Fanfic: Por Um Acaso do Destino - AyD.mais uma da minha qrida adaptadora αℓy √σℓ | Tema: portiño

Dulce nunca almoçava no shopping como todo mundo da agência fazia. Simplesmente preferia pedir alguma coisa e ficar no escritório mesmo. Adiantava o serviço e lhe poupava tempo. Mas aquela manhã, acordara tão alegre, que nem se importara com os engarrafamentos, com os atrasos de seu pessoal e nem as reuniões com a equipe de criação conseguira estressá-la.
Às vezes se achava um tanto ridícula meio nas nuvens por um beijo. Mas logo recordava que não fora um beijo qualquer. Foram dois e em uma linda mulher, que também não era uma fulaninha qualquer, era Anahí.
Sempre vira nos filmes os casais se beijando apaixonados e descrevendo aquela sensação de epifania que ela vivenciava. Sem palavras, sem noção de mais nada que não fosse o outro, a outra, no nosso caso particular.
Passara a noite inteira se perguntando o que a duas eram agora? Namoradas? Ficantes? Só amigas? Será que Anahí queria algo sério mesmo com ela? Ou só curtição? Dulce não sabia ao certo, mas pensava que se pudesse sentir aquela boca na sua e segurar aquela cintura de novo, tudo tava mais que perfeito!
Seu telefone tocara no meio da manhã. Felizmente para sanar sua completa ansiedade era ela, Anahí. Ligara para lhe dar bom dia e combinar o que fariam mais a noite.
Em que você tava pensando? Sair?

-Não sei. Podemos fazer alguma coisa mais caseira. Talvez um DVD e pedir uma pizza – sugeriu Dulce – O que me diz?

-Adorei a idéia. No meu ap ou no seu?

-No meu. Vai lá que a sua ex aparece de novo?

Ambas riram.

-Você dormiu bem, Dul? Digo, por causa do filme.

Dulce sorriu. Como se depois dos beijos ela fosse se lembrar do exorcismo de quem quer que fosse!

-Dormi sim. Tranquilamente. E você?

-Muito bem. Você passa na locadora ou eu passo?

-Você passa! Eu levo a pizza!

-A gente tinha combinado que da próxima vez quem pagava era eu, Dul! – lembrou Anahí – Não leva a pizza. A gente pede do seu apartamento.

-Ai como você é boba! Se eu não posso pagar uma pizza pra minha namo...-
Dulce se calou de repente. Não sabia se devia dizer a palavra “namorada”. E se Anahí não gostasse?
Anahí sorriu. Ouvira mesmo Dulce quase chamá-la de namorada?

-Pra sua? – perguntou interrompendo o silêncio dela.

-Eu não sei como completar a frase – admitiu Dulce – Passei boa parte da noite pensando nisso. Não quero que ache que estou apressando as coisas porque a gente se beijou ontem. Mas o que nós somos pra você?

-Hummm. Você sabe que eu gosto de você, Dul. E eu sinto que você gosta de mim. Quero muito ser sua namorada, se é o que você quer saber, mas você sabe que isso envolve outras coisas.

-Outras coisas como o que?

-Tipo mais intimidade entre nós, tipo compartilhar os amigos, as famílias, os problemas! Coisas como lealdade e principalmente fidelidade.

-Você não quer isso comigo? – Dulce perguntou temerosa – Digo com relação à intimidade e a fidelidade!

-É claro que eu quero, Dul. Minha preocupação é você. Não quero que se sinta intimada a ter uma maior intimidade comigo, só por isso. Quero que me conheça, que goste de mim, que as coisas entre nós aconteçam naturalmente.

-Eu já gosto de você, Any. – Dulce se viu dizendo – Muito. Você não saiu da minha cabeça à noite e o dia todo!

Anahí ficou sem saber o que dizer. Essas declarações de afeto de Dulce sempre a deixavam sem palavras.