Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

- Você jamais poderia ser uma mulher comum.

- Mas isso já aconteceu. Veja... – como prova, Anahí indicou o suéter grosso por baixo do casaco. – Vesti isto em nome do conforto em vez do estilo. Não é nem cashmere! E se...

- Você jamais poderia ser uma mulher comum para mim.

Ela arregalou os olhos.

- Então, não está desapontado.

Poncho a estudou com uma intensidade que a deixou quase sem fôlego.

- Eu só ficaria desapontado com você se voltasse para o tal Aaron.

- Poncho, estou falando sério, eu...

- Eu também, Anahí. Quero...

- Ei, Papai Noel!

Era um pai pedindo a Poncho que tirasse fotos com seus filhos. No fim, ele se viu preso em mais uma sessão, acompanhada de cumprimentos e conversas.

Anahí aguardou sorrindo, pensando em como Poncho a fazia sentir-se tão especial.

Não estava chocado com o que ela fizera ou com o que perdera. Tinha apenas ouvido sua confissão e a apoiado.

Aquilo era tudo. Principalmente vindo de um homem tão sincero.

Sentindo-se mais leve do que nunca, agora que havia se livrado do fardo de seu segredo, ela soltou um suspiro de puro alivio. Poncho ainda gostava dela!

Olhando ao redor, avistou-o na extremidade aposta do ginásio, cercado de crianças. Sorriu, orgulhosa, e cheia de esperança.

Um moreno de aspecto familiar chamou sua atenção perto das mesas de comes e bebes. Sem hesitar, caminhou até ele, tocou seu braço e estendeu a mão.

- Você deve ser Christopher. Acho que já era hora de nos conhecermos. Sou Anahí Portillo.

- Anahí Portillo! – o sorriso foi contagiante, o aperto de mão firme. – Como sabia que era eu?

- O outro duende era bem menor. Você se sobressaiu.

- Ah. – ele riu, apontando para a fantasia. – Você fez uns ajustes nisso nisto, não foi? Obrigado.

- As medidas que Dulce tirou ajudaram. Parece que andamos nos desencontrando.

- Eu sei. A culpa foi minha. – o olhar dele suavizou. – Anahí Portillo... Mal posso acreditar.

- Estudamos no mesmo colégio? Acho que me lembro de você... – estreitando os olhos, Anahí recordou-se de um garoto robusto com inclinação para fazer piadas. – É isso mesmo. Agora me recordo bem.

Conversaram um pouco sobre os tempos de escola, saboreando pequenas tortas de nozes e creme de uma bandeja que uma voluntária tinha trazido. Anahí simpatizou com Christopher de imediato.

- Ouvi muito sobre você depois que voltou e cheguei à conclusão de que nós dois não temos mesmo nada em comum. Você não gosta de caminhonete nem de chope, serve comida fria em dezembro... Ainda bem que os esforços de Poncho para nos aproximar foram em vão! – Christopher riu, espontâneo. – É evidente que não fomos feitos um para o outro.

Anahí quase engasgou com o pedaço de torta.

- Os esforços de Poncho para quê?

- Para nos unir como um par romântico. Não precisa fazer de conta que não sabe, Anahí... Poncho tem se dedicado a isso noite e dia há semanas. Ele é assim: uma vez que promete ajudar, ninguém consegue detê-lo. Mas agora que estou apaixonado por Dulce, não preciso mais da ajuda de Poncho. Ah, aí vem ela!

- Não precisa da ajuda de Poncho para quê? – Dulce parou ao lado dele, sorridente.