Fanfic: Begin Again- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter
PDV Lali
Ofegante em minha tentativa de alcançar Peter, senti as garras do pânico. Atrás de mim, ouvia Nico gritando meu nome, me implorando para que voltasse para casa.
Segundos depois, entendi para onde Peter se dirigia quando vi Winnie deitada na areia. Comecei a tremer enquanto corria para Winnie.
Lali: Winnie? O que você tem, amiguinha? – sussurrei acariciando os pelos brancos e macios das costas dela.
Nenhuma reação. Olhei para Peter com uma expressão infantil, meus olhos implorando para dizer que eu não tinha com o que me preocupar, que estava errada e não havia nenhum motivo para me assustar.
Lali: por que ela não está se mexendo? Peter? – insisti.
Peter: não sei. – murmurou – acabei de encontrá-la assim...
Lali: o que ela tem? Ajude-a! – gritei apavorada. Peter então ergueu gentilmente a cabeça de Winnie da areia.
Peter: vamos garota, levante-se... - o pescoço de Winnie estava rígido e sua respiração se tornou mais difícil, como se o movimento o tivesse machucado. Quando ela ganiu Peter abaixou a cabeça dela de novo.
Lali: temos que fazer alguma coisa! – gritei, as lagrimas já rolavam pela minha face – Peter volte para casa e vê se consegue encontrar um veterinário de emergência.
Peter: não devo deixá-los sozinhos...
Lali: apenas vá! E rápido!
Peter: mas...
Lali: vá!
Peter: está bem, está bem.
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PDV Peter
Logo eu estava correndo na escuridão muito rápido, o mais rápido possível. Mesmo de longe, eu conseguia ouvir os gritos angustiados de Lali e eu odiava vê-la assim. Quando cheguei em casa, encontrei Nico deitado no chão com a boca sangrando.
Peter: droga!
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PDV Euge
Após o telefonema de Nico, eu dirigia o mais rápido possível para a casa de praia. Gaston e Cande me ligavam constantemente procurando saber noticias de Lali, mas agora eu não podia falar. Não dava pra falar quando eu sentia que algo estava muito, muito errado. Eu dirigia voando, quase não vi nenhuma placa de transito. A sorte era que eu sabia o caminho para a casa então eu não precisava me orientar, a buzina estourava sem parar, as pessoas saiam correndo do meu caminho ao ver a sirene ligada e escutar a insistente buzina.
“vamos... mais rápido carro!”
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PDV Benjamin
Da varanda, ouvi Lali gritando por causa da cadela. Por um momento, detive-me para ouvi-la, sentindo uma pontada de compreensão. É claro que já sabia que aquilo seria difícil para ela, mas ouvir Lali, o medo e a aflição, me afetou mais do que imaginei. Não queria que ela sofresse e desejei ter havido outro meio. Mas não houve. Tive que fazer aquilo. Se Winnie fosse tranquila, carinhosa, nunca a teria machucado. Mas o animal era tão confuso e temperamental quanto Lali.
Os gritos dela se tornaram mais altos e desesperados, e o som era terrível. Lamentei por ela e desejei me desculpar, mas deixaria isso para depois, quando Lali conseguisse ver através de sua dor e reconhecesse que fizera aquilo por ambos.
Na praia vi um súbito movimento, sabia o que significava então me retirei para a sombra. Não fora fácil eliminar o policial, mas seria muito pior se livrar de Peter.
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PDV Peter
Peter: Nico, Nico o que houve! – gritei tentando acordar o policial, porque tudo agora? As lagrimas de raiva desciam pelo meu rosto. Não Peter, Nico pode esperar, Winnie não.
Fui até a geladeira e lá tinham vários imãs com informações, procurei desesperadamente um veterinário. Quando achei liguei para o numero. Uma vez, duas vezes. “vamos”, pensei. Três vezes, quatro... “esteja em casa”, implorei, quando houve um clique e a pessoa atendeu.
XXXX: alo?
Peter: oi aqui é Peter Lanzani, quem fala é Linda Pattison?
Linda: sim.
Peter: eu não sei mais o que fazer, nossa cachorrinha está tendo tipo uma convulsão.
Linda: bem, há uma clinica veterinária no centro da cidade.
Peter: eu sei, mas acho que ela não vai agüentar até lá, ela está tremendo todo e com a respiração realmente acelerada.O coração está falhando e ela não consegue levantar a cabeça. – continuei descrevendo o estado de Winnie e no fim Linda hesitou, provavelmente processando cada palavra dita.
Linda: ela comeu alguma coisa na garagem? Como inseticida? Veneno?
Peter: não que eu saiba, ela estava bem a pouco tempo.
Linda: qual a raça?
Peter: maltês.
Linda: tem como coloca-la no carro e trazer pra cá? Posso estar em meu consultório daqui a 10 minutos, é perto da...
Peter: eu encontrarei. – desliguei o telefone e me virei rápido doido pra ir falar com Lali, mas um homem alto me impediu e bateu na minha cabeça. Tentei lutar com ele, pela Lali, pela Winnie, mas ele tinha uma ferramenta nas mãos, depois de um tempo eu não via nada. – Lali... – sussurrei mas não consegui terminar de chama-la.
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PDV Lali
Porque ele estava demorando tanto? O que aconteceu afinal? Winnie ofegava mais agora, com os olhos arregalados. A língua estava na areia, coberta de grãos. A cada vez que respirava, gania.
Lali: agüente firme menina...por favor... ah, Deus... por favor...
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PDV Benjamin
Olhei para a figura caída de Peter e Nico. Sim, uma coisa horrível, mas necessária e de certo modo inevitável. E é claro que também havia o fato de Nico ter uma arma. “Isso torna o resto muito mais fácil”, pensei. Por um momento, depois de tirar a arma do coldre, pensou em meter uma bala na cabeça dos dois. Depois decidiu não fazer isso. Não era intenção matá-los, não agora.
Esta noite se sentia triunfante, incansável, invencível. Tinha uma missão, e os deuses estavam ao meu lado. Ignorando a dor no polegar, virei-me e comecei a ir para a praia. Pensei em como a noite estava linda. Nas sombras à frente, distingui a forma de Lali, debruçada sobre seu cão. Mas o animal estava morto, ou logo morreria. “Ficaremos a sós”, pensou. Sem complicações. Sem ninguém para nos impedir. Comecei a andar mais rápido excitado com a ideia de encontrá-la. Sem dúvida Lali ficaria assustada quando me visse. Provavelmente reagiria como Laura havia reagido na noite em que me encontrou à espera dela no carro, do lado de fora do supermercado. Eu havia tentado se explicar, fazê-la entender, mas ela tinha lutado e me cravado as unhas na pele, e então coloquei as mãos ao redor da garganta de Laura até ela revirar os olhos, me vendo e sabendo que me obrigou a fazer aquilo com seus próprios motivos egoístas para deixar escapar o futuro dos dois.
Mas trataria Lali com a paciência que ela merecia. Conversaria com ela com voz calma e, quando Lali realmente entendesse a natureza de seu amor, quando percebesse que eu havia feito tudo isso por ela, por nós, cederia. Provavelmente ainda ficaria chateada por causa de Winnie, mas eu a confortaria e Julie veria que eu não tive escolha. Gostaria de levá-la para o quarto depois, mas sabia que não havia tempo para isso. Mais tarde naquela noite, quando estivessem a uma distância segura, parariam em um motel e fariam amor, e teriam toda uma vida juntos para compensar o que haviam perdido.
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PDV Lali
Lali: ele já vem, querida. – sussurrei – logo estará aqui e vamos levá-la ao medico, está bem?
As lagrimas em meus olhos mal me deixavam ver Winnie. Ela piorava a cada minuto; havia fechado os olhos, e embora ainda estivesse com a respiração acelerada, ofegava e emitia um som agudo de apito que não parecia nada normal. Não eram só as pernas de Winnie que tremia, agora era o corpo todo.
Senti os músculos dela se contraindo sob minha mão, como se tentasse evitar a morte. Winnie ganiu e ouvi o pânico em minha própria voz. Estava acariciando o pelo dela, sofrendo por ela, como se aquilo estivesse acontecendo comigo.
Lali: você não pode me deixar. Por favor... - por dentro, gritava para Peter e Nico se apressarem, porque o tempo estava se esgotando. Ainda que só tivessem se passado alguns minutos, parecia uma eternidade, e eu sabia que Winnie não conseguiria lutar muito mais. - Winnie... você consegue... Não desista. Por favor...
Estava prestes a gritar para Peter e Nico quando as palavras ficaram presas em minha garganta.
No início me recusou a acreditar no que meus olhos estavam vendo e pisquei na tentativa de afastar a imagem. Mas, quando olhei de novo, vi que não estava errada. Apesar de os cabelos estarem de uma cor diferente e ele não usar mais óculos, o reconheci imediatamente.
Benja: oi Lali.
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PDV Euge
Eu corria no trânsito, cortando outros carros e piscando os faróis. Com os olhos na estrada, agarrava o volante com tanta força que suas mãos doíam. “Dez minutos”, pensou, “só preciso de mais dez minutos.”
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PDV Lali
Olhei para Benjamin sem respirar enquanto tudo se encaixava. Ele estava ali. Havia feito algo com Winnie. Havia feito algo com Nico. Havia feito algo com Peter.
Ah, Deus...Peter...
E agora estava ali atrás de mim. Vinha lentamente em minha direção.
Lali: você... – foi tudo que consegui dizer. Um breve sorriso surgiu no rosto de Benjamin. Ele parou alguns metros de distancia, e depois de sustentar meu olhar por um ou dois minutos, olhou na direção de Winnie.
Benja: sinto muito por Winnie – disse com a voz baixa – sei o quanto gostava dela.
Benjamin falou como se não tivesse nada a ver com isso. Seu rosto assumiu uma expressão de tristeza, como se ele estivesse assistindo ao funeral de um amigo íntimo. De repente senti vontade de vomitar, mas forcei a bile a recuar, tentando manter algum controle. Tentando descobrir o que fazer. Tentando saber o que aconteceu com Peter. Ah, Deus. Peter.
Lali: onde está Peter? – eu queria saber mas tinha medo de descobrir. Mantive a voz firme, foi tudo o que podia fazer. Benjamin ergueu os olhos com uma expressão de tristeza no rosto.
Benja: agora isso terminou. – disse sem rodeios. As palavras tiveram um impacto quase físico e senti minhas mãos tremerem.
Lali: o que você fez com ele?
Benja: isso não importa.
Lali: o que você fez? – gritei – onde ele está?
Benjamin deu outro passo na minha direção, a voz ainda suave.
Benja: não tive escolha, Lali. Você sabe disso. Ele a estava controlando e eu não podia deixar isso continuar. Mas agora você está segura. Cuidarei de você. – ele deu outro passo e recuei me afastando de Winnie – ele não a amava Lali. Não como eu amo.
Ele vai me matar. Matou Peter, Winnie, Mery e Nico, e agora vai me matar. Comecei a me levantar quando Benjamin se aproximou, com o medo aumentando a cada passo que ele dava. Podia ver isso nos olhos dele, podia ver exatamente o que ele iria fazer.
Ele vai me matar, mas primeiro vai me estuprar... A consciência disso era quase incapacitante, mas algo dentro de mim gritou “Fuja!”, e reagi instintivamente. Corri, sem me dar o trabalho de olhar para trás, meus pés deslizando na areia enquanto disparava pela praia.
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PDV Benjamin
Não tentei fazê-la parar. Em vez disso sorri, sabendo que ela não tinha para onde ir. Sabia que ficaria cansada; o pânico a aniquilaria. Então pus a arma no cinto e comecei a correr atrás dela, o suficiente para não perde-la de vista e alcançá-la no momento certo.
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PDV Peter
Eu recobrava e perdia a consciência. Aprisionada em algum lugar entre um mundo de realidade e sonhos, minha mente por fim conseguiu assimilar o fato de que estava perdendo muito sangue. E de que Lali precisava de mim. Tremendo, comecei a me levantar lentamente.
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PDV Lali
Tentei correr o mais rápido que podia na direção das luzes da única casa de praia que parecia estar ocupada. Minhas pernas estavam ficando cansadas e comecei a ter a sensação de que não saía do lugar. As luzes pareciam próximas, mas tinha a impressão que não conseguiria chegar lá.
Não,não! Ele não me pegará. Eu conseguirei e as pessoas me ajudarão. Gritarei por ajuda, chamarão a polícia e... Mas minhas pernas... meus pulmões ardiam...os batimentos do meu coração... Somente o terror me mantinha em movimento. Correndo o máximo possível, olhei de relance por cima do ombro. Apesar da escuridão, vi Benjamin se aproximando.
Não vou conseguir.
Agora eu cambaleava. Tinha câimbras nas panturrilhas. Tudo o que podia fazer era permanecer em pé. E ele ainda estava vindo... Onde está todo mundo? Eu quis gritar. Socorro! Sabia, com desanimadora certeza, que o som das ondas abafaria seus gritos. Alguns passos depois olhou para trás de novo. Mais perto. Posso ouvir os passos dele agora. Mas não consigo continuar... me virei na direção das dunas, esperando que naquele lado houvesse um lugar para se esconder.
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PDV Benjamin
Vi os cabelos de Lali esvoaçando atrás dela. Agora estava mais perto, o suficiente para tentar agarrá-los. Estou quase lá, quando subitamente ela virou e começou a subir as dunas. Perdendo o equilíbrio, tropecei de leve. Dei uma gargalhada. Tanta energia! Tanto esforço! Lali era igualzinha a ele. Quase bati palmas, encantado.
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PDV Lali
Vi uma casa se elevando atrás das dunas, embora subir pela areia fosse quase impossível para mim. Com os pés escorregando, teve de usar as mãos para se equilibrar, e quando chegou ao topo minhas pernas estavam bambas.
Por um momento, examinei a casa. Construída sobre pilares, tinha espaço para carros estacionarem embaixo, mas poucos lugares onde se esconder. Mas o imóvel seguinte tinha uma vegetação mais densa, e me virei naquela direção.
Foi quando senti Benjamin agarrar meus pés como um jogador de futebol americano interceptando o avanço do adversário. Perdendo o equilíbrio, cai rolando pelo outro lado da duna.
Quando Benjamin me alcançou, curvou-se e me segurou pelo braço, ajudando-me a levantar.
Benja: você é realmente um premio – sorria e tomava fôlego – soube disso no momento em que nos conhecemos. – me debati e senti seus dedos afundarem no meu braço, lutei ainda mais – não faça isso, Lali. Não percebe que isso sempre esteve destinado a acontecer? – me contorci tentando soltar meu braço.
Lali: me largue! – gritei. Benjamin me segurou com ainda mais força, me provocando dor. Deu um sorriso divertido.
Benja: acho que devemos ir. – sugeriu calmamente.
Lali: não vou a lugar nenhum com você! – me contorci conseguindo me soltar, mas quando me afastei dele, ele me empurrou e cai no chão. Me olhando de cima ele balançou suavemente a cabeça.
Benja: você está bem? Sinto por ter tido de fazer isso, mas precisamos conversar. - Conversar? Ele queria conversar? Dane-se! Dane-se tudo. Assim que ele começou a se mover em minha direção, me levantei e tentei correr, mas Benjamin agarrou meus cabelos e os puxou com força. O ouvi dar uma risada de espanto. – porque está dificultando as coisas?
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PDV Peter
Eu tentava ficar em pé, chegar à escada, lutar contra a náusea provocada pela dor, com pensamentos confusos e fragmentados...
Levantar... chamar a polícia... ajudar Lali... mas a dor... tiro... dor... onde estou... aquele rugido constante... de novo e de novo... dor... vindo em ondas... ondas... o oceano... Lali... tenho de salvá-la...Dei um passo. E depois outro.
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PDV Lali
Lutei furiosamente, atingindo Benjamin no peito e no rosto. Ele puxou meus cabelos de novo, me fazendo gritar.
Benja: porque você continua lutando contra mim? – estava com voz e expressão calmas. – não entende que acabou? Agora somos só nós dois. Não há nenhum motivo para você agir assim.
Lali: me largue! – gritei – fique longe de mim!
Benja: pense em tudo que podemos fazer juntos. Sabe, nós somos iguais. Sobreviventes.
Lali: não vamos fazer nada juntos! Eu odeio você! – ele me puxou violentamente pelos cabelos mais uma vez, fazendo-me cair de joelhos.
Benja: não diga isso.
Lali: odeio você! – berrei de novo.
Benja: estou falando sério. – sua voz mais baixa e ameaçadora. – sei que está chateada, mas não quero machucá-la, Laura.
Lali: eu não sou Laura! – gritei. Ele piscou os olhos e começou a inclinar a cabeça para o lado, como uma criança estudando pela primeira vez seu reflexo em um espelho.
Benja: o que você disse?
Lali: eu não sou a Laura! – gritei novamente. Benjamin levou sua mão livre para trás das costas e um momento depois eu vi a arma.
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PDV Peter
Alcancei a fechadura e a girei. Quando abri a porta, senti que estava saindo de seu corpo. O telefone. Tenho de chegar ao telefone antes que seja tarde demais.
Foi então que ouvi algo irrompendo pela porta da frente. Erguendo os olhos, senti um súbito alívio.
Peter: Lali precisa de ajuda. – consegui dizer – na praia...
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PDV Euge
Chocada com a condição de Peter, fui rapidamente para o lado dele e o ajudei a se sentar em uma cadeira. Então peguei o telefone e disquei para o número de emergência. Quando começou a tocar, entreguei –o para ele.
Euge: chame uma ambulância! Consegue fazer isso? - Peter assentiu, respirando com dificuldade ao levar o fone ao ouvido.
Peter: Nico... lá fora...
Me precipitei para a porta quando ouvi Peter chamando uma ambulância. Na varanda, primeiro achei que Nico estava morto. Sangue escorria de sua cabeça, mas, quando me abaixei para examiná-lo, ele moveu o braço e gemeu.
Euge: não se mexa. A ambulância já está vindo.
Olhei para a escada. Um instante depois, desci correndo os degraus.
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PDV Lali
Benjamin encostou a arma na minha têmpora e instintivamente parei de me mover. A expressão dele não era mais calma. Ele parecia ter perdido o senso de realidade. Percebi isso pelo modo como me olhou e o som áspero que emitiu ao respirar fundo.
Benja: eu te amo, sempre te amei. – não se mexa, ou ele vai me matar – mas você não está me dando chance de demonstrar isso. - Ele ame puxou pelos cabelos, aproximando minha orelha de sua boca – diga. Diga que me ama. – eu não disse nada – diga! – gritou e me encolhi com a fúria de sua voz que pareceu brutal, feroz. Senti o calor da respiração de Benjamin do lado do meu rosto e chorei. – eu lhe dei uma chance e até a perdoei pelo que você me fez! Pelo que me forçou a fazer. Agora diga!
Lali: eu te amo. – sussurrei em meio as lagrimas.
Benja: diga de modo que eu possa ouvir, com sinceridade.
Lali: eu te amo. – eu chorava.
Benja: de novo.
Lali: eu te amo. – chorando mais.
Benja: diga que quer vir comigo.
Lali: quero ir com você.
Benja: porque você me ama.
Lali: porque eu te amo.
E, como num sonho, pelo canto do olho vi um pequeno vulto surgindo sobre a duna, sua guardiã correndo no escuro. Vi Winnie se lançar sobre Benjamin, rosnando, com a boca se fechando sobre o braço que segurava a arma.
Winnie não o soltou, e tanto Lali quanto Benjamin caíram para o lado. Ele sacudiu o braço tentando se libertar do cão, que o estava puxando e balançando a cabeça com todas as forças que ainda lhe restavam. Benjamin gritou, largando a arma. Agora ele estava de barriga para cima, lutando para manter Winnie longe de sua garganta. Com o rosto contorcido de dor, afastou ela com uma das mãos e tentou pegar a arma com a outra. Winnie não parou seu ataque, mas eu gritei e foi o som do próprio grito que lhe deu forças para se levantar e correr. Subi a duna com dificuldade, sabendo que não tinha muito tempo. Atrás de mim, os dedos de Benjamin se curvaram ao redor do punho da arma.
Foi o som do tiro que me fez subitamente ficar de novo paralisada. Winnie deu um ganido longo e cansado.
Lali: Winnie! – gritei – Ah, Deus... nãoooo!
Outro tiro e outro ganido, dessa vez mais fraco. Olhando por cima do ombro, vi Benjamin tirar o corpo de Winnie de cima dele e se levantar. Comecei a tremer incontrolavelmente. Winnie estava deitada de lado, tentando se erguer, ao mesmo tempo rosnando, ganindo e se contorcendo de dor, com o sangue escorrendo para a areia.
Ouviu o som de sirenes ao longe.
Benja: agora temos que ir, estamos ficando sem tempo. – mas tudo que consegui fazer era olhar Winnie – agora! – rugiu e me agarrou pelos cabelos me puxando.
Eu estava lutando com ele, chutando e gritando, quando uma voz gritou do alto da duna.
XXX: parado! – eu e Benjamin vimos a policial Euge ao mesmo tempo. Benjamin apontou a arma pra ela e disparou loucamente. Um momento depois, deixou escapar um suspiro sufocado. Sentiu uma dor aguda no peito e ouviu escapar um som como o de um trem de carga. A arma em sua mão pareceu ridiculamente pesada. Disparou de novo, errou o alvo e teve outra sensação de ardência na garganta que o forçou a recuar. Quis tossir e cuspi-lo na direção da policial, mas estava perdendo as forças rapidamente. A arma escorregou de suas mãos e ele caiu de joelhos, sua mente ficando embotada.
***********
PDV Benjamin
Eu só queria a felicidade de Lali, a felicidade de nós dois. As formas ao meu redor estavam se tornando mais escuras e indistintas a cada segundo. Virei-me na direção de Lali e tentei falar, mas não consegui articular as palavras.
Ainda assim me agarrei ao meu sonho, meu sonho de uma vida com Lali, a mulher que amava. Lali, minha doce Laura... Cai para a frente na areia.
*************
PDV Lali
Olhei para o corpo de Benjamin e então me virei na direção de Winnie. Ela estava deitada de lado, respirando com muita dificuldade e com a boca aberta. Fui até ela e se abaixou, esforçando-se para vê-la através de suas lágrimas.
Quando pus a mão na cabeça de Winnie, ela ganiu e tentou me alcançar com a língua.
Lali: ah minha amiguinha... – chorei.
Ela sangrava por dois ferimentos profundos, seu sangue empapando a areia. Tremendo, pus a cabeça dela em meu colo e Winnie ganiu de novo. Estava com os olhos arregalados e assustados e, quando tentou erguer a cabeça, uivou, o som partindo meu coração.
Lali: não se mexa... vou levá-la ao veterinário está bem? - podia sentir a respiração dela em minha pele, rápida e rasa. Ela lambeu minha mão e eu a beijei. – você foi tão boa, minha querida amiga! – ganiu ela de novo e contive o choro. – eu te amo Winnie. – murmurei enquanto os músculos de seu corpo começavam a relaxar. – está tudo bem minha pequena. Não precisa mais lutar. Estou segura agora, e você pode dormir meu amor...
entao é isso gente acabou! peguei esse finalzinho de um livro e to chorando de novo ao ler essa cena. nao sei se vao chorar ou nao, mas nao fiquei com raiva de mim, nem tudo é um final feliz nao é verdade? entao me perdoem pelo final triste. to chorando igual um bebe acreditem? fala de cachorro sofrendo comigo que choro rios haha.
essa semana posto o epilogo e me digam o que acharam ok?
comentem comentem comentem
Autor(a): AniinhaEsposito
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Um ano depois... PDV Lali “Took a deep breath in the mirror, he didn`t like it when I wore high heels, but I do. Turn the lock and put my headphones on, he always said he didn`t get this song, but I do, I do” (respirei profundamente frente ao espelho, ele não gostava quando eu usava saltos altos, mas eu uso. Viro a fechadura e coloco meus fones de ouvid ...
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Comentários da Fanfic 179
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viilaliter Postado em 09/12/2013 - 16:05:39
gente que fofura, depois de seculos estou aqui comentando. hj superei meus medos e decidi ver o ultimo cap de aliados e ler o fim da sua web pq eu ainda nao estava prepada. gente a melhor parte de todas foi o choro alto da cande kkkkkkkkkk amadorei! e essa declaração sua, ana, me deixou sin palabras, estou aqui com o coração batendo aceleradamente pq essa sua declaração afetou meu psico ta? amigona <3
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dricaesposito Postado em 09/12/2013 - 00:01:16
Oowwntt amiga nem sei oq dizer depois de uma declaração dessa. Haha, eu sempre vou comentar nas suas webs, tanto pq foi por causa de um comentario meu dizendo q amava Taylor que nos tornamos best friends. Eeehhh já sou da family. Amei sua web, como amei as outras que li , e outra saiba q eu n vou deixar de tirar sua paciência nunca, vc fez a besteira de me add no face agora aguenta. Teee ammmo amiga, bjiiinhhssss. Até a proxima web diva como diz a juh. Haha
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juhlanzani Postado em 08/12/2013 - 22:15:53
Nem sei o que te dizer cara! Te amo ok? Obrigada você por me suportar, sua linda! Obrigada também por ter escrito essa web, nem filosofei, masok hahahahaha Você sabe que é meu anjo neh? Temos tantaaaaaaaaaas coisas em comum, nos entendemos também. Espero a proxima web diva que você vai criar! Beijos
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rcidinha Postado em 08/12/2013 - 19:42:26
Agradeço,mas leio desde od dia que começou.Só dei conta de fazer o cadastro tarde :(
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mariafelixs2 Postado em 08/12/2013 - 17:42:28
Obrigado você por ter escrito uma fanfic tão maravilhosa e perfeita, que eu tenho certeza que emocionou e alegrou muita gente!!!! Estou ansiosa pra ver suas próximas fanfics, que eu sei que serão divinas!!! Amei de verdade essa fanfic, é uma das melhores que eu já li. Beijos!!! <3<3<3
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jucinairaespozani Postado em 08/12/2013 - 00:36:59
Amiga eu amei como sempre digo foi perfeita como todas as outras ,fiquei com uma dô da Winnie ,quando li essa parte fiquei triste agarrei minha cachorrinha que a bichinha quase sufoca kk a web foi incrivel adorei o final ,bom agora estou a espera de mas uma maravilha que vc vai criar
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juhlanzani Postado em 04/12/2013 - 17:20:04
Isso sua sem coração,escreve um epilogo lindo desse e deixa meu Gas viúvo! Porque morri de amor e lágrimas aqui. A web foi linda,cada capitulo foi perfeito e você utilizou um dos temas que acontecem demais na sociedade hoje em dia,a violência e perseguição contra mulheres,podemos entender como o maníaco age,os transtornos psicológicos que sofre sem perceber,e como ele pode matar várias pessoas,achando que foi por um bem maior.Mostrou também o grande amor de um animal com seu dono e vice-versa.E ainda,que quando um amor é verdadeiro,forte e recíproco,no final, tu vai dar certo e que o final feliz vem. Quanto ao Nico,tá, ele era um babaca, mas ele não merecia morrer neh?Então deixa ele com a Euge haha Sim eu notei.Acho que essas crianças foram todas separadas dos seus pais verdadeiros,ou vieram do futuro haha Ai meu comentário ta um coco amiga,mas entenda,eu to chorando aqui e minha mente não funciona :/ Mas a web foi linda, a escrita foi perfeita, e te agradeço por te-la escrito. Obrigada.
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dricaesposito Postado em 03/12/2013 - 20:57:41
Aaahhhh como tu é malllll sua ruim. Como tu faz um cap desses? E ainda mais com essa música diva da Taylor? Quer me fazer chorar né? Sua bonita. Hahaha weee eu sou madrinha Allyssa, daqui pra lá vemos o padrinho. Haha, ah amiga preciso dizer q amei a web? Haha mais eu digo, AMEEIIII, foi diva.
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rcidinha Postado em 03/12/2013 - 19:42:38
Leio a web desde o início,mas só agora conseguir fazer o cadastro...Enfim Deus sabe o q faz.Grande final,gostei
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maresposito Postado em 03/12/2013 - 16:00:55
Aí cara você me fez chorar rios:'( Eu sou uma idiota mesmo pois semore choro com essas coisas mas é sério parabéns pela web ela realmente foi uma das melhores que eu li