Fanfics Brasil - Capítulo 2 .¸¸.♥...Impossível Te Esquecer...♥.¸¸.

Fanfic: .¸¸.♥...Impossível Te Esquecer...♥.¸¸.


Capítulo: Capítulo 2

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  Anahí demorou a controlar a respiração, por fim gritou:

— É mentira!


— Não. — Louise sacudiu a cabeça. — Nunca menti para você, nem vou mentir. Quando o seu advogado mandou os papéis para o advogado do seu marido, você foi atropelada por um carro e entrou em coma. Segundo sua tia Rose contou, o sr. Alfonso recusou-se a assinar qualquer papel, pois ficou transtornado.


Os lábios de Anahí tremiam e ela tocou-os com uma das mãos:


— Quer dizer que ainda sou Anahí Chapelle?


— É.


— Não! Não suporto isso!


Louise fitou calada, por alguns momentos, os olhos cheios de compaixão.


— Desculpe-me por ser obrigada a dar-lhe este choque.


— Por que não me contou antes? — sussurrou Any.


— Porque, uma vez recuperados do ferimento na ca­beça, é melhor que os pacientes lembrem-se do passado por si, que tudo volte à lembrança no momento certo, quando a mente está pronta para aceitar a informação.


Como Anahí nada dissesse, a médica prosseguiu:


— Foi exatamente assim no seu caso. E por isso que você está tão bem. Mas esta noite seu marido quebrou as regras ao insistir em vê-la. Foi um risco e agora teremos que lhe dar informações que você tal­vez não esteja preparada para receber. Sinto muito por tudo isso... Eu não queria que fosse assim,Anahí. Preferia que você lembrasse de tudo sozinha, mas seu marido tem sofrido muito. Quando ele viu que você reconheceu sua tia Rose, não pôde conter-se mais. Anahí enxugou as lágrimas:


— Há muita coisa que ainda não sei? Depois de breve pausa, Louise respondeu:


— Não quero mentir... Há mais coisas, mas como sua médica creio que não é o momento de contá-las. Você já teve choques demais por hoje.


— Você quer dizer que devo ficar aqui até que toda minha memória volte e mesmo então continuarei pri­sioneira, enquanto Alfonso não resolver me libertar? — desesperou-se Anahí.


— Não. Eu não quis dizer isso. Você já recuperou uma parte da memória, uma grande parte, aliás. Mas ainda não se pode afirmar se vai recuperá-la total­mente ou não. Só o tempo dirá. Ouça, Anahí,falando como sua médica, eu não teria o menor problema em lhe dar alta amanhã. Mas é claro que prefiro só me despedir de você quando tiver certeza de que será capaz de lidar com seus pesadelos. No entanto, você sair da­qui não depende disso; a única coisa que impede a sua saída desta clínica é o seu marido.


— E se eu pegar um advogado?


As sobrancelhas finas de Louise franziram-se pela concentração:


— Pode fazê-lo. Mas tem dinheiro para contratar um advogado tão bom quanto o do seu marido?


Anahí sabia que "não" era a única resposta a esta pergunta. Seus ombros descaíram e mais uma vez ela se agitou.


— Preciso ficar sozinha — pediu.


— Está bem. Amanhã a gente conversa. O corpo de Anahí foi sacudido por soluços, num violento ataque de choro que mal a deixava falar:


— M... me dê ai... alguma coi... coisa p... para dor... mil-, p... por favor...


— Você não precisa mais de remédios para dormir, porque afinal encarou seu demônio. Enfrente-o de ca­beça erguida, ele não perturbará mais seu sono e vai ficar bem descansada. Boa noite.


Pela primeira vez desde que podia lembrar-se, Anahí sentiu um ódio violento por Louise; começou a gri­tar-lhe que ficasse ali, que a ajudasse, mas a doutora apagou a luz e saiu, fechando a porta.


—Anahí.


Ela saltou na cama ao ouvir a voz de Gerard. Com a luz do corredor por trás, ele era apenas um grande vulto escuro à porta de seu quarto e por uma fração de segundo ela pensou...


O enfermeiro acendeu a luz:


— Mudou de idéia sobre o jantar?


— Não! — respondeu Anahí com uma agressividade que não combinava com ela.


— Aceita um suco de fruta?


— Não. Preciso de uma pílula para dormir.


— A dra. Louise não prescreveu soníferos. Se quiser um copo de lait chaud...


— Não. Detesto leite quente.


— Então, boa noite. Se precisar de mim, toque a campainha.


— Não vou conseguir dormir!


— Ligue a televisão.


— Odeio televisão. Por que não posso sair? Gostaria de caminhar até ficar cansada. Você não pode imaginar como me sinto presa aqui.


— O dr. Simoness vai estar de plantão, amanhã. Quando ele fizer a ronda, logo cedo, conte-lhe o que sente.


— Não posso esperar até amanhã! Louise foi embora?


— Não sei.


— Quer ver para mim, por favor? Diga a ela que... Diga-lhe que preciso falar com ela.


Anahí tinha a sensação de que iria explodir se não se acalmasse.


— Vou ver se a encontro — assentiu Gerard. Passaram-se alguns minutos. Anahí andava de um lado para outro do quarto quando Louise entrou e fe­chou a porta.


— Gerard me disse que você está mais agitada do que nunca. Nós duas sabemos por quê, não é Anahí,?


O queixo da paciente ergueu-se enquanto ela fitava a médica através das pálpebras semicerradas:


— Louise... Tenho que ir embora daqui, embora da Suíça. O que devo fazer?


— Sei o que eu devo fazer... — murmurou Louise, baixinho, mas Anahí ouviu.


— O quê?


— Você precisa ser forte.


— Sou forte — rebelou-se Anahí.


— O bastante para ter coragem de dizer ao seu marido que não quer mais viver com ele? — As so­brancelhas da doutora ergueram-se. — É isso que ele está esperando, entende? Que o fite nos olhos e diga que tudo acabou. Afinal, você me disse que ele é o homem mais maravilhoso que existe.


Anahí mordeu os lábios:


— Sim, eu disse porque é verdade.


— Então, ele merece mais consideração. Segundo você afirmou, e seu marido também, ele jamais faltou com os votos matrimoniais, jamais fez algo que pudesse afetar os laços que unem vocês. Foi você que fugiu dele sem dar explicações, que não o deixou saber onde estava e que pediu divórcio.


— Eu sei...


A voz dela era apenas um fio, devido à aflição que sentia por estar fazendo Alfonso sofrer.


— Tenho que acreditar que seu marido é pelo menos bom, já que você afirma que é maravilhoso. E acredito que se for sincera, ele irá concordar em deixá-la sair daqui e em dar-lhe o divórcio.


A dra. Louise aguardou um comentário, que não veio. Então, acrescentou:


— É claro que ele não quer isso. Por que iria querer? Ama você com loucura e, justamente por amá-la tanto, coloca sua felicidade acima da felicidade dele e, assim, você poderá ir embora com seu segredo.


— Segredo? — sobressaltou-se Anahí .


— Escute, venho cuidando de você há tempo sufi­ciente para saber que está escondendo alguma coisa. Cada qual tem direito de guardar seus segredos. Pelo que me parece, é importante para você não deixar que seu marido descubra esse segredo... Por isso, como já disse, você precisa ser forte.


Anahí evitou o olhar da médica. Louise compreendia tudo, sabia tudo! O único jeito era, mesmo, enfrentar Alfonso. E chegara a hora.


Por favor, meu Deus, dai-me forças, inspirai minhas palavras!


Antes que perdesse a coragem, perguntou:


— Será que você pode telefonar para ele e dizer-lhe que venha aqui?


— Posso. Mas se está mesmo pronta para isso, te­lefone você mesma. Quando seu marido perceber que está segura de si, que é capaz de agir como um ser humano normal, ficará convencido. — Fez-se um breve silêncio. — Estou do seu lado.


— Eu sei e jamais conseguirei agradecer-lhe como merece — Anahí abraçou Louise.


— Você percorreu um longo caminho e está quase em casa... Vou rezar para que consiga ultrapassar tudo isso. — A doutora alisou-lhe os cabelos. — Gerard vai trazer-lhe um telefone, assim você conversa sossegada com seu marido.


— Obrigada, Louise.


Bonne chance...


Boa sorte. Sim, ela precisava muito mais do que isso para enfrentar Alfonso. Ficou parada onde a médica a deixara, até que Gerard chegou com um aparelho de telefone e ligou-o à tomada na parede. Depois que ele saiu, permaneceu longos minutos apoiada à escri­vaninha, procurando reunir toda sua coragem.


Não tinha a menor dúvida de que Louise fora ho­nesta para com ela. O único modo de sair daquela clínica era através de Alfonso. Estava prestes a fazer a maior representação da sua vida.


Com as mãos trêmulas, pegou o receptor e discou o número do castelo, que sabia de cor. Mayte atendeu.


Querida Mayte... A governante trabalhava com os Chapelle desde que a família de Anahí passara a vi­sitá-los dois meses por ano, a negócios e por prazer. Ela estava com nove anos quando viajara pela primeira vez à Suíça e conhecera o mundo de Alfonso...


Ma chère Tracey! — exclamou May, assim que reconheceu a voz de sua jovem patroa.


Depois de lágrimas sentidas que aqueceram o cora­ção de Anahí, May disse-lhe que Alfonso deixara a sra. Rose à porta do castelo e saíra com seu carro em alta velocidade, como se fosse perseguido por demônios. Será que ela queria falar com a tia?


Sem disposição para falar com Rose, Anahí disse que não, que telefonaria mais tarde. Depois de desligar, seguiu um impulso e ligou para o número particular de Alfonso, na empresa. Sempre que algo o perturbava ele costumava ir para o escritório.


Olhou para o relógio: quinze para as onze da noite. Se Alfonso fora para lá, devia estar sozinho...


Depois de seis toques, a voz dele, tensa, soou do outro lado:


Oui?


Sem conseguir dizer uma só palavra, Anahí sentiu um gosto amargo na boca e engoliu seco. Afinal, pôde dizer o nome dele quase num sopro e percebeu que Alfonso parava de respirar:


Mon Dieu...Anahí?


Os dedos esguios dela retorciam o fio do telefone e seu coração batia depressa a ponto de fazê-la sentir-se enjoada.


— Si... sim. Sou eu.


— Não faz idéia o quanto esperei por este momento! A voz dele tremia de amor, de saudade, de muitas outras emoções, e ela pensou em desligar, sem saber como levar o plano avante.


— É você, mesmo, mignonne? Não estou tendo uma alucinação, estou?


— Não. S... sinto muito ter passado mal daquele jeito. Louise disse que o choque de recuperar a me­mória às vezes mexe com o estômago da gente.


— Isto quer dizer que...


—Alfonso— interrompeu ela, rápida, porque perce­bia alegria, esperança, na voz dele e queria detê-lo antes que se animasse. — Precisamos conversar.


— Vou já para aí.


— Não! — reagiu ela, em pânico. — Es... esta noite, não.


Não posso ver você hoje. Pensei que podia, mas não posso! Preciso do descanso da noite para me preparar.


— Depois de todos esses meses rezando para ouvi-la dizer meu nome, para que se lembrasse de mim, pre­tende que eu espere?


Havia tanta dor na voz de Alfonso que Anahí arre­pendeu-se de ter ligado.


— Desculpe... É que estou muito cansada e preferia que você viesse amanhã.


— Não posso — gemeu ele. — Foi tempo demais vendo você prisioneira da amnésia, olhos e mente fechados para mim — a voz dele se tornara sombria. — Afinal sei que amanhã, quando você acordar, vai saber quem eu sou e poderá dizer meu nome. Vou para aí agora mesmo, mas juro que não perturbarei o seu sono. Só quero ficar perto de você. É pedir muito, mon amour!


Sim, é pedir muito. Mas eu não tenho escolha...


— Não. Es... está bem.


A tout a Vheure, petite.


Ele disse até já, pequena! Meu Deus, o que eu fiz?


Anahí desligou o telefone com gesto mecânico. Não conseguiria dormir com ele ali no quarto, olhando-a. Não podia confiar em que ele não a abraçaria, não a beijaria, pois estava com as emoções alteradas.


Quer ela gostasse ou não, teria que enfrentá-lo assim que chegasse. Isso significava que precisaria estar ves­tida e pronta, esperando-o na sala de visitas onde não havia portas que se fechassem deixando o mundo do lado de fora.


Rapidamente, entrou no banheiro para uma chuveirada. Não tinha um instante a perder. A essa hora da noite o tráfego era fácil. Em sua Ferrari, ele não demoraria a chegar na clínica que, haviam-lhe dito, ficava nos arredores de Lausanne.


Como ele preferia seus longos cabelos soltos, prendeu-os deliberadamente num severo coque atrás da cabeça, como o de sua tia; vestiu uma blusa branca, chemisier, discretíssima, saia cinza, justa, e blazer azul-marinho. Conseguiu uma aparência o mais exe­cutiva possível.


Não pôs perfume e não usou maquilagem, de ma­neira a não realçar seus traços. Era importante que parecesse confiante e bem o suficiente para sair da clínica; não devia chamar a atenção. Calçou sapatos tipo esporte, de meio salto, pretos, e foi até a saleta de enfermagem no início do corredor.


— Gerard...


Ao ouvir seu nome, ele desviou os olhos do relatório que lia e fitou-a sem esconder a surpresa:


— Que fez consigo mesma? Mal a reconheci...


O enfermeiro parecia sem jeito, intimidado, e Anahí gostou disso:


— Meu marido está vindo para cá. Vou esperá-lo na sala de visitas.


— Aceita um chá?


— Pode ser, quando ele chegar.


Bien sür... Quero dizer, pois não.


Ela agradeceu e foi acomodar-se numa das poltronas da sala de visitas. Havia algumas revistas de viagens numa mesinha. Precisando desesperadamente de algo para ocupar as mãos, pegou uma delas e foi virando as páginas, lentamente, sem ver figuras, nem ler uma palavra sequer.


No momento em que soaram passos no hall, seu coração começou a saltar e, nervosa, Anahí ficou olhando para a porta apenas para ver um dos pacientes passar no corredor. Voltou à revista.


Mignonne...


Um grito abafado escapou-lhe da garganta quando Alfonso surgiu à porta, chamando-a de querida. Ele não fizera ruído algum que a avisasse da chegada. Sabia que teria de olhar para ele, que não podia encolher-se, nem fugir. Permanecendo sentada, ergueu a cabeça forçando-se a fitá-lo.


Percebeu mudanças que fizeram seu coração se aper­tar. Rugas que antes não existiam marcavam as feições aquilinas de Alfonso. Os cabelos negros achavam-se compridos como nunca vira. Ele estava mais magro e dava a impressão de que todos seus músculos estavam rígidos. Os olhos negros tinham uma expressão assombrada. Apesar disso, vestido com o terno cinza-escuro que costumava usar no trabalho, seu charme masculino era mais perturbador, mais atraente do que antes e ela gemeu por dentro.


Sentiu que Alfonso esperava que se levantasse e cor­resse para os braços dele, pois era assim que sempre agira. Ele lhe despertava tal amor, tal paixão, que ela era incapaz de dominar-se, mesmo que houvesse outras pessoas por perto.


Com a voz mais imperturbável que pôde conseguir, disse:


— É bom vê-lo,Alfonso. Sente-se. Gerard vai nos trazer um chá.


Ele permaneceu imóvel, tenso, o rosto transformado numa escultura de mármore. Suas mãos, caídas ao longo do corpo, fecharam-se com força.


— Isso é tudo que tem a me dizer depois de tanto tempo de verdadeiro inferno? — indagou ele, num sus­surro angustiado.


— Pensei que estava sendo perfeitamente civilizada. Hoje é um dia de surpresas. Não apenas fiquei sabendo que você é o responsável por eu estar presa aqui e que paga a conta, como também fui informada de que nosso divórcio não saiu porque você não assinou os papéis.


Enquanto falava, Anahí via o sangue fugir do rosto dele e rezou para que essa crueldade terminasse o mais depressa possível.


— Foi por isso que telefonei — continuou, contro­lando a voz. — Quero o divórcio. Está tudo explicado nos papéis que meu advogado lhe mandou. Não quero nada de você, apenas a minha liberdade.


O peito dele inflou e murchou, como se estivesse se esforçando para respirar.


— Qual o motivo? — as três palavras mal passaram pelos lábios apertados de Alfonso.


Aí estava o momento que ela temia. Mas quando lembrou-se o que devia ser feito, Anahí sentiu uma profunda calma:


— Não quero mentir para você,Alfonso. Nós dois sabemos que não tenho motivos.


A cabeça dele inclinou-se para trás como se houvesse sido atingido brutalmente pela simples honestidade dela.


Ela levantou-se e se aproximou, obrigando-se a fitar diretamente aqueles olhos que eram dois profundos poços negros de dor. Tratando de se mostrar indife­rente a tanto sofrimento, disse:


— Eu o amo,Alfonso. Jamais amei outro homem. Não duvide disto um só momento. Mas descobri que não quero continuar casada. Quero voltar para San Francisco, retomar a minha vida.


Como que em busca de socorro, as mãos dele aper­taram os ombros delicados e a puxaram para tão perto que ela percebia o quanto seu corpo estava tenso.


— Por quê? — indagou, com uma ferocidade que a teria apavorado em outras circunstâncias.


Sempre encarando-o, Anahí falou:


— Eu gostaria de explicar, mas não posso. Quando voltamos da nossa lua-de-mel, comecei a descobrir que queria a minha liberdade de volta e acabei optando por uma atitude covarde: fugi.


Os dedos permaneciam nos ombros de Anahí re­velando a enormidade da agonia dele.


— Agi mal, Alfonso, e lamento a dor que lhe causei. Você nunca foi cruel comigo e o que aconteceu pode lhe dar idéia da mulher que de fato sou. Não sirvo para ficar casada.


Não posso!


Os olhos negros examinavam desesperadamente o rosto dela; buscando um sinal de fraqueza, enquanto ele procurava aceitar a nova realidade. Não encontrou um sequer.


— Fugi de casa por saber que você ia me perguntar por que eu queria o divórcio — dizia Anahí — e não tinha qualquer resposta que o satisfizesse.


— Tem razão — enfurecido, Alfonso a sacudiu. — Depois do que partilhamos na nossa lua-de-mel, nada que você dissesse ou fizesse teria sentido para mim.


— Eis aí a resposta que procura,Alfonso. Os momentos que vivemos no Taiti não têm como ser des­critos. Foi algo extraordinário, algo que ninguém pode tirar de nós.


Porque aconteceu antes que o véu fosse tão cruel­mente retirado da frente dos meus olhos.


— O que vivemos na nossa lua-de-mel — Anahí teve que reforçar a voz — nunca se repetirá porque não faz parte da minha vida. Quando ela terminou e a realidade se impôs, eu quis voltar ao meu caminho. Quero prosseguir sozinha.


Ele sacudiu a cabeça, incrédulo.


— Não posso acreditar.


A boca de Alfonso colou-se à dela tentando fazê-la corresponder da maneira que correspondia antes: que­ria demonstrar a Anahí que ainda estava completa e loucamente apaixonada por ele.


Mas a revelação que ela recebera modificara seu mundo para sempre e apesar da carne ser fraca, sua alma permaneceu firme, lembrando-a que aquilo era errado. Errado o bastante a ponto de levá-la a fazer tudo para Alfonso aceitar a mudança em suas vidas.


Quando, afinal, ele separou os lábios dos dela e ergueu a cabeça, o coração de Anahí partiu-se diante do misto de dolorosa confusão e ódio que se espelhava nos bonitos olhos negros. Devagar, as mãos dele a soltaram como se ainda esperassem algum sinal de sensibilidade.


Firme, ela voltou a falar:


— Soube que só posso sair da clínica se você der permissão. Quero ir embora amanhã cedo.


Alfonso ficou absolutamente imóvel, parecendo de sú­bito dez anos mais velho. Quando falou, a voz não tinha vida:


— Você ainda não recuperou a memória completamente.


— Eu sei. Louise me disse que talvez nunca me lembre de tudo, mas que estou bem para receber alta. Parece que meu futuro está nas suas mãos. — A voz dela falhou pela primeira vez. — Depois do modo que o magoei, fugindo, você agora tem a chance de me magoar, recu­sando o divórcio e me forçando a ficar aqui até que lembre de tudo, coisa que pode não acontecer.


Um evidente arrepio sacudiu o corpo forte e o olhar dele tornou-se mais sombrio:


— Acha que sou monstruoso a ponto de mantê-la presa aqui para me vingar?


— Não — murmurou Anahí , aflita. — Mas há ho­mens que fariam isso até com menos motivo do que você, Alfonso.Eu o machuquei sem querer. Você não merece isto e não vou pedir que me perdoe porque não mereço perdão.


Alfonso nada disse. Continuou olhando para ela de um modo estranho, até que Anahí começou a sentir-se pouco à vontade por não ter idéia do que ele estava pensando.


— Se isso tiver algo a ver com Dereck— a voz dele estava ainda mais rouca, — pode ter certeza que ele nunca irá aproximar-se de você.


Ela sacudiu a cabeça:


—Dereck não tem nada a ver.


Dereck tentara namorá-la antes que ela conhecesse Alfonso, seu irmão mais velho, que estava estudando em Cambridge, na Inglaterra. Quando ele voltara a Lausanne e Dereck percebera o interesse de Anahí por Alfonso, tentara impor-se a ela. Antes que as coisas fossem longe demais, Alfonso interferira zangando-se seriamente com o irmão.


Depois daquela noite, Alfonso, que tinha dez anos mais do que ela, tomara Anahí sob seus cuidados. Ia buscá-la na escola nas aulas das férias de verão, todos os dias, e a levava para a empresa, onde ela estudava ou lia, sossegada, até a hora dele sair. a levava para a empresa, onde ela estudava ou lia, sossegada, até a hora dele sair. a levava para a empresa, onde ela estudava ou lia, sossegada, até a hora dele sair. Anahí, que já era impressionada por Alfonso, não demorou a amá-lo. E foi um amor para toda vida.


Um amor amaldiçoado.


Durante o longo e doloroso silêncio, Alfonso pesou cada palavra, avaliou cada nuance da negativa dela, procurando alguma falha.


Quando tornou a falar, ele o fez de modo estranha­mente áspero:


— Eu assino os papéis para você sair daqui, agora mesmo, com uma condição.


A respiração dela acelerou-se e ele notou.


— Você tem que voltar para o castelo e morar lá por um mês, dando-me chance de salvar nosso casa­mento. Se ao fim desse tempo você ainda quiser o di­vórcio, eu concordarei.


Santo Deus, não! Anahí mordeu os lábios:


Mon Dieu, você ficou branca como morta... Não vou exigir que durma na mesma cama que eu.


— Eu não poderia fazer isso!


— Acha que não sei? — zangou-se ele.


— Então, por que...


— Quero a prova de que você prefere mesmo viver só — interrompeu Alfonso bruscamente. — Você não se mostrou diferente durante o tempo que passou em nossa casa, antes de fugir. Depois do ano infernal que me fez passar, acho que mereço esses trinta dias de chance.


Desta vez foi o corpo dela que se enrijeceu.


— Isso não seria justo para você,Alfonso.


— Não creio que você esteja em posição de julgar o que é ou não é justo para mim — retorquiu ele, seco. — Além do amor conjugal, há outros componentes que podem salvar um casamento.


— Mas quando esse amor não existe, nada mais dá certo — argumentou ela em pânico, sentindo que per­dia terreno.


— Como você disse, os dois meses que passamos no Taiti demonstraram a paixão que sentimos um pelo outro. Seja qual for o seu problema, nada tem a ver como o nosso entendimento na cama. Há alguma outra coisa nisso tudo e você tem que me dar um mês para eu tentar descobrir o que é. Se depois disso ainda sentir o que sente agora, eu a deixarei livre.


Então, são esses os seus termos,Alfonso!


Louise perguntara a ela se iria ser forte o bastante. Pelo jeito teria que ser, mesmo. Alfonso lutava pela vida dele.


E ela também!


— Está certo — resignou-se Anahí. — Pode vir me buscar amanhã, depois que o dr. Simoness fizer a ronda matinal. Preciso arrumar minhas coisas e me despedir de todos. Eles foram muito bons para mim.


Se ficou surpreso ao vê-la render-se, Alfonsonão demonstrou.


— Estarei aqui às nove.


— Outra coisa, Alfonso, quero pagar a clínica com o dinheiro que meu pai me deixou.


— Ainda sou seu marido — lembrou-a ele, com selvageria. — Enquanto estiver casada comigo, pretendo ser o responsável por você. Prometi amá-la, cuidá-la e protegê-la, ficar a seu lado na saúde e na doença, dar-lhe o melhor de mim e, fique certa, pretendo cum­prir a promessa!


Sei que pretende, eu sei! gritava o coração dela, en­quanto o marido virava as costas e saía da sala. Mas é impossível!


 


O cheiro familiar do Lago Genebra pare­ceu mais pronunciado para Anahí no ar frio, enquanto Alfonso manobrava a Ferrari no es­tacionamento da clínica.


Com gestos firmes e elegantes, que não denotavam o menor esforço, ele engrenou a marcha e acelerou, a caminho da avenida principal. O carro respondeu pas­sando a engolir quilômetros com uma velocidade que demonstrou que por mais que corresse, Alfonso não o fazia tão depressa quanto gostaria, para levá-la longe da aflição e da dor passadas entre aquelas paredes.


Desde sua chegada, eram nove horas e tivera que esperar que ela recebesse alta, Alfonso mantivera uma atitude de posse que assustava Anahí porque sabia que era um adversário terrível quando provocado, que lutaria de todos os modos para fazê-la desistir. Mas não sabia que ela não podia desistir e que, por isso, ele não venceria. No entanto, esta certeza não dava nenhuma alegria aAnahí.


Sentada num ângulo que não lhe permitia vê-lo, ela procurava pensar apenas na calma elegância das ruas do bairro residencial que percorriam. Ouviu os miríades sinos de igrejas badalando o aviso da missa da manhã de domingo. Lausanne sempre representara o paraíso para ela. Um civilizado, adorável, paraíso no qual surgira o atraente homem dos seus sonhos de menina e de adolescente. E ele estava a seu lado. Tudo que tinha a fazer era estender a mão para sentir o calor dele, os músculos firmes. No entanto, nunca mais devia fazer isso.


Nunca mais posso pensar nele "dessa" maneira!


Quando chegaram à catedral gótica que dominava a cidade, inesperadamente ele entrou à esquerda, distanciando-se do centro. Ansiosa, ela gaguejou:


— Es... este nã... não é o caminho para o castelo. — Vou levá-la para tomar um café da manhã, primeiro.


— Não se preocupe com isso. Estou sem fome.


— Mas acontece que, pela primeira vez em um ano, eu estou com fome. — Havia indiscutível autoridade na voz dele. — Vamos ao Chalet des Enfants. Você sempre gostou da comida deles e da vista que se tem de lá.


Era verdade. Muito antes de se casarem, eles en­cerravam os passeios de barco ou a pé no pequeno hotel à beira do lago Léman, de onde podiam ver os cumes dos Alpes Franceses espelhando-se nas águas tranqüilas do lago.


Quando iam lá, com suas maneiras gentis e diver­tidas, Alfonso lhe servia deliciosos croissants com mel e fumegantes xícaras de chocolate. Conversavam, ho­ras e horas, a respeito de tudo e de nada. Nunca se cansava de ficar com ele, não queria que aqueles mo­mentos terminassem.


E continuava não querendo!


Sentindo-se incapaz de suportar a dor, ela estava prestes a dizer-lhe que fosse tomar o café sozinho, que ficaria no carro, mas lembrou-se do aviso de Louise. Alfonso só aceitaria a separação se conseguisse conven­cê-lo de que estava recuperada, de que era forte física e emocionalmente o bastante para cuidar de si mesma.


E teria que demonstrar isso durante trinta dias!


Anahí fechou os olhos. Estava apenas no primeiro dia e já era difícil agüentar.


O motor da Ferrari silenciou, trazendo-a de volta àquele pesadelo acordada; haviam parado no estacio­namento do hotel. Ele saiu do carro a fim de ir abrir a porta para ela e só então, olhando-o diretamente, foi que Anahí notou a palidez de seu rosto e o leve tremor nos lábios, que revelavam intenso sofrimento.


Sentiu-se culpada, pois só ela poderia amenizar a ansiedade de Alfonso dizendo-lhe a verdade. No entanto, se o fizesse iria causar-lhe outro tipo de dor, muito mais profunda, da qual ele jamais se recuperaria.


Levara alguns meses para tomar a decisão de que esconder a verdade era a única atitude possível. Por mais dolorosa que sua rejeição parecesse para ele, Alfonso acabaria por aceitá-la e talvez viesse a gostar de alguém outra vez.


Ele tinha uma enorme capacidade de amar e quando, afinal, concordasse em que ela saísse de sua vida, sur­giriam outras mulheres para preencher a vaga. Mu­lheres ansiosas por serem a nova sra. Alfonso Chapelle; mulheres com direito ao título de esposas dele e de dar-lhe os filhos que Alfonso queria. Se ele nunca viesse a saber a terrível e destruidor a verdade, teria chance de dar um novo rumo à sua vida.


No entanto, para ela jamais haveria a chance de se casar de novo: desde que conhecera Alfonso, os demais homens haviam desaparecido e assim continuaria a ser. Daí por diante poderia apenas dedicar-se a uma profissão que a obrigasse a viajar pelo mundo e que a mantivesse ocupada, assim não teria tempo para as lembranças proibidas.


Decidida a manter distância, Anahí saiu do carro antes que ele pudesse estender-lhe a mão e, rápida, saiu caminhando pela alameda arborizada, rumo ao salão que mais parecia a austera sala de refeições de um mosteiro do que um restaurante.


Com a impressão de já ter vivido aquela cena, deixou o frio lá fora ao entrar no ambiente aquecido por uma enorme lareira. Havia um casal tomando café e ela achou bom terem companhia.


Acomodou-se à mesa mais próxima, sem a ajuda de Alfonso, o que o fez franzir as sobrancelhas. Ela notou, com um aperto no peito, que ele ficava ainda mais triste.


No ambiente em penumbra, o tom moreno da pele dele tornava-se mais escuro, assim como seu cabelo e as sobrancelhas. O brilho das chamas refletia-se no negro de seus olhos e acentuava os traços fortes do rosto, de uma beleza má , que já era impressionada por Alfonso , não demorou a amá-lo. E foi um amor para toda vida.


Um amor amaldiçoado.


Durante o longo e doloroso silêncio, Alfonso pesou cada palavra, avaliou cada nuance da negativa dela, procurando alguma falha.


No ambiente em penumbra, o tom moreno da pele dele tornava-se mais escuro, assim como seu cabelo e as sobrancelhas. O brilho das chamas refletia-se no negro de seus olhos e acentuava os traços fortes do rosto, de uma beleza máscula.


 


Quando se sentou diante dela, os ombros largos cobriram parte do panorama emoldurado pela janela. Anahí tratou de ordenar à mente que reforçasse sua resistência à atração que ele exercia. As químicas deles sempre haviam combinado de maneira explo­siva e era evidente que a separação apenas aumen­tara o poderoso charme.


Mas certos fatos tinham alterado o modo de ela pen­sar sobre Alfonso. Por exemplo, agora devia olhá-lo com a distância devida a um amigo chegado da família.


Nada mais.


Nem bem se haviam acomodado, a patronne do hotel aproximou-se e cumprimentou a ela e a Alfonso como os velhos clientes que eram. Ele fez o pedido sem con­sultar Anahí. Certos hábitos nunca poderiam ser rom­pidos e um deles era Alfonso sempre ter decidido por ela, porque conhecia seus gostos e podia satisfazer-lhe os desejos sem que dissesse uma palavra.


A incrível harmonia entre nós continua e sempre continuará, disse a si mesma, juntando as mãos com força sobre a mesa.


Quando a dona do hotel foi para a cozinha, Alfonso não falou. Com ar indolente, recostou-se na ca­deira e fitou a esposa. Ela passou a língua pelos lábios, nervosa, e iniciou o discurso que preparara durante aquela noite sem fim no sanatório.


— Eu... eu creio que você pode imaginar como meus dias foram vazios e longos lá na clínica.


— Não devem ter sido mais longos e mais vazios do que os meus — a voz dele soou áspera pela dor, dando mais uma prova de seu sofrimento.


Depois de clarear a garganta, ela continuou:


— Por favor, não me entenda mal. Todos foram ma­ravilhosos comigo, sou grata a eles e... e a você. Sem vocês creio que eu nunca me recuperaria.


— Graças a Deus recuperou-se — murmurou ele, sombrio, deixando-a mais ansiosa.


— Mas o fato é que não estou habituada a não fazer nada e acho que ficar no castelo sem atividade vai ser terrível. Eu preciso trabalhar, talvez na sua empresa, para conseguir agüentar esse mês. Tenho certeza de que poderei ser útil.


Antes de endireitar-se na cadeira, Alfonso respirou fundo e fitou-a com tal intensidade, que pareceu en­xergar dentro dela, obrigando-a a desviar os olhos.


— Seu valor para a empresa jamais seria questio­nado, mas o fato é que vou tirar um mês de férias para ficar em casa com você. Teremos muita coisa a fazer juntos e garanto que não vai se entediar.


Ao compreender que ele estava determinado a não perdê-la um instante de vista, Anahí  se descontrolou:


— Não!


O grito horrorizado ecoou na grande sala, chamando a atenção do casal. As sobrancelhas negras ergueram-se, numa expressão irônica. Tarde demais ela percebeu o erro de ter demonstrado o medo que sentia só de pensar em ficar com ele dia e noite. Alfonso estava justamente procurando um sinal de fraqueza e ela o ajudara. Reunindo toda coragem que tinha, Anahí ergueu a cabeça e encarou-o:


— Louise disse-me que você sacrificou um ano da sua vida por mim. Não quero o peso dessa culpa, Alfonso. Por favor, deixe-me ajudá-lo em seu trabalho, pelo menos parte do dia. Sei que há um ano você não dá à empresa a atenção que merece, por minha causa. Quero compensar isso de algum modo. Depois de re­ceber o diploma de idiomas na Califórnia, trabalhei tão pouco tempo na sua firma antes de...


— Antes de nos casarmos — completou ele, deter­minado. — Um casamento que nós dois quisemos desde a primeira vez que nos vimos, mas eu tive que esperar você crescer. Por favor, não insulte minha inteligência negando.


Não vou negar, meu querido. Não vou...


Por alguns momentos, ela sentiu vertigem e segu­rou-se na borda da mesa.


— Tu... tudo que peço é que me deixe provar que mereci sua confiança ao me dar um emprego.


A expressão dele tornou-se remota, enquanto a fi­tava por entre a pálpebras entrecerradas:


— Mesmo que eu nunca mais entre na minha sala, a empresa continuará firme. A única coisa que me importa é o nosso casamento. Vou mover céus e terras para que ele resista.


Um leve gemido escapou dos lábios pálidos dela. As coisas iam ser bem mais difíceis do que imaginara.


Engoliu seco:


— Eu já disse que...


— Sei isso de cor, Anahí— interrompeu ele, frio.


— Trinta dias é tudo que tenho para convencê-la a viver para sempre comigo e ser minha mulher no sen­tido bíblico. Você deu sua palavra.


 COMENTEM.



 



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Autor(a): mariahsouza

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— Dei, mas não tinha idéia que você era capaz de arriscar sua empresa por mim. Isso não é necessário. Podemos trabalhar juntos na Maison Chapelle. Vai ser como nos velhos tempos... — ela tentou pôr alegria na voz, mas falhou. — Dificilmente — negou ele com brutal sinceridade, obrigando-a a lembrar-se do ...


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Comentários da Fanfic 14



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • karolzinhaprincesinha Postado em 12/04/2009 - 12:05:31

    Posta+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • karolzinhaprincesinha Postado em 12/04/2009 - 12:03:51

    POsta maiss!

  • karolzinhaprincesinha Postado em 30/03/2009 - 16:10:19

    o Nome dela é:
    * A Aposta*

    e ñ esquece de postar ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • karolzinhaprincesinha Postado em 30/03/2009 - 16:08:51

    POsta,posta,posta,posta,posta,posta,posta,posta,posta,posta,posta,posta.
    Depois dá uma passadinha na minha nova web e vê o que acha da introdução!

  • jasmine Postado em 28/03/2009 - 20:24:26

    Ameeeeeeeeeiii!!!
    Posta+++++++++++++++++++++!!

    Bjs

  • karolzinhaprincesinha Postado em 28/03/2009 - 01:30:09

    Amei essa web!
    posta masssssssssssssss
    estou adorando...

  • jasmine Postado em 24/03/2009 - 00:13:08

    Ameeei!!!!!!!!!!!
    Posta+++++++++++++++++++++++!!!

    beijus

  • mariahsouza Postado em 23/03/2009 - 22:22:55

    Postei em Impossível Te Esquecer...
    Comentem!!!

  • bellarbd Postado em 22/03/2009 - 14:03:56

    Amei
    posta mais
    To amando essa wn
    ta d+

  • bellarbd Postado em 22/03/2009 - 14:03:56

    Amei
    posta mais
    To amando essa wn
    ta d+


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