Fanfic: Querido Diário Otaku | Tema: Comédia, Crossover, Adolescentes, Amizade

Certo, certo, sinto que devo admitir que SAIR COM O ANDY É UMA GRANDE MERDA QUE EU FAÇO! Minha mãe vai roer todas as suas unhas postiças se descobrir que eu matei aula e depois vai arrancar os fios de cabelo da sua peruca e me matar! EU NÃO POSSO MORRER, SE EU MORRER MINHA MÃE ME RESSUCITA E ME MATA DE NOVO!

Fomos andando até o estacionamento onde ele entrou naquele Chevy Impala perfeito que eu vi hoje quando cheguei

– Está brincando – disse sem acreditar - Esse carro perfeito é realmente seu?

– Não, não, eu estou roubando ele, mas por algum motivo tenho chave – balançou na minha cara o chaveiro com as chaves do carro – Esse carro era do meu pai.

Andy abriu a porta para que eu entrasse o lado do carona e depois entrou e se sentou ao volante

– Pensei que você dirigisse a brasília da sua avó

– Não, só quando quero cantar alguma música antiga – riu sem graça – Minha mãe deixa a brasilia guardada em casa por que se não fizesse isso eu ia me apoderar da garagem. Ela acha que isso é algo ruim.

– Todos devem achar que isso é algo ruim - disse ligando o radio

– HAHA, que engraçadinha – disse sarcástico e eu dei meu melhor sorriso Colgate.

Deixei numa radio animada cujas músicas eu não conhecia, Andy parecia gostar.

– Então Andy, pra onde você pretende me levar? A gente está de uniforme se você não percebeu – apontei pra jaqueta e pra saia preta do uniforme

– Primeiro vamos passar na sua casa e pegar algo pra você vestir, depois eu vou à minha e me troco.

– COMO ASSIM? BEBEU MUITO TODDYNHO E FICOU BEBADO MULEQUE? – gritei- Minha mãe passa o dia todo em casa, ela vai me ver – menti.

Eu sei que ela não fica o dia todo em casa, ela passa o dia inteiro na rua em busca de um novo penteado de cabelo. Quando chego da escola ela ainda esta fora

–Sua mãe não esta em casa – afirmou

– Como você tem tanta certeza?

– Essa não é a primeira vez que mato as últimas aulas, eu sempre a vejo em algum salão de beleza ou uma boutique na cidade.

– Como você sabe quem é a minha mãe? – perguntei surpresa

– Sua mãe sempre aparece nas fotos de leilões organizados pela minha mãe ou então no jornal local

– VOCÊ LÊ JORNAL? – perguntei surpresa - Não espera... VOCÊ SABE LER?

– Haha, como você é engraçada Jullie – revirou os olhos – Onde é a sua casa?

Expliquei o caminho pra ele do jeito que eu me lembrava

– Já sei onde é você mora na Rua da Jessie

– Da Jessie? A líder de torcida popular da aula de biologia? – perguntei incrédula

– Sim, ela dá bastantes festas em casa. Chegamos

Desci correndo do carro e subi voando a escada. Peguei uma blusa de roxa, um short, um all star e uma bolsa em forma de panda onde guardei minha carteira e o celular, desci (lê-se cai) as escadas o mais rápido que consegui e entrei novamente no carro.

– Uou , primeira garota que eu vejo se arrumar em nove minutos pra sair comigo ! – começou a bater palmas – Você merece uma estatua

– Correção – parei para retomar o fôlego – Uma estatua e um país

– Ok, ok algum dia você ganha a Estranholândia pra você.

– Haha sem graça – ele riu da minha cara

– Agora vamos pra minha casa... – me analisou – Senhora Pernas De Folha Sulfite – riu da própria piada e saiu com o carro

Dessa vez eu estava prestando mais atenção no caminho que levava a casa do Cabeça de Pudim, ela era mais perto do parecia quando eu fui acidentalmente até uma praça que fica perto da casa dele. Andy pediu minha bolsa de panda emprestada e entrou na sua casa enquanto eu esperava no carro.

Acho que se passaram vinte minutos até que ele voltou usando uma camiseta de banda que eu não reconheci uma calça preta e um all star vermelho ele estava muito bonito

– Segura a bolsa – jogou em mim a bolsa de panda, fiz algumas manobras pra que ela não caísse agora minha mochila estava cheia de salgadinhos, sanduiches e alguns sucos.

– O que é isso? Vamos fugir de casa?

– Não, é só que vamos precisar disso.

– Aonde vamos?

– Sur-pre-sa – fez um sinal com a mão sobre os lábios fechados indicando que era realmente segredo

Suspirei e comecei a olhar a paisagem que sempre mudava num momento estávamos na cidade com vários prédios e carros como sempre, um pouco depois passamos por uma cidade ou vila tão pequena que eu pisquei os olhos e ela sumiu, por ultimo chegamos num lugar incrível cheio de vida. Tinham varias arvores nas ruas, varias lojas coloridas, dava pra ouvir um barulho muito parecido com o do mar e quando olhei para frente vi uma enorme roda gigante.

– Que lugar lindo – disse admirado

– Eu também acho, vinha bastante aqui quando era menor com os meus pais é um lugar nostálgico.

– Por que me trouxe aqui?

– Pra passearmos um pouco, você estava tão mau por causa dos seus amigos que eu fiquei com pena.

– Não preciso que ninguém sinta pena de mim

– Então não vou pagar um milk-shake pra você – disse cantando

– EU PRECISO MUITO DE ALGUEM QUE SINTA PENA DE MIM ANDREW, QUANDO EU TINHA SETE ANOS MATEI MEU HAMSTER AFOGADO – fingi estar chorando

– Como seu hamster se afogou?

– Eu acidentalmente dei banho nele com cândida e o bichinho faleceu

– O QUE? – parou o carro – VOCÊ É UMA ASSASINA DE ANIMAIS SUA SEM CORAÇÃO!

– Calma, Andy – dei risada – Foi meu irmão na verdade que matou o hamster assim , você não está com um serial killer no carro

– Não me sinto melhor sabendo disso, pobre hamster – fingiu chorar e voltou a andar com o carro.

Andy me levou pra passear pela cidade, tomamos milk-shake juntos, passamos em uma loja de roupas hippies muito coloridas e tiramos fotos numa cabine na praça central da cidade.

– Aqui é incrível – me sentei no escorregador olhando as fotos que eu e Andy havíamos tirado

– Eu também acho – ele se sentou no escorregador ao lado do meu – Eu sempre venho aqui por isso, é um lugar incrível! Quando anoitece o parque de diversões daqui abre e é lindo o lugar é muito bem iluminado e divertido

– Quando eu era pequena adorava escorregadores – disse me lembrando de como era emocionante – Ás vezes eu descia sentada com os braços ao redor das pernas, outras eu desci de barriga pra baixo e teve uma vez que eu desci até de cabeça pra baixo – ri – Foi muito legal.

– Essa última é mentira – ele pegou as fotos da minha mão – Se você tivesse feito isso teria quebrado o pescoço e agora não estaria entre os vivos

– Vou te mostrar que foi verdade

– Eu te desafio

Agora a porra ficou séria. Encolhi-me na pequena plataforma que ficava no escorregador pras crianças esperaram sua vez de descer, joguei meus cabelos pra frente e estendi as mãos, assim amorteceria a queda na lama, dei um impulso com os pés e cai rapidamente senti minhas mãos tocando a lama, uma forte dor dominava meu pulso então plantei uma espécie de bananeira bizarra e cai pro lado por perder o equilíbrio.

– Ai – choraminguei

– Eu disse que ia dar merda – Andy veio ate o meu lado, por sorte eu não cai na lama, ele me ajudou a ficar de pé – Isso pode doer um pouco.

– O qu- ele puxou meu pulso pra frente com força só então notei que ele estava deslocado

– Sente-se melhor?

– Sim, e por falar nisso. NUNCA MAIS ME DESAFIE A FAZER COISAS ESTUPIDAS! – gritei

Ele começou a rir

– Você que aceitou o desafio estúpido, menininha – passou a mão pelo me cabelo – Taquepariu – pôs uma mão sobre a boca.

– O que aconteceu Andy? – instintivamente passei a mão pelo meu cabelo sentindo algo grudento nas pontas – Não me diga que... Oh meu Deus! Por favor, me diga que isso é só lama – olhei pra ele em busca de uma resposta positiva, mas obtive o oposto – MERDA!- gritei

Nessas horas eu queria ter um Diário do Futuro como o do Amano Yukiteru. Andy me levou até um pequeno salão de beleza perto da praça, as cabeleireiras ficaram assustadas ao ver meu cabelo.

– Então Kátia, tem jeito? – Andy perguntou isso pela milionésima vez e como das outras a resposta foi a mesma

– Oh querida, sinto muito, mas infelizmente o chiclete e a lama fizeram um trabalho muito bom no seu cabelo – suspirou – Vamos ter que cortar suas mechas pretas.

Quase chorei ao ouvir isso, mas concordei, Kátia cortou meu cabelo e o deixou um pouco abaixo dos ombros me senti horrível com o cabelo assim, mas feia que de costume, sai com Andy do salão e fomos em silencio pra praia.

– Eu sinto muito – Ele falou assim que chegamos perto de um monte de rochas na beira do mar

– Não sinta, eu que fiz a merda de descer – sorri.

Não queria cortar meu cabelo, eu nunca quis isso na vida, meu cabelo era a coisa que eu mais achava bonita em mim. Subi algumas rochas e cheguei ao topo que era estranhamente plano como se a natureza tivesse feito ele e dito ‘’ Ei olhe como eu posso ser perfeita sem a alteração de vocês seus humanos desprezíveis ‘’

– Ei Andy vem ver uma coisa – acenei

– Não mesmo, se eu cair daí vou me quebrar todo.

– Vem logo, ou será que você esta com medo senhor Cabeça de Pudim.

Andy subiu tão lentamente que eu imaginei que seria mais fácil mandar uma lesma subir ao invés dele

– Cheguei menininha

– Ótimo agora sente-se aqui – bati no lugar ao meu lado

Ele fez cara feia, mas se sentou.

– E agora? – perguntou

– Agora olhe que lindo o por do sol

Andy pareceu não gostar da ideia de primeira, mas depois de alguns segundos vendo as cores do crepúsculo não resistiu.

– É lindo

– Eu também acho – disse

Ficamos assim por um tempo comendo os lanches que Andy colocou na bolsa, até pouco depois que o por do sol acabou então ele se levantou e me disse que iríamos um pouco ao parque de diversões da cidade.

– Olha um lugar de pintar a cara – Andy apontou pra barraca de ‘’ Faça sua mascara ‘’ com um sorriso enorme nos lábios e os olhos brilhando

– Pode ir lá se quiser Andy, eu vou te esperar ali perto do carrinho de bate-bate – ele concordou e foi correndo pra loja enquanto eu comprava um algodão doce pra mim.

Andy voltou com a cara branca uma espécie de linha costurada foi desenhada ao redor da boca e umas manchas ao redor de seus olhos

– O que é isso? – perguntei entre risos

– Eu sou o Rei do Halloween – fez uma pose de sou foda e depois começou a rir comigo

Andamos em vários brinquedos em pouco tempo já que parque estava meio vazio por ser dia de semana, Andy ganhou um panda de pelúcia pra mim numa barraca e depois comprou ingressos para a roda gigante.

Já comentei que eu morro de medo de rodas gigantes?

– Vamos lá Jullie vai ser legal

– Andy eu não quero, e se essa coisa quebra com a gente no lugar mais alto?

– Você acha que a gente consegue sentar no banquinho mais alto? – seus olhos brilhavam – É brincadeira, não vai me dizer que esta com medo menininha – disse provocando.

– Eu não preciso ir nesse brinquedo estúpido pra te mostrar se estou ou não com medo Andy, e eu quero ir pra casa agora!

– Mas nós mal...

– Não importa! ME LEVE PRA CASA AGORA! – ordenei

Ele obedeceu, o caminho foi silencioso e depressivo.

Assim que eu desci do carro de Andy. Chegando em casa ele veio atrás de mim e me abraçou, fiquei tão surpresa que deixei cair meu panda e minha bolsa.

– A-Andy ?

– Me desculpe Jullie – disse no meu ouvido – Fui um idiota

Ele deu um beijo na minha testa e me deixou lá com cara de trouxa

Diário me explique como Andy consegue ser assim, por favor.