Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

- Você o quê? – Poncho tinha uma expressão confusa.

- Eu me formei em Educação Física porque sabia que era insensatez contar com o futebol para o meu futuro. Sempre fui previdente, você sabe. – o sorriso caloroso de Christopher foi um balsamo para Poncho. – Quando você voltou da NFL foi ainda melhor porque pudemos conviver outra vez. Foi tudo o que eu sempre quis. Odeio viajar e não me importo com o dinheiro nem fama. Esse tipo de coisa não é para mim.

- Não é mesmo! – James interveio com claro entusiasmo. – Ofereci um emprego na divisão de mídia da Multicorp como divulgador. Com sua personalidade, ele seria um sucesso e ganharia muito dinheiro também. Mas ele recusou.

- Você o quê? – Poncho ficou boquiaberto.

- Tenho tudo o que preciso bem aqui em Kismet. – Christopher limitou-se a dar de ombros. – E quanto a você ter roubado a garota dos meus sonhos... Foi uma tolice da minha parte achar que queria Anahí. Sou muito obtuso. Demorei um pouco a perceber quem eu realmente queria. – ele abraçou Dulce pelos ombros. – Estou com a única mulher que desejo bem aqui ao meu lado. Já a pedi em casamento, e ela aceitou. Assim, meu amigo, caia na real! – sorriu zombeteiro. – Minha vida não gira em torno de você, por mais que você goste de ficar me dando ordens. Está tudo ótimo.

Poncho mal podia acreditar.

- Tem certeza de que está bem?

- Melhor do que você, eu garanto.

Era verdade, pensou Poncho. Ambos se entreolharam por um longo momento, depois trocaram um abraço apertado, Poncho sentindo os olhos marejados, Christopher fungando quando deu um passo para trás.

- Tudo resolvido, meninos? – perguntou, comovida a Sra. Porter.

- Resolvido – dissera Poncho e Christopher em uníssono.

- Ótimo – aprovou a viúva – Então, vamos partir para alguma estratégia, Poncho. Talvez ainda haja tempo de juntarmos você e Anahí Portillo.

- É tarde demais. – ela sacudiu a cabeça. – Ela não me entende.

- Você chegou a dizer a ela como se sentia, como acabou de fazer com Christopher? – perguntou o pai dele, sensato.

- Há muitas coisas que você poderia melhorar no seu estilo de comunicação – apontou Dulce com gentileza. – Por exemplo, podia ter dito a Anahí que, no começo estava tentando formar um par entre ela e Christopher.

- Sim, Eu acabei deixando de... Mencionar isso.

- Foi uma grande surpresa para ela – prosseguiu a irmã. – Uma surpresa nada agradável, por sinal. Mais ou menos do tipo que ela teve em Los Angeles com o namorado traidor.

- Eles têm razão, Poncho. Não pode desistir se ainda houver esperança – interveio James. – É preciso ser persistente.

Todos o encararam.

- Ei, meu negócio é vendas... Não desisto nunca.

O comentário mexeu com Poncho. Era o que ele estava fazendo? Desistindo? Ou apenas protegendo a si mesmo?

- Ouça – argumentou Christopher – Nós nos conhecemos desde pequenos, certo? Se eu não percebi o que você andava pensando sobre mim, o futebol e tudo mais, como Anahí pode saber como você se sente de verdade em relação a ela?

Um tanto abalado, Poncho o estudou. Talvez Christopher tivesse razão.

- Não faça a mesma bobagem que eu fiz, filho. – Armando o encorajou. – Se gosta de Anahí, diga a ela agora. Antes que seja tarde demais.

- Por que “tarde demais”?

- Anahí está deixando a cidade – o pai estendeu o celular. – Acabei de receber uma mensagem de texto da sua mãe. Ela está tentando detê-la no restaurante Xícara e Café, mas o ônibus de Anahí para o aeroporto sairá daqui a vinte minutos.

Vinte minutos! Ele precisava de mais tempo do que isso.