Fanfics Brasil - cap.15 parte4 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap.15 parte4

2626 visualizações Denunciar


— Entende que há um bebê dentro de você, verdade?
Ela assentiu com a cabeça. Tudo ia bem no momento. Plenamente consciente de que Maddy o estava observando com uma expressão de suficiência no rosto, Christopher começou a dar golpes com as pontas dos dedos na superfície da mesa.
— As mães — disse em voz baixa — há um lugar especial dentro delas que é feito para abrigar os bebês. É ali, nesse lugar especial, onde eles ficam e crescem até que estão preparados para nascer. Entende?
Dulce assentiu de novo com a cabeça. Christopher queria evitar a todo custo olhá-la nos olhos. Via numerosas perguntas neles e muita inocência. Se dissesse algo indevido, uma só palavra equivocada, lhe causaria pânico e faria com que temesse sua gravidez.
— Bem. Alegro-me de que entenda. — Deu golpes um pouco mais fortes na madeira — Bom, quando seu bebê estiver preparado para nascer, esse lugar especial dentro de ti se abrirá para que ele possa sair. — Ao ver sua expressão de perplexidade, rapidamente acrescentou: — O nascimento de um bebê é algo maravilhoso! Todos se alegrarão muitíssimo, e nós... — interrompeu-se e lançou um olhar de impotência para Maddy — Nós possivelmente daremos uma grande festa para celebrá-lo. Não é verdade, Maddy?
— Uma festa. — Maddy moveu o queixo de cima abaixo — Organizaremos uma farra nunca antes vista, já verá. Será um dia esplêndido!
As bochechas de Dulce avermelharam de alegria e um doce sorriso iluminou seu rosto. Persuadido de que havia dito o necessário para esclarecer suas ideias equivocadas, sem piorar a situação, Christopher estava a ponto de deixar escapar um suspiro de alívio profundo quando a viu franzir o cenho ligeiramente, meter um dedo no umbigo e arquear as sobrancelhas de maneira inquisitiva.
Tac tac tac. Tac tac tac, faziam seus dedos ao dar golpes na superfície da mesa. Não tirava os olhos de cima do umbigo de Dulce. Temia enormemente que pudesse fazer-se mal se não deixasse de colocar o dedo no orifício. Caramba! Ao pensar em sua infância, Christopher pôde recordar perfeitamente as ideias equivocadas que ele também tinha sobre o processo de nascimento. Acreditava que o bebê dentro do proeminente ventre de sua madrasta sairia pelo umbigo. Naquela época esta lhe pareceu uma explicação perfeitamente razoável e ainda recordava quanto se horrorizou quando um menino mais velho que lhe disse algo completamente distinto.
— Não sairá por aí, Dulce. — Falou com uma voz rouca — O bebê não sai por ali.
Ela tirou o dedo de seu umbigo e lhe lançou um olhar de perplexidade, esperando claramente que lhe desse uma explicação mais detalhada. Tac, tac, tac. Tentando pensar em uma maneira apropriada de lhe explicar as coisas, ou, na realidade, em qualquer maneira de explicar-lhe sem aterrorizá-la, Christopher tragou saliva para desfazer um nó em sua garganta que parecia ser tão grande como uma bola de borracha. Logo, esforçando-se para manter o rosto inexpressivo, levantou-se da mesa, passou de longe na frente de Maddy e se sentou na cama de Dulce.
— E agora o que vai fazer? — perguntou Maddy.
A única resposta de Christopher foi levantar uma das mantas de Dulce e sacudi-la com cuidado. Christopher passou o resto da manhã encerrado em seu escritório. Depois de encarregar-se de dispor a limpeza do sótão, enviou dois recados. Um para o doutor Daniel Muir, lhe pedindo que fizesse uma visita a domicílio a Uckermann Hall imediatamente. Outro para a única costureira de Hooperville, Pâmela Grimes, lhe dizendo que queria que tomasse medidas a sua esposa para lhe fazer um novo vestuário.
Só depois de ocupar-se destes três detalhes, Christopher pôde dedicar-se ao que realmente queria fazer, estudar atentamente o catálogo de Uckermann Word & Company para ver o que podia comprar para Dulce. As trombetas para surdos ocupavam o primeiro lugar de sua lista. A companhia tinha três estilos: um dispositivo parecido a um trompete que vinha em três tamanhos graduáveis, um cone portátil em um prático tamanho de bolso e um tubo para conversa, um em cujos extremos tinha um bico para a pessoa que falava e o outro um componente que devia colocar no ouvido da pessoa surda. Sem ter certeza de qual deles funcionaria melhor, Christopher pediu uma dúzia de cada estilo e tamanho, decidido a que Dulce tivesse ao menos um aparelho de surdez eficaz em cada uma das habitações da casa. Além do mais, as pessoas levavam seus ouvidos a qualquer lugar que iam, raciocinou ele, e ela também deveria poder fazê-lo.
O preço que tinha que pagar por todos estes aparelhos era considerável e Christopher sempre se orgulhou de ser um homem que poupava e austero. Não obstante, quando se tratava de Dulce, o dinheiro era o que menos lhe preocupava. Ela tinha recebido muito poucas coisas em sua curta existência e ele tinha a possibilidade de compensá-la. A seu modo de ver, matou-se trabalhando toda sua vida. E para que? Para criar mal ao irmão? Agora, pela primeira vez, Christopher tinha a alguém realmente necessitado. E queria satisfazer cada uma de suas necessidades.
Cada vez que recordava o salão do sótão, um nó se fazia no estômago. A partir daquele dia, o mais importante para ele seria fazer realidade as fantasias da garota. Roupa bonita. Louça fina. Música...



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): sötnos bebis

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Ao recordar quão encantada ficou com sua velha flauta, Christopher passou a seção de música do catálogo. Pediu um órgão Windsor de seis oitavas, um acordeom de pau-rosa com foles recobertos de pele, uma gaita, um apito, um jogo de três sinos de três oitavas, uma corneta francesa e uns timbres.Da seção ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais