Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

- Na verdade, você me implorou para que não fizesse isso.

- Pedi que fosse trazida para cá? – Anahí sentiu a pulsação acelerar e ergueu as cobertas.

Ficou desapontada ao ver que ainda usava o vestido vermelho da noite anterior. Sem poder evitar, imaginou. Poncho carregando-a para a cama, cobrindo-a com seu corpo forte, fazendo-a estremecer de prazer com aquelas mãos quente. Ele poderia ter acariciado seu corpo, os cabelos, os seios e descido cada vez mais... Quase podia sentir as caricias e ver a ambos excitados, gemendo, os corpos se entrelaçando.

- Nós não...

Poncho apoiou os braços na cama e a estudou. Os ombros largos levaram a um peito de músculos bem definidos, coberto com a quantidade perfeita de pelos escuros. O restante estava oculto, mas isso não impediu Anahí de se perguntar o que haveria abaixo. Ele costumava dormir nu?

- Não achei que você fosse esse tipo de garota – ele prosseguiu, alheio à vivida imaginação dela.

- Como sabe se não tentou nada?

Ele sorriu.

- Eu a conheço um pouco a esta altura.

- É mesmo? – Anahí levantou a sobrancelha. – Pois talvez esteja enganado. Talvez eu seja a mulher mais ousada que já conheceu e tenha cometido ousadias das quais nem sequer ouviu falar ainda.

O sorriso de Poncho se ampliou.

- Uma mulher tão ousada não se importaria de chegar em casa bêbada.

Droga. Ele não era nenhum tolo. Apesar de sua renomada audácia, ela andava dentro de certo limite. Além do mais, recusava-se a magoar os pais.

Tentou pensar num revide à altura.

- Qualquer homem com tempo para colocar tantas lâmpadas de Natal em casa não tem nada melhor para fazer mesmo...

- Não costumo perder tempo com algo  que não seja verdadeiro. Não durmo  com uma mulher apenas para elevar a minha marca. Ainda que eu possa ser mais homem do que você consegue lidar – completou com os olhos verdes brilhando.

Anahí ergueu o queixo de leve.

- Quer apostar?

No segundo seguinte Poncho subia no colchão, fazendo-a recuar na direção da relativa segurança da cabeceira e dos travesseiros. Quando dera o passo maior do que a perna? – perguntou-se, alerta.

Não era possível que estivesse tão apaixonada. Tinha acabado de voltar para Kismet e só agora convivia com Poncho, depois de tê-lo conhecido apenas superficialmente na juventude.

Encarou-o, o coração aos saltos. Não podia negar que havia algo muito forte entre eles. Mas aquilo não passava de atração sexual, tentou se convencer.

Determinada, afastou as cobertas e assumiu sua pose mais provocante. Não era sua pose mais provocante. Não era seu estilo se encolher debaixo dos lençóis. Havia vários meios de vencer um desafio. Por alguma razão, ganhar de Poncho apareceu mais importante do que nunca.

- Quero ver... – ela semicerrou os olhos. – Estou esperando.

 Ele soltou uma risada.

- Prepare-se para ficar maravilhada.

Ela já estava maravilhada. O coração disparado e a pele afogueada eram uma prova disso. Só em observá-lo se aproximando pelo colchão, apoiando nas mãose nos joelhos com aquela cueca boxer preta justa, já ficou sem fôlego. Com um simples sorriso, ele ameaçava jogar sua aura de coragem por terra.

Céus! Deveria ter evitado. Mas agora era tarde demais.