Fanfics Brasil - cap.15 parte5 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap.15 parte5

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Ao recordar quão encantada ficou com sua velha flauta, Christopher passou a seção de música do catálogo. Pediu um órgão Windsor de seis oitavas, um acordeom de pau-rosa com foles recobertos de pele, uma gaita, um apito, um jogo de três sinos de três oitavas, uma corneta francesa e uns timbres.
Da seção de música passou a de brinquedos e pediu uma cítara e distintos jogos: Hopity, ping pong, sino Ding Dong e o jogo das pulgas; assim como também uma combinação de jogos de mesa, entre os quais se encontravam damas chinesas, dominó e naipes. Depois de calcular o valor total que devia pagar por seu pedido, Christopher se dirigiu ao bar. Enquanto se servia uma taça de conhaque, pensou que não lhe importava o mínimo gastar esse dinheiro com ela. De fato, não podia recordar haver-se divertido tanto em muito tempo. Um sorriso de Dulce, só um, seria mais que suficiente para compensar o gasto em que ia incorrer.
O doutor Muir chegou pouco depois do almoço. Uma vez que Christopher lhe explicou que queria que examinasse cuidadosamente Dulce e por que, os dois homens subiram ao quarto das crianças. A princípio, Christopher temeu que, apesar das explicações que tinha dado a Dulce com antecipação, ela pudesse assustar-se com os indesejados cuidados do bom doutor. Mas não demorou a compreender que tinha subestimado enormemente as capacidades de Daniel. Tal e como se tratasse de uma menina tímida, o médico fez com que aquele processo parecesse mais um jogo que um reconhecimento médico. Para dar uma olhada aos ouvidos de Dulce, primeiro fez um truque de magia, fingiu tirar um caramelo de sua orelha e ficou muito assombrado. Dulce, certamente, também se surpreendeu e antes que Christopher percebesse, ela permitiu que Muir colocasse um instrumento em seu canal auditivo, supostamente para ver se havia outros restos de caramelo dentro de sua cabeça. Dulce parecia acreditar que tudo aquilo era muito divertido. Christopher, que se encontrava a seu lado, não pôde a não ser rir ao ver as amostras de assombro que atravessavam seu pequeno rosto.
Sua vontade de rir desapareceu de repente quando Daniel passou a examinar o torso de Dulce. Estava seguro de que naquele ponto o médico teria que lutar com uma jovem presa pelo pânico e temia o momento em que lhe pedisse que o ajudasse a dominar Dulce. Mas Daniel o surpreendeu uma vez mais. Recorrendo novamente aos jogos de mãos, Muir tirou um caramelo do decote do vestido de Dulce, de suas mangas e de debaixo da prega. Antes que Christopher percebesse o doutor já tinha apalpado os peitos e o ventre de sua esposa, evidentemente a sua inteira satisfação e também lhe tinha auscultado o coração. Ao final, Dulce tinha uma considerável coleção de caramelos sobre a mesa e o doutor Muir lhe permitiu ficar com eles.
Enquanto desciam as escadas para dirigir-se ao andar de baixo, o médico compartilhou com Christopher suas conclusões.
— No que se refere aos assuntos mais prementes, sua gravidez esta se desenvolvendo normalmente. Sem fazer um exame pélvico, não posso estar completamente seguro disso, mas acredito que neste momento fazer um reconhecimento minucioso a garota faria mais mal que bem.
Christopher estava completamente de acordo com isto e contou ao doutor o que Dulce tinha revelado para Maddy e a ele aquela manhã.
— Um ovo? — Muir riu e negou com a cabeça enquanto entravam no escritório — Bom, não vejo que dano pode fazer que lhe permitisse seguir acreditando nisso. Ao menos tem uma ideia geral do que está acontecendo e entende que há um bebê crescendo dentro dela.
Christopher sentiu que começava a ruborizar-se.
— Possivelmente se desiluda um pouco quando o bebê nasça sem sapatinhos nem gorrinho. — Descreveu-lhe o desenho que tinha feito para Dulce para lhe falar de sua gravidez. — Nesse momento não sabia que ela podia ler os lábios e foi a única maneira que encontrei para lhe fazer entender o que estava se passando.
— E surtiu efeito. Isso é tudo o que importa. — Muir pôs sua maleta no chão, junto a seus pés e se sentou em uma das cômodas cadeiras de couro que se encontravam frente à chaminé — Como certo, seu diagnóstico é correto. A garota está surda. É só uma hipótese, não esqueça, mas a julgar pela malha de cicatrização, eu me atreveria a apostar que a febre que a privou da audição foi provavelmente causada por uma grave de infecção do ouvido.
— Infecção que não foi tratada — disse Christopher amargamente, incapaz de ocultar o ressentimento que sentia pelos Saviñón.
— Assim é, — reconheceu Muir — mas não posso assegurar que eu teria sido capaz de impedir a perda da audição se a tivesse tratado.
— Ao menos, teria tentado.
Daniel suspirou.
— Para ser justo com Edie, Christopher, os pais nem sempre podem detectar facilmente os problemas crônicos de ouvido. Vi casos em que os ouvidos de um menino estavam tão mal que já começavam a sangrar e os desesperados pais não tinham nem a menor ideia do que estava passando. O menino pode estar mal-humorado, ter febre e náuseas, mas não manifestar nenhum sinal de dor de ouvido. Um menino que tratei em uma ocasião estava congestionado e com uma tosse muito forte, que já durava há vários dias. Sua mãe encontrava pus e sangue no travesseiro todas as manhãs, mas erroneamente acreditava que saía de seus pulmões. Aterrava-lhe a ideia de que tivesse tísico.
— Em outras palavras, não devo jogar a culpa nos pais de Dulce?
Muir franziu a boca e olhou distraidamente a chaminé durante um momento.
— Por muitas outras coisas, sim, mas não pela surdez. Dulce teve abscessos no ouvido médio, e acredito que foi assim, possivelmente lhe deu uma febre muito forte até que estes arrebentaram e secaram, o qual pôde ter ocorrido em questão de horas, depois da aparição da febre. Mais tarde, pôde parecer que ela estava se recuperando e sua mãe talvez acreditasse que já se encontrava bem. As crianças adoecem com frequência. Muitas vezes lhes dão febres muito altas por coisas insignificantes. Uma mãe faz tudo o que pode, mas não é infalível. E, na realidade, eu tampouco o sou.
Ao recordar como tinha encontrado Dulce ao entrar no sótão, a Christopher parecia difícil liberar-se com facilidade do sentimento de aborrecimento para com os Saviñóns.
— Incomodaria que te desse um conselho? — perguntou o médico.
Christopher sorriu ligeiramente.
— Absolutamente. Para isso o chamei.
— Olhe para frente — disse Daniel em voz baixa — Durante anos, tive que ver essa garota vivendo pela metade. Agora você tem a oportunidade de lhe dar muito mais. Concentre-se nisso. Esqueça-se dos Saviñón e de todos os erros que cometeram. Não pode voltar atrás e emendar todas as injustiças que Dulce sofreu. Mas sim pode tentar compensá-las. Pode ajudar a garota agora. Pensa nas coisas desta maneira.
— Espero poder lhe dar uma vida tão normal como é possível. — Christopher refletia em voz alta. Esta ideia fez com que sua mente se centrasse em outros assuntos. Depois de sentar-se direito no assento e pigarrear, disse: — Se as coisas saírem bem entre Dulce e eu, e tenho motivos para acreditar que assim será, seria prejudicial para o bebê ou para ela que...? — Christopher gesticulou vagamente — Ouvi opiniões encontradas a respeito. Alguns dizem que está bem que as mulheres grávidas tenham relações maritais e outros que não o está.
Levando as mãos aos joelhos e ficando de pé, Daniel soltou uma risada.
— Acredite em mim, Christopher, não lhe fará nenhum mal. — Piscou um o olho com desenvoltura — Só tome cuidado para não tirar os sapatinhos do bebê. Dulce pode desgostar-se um pouco se nascer sem uma meia.
Christopher sorriu.
— Terei em conta.
— Agradeço-lhe. Depois de lhe ter tirado caramelos de distintos orifícios, ela acreditará que também posso encontrar o ditoso sapatinho.



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Autor(a): sötnos bebis

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



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  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


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