Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

Poncho desligou o telefone com o corpo ainda vibrando depois de ter feito amor com Anahí como nunca. Sentia-se satisfeito, exultante. Não sabia se aquilo era amor, muito menos do tipo que se declarava aos gritos do alto de uma mesa, mas tinha consciência de que estava indefeso em relação ao sentimento. 

- Era a Sra. Porter – comentou com um suspiro. – Ela precisa de ajuda para tirar o carro que ficou atolado na neve no centro da cidade. Talvez eu demore um pouco. 

- Onde estávamos mesmo? – Anahí ignorou a informação e desceu a mão pelo peito largo, traçando um caminho sugestivo até o caminho de pelos. – Ah, mais ou menos aqui... – envolveu-o com a mão, afagando-o. 

Poncho fechou os olhos. Estava encrencado. Entre todas as razões para sucumbir, trair sua promessa a um amigo, ceder a um desafio, abandonar a vizinhança carente, tinha de ser a mais improvável a que o fazia se render ao toque de Anahí: Estava apaixonado por ela.

Era mesmo u canalha. Não fora capaz de resistir a um envolvimento com a garota dos sonhos do melhor amigo. Mesmo que fosse apenas sexo, como ela dizia, deveria se envergonhar.

Oh, sim! Assim mesmo... 

Anahí o acariciava enlouquecedoramente, murmurando o que gostaria de fazer com ele em seguida. Poncho estremeceu de prazer e encarou a realidade: era um péssimo sujeito. Um amigo da onça. 

Agarrou os lençóis, arqueando o corpo. 

- Não pare, Annie! Não pare! 

O telefone tocou outra vez, e o ruído persistente se misturou a seus gemidos. Agora não! Com um grunhido, segurou a mão dela e estendeu a outra para o telefone. 

- Sim? 

- Poncho? Não esqueça a pá. E as pedras de sal! 

- Não esquecerei, Sra. Porter. Aguente firme. – desligou deparando com a expressão de incredulidade de Anahí. – Lamento, Annie, eu... 

- Você vai? – ela indagou, boquiaberta, ao vê-lo se levantar. 

Poncho a fitou, consternado. Ela era a mulher mais incrível que já conhecera: divertida, sexy, doce... E espantosamente tímida em se tratando de certas coisas. Gostava disso nela. Na verdade, amava muitas coisas nela. 

- Vai ajudar sua vizinha agora? – ela repetiu, incrédula. 

- Não posso deixa-la no meio da neve. 

- Mas... 

- Podemos retomar de onde paramos depois. – ele começou a ser vestir. – Eu a compensarei por isto, Anahí, prometo. Não é apenas sexo? 

Um silêncio inexplicável se seguiu à pergunta, e Poncho a olhou por sobre o ombro. Ao ver a mágoa estampada no rosto bonito e delicado, sentiu-se tomado por uma emoção que não soube explicar.