Fanfic: Por Um Acaso do Destino - AyD.mais uma da minha qrida adaptadora αℓy √σℓ | Tema: portiño

Dulce nunca se sentira tão feliz na vida. E pela primeira vez estava com aquela sensação de que tudo era perfeito. As coisa iam bem na agência e ela e Anahí estava mais que curtindo aquele início de namoro.
Era quase inevitável que dormissem juntas todas as noites morando tão perto. E as duas alternavam o lugar da dormida, uma noite no apartamento de Anahí e outro no de Dulce.
Além de namorar muito em casa, as duas saíam juntas. Foram para teatros, cinemas, alguns shows, e conheceram bons restaurantes. Desde que estivessem próximas tudo o mais se tornava perfeito.
No fim de semana, quando Anahí trabalhava, Dulce tinha entrada garantida na Lhótus e sem pagar absolutamente nada. Tornou-se rapidamente conhecida dos seguranças, das funcionárias, e dos freqüentadores mais fiéis da boate. Todos adoravam conversar, puxar papo com ela, homens principalmente. Alguns querendo saber como ela fizera para conquistar o coração de uma das coyotes.
Dulce levava tudo na esportiva. Sorria, brincava. Sabia que não adiantava se chatear. Naquele mundo de balada e curtição, sua namorada era conhecida. Ela tinha que aprender a lidar com isso. Pelo menos tinha o lado positivo. Todo mundo lhes dava cortesias e ingressos para festas e camarotes dos shows. Os organizadores sabiam como era importante ter mulheres bonitas e conhecidas em seus eventos. Mesmo saindo e conhecendo com a ajuda de Anahí, um lado da cidade e da noite que ela nunca tinha experimentado antes. Dulce sempre ligava para Henrique ou almoçavam juntos, a fim de saber notícias de Amélia.
Ao que parecia o tratamento caminhava e ela continuava mais resistente do que os próprios médicos esperavam. Embora tenha se incomodado bastante com a queda dos cabelos, já que sempre fora vaidosa.
Dulce e Anahí compraram alguns lenços lindos e fizeram com que Henrique entregasse a Amélia, como se fosse presente de uma amiga. Sabiam que ela jamais usaria se soubesse se tratar de um presente da filha caçula.
Tudo para elas parecia ir se acertando, à medida que se conheciam mais e compartilhavam seus mundos uma com a outra.
Anahí se viu indo a lugares elegantes, vestida a caráter. E comendo coisas que jamais pensaria na vida, além de conhecer os amigos de trabalho e vários clientes da agência que convidavam Dulce e o “namorado” pra jantar.
Alguns deles se surpreendiam com o fato de sua publicitária namorar outra mulher, mas as vendo tão unidas e femininas, acabavam ficando deslumbrados com o fato.
Como elas nunca faziam o tipo de forçar a barra com comportamentos inadequados em certos lugares, sem com isso deixarem de se tratar carinhosamente, raramente tiveram problemas com isso.
Em certo restaurante uma vez, se beijaram rapidamente e o gerente veio pedir-lhes que se retirassem de seu estabelecimento, pois não aceitavam esse tipo de conduta.
Anahí foi cara de pau o suficiente para lembrar a ele que vários outros casais se beijavam até de maneira mais ostensiva que elas e ele nada dissera. E que talvez ele preferisse que as duas se retirassem e o processassem por comportamento preconceituoso. Se o senhor me permite lembrá-lo, é um crime previsto na constituição desse país! – disse ela sem se abalar – Digo isso porque sou advogada e não gostaria realmente que chegássemos a esse ponto. O que me diz?

O gerente deve ter pensado melhor ou percebeu que estava lidando com pessoas esclarecidas, pois se retirou pedindo desculpas gentilmente.
Dulce encarou a namorada. Nunca pensara que ia passar por esse tipo de situação. Mas não se importava. O que contava era que estava feliz.

-Você deixou o bichinho sem palavras, Any! – disse sorrindo.

Anahí sorriu. Ela já passara por episódios piores e bem menos civilizados que aquele. Mas detestava fazer Dulce presenciar aquele tipo de coisa.

-Me desculpe, Dul! Fico com vontade de esganá-lo por fazer você passar por isso!

Dulce pegou a mão da namorada com a sua.

-Ei, não se desculpe. Ele é um idiota e você foi perfeita. – disse – Eu te amo e pra ficar com você, passo pelo que for!

Sorrisos cúmplices.

-O que acha de esquecemos o cinema e voltarmos pra casa? – disse Anahí sorrindo maroto.

-Em que você está pensando, mocinha? – disse Dulce entendendo perfeitamente as intenções da namorada – Vai me deixar sem palavras também?

Risos.

-Vamos ficar as duas assim! – ela disse.

As duas se beijaram levemente.

-Eu nem queria assistir esse filme mesmo! – disse Dulce sorrindo e concordando.