Fanfics Brasil - cap.17 parte2 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap.17 parte2

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Atrás de Christopher, Deiter, o chefe do estábulo, estava batalhando com uma espécie de artefato com polia que estava amarrado às vigas. Dulce supôs, pelo desenho do mecanismo, que os homens poriam as correias de lona ao redor do corpo da égua para poder levantá-la. Com muitíssima pena da pobre égua, Dulce se aproximou para ver melhor. A besta escolheu aquele preciso momento para lançar-se com todas suas forças para cima, fazendo com que Christopher se afastasse enquanto ela conseguia ficar de joelhos. Quando Christopher gritou, Dulce soube que estava gritando pela maneira como se incharam os músculos de seu pescoço; Deiter deixou o que estava fazendo e correu a seu lado. Com a ajuda dos dois homens, a besta se levantou cambaleando.
Desesperada provavelmente por causa da dor, a égua não pareceu agradecer a ajuda dos homens e começou a dar voltas em círculo, sacudindo a cabeça e arremetendo contra Christopher com um de seus cascos dianteiros. O chefe do estábulo, tentando esquivar os coices, tentou agarrar o arnês, mas não conseguiu. O animal, em seu desespero por escapar, mudou de direção uma vez mais, agora voltando seus quartos traseiros para a porta aberta do cubículo. Dulce esteve a ponto de deprimir-se. O traseiro da égua estava dilatado e saía muito sangue. As diminutas patas de um cavalo se deixavam entrever por ele. Seus cascos estavam cobertos de uma substância branca que parecia grumos de leite coalhado. Um bebê... A égua estava dando a luz.
Dulce ficou paralisada, com os olhos cravados na cena. Os flancos da égua se moviam agitadamente e estavam cobertos de suor. Christopher agarrou uma das correias que estava pendurada no teto e rapidamente a passou ao redor da égua. Quando conseguiu amarrar a tira, correu para a parede, desenganchou uma polia e saltando tão alto como pôde a puxou com todo seu peso. Enquanto atava a polia, olhou para Deiter por cima do ombro.
— Faça com que o potro dê a volta! Depressa, Deiter, ou o perderemos, maldição!
De onde se encontrava, Dulce tinha uma panorâmica perfeita do traseiro da égua, e viu horrorizada como Deiter colocou o braço, até o cotovelo, dentro da besta. Dentro dela! Uns pontos negros começaram a dar voltas frente aos olhos de Dulce. Uma terrível sensação de debilidade se apropriou de suas pernas. Um bebê, a égua estava tendo um bebê. Um bebê que esteve crescendo em um lugar especial dentro dela. Só que não era maravilhoso, como Christopher lhe disse. Era horroroso. Mais horroroso do que tudo o que Dulce poderia imaginar. A égua estava sofrendo e muito. E era evidente que se Christopher e Deiter não conseguiam fazer nada para ajudá-la, a égua iria morrer.
Uma mão forte apertou o cotovelo de Dulce. Piscando para tentar ver através dos pontos que davam voltas em seus olhos, a pobre garota levantou o rosto cheio de inquietação para um homem que não conhecia. Disse-lhe algo, mas ela estava tão nervosa, que não pôde prestar atenção a sua boca. Tudo o que queria era partir dali. Afastar-se daquele homem. Das cavalariças, de Christopher, que lhe havia mentido. Ir a algum lugar seguro... Um lugar onde pudesse esconder-se, onde pudesse soltar os gritos que a estavam invadindo por dentro sem que ninguém os ouvisse.
Deu meia volta rapidamente e começou a correr, as cegas e presa pelo pânico, pensando que, se corresse o suficientemente rápido, possivelmente conseguiria escapar do destino que a natureza tinha reservado para ela. Não obstante, ao sair das cavalariças, este pensamento se afastou de sua mente. Suas pernas eram como borracha derretida, tremiam-lhe e não podiam sustentar seu peso. O mundo ao redor dela pareceu estar dando uma lenta volta ondulante, em uns momentos verticalmente e em outros, movendo-se ao redor de seu eixo. Sentia-se como se a estivessem lançando de barriga para baixo e logo depois de lado. Sentiu-se enjoada, terrivelmente enjoada. Em meio a sua visão imprecisa, conseguiu distinguir a casa e correu para ela cambaleando-se. Ali havia um esconderijo. Um lugar seguro.
Christopher acabava de terminar de lavar-se e estava secando os braços quando Maddy entrou nas cavalariças. Seus olhos verdes saiam das órbitas e tinha o rosto lívido. Parou junto a ele depois dar um escorregão e começou a mover a boca, mas passaram vários segundos antes que dela saísse algum som coerente.
— Dulce — conseguiu dizer finalmente — Está acima, no sótão! Está gritando e se queixando de uma maneira espantosa. Venha, senhor. Venha rápido!
Um dos peões, que tinha se lavado justo antes que Christopher e se encontrava ali perto abotoando a camisa, lançou uma exclamação.
— Maldição!
Maddy e Christopher se voltaram para ele. O homem encolheu os ombros ao ver seus olhares inquisidores.
— A senhora esteve aqui faz um momento — explicou com ar envergonhado — Parecia estar muito alterada quando partiu correndo.
— Esteve aqui? — Christopher estava perturbado — O que quer dizer com isso, Parkins? Acaso viu a égua? — Quando o homem assentiu com um movimento de cabeça, Christopher esteve a ponto de soltar um grunhido
— Por que demônios não me disse?
— Bom, porque o senhor estava ocupado. Com a égua e todo o resto. Se eu o tivesse incomodado, com segurança a teríamos perdido.
Christopher sentiu uma vontade enorme de dar um murro na boca daquele homem e fazer com que engolisse os dentes.
— Minha esposa é muito mais importante para mim que uma maldita égua, Parkins. Ela não deveria entrar aqui. Apenas a viu, tinha que haver...
Christopher se interrompeu. Compreendeu que era inútil jogar a culpa de tudo aquilo no peão. O dano já foi feito. Jogando no chão a toalha que estava usando, afastou Maddy de um empurrão e correu para a casa. No mesmo instante que entrou no saguão, ouviu os gritos de sua mulher. Nunca em sua vida ouviu algo semelhante. Eram horríveis alaridos de demente, que retumbavam de maneira estranha e inquietante no patamar e nas escadas. Agarrando com força o corrimão, subiu os degraus de dois em dois. O coração lhe golpeava o peito com a força de um maço. Ao chegar no segundo lance de escadas, os gritos pareceram ficar mais fortes, mais aterradores. Em ocasiões eram alaridos e em outros momentos, gemidos guturais. Os intermitentes soluços eram tão profundos e dilaceradores que começou a temer que Dulce se fizesse mal.



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Autor(a): sötnos bebis

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



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  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


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