Fanfic: Nunca sem minhas filhas

Dulce estava em seu escritório lendo alguns contratos, como sempre. O telefone tocou e logo sabia que era Aline, a secretaria. A secretaria pedia permissão para que o detetive pudesse entrar, Dulce confirmou e logo depois de desligar o telefone o homem entrou na sala com alguns papeis nas mãos e com um sorriso.

[Dulce] Bom dia, detetive! (disse retribuindo o gesto do homem de estender a mão em cumprimento)
[Elliot] Muito bom dia, Sra. Dulce! Tenho mais que boas noticias sobre o paradeiro de suas filhas!
[Dulce] (ansiosa) E o que são?!
[Elliot] Consegui achar quem as adotou e em que cidade estão!
[Dulce] Graças a deus! (disse sorrindo. Ela pegou o telefone) Aline chama a Anahí aqui depressa! (logo depois colocou o telefone no gancho e olhou o detetive [Elliot] Onde elas estão? Moram onde? Passam necessidades?! (falou sem parar)
[Elliot] (sorrindo) Calma, Sra. Dulce! Uma coisa de cada vez né!... Bem... (ele foi interrompido por Anahí que entrava na sala e se aproximava deles)
[Anahí] O que eu perdi?!
[Dulce] Ouça Anny! Continue!
[Elliot] Depois que Peter Mohana morreu, as duas foram dadas a adoção conjunta. Elas moraram em Paris um ano e depois voltaram para cá, hoje elas moram na capital...
[Dulce] Quem são os pais adotivos?
[Elliot] Não são os pais adotivos, é o pai adotivo! Elas foram adotadas por um homem dono de uma metalúrgica, e muito rico por sinal! Ele não é casado e era o primeiro da fila na adoção!
[Dulce] Hum... Qual o nome dele?!
[Elliot] Deixa-me ver... (ele revirou as folhas dos papeis que segurava, sorriu ao encontrar o nome) Não tenho o primeiro nome, mas é Von Uckermann! O que eu sei também é que ele não aparece muito por ai, e que as empresas dele são muito importantes para o país!
[Anahí] Graças a Deus elas não estão passando necessidades!
[Elliot] Só não tenho endereço e mais nada!
[Dulce] Isso eu mesma acho! (pegou novamente o telefone) Aline, quero que ache o endereço lá na capital de um homem que tem o sobrenome Von Uckermann!
[Elliot] O que vai fazer com isso agora, Sra. Dulce?
[Dulce] Amanhã mesmo estou indo para a Ciudad do México!
[Anahí] Ta brincando?! Não pode deixar a empresa, Dulce!
[Dulce] Vou, como também você vai comigo! Temos uma cede lá, podemos trabalhar lá como se fosse aqui, Anny! (ela pegou o retrato de suas filhas na mesa e os beijou) Vou ter minhas filhas de volta!


O vôo 247 chegou na Ciudad do México pela parte da noite. Dulce já havia organizado tudo. Elas foram ate a locadora e o carro delas já estava pronto. As duas somente iam a capital de vez enquanto, mas conheciam muito bem a cidade. Elas cruzaram a cidade ate chegarem no hotel onde se hospedariam pelo menos ate acharem uma casa.

No dia seguinte, Dulce acordou cedo junto com Anahí. Elas tomaram café e foram ate a cede que tinha na capital. Lá havia um presidente responsável. Ele foi promovido para outro cargo, transferindo assim as salas a Dulce e Anahí. Elas não ficaram muito tempo e logo depois já estavam no carro andando pelas ruas da cidade.

[Anahí] Pelo o que a Aline achou, ele se chama Christopher Von Uckermann! (disse lendo o papel)
[Dulce] Onde é mesmo o bairro?!
[Anahí] Lar Barredas.

Não tiveram muita dificuldade para achar o bairro e a rua onde ele morava. Elas pararam o carro em frente a uma mansão muito bonita que tinha jardins de rosas lindos como fachada. Dulce respirou fundo, estava de manhã e com certeza as meninas deviam estar na escola.

[Anahí] Quer mesmo fazer isso, Dulce?!
[Dulce] Tenho que fazer, Anny! Passei sete anos as procurando!... Será que me reconhecerão?!
[Anahí] Lógico, principalmente Aghata!

Quando Dulce as perdeu no tribunal, Aghata tinha sete anos e Clara tinha cinco. Nunca ela tinha esquecido o sofrimento das meninas ao ter que se separar da mãe.

-Flash Back-
As meninas se agarravam no pescoço da mãe chorando desesperadas.

[Aghata] Não mamãe! Não quero ir com ele!
[Clara] Mamãe, vamos voltar a ti ver?!
[Dulce] (chorando) Não sei, meus anjos!

Os policias se aproximavam com a intenção de leva-las de Dulce para o pai.

[Dulce] Guarde isso que eu vou falar! Eu vou acha-las novamente, e vamos ficar juntas de novo! Nunca esqueçam disso, EU AMO VOCÊS! A mamãe sempre vai ama-las onde estiverem!

Os guardas as levavam de Dulce enquanto as meninas relutavam em ir. Anahí abraçou Dulce que quase iria desmaiar ali no tribunal.

[Aghata] Eu amo você, mãe! Eu vou te esperar! (disse se afastando)
[Dulce] Eu nunca deixarei de ama-las! Não esqueçam disso!

Dulce sentia sua vida indo embora junto com as filhas. As crianças deram um ultimo aceno e saíram da sala de tribunal. As lagrimas escorreram desesperadas pelo rosto de Dulce, talvez nunca mais as veriam de novo!
-Fim do Flash Back-

Agora elas tinham quatorze e doze anos. Esses sete anos foram como mil anos para Dulce. Anahí apertou a mão da amiga lhe dando coragem e saíram do carro. Subiram devagar as escadas e tocaram a campainha. Depois de alguns segundos esperando, uma senhora abre a porta. Ela olha para Dulce como se a reconhecesse. Não foi surpresa para elas, Clara e Aghata era simplesmente idênticas a mãe, e agora depois de grandes com certeza estavam mais parecidas ainda.

[Dulce] Bom dia! (disse sorrindo) Gostaria de falar com o Sr. Von Uckermann!
[Empregada] Infelizmente ele não está, senhora! Essa hora com certeza foi buscar as filhas na escola! (Dulce sentiu seu coração apertar ao ouvir falar das filhas)
[Anahí] E onde seria esse colégio?! Talvez seja o mesmo que o do meu filho! (disse tentando convencer a empregada) Se for, ligo pra ele buscar o meu também!
[Empregada] É pode ser! É ao colégio Sagrado Coração!
[Anahí] Sagrado Coração?! Hum, não é! O Jr. estuda no Elite Way School... Bem agente aparece amanhã aqui então, ok?!

A mulher confirmou com um sorriso e fechou a porta logo depois que ela entraram no carro. Dulce ligou o carro e deu a partida.

[Dulce] Tem idéia onde fica esse colégio?!
[Anahí] Não sei muito bem, acho que fica na zona leste da cidade! Eu sei que é um dos melhores do país!
[Dulce] Ótimo!

Dulce andava em alta velocidade, queria chegar a tempo de ver as filhas saindo do colégio. Depois de terem perguntado mais de vinte pessoas conseguiram chegar ao lugar. Alguns carros estavam estacionados em frente e aparentava que os alunos não haviam saído ainda.

Elas continuaram dentro do carro que estava do outro lado da rua. Dulce não conseguiu parar de olhar um estante um homem que estava encostado no carro em frente ao portão. Tinha um corpo lindo com um olhar penetrante e um sorriso encantador. Não sabia o que teve, mas seu coração disparou ao olha-lo, ela saiu do colapso quando ouviu o barulho do portão se abrindo.

Por um estante Dulce teve medo de não reconhecer as filhas mas logo isso desapareceu depois dela ver duas garotas saindo da escola. Aghata a mais velha e mais alta, tinha os cabelos amarados em um coque, a garota já estava uma moça. Tinha um belo corpo e estava mais que nunca parecida com a mãe. Clara também estava muito bonita, não havia abandonado os negros cabelos que havia herdado. Dulce riu em meio a lagrimas ao vê-la já usando maquiagem. Se ela aparecesse ali, ninguém desconfiaria que ela era a mãe das meninas.

Dulce quase teve um enfarte ao ver suas filhas indo ao encontro do homem que tanto a tirou do serio.

“Então você é o Christopher Von Uckermann”

As garotas o abraçaram carinhosamente. Ele depositou vários beijos no rosto delas e logo entraram no carro e partiram. Dulce e Anahí continuaram paradas ali cercadas em seus pensamentos.

[Anahí] Elas estão lindas, Dulce!
[Dulce] Clara já usa maquiagem! (disse rindo emocionada)
[Anahí] Você viu o tal de Christopher?!... Elas conseguiram arrumar um pai lindo, hein!
[Dulce] Tenho que admitir que sim!


Elas arrancaram com o carro e partiram em direção ao centro da cidade onde o hotel estava.
Dulce e Anahí passaram parte da tarde procurando uma casa ou um apartamento. O representante da imobiliária mostrava diversas casas em ótimos bairros na cidade.

[Anahí] Não, esse bairro está muito afastado!
[Imobiliária] Mas a casa é muito boa, senhoras!
[Anahí] O que acha, Dulce?! (Dulce estava olhando as casas concentradas. Teve uma idéia, sorriu)
[Dulce] Tem alguma casa no bairro Lar Barredas?