Fanfic: Voltando Para Casa - AyA (Finalizada) | Tema: PonchoyAnahí

Anahí ficou paralisada, tomada pela percepção de que Poncho estava ali. Estava ali, naquele momento, com aquele sorriso que ela adorava, aqueles olhos verdes nos quais queria se perder indefinidamente, e aqueles braços nos quais ela ansiava por estar, se possível, para o resto da vida. Um segundo antes, tinha sido tomada por uma sensação peculiar. Uma intuição que lhe dissera para olhar. E entendia por que agora.

Como se tivesse vida própria, seus pés a levaram até ele.

- Perdão. – foi à primeira coisa que disse. – Lamento tanto, Poncho. Eu não sabia sobre você e Christopher. Eu não sabia e devia ter ouvido...

- Eu é que peço desculpas. – ele também se adiantou na direção dela, ambos parando face a face. – Eu não sabia o que fazer. Tudo o que eu queria era ficar com você.

- Eu também queria ficar com você.

- Mas as coisas estavam tão complicadas. Você não gostava de caminhonetes, nem do Natal, nem de Kismet. Por isso eu não...

- Eu adoro Kismet. E o Natal.

- Você me deixou louco com aquelas minissaias e botas. Eu não conseguia me afastar mais. – Poncho pegou as mãos dela. – Quando soube que amava você, já era tarde demais e...

- Você me ama? – Anahí o fitou, aturdida.

O rosto inteiro de Poncho se iluminou.

- Não sabia? Pensei que fosse óbvio. A cada vez que via você, eu não podia deixar de sorrir. A cada vez que me aproximava, não conseguia parar de tocá-la... Anahí, não percebe? Você é a única pessoa que já me entendeu. É a única que já olhou para além da fama e fortuna que obtive com o futebol e quis a mim. Apenas a mim. Por isso dói tanto tê-la magoada. Lamento tanto... – apertou as mãos dela com carinho e as ergueu para beijá-las. – Se eu pudesse voltar atrás no mal que causei, juro que o faria. Se me deixar compensá-la pelos meus erros, prometo que farei isso. Eu vou...

- Você me ama? – pergunto Anahí outra vez, atordoada.

Os olhos de Poncho brilharam. Com um sorriso de puro deleite, tocou o rosto dela e, fitando-a com intensidade, aproximou-se mais, até encostar sua fronte na dela.

- Amo você, Anahí. Adoro seu sorriso, seu jeito sexy de caminhar e suas botas de salto alto. Amo seu Natal com areia de Los Angeles e a maneira como você olha para mim e me toca. Amo o modo como embrulha presentes e faz seus próprios casacos de inverno. E como brinca com Alice e une as pessoas como que por magia. Também adoro o fato de você não me achar maluco por colocar cinquenta mil lâmpadas de Natal na minha casa.

- Quarenta e sete mil. Oficialmente.

- Também amo você... – Poncho se interrompeu, vencendo o nó na garganta – Por ter unido meu pai e minha mãe. Amo que você se importe com as pessoas, mesmo que mal as conheça. Mas acima de tudo, amo você. Apenas você. De todo coração.

- Poncho... – contendo as lágrimas, Anahí sentia o coração bater mais forte a cada palavra emocionada e sincera que ele dizia. – Eu...

- Por favor, não deixe Kismet. Não ainda. Não até que tenha uma chance de acertar as coisas entre nós. De amar você de verdade.

- Quer dizer que esta foi apenas a versão inicial?

Ele abriu um sorriso malicioso.

- Você ainda não viu nada.

Anahí sorriu. Acreditava nele. Envolta pela sinceridade e a intensidade de Poncho, por seu olhar repleto de paixão e suas palavras cheias de promessas verdadeiras, ela sentiu-se comovida como nunca.