridade na voz.

Dulce: Também espero, também espero – Repeti pra mais pra mim do que pra ela com um suspiro e voltei a beber da bebida desconhecida.

E assim seguiu a noite, Christian e mai foram pra pista de dança, todos estavam dançando, a Annie eu não sei onde estava, na verdade a parte de que todos estavam dançando eu apenas supus.

E com o passar das horas eu já estava mais pra lá do que pra cá, perdi a conta de quantas bebidas desconhecidas eu bebi naquela noite pensando que – de alguma forma – ela  iria acabar com a dor, mas não.

Não tem como esquecer algo que você não quer que esqueça, porque de alguma forma você mesmo sofrendo não consegue se imaginar sem aquela pessoa e a dor faz parte do pacote, você apenas tem que se acostumar com a situação porque nada nesse mundo irá passar, o tempo não cura, o tempo ajuda a se acostumar, você se adapta àquilo que está sentindo e ai sim quem sabe você poderá dizer “eu superei”.

Mas a vida é assim.

E se por um acaso eu pudesse voltar ao tempo e pudesse escolher não me apaixonar, eu não faria isso porque de uma forma ou de outra foi ela que me ensinou a amar, não das melhores formas, mas ensinou.

E por causa desse amor eu amadureci, talvez tenha me tornado uma pessoa mais dura, mais fria, mas eu cresci.

Cresci de uma forma horrível e que não desejo a ninguém porque amar e não ser amado é uma dor inexplicável e só quem passou por isso sabe do que estou falando.

Espero que me perdoem pela demora, e espero também eu ainda tenha leitoras T-T...

E ai o que acharam desse capitulo? concordam com o que a Dul pensa? :/ 

Como estão?