Fanfic: Por Um Acaso do Destino - AyD.mais uma da minha qrida adaptadora αℓy √σℓ | Tema: portiño

Gerente? Não! – disse ela – Só dança aqui.

-Dança?! – se surpreendeu Henrique – Você quer me dizer que está namorando um dançarino?

-Um dançarino não. – disse uma voz conhecida falando da porta. Era Anahí. – Uma dançarina.

Ela entrou calmamente na sala. Vestia sua calça baixa de coyote, deixando aquele abdômen malhado todo à mostra. Abraçou Dulce delicadamente, beijou-lhe o rosto e só então se voltou para Henrique, que observava tudo meio atônito.

-Você deve ser o Henrique!

-Sou sim e você quem é?

-Anahí Kraut! – disse ela formalmente estendendo a mão, que ele apertou ainda encarando-a estupefato. Não sabia se pela beleza ou pelo que ela dissera.

-Henrique, eu e a Any estamos namorando. – disse Dulce calmamente.

O rapaz se levantou confuso. Nunca pensou que teria uma surpresa daquelas. Ficou andando de um lado para o outro da sala. -Dul, desde quando você é lésbica? Sempre namorou homens!

-Eu sei que deve ser estranho pra você, Henrique. Pra mim também foi. Nunca tinha me envolvido com uma mulher antes de conhecer a Anahí. – explicou Dulce pacientemente – Jamais pensei que algo assim poderia me acontecer, mas eu simplesmente me apaixonei por ela.

-E desde quando vocês...- ele quis saber curioso.

-Estamos juntas? – disse Anahí completando a frase com um sorriso nos lábios. – Saímos há algum tempo. Mas começamos a namorar oficialmente hoje.

-Hoje? E você já veio me apresentar a sua namorada, Dulce? E se for só uma fase? Só fogo de palha... Só desejo...? – ele disse fechando os olhos como se quisesse esquecer a última palavra.

Dulce se aproximou do irmão.

-Não é, Rico! – disse ela usando seu tom de voz mais meigo – Você se lembra de quantas vezes eu te apresentei alguém antes?

-Nenhuma, que eu me recorde. Você sempre foi tão discreta!-Sempre. Mas com a Any é diferente. A gente se gosta de verdade. Queremos ficar juntas. Fazer a coisa dar certo e pra isso não podemos nos esconder entende? Com medo do que os outros vão falar ou vão pensar. Por isso resolvi te contar. Você é a primeira pessoa da família que eu faço questão que saiba. Porque sabe como eles podem ser preconceituosos, ou então teria trazido a Anne com você.

Henrique percebeu que a irmã estava sendo sincera. Dulce sempre fora muito reservada com sua vida pessoal. Se permitira uma participação sua naquele caso, era porque o sentimento devia ser sério mesmo.

-Você gosta mesmo da minha irmã? – ele perguntou sério se voltando para Anahí que observava os dois.

Ela sorriu.

-Gosto.

-É bom que você faça mesmo ela feliz viu? – disse ele tentando dar uma de ameaçador, mas sorrindo – Ou vai se ver comigo com certeza!

As duas abriram sorrisos. Dulce abraçou o irmão e depois foi abraçar Anahí.
Henrique ficou meio desconcertado em ver as duas assim, tão juntas e carinhosas. Não deixava de ser um casal bonito. Duas gatas! Que desperdício, ele não pode deixar de pensar. Pelo menos as duas tinham muito bom gosto. Porque sua irmã era muito linda e a tal Anahí tinha um corpo, que pelo amor de Deus! Ele não conseguia tirar os olhos daquela barriga.
Dulce sorriu ao ver o irmão observá-las meio sem jeito. -Aos poucos você se acostuma, Rico! – disse sorrindo – Quero só ver é quando o resto da família souber!

-Ih, pelo que eu conheço mamãe, ela vai te deserdar! – ele disse sorrindo – Dizer que você envergonhou o nome da família.

Nesse momento Artur, o dono da boate apareceu na porta do escritório.

-Anahí, as meninas estão de chamando lá no vestiário! – disse ele – Urgente!

Anahí se despediu de Henrique.

-Muito legal te conhecer! – disse sorrindo e voltou-se pra Dulce. As duas se beijaram e se abraçaram – Te vejo depois do show ta?

-Uhum! Vai lá!