Fanfic: Nunca sem minhas filhas

No mesmo momento em que Maite terminou a frase, duas pessoas apareceram diante delas. Dulce arregalou os olhos ao ver de quem se tratava. Anahí engoliu em seco só de olhar para o rosto de uma das pessoas. Dulce olhou nervosa para Maite e Anahí que sorriram cúmplices para ela.

[Aghata] Tia Mai quis trazer o papai e o Tio Poncho, mãe!

[Dulce] Fale baixo se não eles ouvem!

[Christopher] Novamente nos encontramos, Dulce Maria?! (ele pegou a mão dela e a beijou de mesma forma que a ultima vez. Dulce sentiu um arrepio ao ver o toque dele em sua pele) Meu eterno parabéns!

[Dulce] Muito obrigado!

[Christopher] Vejo que conhece minhas filhas! (sorriu. As adolescentes se estremeceram no mesmo estante. Dulce piscou para elas lhe trazendo tranqüilidade)

[Dulce] Sim!... Conheço Maite e ela me apresentou Aghata e Clara!

[Poncho] (sorrindo) Meus parabéns Dulce! (disse lhe abraçando gentilmente. Anahí que estava perto virou o rosto com raiva dele.)

[Dulce] (sorrindo) Obrigado, Alfonso! Ainda bem que lhe convidaram, certo?!

[Poncho] Pois é! Pode ser Poncho!... É uma pena não ter pessoas tão boas assim aqui, hein?! (Anahí se virou imediatamente incrédula com o comentário. Não dava para ter duvidas que era uma indireta para ela. Dulce se segurou para não rir da cena)

[Dulce] Talvez!... Fiquem a vontade! (ela puxou Anahí pelo braço a afastando de Poncho)

[Anahí] Deixa-me meter a mão na cara desse...!

[Dulce] Não antes de conversarmos, querida amiga! (elas pararam na cozinha) Quem chamou Christopher?!

[Anahí] (sorrindo) Hum! Gostou né?! Idéia minha e de Mai!

[Dulce] Gostou?! Sabia que você merece umas boas palmadas!

[Anahí] Deixa de manha! Acho que está mais do que na hora dele saber que você é mãe delas! E ainda por cima que Maite me disse que ele esta louco por uma certa ruiva! (ao ouvir o final das palavras da amiga, Dulce sentiu uma certa alegria dentro de si, mas nem sabia disso)

[Dulce] Eu não!... Tenho tanto medo dele não aceitar!

[Anahí] Tem que aceitar!... Tem que contar, hoje Dulce! Hoje!

As duas voltaram para festa. Dulce estava feliz, depois de muitos anos não se sentia tão bem como em uma festa como naquela. Todos se divertiam, dançava e conversavam alegres. Dulce conversava discretamente com as filhas, não demonstravam muita intimidade, pois sentia os olhos de Christopher sobre ela a todo o momento. Dulce percebeu que não poderia mais evitar isso e decidiu encarar tudo que viria.

Aproximou-se do trio que conversava: Anahí, Poncho e Christopher. Anahí somente dava atenção a Christopher e nem olhava para Poncho que fazia o mesmo. Ela percebeu que Dulce se aproximou, não foi nem preciso ela fazer nada, Poncho também percebeu que era para os dois ficarem a sós.

[Dulce] (sorrindo) Olá!

[Poncho] Ótima festa, Dulce!... Onde é o banheiro Anahí?! (foi impossível ninguém perceber que aquilo era uma indireta para deixar os dois conversando. Do jeito que Anahí e Poncho se “amavam”, nunca dirigiriam a palavra para o outro)

[Christopher] Muito simpática, tua amiga, a Portillo.

[Dulce] Esta mais para minha irmã! (eles riram e Dulce bebeu um gole do suco que tinha nas mãos)

[Christopher] Se conhecem há muito tempo?!

[Dulce] Desde que nascemos! Só temos uma a outra na vida, e o Christian... (sorriu)

[Christopher] É órfã, certo?!

[Dulce] Sim! Um acidente de carro levou meus pais para o céu! (sorriu triste)... Mas, e você? Eu sei que Maite é sua irmã...

[Christopher] Minha irmã querida! Meu pai morreu há alguns anos, e minha mãe vive em Mérida com o pai de Maite...

[Dulce] Sinto muito por seu pai!

[Christopher] Obrigado!... Então, é difícil comandar a melhor empresa do ramo do país?!

Eles ficaram bastante tempo conversando, sobre todos os assuntos possíveis. Dulce já não tinha medo e sentia-se bem com Christopher. Era mesmo um homem maravilhoso, pensou ela. E Christopher a cada momento ficava mais encantado com a ruiva. Dulce era diferente de todas as outras que ele já “ficou”. Ele conseguiu ver sinceridade, ternura e amor no olhar dela e em tudo que ela fazia.

Dulce conversava feliz, quando percebeu que tinha que contar rápido a verdade, se não, ficaria mais difícil depois.

[Dulce] Christopher... Eu sei que aqui não é o melhor lugar e talvez nem o momento certo, mas... (ele a olhou sem compreender. Dulce sentiu seu coração se apertar de medo) Eu sei que você deve saber coisas incertas...

[Christopher] Não estou entendendo, Dulce...

[Dulce] (respirou fundo) Eu... Eu sou... A mãe de... (ela não conseguiu prosseguir a frase e nem foi preciso. Christopher enfim descobriu quem ela parecia, era obvio: com Aghata e Clara. Era impossível não acreditar)

[Christopher] Desde quanto voltou?! (disse com um pouco de raiva)

[Dulce] Tem alguns meses... Uckermann, eu fui vê-las, eu as encontro quando tenho tempo. Vim morar aqui na capital porque o detetive conseguiu acha-las!

[Christopher] Colocou um detetive atrás delas?! Por que?! Não fez por onde para perde-las em um júri?! (disse já com muita raiva. Dulce sentiu medo naquele momento. Christopher não estava para bons amigos, e não seria fácil convence-lo que era inocente de todas as acusações).

[Dulce] O Sr. não sabe nem da metade do que aconteceu! Não sou culpada de nada!

[Christopher] Não me importa o que você pense! Mas não quero que minhas filhas fiquem perto de uma drogada!

[Dulce] Eu não sou drogada! Nunca fui! Foi pura armação do meu ex-marido!

[Christopher] Me poupe, por favor! A justiça faz exames para ter a certeza, Epinoza! E pelo o que a agente social falou, foi que no seu exame deu positivo, certo?!

[Dulce] O que importa é que estou aqui novamente! Não estou nenhuma pouco preocupada pelo o que o Sr. acha de mim! Minhas filhas me apóiam! E me mudei por elas, somente isso!

[Christopher] Ok! Pois eu digo: Não volte a falar com elas!

[Dulce] Não pode fazer isso! (ela já estava com os olhos marejados. Seu coração se apertou, e o medo prevaleceu em sua mente, não suportaria perde-las novamente) Pelo amor de Deus! Não faça isso!

[Christopher] Com licença!

Christopher caminhou ate onde as filhas estavam. Elas não tinham ouvido a conversa, mas olhavam com dúvidas os movimentos deles. Ele fez sinal para que elas os acompanhassem, com medo elas o seguiram. Saíram da casa, ainda estavam no portão quando Dulce aparece atrás deles.

[Dulce] Pensa coisas erradas de mim, Sr. Uckermann! (Clara se aproximou da mãe e abraçou)

[Christopher] Clara, venha comigo!

[Clara] Pai! Tem sete anos que esperamos ela voltar!

[Christopher] Conversamos sobre isso depois! Agora venha comigo as duas! (Dulce deixou uma lagrima cair dos olhos e sorriu para a filha. Clara seguiu com o pai em direção ao norte da rua. Aghata não conseguiu falar nada. O medo de perder a mãe estava ainda em sua mente)

Dulce ficou parada imóvel no mesmo lugar. Um ódio repentino tomou conta de si. A coisa que mais odiava era julgarem precipitadamente. E Christopher estava fazendo isso. Poncho e Maite apareceram perto dela.

[Maite] Ele já sabe, não é?! (disse abraçando Dulce que chorava)

[Dulce] Sim!

[Poncho] O que houve?!

[Maite] Eu vou com o Poncho lá pra casa... Volto mais tarde! (sorriu e seguiu o mesmo caminho dos outros com Poncho)

A ruiva voltou a entrar na casa. Contou tudo a Anahí. A amiga inventou uma estória qualquer e conseguiu que a festa acabasse rapidinho, mesmo porque já quase todos os convidados já tinham ido embora. Dulce se jogou no sofá cansada e preocupada. Christian trouxe um copo de água a ela.

 [Christian] Uckermann irá ceder, Dulce!

[Dulce] Não sei… Ele pareceu furioso quando contei!

[Anahí] Não é possível que ele será tão maldoso assim!... As meninas contaram a ele a verdade!

[Dulce] Deus o ilumine! Deus o ilumine!

[Christopher] Como não percebi antes! Era lógico! Dulce Maria Epinoza é idênticas às garotas! (disse a Maite e Poncho. Christopher tinha mais raiva de Dulce não ter contado antes, seria mais fácil e talvez ele entenderia, mas tudo aconteceu pelas suas costas e sem sua opinião, era o que mais odiava)

[Poncho] Chris! Ela é a mãe! Acho que tem o direito de vê-las ao menos! (Maite já havia contado tudo a ele enquanto não chegavam em casa)

[Christopher] Atah! E porque se drogava?! Por que batia nelas?!

[Maite] Ela nunca bateu nelas! Você não sabe de nada, Chris!

[Christopher] Sei o suficiente! Ela fez tua cabeça também, Mai! (ele virou seu olhar e viu Aghata na porta da sala. A menina o olhava suplicante)

[Aghata] Ela é minha mãe, pai! Terá que aceitar!

[Poncho] Ela é a mãe, Chris! Mesmo sendo drogada, ou o diabo que seja, ela é a mãe, e as meninas a amam!

No fundo, o problema não era a mentira de Dulce. Era saber que teria que dividir o amor de suas filhas agora. Christopher estava acostumado a viver com elas sozinhos e felizes, mas agora a mãe delas havia regressado e quer as filhas novamente. E ainda por cima, ele havia ficado tão impressionado com Dulce, que nem mesmo ele sabia o que era, só queria descobri o olhar dela. Uma raiva repentina se apoderou dele, era o que menos queria. A mãe de Aghata e Clara havia retornado, era uma ex-drogada, se não fosse ainda, pensava ele.

[Christopher] OK! Pode continuar vendo Dulce Maria Epinoza! (dizendo isso ele se levantou e subiu as escadas fechando a porta do quarto com violência)

Aghata respirou fundo. Iria ter problemas de agora em diante. Estava sentindo como se os pais acabassem de se separar e ela era o problema do caso. Maite a abraçou com carinho.

[Poncho] Ele vai se acalmar, Gatinha!

[Aghata] Eu e Clara, esperamos muito pra ter ela de volta, e o que menos queríamos é que tenha briga por causa disso! Não quero ir a tribunal e ter que escolher com qual deles ficar!

[Maite] Mas temos que entender seu pai também! Chris está com medo que as tirem dele! Conheço melhor que ninguém!

[Poncho] É isso que Dulce quer, Aghata?!

[Aghata] Não! Conversamos isso com ela, e ela disse que se meu pai aceitar, poderemos morar com os dois!

[Maite] Calma! Tudo vai se resolver na devida ordem!