Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

Poncho a segurou pelo braço, conduzindo-a pelo meio da multidão de espectadores.

- Vamos assistir à parada ali adiante. A vista é melhor.

- Espere! – olhando para trás, Anahí viu um moreno se aproximar de Dulce e Alice. Parecia familiar. Seria Christopher? – Poncho! Prometi a Alice que assistiria à parada com ela!

- Ela vai entender. – determinado, ele prosseguiu, conduzindo-a cada vez para mais longe da Esportes Herrera.

- Para onde estamos indo? Estava ótimo lá... E quanto à minha noticia? Não tem nada a dizer?

- De que vai ficar na cidade? – ele parou de repente.

- Sim!

- Eu digo que estou perdido – murmurou, antes de puxá-la pela mão. – Vamos.

Poncho soube que havia dito a coisa errada no momento em que as palavras deixaram seus lábios.

Contudo era tarde demais. Tanto para retirar o que dissera quanto para fingir que não falara a sério. Até porque era verdade. Ele estava frito.

Estar na mesma cidade com Anahí Portillo durante as festas de fim de ano era uma coisa. Conviver com ele vinte e quatro por dia era outra. Ele mal conseguia racionalizar o que estava fazendo com Christopher para começar. Como poderia se sentir bem em prolongar aquilo tudo até depois do Natal?

Nenhum homem de consciência se sentira, e ele, decididamente, tinha consciência. Deveria estar tomando, contudo da garota dos sonhos do melhor amigo. Encontrando um meio de fazer com que ela quisesse sair com Christopher.

E, até então, ele não havia feito nada daquilo. A menos que considerasse cobrir o corpo nu de Anahí com caricias e beijos como “tomar conta dela”.

Não entendia o que havia de errado com ele. Num minuto era o sujeito confiável e sensato de sempre. No minuto seguinte, beijava Anahí com ardor no meio da calçada, bem na frente de todo mundo, incluindo Christopher, a quem ele avistara caminhando, despreocupado, naquela direção poucos minutos depois.

Deus, não tinha explicação para nada daquilo. Apenas vira Anahí parada lá e... Pronto. Seu coração havia tomado a decisão por ele. Quando a beijava, era como se ninguém mais existisse no mundo.

Droga, devia ter se contido. Devia ter ficado por lá, empurrado Anahí para cima de Christopher, feito às apresentações e acabado logo com aquele tomento. Em vez disso, saíra correndo com ela e, embora o amigo não os tivesse visto juntos, ele sabia que havia corrido um risco estúpido e desnecessário.

Ainda corria... E tudo para estar mais um minuto ao lado de Anahí, que agora lhe olhava, ansiosa, para a imensa e escura árvore de Natal enquanto a contagem começava.