Fanfics Brasil - 4º Capítulo Voltando Para Casa - AyA (Finalizada)

Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí


Capítulo: 4º Capítulo

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Anahí se retesou. Da cama, Belinda e Aaron a encararam, com certeza imaginando-a prestes a fazer uma cena terrível. Podia fazer isso, porém, tinha uma ideia muito melhor.


- Pelo fato de eu ser a melhor personal stylist do ramo. – informou-os com altivez – Eu poderia fazer você parecer fantástico, Aaron. Mas... Você é quem sabe. Pode manter o seu estilo de roupas da seção masculina de supermercado.


Belinda soltou uma exclamação horrorizada.


- Você me disse que usava Ralph Lauren!


Desmascarado, Aaron não disse nada.


- Esqueça Belinda. – Anahí falou, fingindo um suspiro conformado. – O importante é que tenho algumas opções fantásticas para você. Voltarei para mostrar os vestidos quando não estiver mais acompanhada, está bem?


- Oh, que bom! – vibrou a atriz. – Mal posso esperar!


Anahí apenas sorriu. Não podia esperar o mesmo.


 


CIDADE DE KISMET...


Quando, a caminho da cafeteira elétrica, ele se viu desviando das roupas de baixo e das meias suja do pai, Alfonso Herrera achou que já tinha aguentado o bastante. Pensar que o próprio pai estava vivendo como um adolescente era o fim.


De banho recém-tomado, descalço, usando jeans de cintura baixa e a habitual camiseta, vestiu uma camisa de flanela e lançou um olhar para o progenitor que dormia placidamente no sofá pequeno demais para um homem tão grande. Mas filhos não podiam recusar guarida aos pais, afirmara Armando Herrera uma semana e meia antes.


Olhou ao redor, estudando os danos acarretados por sua decisão com a mesma rapidez que usara na NFL a liga americana de futebol, para avaliar condições de campo, velocidade do vento e riscos. O que viu só o desanimou. Em meio às caixas de decoração de fim de ano e ocupando o espaço que ele deixara reservado para uma arvore de Natal, havia agora pilhas de material de leitura: o jornal local, o Cometa de Kismet, e varias revistas masculinas sobre saúde e exercícios físicos, carros velozes e videogames. Sem mencionar os jogos, propriamente ditos, esparramados ao lado do aparelho de tevê. O pai estava morando ali com ele, levando uma vida de solteiro despreocupada, desde o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, aquele dia fatídico...


- Acorde dorminhoco. – Poncho puxou o pé para fora das cobertas que desafiava o rigoroso inverno de Michigan. – Hora de levantar.


- Só mais dez minutos – resmungou Armando, virando-se para o lado oposto;


- Você tem coisas a fazer, pessoas a ver.


- Sou aposentado. Caia fora.


Poncho soltou um suspiro e foi até a cafeteira. Quanto antes ele chegasse ao trabalho, melhor.


O trabalho também tinha seus contratempos. Mau Poncho abriu as portas da Esportes Herrera, sua loja de equipamentos esportivos na ainda sonolenta e coberta de neve cidade de Kismet, e o maldito representante de vendas da Multicorp  apareceu. Derek James o vinha cercando para que ele franqueasse sua loja e fechasse um contrato com a poderosa corporação.


- Por que não me surpreendo em vê-lo aqui logo cedo, James? – Poncho ativou o sistema de som e músicas natalinas ecoaram pela loja, cujo interior já se encontrava enfeitado para a época das festas. – Já falei dezenas de vezes e vou repetir: desista. Não vou franquear minha loja.


 - E por que não? Você tem um excelente conceito aqui. É um tremendo sucesso. Mas é um peixe grande numa lagoa pequena. Se vender a franquia da loja para a Multicorp e expandir seus horizontes além de Kismet, será um tubarão no oceano, Poncho. Um tubarão. Eles nem sequer param de nadar para dormir, você sabe. O que me diz?


- Que isso me parece o inferno na terra.


Incansável, Derek o seguia enquanto Poncho cuidava das tarefas rotineiras, ajeitando mostruários de equipamentos esportivos aqui e ali ao longo da loja, até a sala de estoque abarrotada.


- Se está bancando o difícil para elevar o preço da franquia, não dará certo. Estou preparado para fazer uma oferta bastante generosa. Mas se não estiver interessado em vender...


- Não estou interessado em vender. – Poncho retirou de uma prateleira uma caixa de lâmpadas de Natal que usaria na fachada.


- Então terei de fazer a proposta para outros clientes.


- Já devia ter feito isso. – declarou Poncho, virando-se para encará-lo. – Segure. – entregou a caixa ao perplexo representante de vendas e tornou a se virar para a prateleira para apanhar mais uma. – Tome cuidado. Essas coisas são pesadas. – ele caminhou para a fachada carregando a caixa, com James a segui-lo.


- Se frequentasse sua loja. – persistiu o homem, ofegando por causa do peso – Ficaria milionário praticamente de noite para o dia. Você foi um grande jogador dos Scorpions, a sensação da NFL. Não quer estar sob os holofotes de novo, mesmo que de uma maneira diferente?


Poncho se esforçou para conter a irritação, mas o sino acima da porta tocou, poupando-o de uma resposta cortante.


- Pode deixar a caixa ao lado desta. – instruiu, pondo a dele em um canto próximo a um mostruário de equipamentos de beisebol. – E veja se arruma algo útil para fazer. Tenho fregueses para atender


- Mas...


- Tenha um bom dia, James.


- Eu voltarei. – prometeu o representante, carrancudo.


- Olá, Poncho... Esse sujeito não desiste mesmo, não?


-Nem me fale...


Usando uma marca para azul forrada, que o fazia parecer ainda mais corpulento, Christopher abriu um sorriso bem humorado. Também ex-jogador do time dos Scorpions e melhor amigo de Poncho desde o jardim de infância, era professor de educação física do colégio Kismet.


- Afinal, quando vai mandá-lo para o Polo Norte. – Christopher riu. – Ele poderia passar um bocado de tempo lá, tentando comprar uma franquia da fabrica de brinquedos do Papai Noel.


- Eu não faria isso com o bom velhinho.


Fregueses começaram a entrar, sorrindo ao ouvirem as músicas natalinas. Poncho sempre os deixava à vontade antes de lhes dar a orientação necessária sobre os produtos até que encontrassem o item perfeito.


Aquela era uma área relativamente rural, uma cidade de cerca de mil habitantes fora da temporada de turistas, e um lugar de tradições arraigadas, desde as construções ao longo do rio e da marina, até a rodoviária restaurada na parte antiga da cidade. Sua loja se tornara um marco na rua principal, situada entre vários tipos de estabelecimentos comerciais.


Naquele dia, com a ajuda de Christopher, ele pretendia terminar de enfeitar a fachada com lâmpadas multicoloridas nas pausas entre um freguês e outro. A maioria dos estabelecimentos estava sendo enfeitada no fim de semana para a parada anual de Natal e o show de luzes, outra tradição em Kismet, e a prefeitura já providenciara a decoração das ruas. Sem dúvida, o espírito de Natal se espalhara por toda a parte.


Poncho entrou na cozinha às seis e meia, desviando-se de varias caixas com enfeites e lâmpadas que usaria em casa, e passando pelo pai sentando a mesa. Tinha um encontro com uma garota para jantar em menos de meia hora. Trabalhara até mais tarde naquele dia, pois o excesso de lâmpadas na loja havia resultado em alguns fusíveis queimados.


Mas nada que não pudesse ser resolvido... O problema era que agora estava atrasado para o encontro.


- Onde estão minhas meias novas? Achei que iria lavar um pouco de roupa hoje, pai.


- Não tive tempo. – com toda a naturalidade, Armando serviu-se de mais uma colherada de chili. – Eu estava na academia.


- Academia? – desdenhou Poncho.


- Estou fazendo musculação. – o pai ergueu o queixo. – Se eu conseguisse colocar um daqueles aparelhos completos de musculação na minha nova sala de ginástica...


Ao se mudar para ali, Armando decidira que o quarto de hospedes era um lugar melhor para seu treinamento com pesos do que para dormir, e havia tirado a cama substituindo-a por seus apetrechos.


- Felicitaria muito as coisas. Mas não importa. Posso fazer musculação na academia de cidade por enquanto. As gatas vão ficar loucas por mim.


- Pai. – Poncho o encarou, sério. – Minha mãe já é louca por você.


- Bah! Ela demonstrou isso de uma bela maneira.


Poncho desistiu. Não podia ouvir o restante de argumentação. Não outra vez. A briga dos pais só lhe trouxera dor de cabeça.


- Ei, você está usando as minhas meias! – acusou, indignado.


- Porque estão todas espalhadas pela sala, junto com a roupa de baixo! Por que não as joga no cesto de roupa suja?


Exasperado, Poncho rumou para o quarto, onde ainda devia restar alguma das meias que pegara no estoque da loja. Por nada perderia seu encontro com Claudia, corretora de uma das imobiliárias do Centro.


- Pare de implicar comigo. – a voz do pai o acompanhou pelo corredor. – Deus do céu, você parece a sua mãe!


- Ah, e não se esqueça de colocar a tigela de chili na lava-louças.


- Déspota.


Poncho sorriu. Se tornasse a vida do pai em seu reduto de solteiro menos prazerosa, talvez ele corresse de volta para casa. Seria seu melhor presente de Natal.


Ao deixar o chalé, Poncho avistou a vizinha, a Sra. Porter, que acenou para ele de sua varanda iluminada. Fazendo-se de desentendido, ele esboçou um sorriso e se adiantou até a caminhonete. A Sra. Kennedy a outra vizinha, também acenou da janela.


Droga. Estava atrasado demais para removera neve da entrada de carros das duas. Teria de fazer isso depois. Costumava ser solidário com a vizinhança, mas, naquele ano, andava particularmente atarefado na ‘Esportes Herrera’.


Embora pudesse dizer que aos trinta anos era um homem realizado em vários aspectos, o fato era que estava sempre ocupado, ajudando alguém. Pelo visto, ser “pau para toda obra” era sua principal função, pois odiava decepcionar as pessoas.


Mas, no momento, tinha um encontro, os pais para reconciliar e uma loja para dirigir.


Continuou caminhando e tirou as chaves do bolso. Estava prestes a abrir a porta da caminhonete quando o celular tocou. O que poderia ser, agora?


- Poncho? É Dulce.


- Oi, irmãzinha. – ele sentou-se ao volante, apressado. – Como vão as coisas?


- É a Alice... – a voz da irmã mais nova soou tremula. – Ela teve um dia péssimo na escola ontem, e não sei ao certo o que fazer. Será que não poderia...


- Ir até aí conversar com ela? – ele suspirou. – Aguente firme. Estou a caminho


- Obrigada. Desculpe por incomodá-lo. Poncho, mas...


- Não é incomodo algum.


Ele desligou, conforme, e discou outro número em seguida, consolando as mesmo. Talvez ele e Claudia não estivessem destinados a se conhecer melhor, afinal.



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Autor(a): Belle_Doll

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Los Angeles... Anahí dividia uma vasilha de pipoca de micro-ondas absurdamente calórica com sua melhor amiga, Maite, no sofá do apartamento desta em West Hollywood, enquanto assistam a um programa sobre celebridades. Não havia sinal algum do Natal ali também. Maite era judia e, portanto, seu lar era o local ideal para Anahí nos fins ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • franmarmentini Postado em 24/02/2014 - 11:54:26

    MUITO LINDA ESSA WEB AMEI!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 16/02/2014 - 15:41:20

    vou ler sua fic* ;)

  • lyu Postado em 08/06/2013 - 03:08:39

    BELLE FINAL PERFEITO, CONTINUE ESCREVENDO, MUITO BOA SUA WEB

  • camillatutty Postado em 07/06/2013 - 23:08:10

    Hahhaah Eu concordo com tudo o que a isajuje falou, Belle!!! Você tem que avisar que vai acabar, senão a gente fica assim, chocada e triste!!!! Sério agora: A web foi linda! E a guinada que a Annie deu na vida dela foi impressionante! Ela realmente entendeu o que a faria feliz e não teve medo de arriscar, assim como el Ponchito!

  • isajuje Postado em 07/06/2013 - 10:41:48

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnw *u*' isso foi tãããão romântico KKKKKKKKKKKKKKKKK' sério mesmo, que bela história de natal, amo muito histórias de natal! São demais! noss', mas é chato, porque a fic chegou ao fim e você nem avisou que ia acabar? :/ isso não é justo. Eu não estava preparada psicologicamente para esse baque q.q' annnw, mas foi tão fofis K s2

  • annrbd Postado em 06/06/2013 - 23:09:04

    Não acredito que acabou! :') Linda a história! Adorei msm, obrigada por compartilhar *-*

  • annrbd Postado em 06/06/2013 - 22:35:22

    Morri com essa capítulo! Que linda declaração *-*

  • annrbd Postado em 06/06/2013 - 22:20:28

    Anahí sua boba, o Poncho te ama sim! E ele chegou a tempo *-*

  • annrbd Postado em 06/06/2013 - 21:20:20

    Quando o Poncho chegar a Anahi tem que ir correndo e dar um beijo nele, sem deixar ele explicar nada *-*

  • annrbd Postado em 06/06/2013 - 20:11:56

    Vamos Ponchitooo! tem 20 minutos!


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