Fanfic: Por Um Acaso do Destino - AyD.mais uma da minha qrida adaptadora αℓy √σℓ | Tema: portiño

Se Anahí e Dulce estavam vivendo em estado de graça, o relacionamento entre Maite e Angelique não ia lá muito bem.
A arquiteta ouvira conversas da namorada ao telefone com Hans Kraut e descobrira o que ela, Christopher e ele tanto escondiam de Anahí.
É certo que se tratava de uma coisa boba para ela. Mas como conhecia bem a amiga, sabia que ela ficaria furiosa quando soubesse. Porém o que mais lhe irritava não era o fato em si, mas Angelique ter se envolvido.

-Eu só concordei, porque sabia que não iriam prejudicar a Any, amor! – Angelique já tinha explicado a namorada várias vezes – Que mal podia a ver nisso? Só estavam querendo ajudá-la!

-Você estava vigiando a minha melhor amiga, Angel! – reclamava Maite indignada – E, além disso, o que nós tínhamos combinado? Nada de segredos entre nós! E o que vocês fez? Ficou de conluio com aqueles dois e não me disse nada!-Foi Hans que pediu que eu não te contasse. Ele tinha certeza que você contaria tudo a Anahí. – defendeu-se Angelique – Você sabe como ela é independente, amor! Vai brigar feio com o pai se descobrir!

-Pois é bom ele começar a pensar em como vai contar essa bobagem toda pra ela, porque se ele não fizer, eu mesmo faço!

-Não faz assim, May! Você não pode contar a ela ainda!

-Não posso? Essa é boa! O que eu não posso é esconder coisas da minha amiga como você fez comigo!

Bom, o certo é que as duas não estavam se entendendo como antes. Maite dormia no ateliê todas as noites, deixando Angelique sozinha no quarto que as duas dividiam.
Não havia clima para carinhos e amor. Estava chateada. Não com o fato de ter sido mantida de fora, mesmo porque jamais concordaria em esconder alguma coisa de Anahí. Mas era inaceitável aquele comportamento dos três envolvidos. Do pai dela principalmente. Espionar e controlar a filha? Anahí jamais o perdoaria por isso, Maite tinha quase certeza.
Mesmo assim não se manteria de boca calada. Não queria ser cúmplice. Contaria toda a verdade a amiga se os outros não fizessem. E já dissera para Angelique que a sua paciência tinha prazo para terminar. Era bom eles se apressarem. Hans Kraut vivia um dilema. Depois de Maite ter descoberto tudo e ameaçar contar para Anahí, ele tinha que pensar em uma saída e não via outra fora dizer a verdade. Embora soubesse que a filha ficaria magoada com ele.
O maior sonho de velho Hans era ver sua filha advogando e junto do irmão, tomando conta da firma de advocacia que sua família levara tanto tempo para fazer ser reconhecida. Mas Anahí não quisera isso, mesmo tendo ciência de que era uma advogada brilhante.
O alemão entendia perfeitamente a filha. Havia muita sujeira a ser escondida. Muita gente culpada a ser defendida veementemente e Anahí não conseguira fazer da hipocrisia um comportamento rotineiro. Por isso ela saíra da firma. Ao contrário do pai e do irmão, não tinha estômago pra toda aquela corrupção e mentira.
Sua intenção nunca fora prejudicá-la. Pelo contrário. Queria simplesmente ter certeza absoluta de que ela estava bem. Só por isso comprara a Lhótus.
Sabia que Anahí jamais concordaria em trabalhar para ele novamente, por isso fizera tudo escondido e colocara Artur como dono do estabelecimento. Assim podia ficar tranqüilo quando ao futuro da filha, mesmo ela não realizando seu maior sonho.
Hans tinha consciência de que quando Anahí soubesse, talvez nunca o perdoasse. Ela era orgulhosa feito a mãe. Jamais aceitaria a intromissão do pai na sua vida daquela maneira. Diria que ele a estava controlando.
Mesmo temeroso o velho alemão pegou o telefone e discou o número da filha. Se a verdade tinha que ser dita, que fosse por ele e o quanto antes. As duas relaxavam felizes na banheira da suíte de Dulce. Tinham passado a tarde juntas, ido ao shopping, feito algumas compras, depois voltaram pra casa e fizeram amor por horas inteiras. Sem pressa alguma, porque nada mais lhes importava nesses momentos.
E agora estavam ali abraçadas, Anahí descansando sua cabeça levemente sobre os seios nus e molhados da namorada, enquanto essa lhe fazia cafuné.

-Você está me acostumando mal, sabia? – disse a publicitária sorrindo – [b[Eu nunca tinha faltado uma reunião na agência antes!

Anahí sorriu.

-Admita que foi por um ótimo motivo, Dul! – disse – Temos que fazer isso mais vezes!

-É! E quando eu perder o meu emprego você me sustenta mocinha?

Risos.

Você não vai perder o emprego, amor! – disse Anahí convicta, brincando com a água nas pernas de Dulce – É boa demais pra eles te demitirem!

-Eu sei bem o sentido desse seu ‘boa’! Cheio de segundas intenções! – disse Dulce buscando os lábios da namorada com os seus.

As duas se beijaram longamente. Anahí com a cabeça apoiada da banheira, Dulce a abraçando e acariciando-lhe a barriga e os seios.

-Se você continuar a me tocar assim, vão ser terceiras, quartas e quintas intenções, amor! – disse Anahí sorrindo maroto entre beijos.

As duas continuariam nos beijos e carícias, se o celular de Anahí não tivesse tocando justo nesse momento.

-Droga! – disse ela irritada por terem sido atrapalhadas – Quem pode ser numa hora dessas?

-Como numa hora dessas, amor? Não são nem 20h ainda!

-Eu não tava falando do tempo amor, mas logo agora quando a gente tava se empolgando de novo!

Dulce sorriu.