Fanfic: Perdê-lo ⋆ Vondy | Tema: RBD - DyC / Vondy

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Você é incrível! 

Não acreditei muito nisso, então pensei novamente.

Incrível. Você é tão incrível!

Se minha mãe ouvisse meus pensamentos, ela diria que eu precisava ser humilde, mas humildade não tinha me levado a lugar nenhum.

Dulce Saviñon, você é incrivelmente pegável.

Ah, certo. Então como eu acabei com vinte e dois anos, sendo a única pessoa que conhecia que nunca tinha feito sexo? Até mesmo as crianças estavam mais rápidas do que eu, era inédito uma garota se formar na faculdade com seu Cartão-V ainda em mãos. E agora eu estava no meu quarto, me arrependendo de ter tido coragem de admitir isso à minha amiga Anahí. E eu soube, antes mesmo do queixo dela terminar de cair, que tinha sido uma péssima ideia.

— SÉRIO? É por causa de Jesus? Você tá, tipo, se guardando pra ele? — Sexo parecia simples pra Anahí. Ela tinha o corpo de uma Barbie e o cérebro sexualmente-carregado de um adolescente.

— Não, Anny — eu disse. — Seria um pouco difícil me guardar pra alguém que morreu há cerca de dois mil anos atrás.

Anahí arrancou sua blusa e a jogou no chão, rindo.

— Relaxe, Princesa Puritana, eu só estou trocando de roupa e vamos dar um jeito nisso. — Ela entrou no meu armário e começou a deslizar pelas minhas roupas.

— Como assim?

— Dulce, nós vamos sair pra conseguir uma transa pra você. — Ela disse a palavra "transa" de um jeito que me lembrou aqueles comerciais de bate papo pra adultos que passavam tarde da noite.

— Anahí!

Ela pegou uma camista que era simples em mim, mas que ficava completamente escandalosa e formidável nela.

— O que? Você disse que não era sobre religião ou qualquer coisa.

— E não é. Quer dizer, eu vou à igreja e tudo. Bem, algumas vezes. Eu só... eu não sei. Eu nunca estive tão interessada em sexo.

Ela pausou com a nova camiseta na metade do caminho, sobre a cabeça.

— Nunca se interessou? Por caras? Você é lésbica? Uma vez escutei minha mãe, que não podia entender por que eu estava pra me formar na faculdade sem um anel no meu dedo, fazer ao meu pai a mesma pergunta.

— Não, eu não sou lésbica!

— Se você não é lésbica e não é sobre Jesus, então é apenas questão de encontrar o cara certo, ou eu deveria dizer... um corpo sexy e tremendamente irresistível?

Eu rolei meus olhos.

— Caramba! É só isso? Encontrar o cara certo? Por que ninguém me contou isso antes?

Ela puxou seu cabelo loiro pra trás em um alto rabo de cavalo, o qual de alguma forma chamou até mesmo mais atenção.

— Eu não quero dizer o cara certo pra casar, Dul. Eu quero dizer o cara certo pra
fazer seu sangue ferver. Pra fazer você desligar seu cérebro analítico, julgador, e pensar com o seu corpo.

— Corpos não podem pensar.

— Vê? — Ela disse. — Analítico. Julgador.

— Ótimo! Qual bar essa noite? — Eu disse, desistindo.

— La Vie, lógico. É um bom bar. Mais importante: é um bar que caras gostam. E, como hoje nós faremos o que os caras gostam, é um bar que nós gostamos.

Poderia ser sido pior - boates com strippers, bairros de prostituição, encontros marcados pela internet -, então simplesmente suspirei e concordei com um aceno de cabeça. Só me restava ver onde isso ia dar.

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