Fanfics Brasil - cap 2 parte final e CAPÍTULO 3 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap 2 parte final e CAPÍTULO 3

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Mais do que ele poderia imaginar. Christopher sentiu uma onda de calor subindo lentamente por sua garganta. Não era das pessoas que abaixavam a cabeça, mas queria fazê-lo.

— Sabe como me localizar.

— Tenha a certeza de que entrarei em contato com você, se for necessário.

Não parecia haver nada mais a dizer. Christopher saiu da casa com a cabeça dando voltas. Por incrível que pudesse parecer, Douglas saiu impune uma vez mais. Sabia que deveria sentir-se aliviado, mas não era assim. Não era justo que Dulce fosse à única pessoa que tivesse que pagar pelos erros que cometeu naquele dia. Não era absolutamente justo.....


                                                CAPÍTULO 3


Quatro meses depois…

Sábado. 16 de agosto de 1890, apertando a fronte contra seus joelhos para que sua mãe pudesse lhe esfregar as costas, Dulce articulou esta palavra com seus lábios exatamente como tinha visto sua mãe pronunciá-la e tentou imaginar-se como deveria soar. Algumas palavras eram fáceis, pois ela podia recordar tê-las ouvido ou dito quando era uma criança. Mas sábado era mais difícil. Não recordava ter ouvido dizer esta palavra nunca em sua vida. Não era que importasse muito que soasse mal os sons. Sua mãe lhe tapava na boca cada vez que ela tentava falar.
Dulce não sabia por que, e fazia já muito tempo que tinha deixado de perguntar-lhe. As regras que impunham a ela eram diferentes das que seguiam todas as demais pessoas e tinha chegado a aceitar que havia muitas coisas que não lhe permitiam fazer. A verdade era que não lhe importava. Já não. Quando subia ao sobrado para brincar em seu canto secreto, podia fazer tudo o que quisesse. Além de seus ratos, ali acima não havia ninguém que pudesse vê-la nem acusa-la de nada. No sobrado podia vestir-se tão elegantemente como uma dama, com as roupas velhas que tirava dos baús. Podia fazer reuniões para tomar o chá, tal e como o fazia sua mãe, e fingir que podia falar. Algumas vezes inclusive dançava. E, quando se aborrecia de fazer tudo isto, podia desenhar com os lápis e os papéis que tinha pegado às escondidas do estúdio de seu pai. Divertia-se muito no sobrado, e poder fazer ali todas as coisas proibidas compensava o infortúnio de não poder fazê-las o resto do tempo.
Sábado. Agora se lembrava. Dulce voltou a articular silenciosamente esta palavra contra seus joelhos, e se prometeu a si mesmo que, a próxima vez que fosse ao sobrado, praticaria sua pronúncia frente ao espelho. Quando era menor, antes que tivesse chegado a dominar por completo a leitura de lábios, acreditava que a palavra sábado significava “banho”; pois sua mãe sempre a dizia com grande ênfase ao colocá-la a trancos na banheira. Dulce já tinha aprendido que sábado era o dia anterior ao da missa e, como parte dos preparativos, toda a família tinha que tomar banho.


Como se adivinhasse seus pensamentos, sua mãe a agarrou pelo lóbulo da orelha e lhe deu um forte puxão. Como uma tartaruga, Dulce escondeu a cabeça entre os ombros e apertou os olhos com força. Odiava aquela parte. Odiava-a, odiava-a. Para lhe lavar as orelhas, sua mãe sempre envolvia a gema de um dedo em uma toalhinha e logo a metia no buraco da orelha. Mesmo que estes cuidados só lhe faziam mal em muito estranhas ocasiões, eram extremamente irritantes. Dulce queria que lhe permitissem lavar as orelhas sem ajuda de ninguém, mas por alguma razão sua mãe não acreditava que pudesse fazê-lo bem. Dulce tinha aprendido há muito tempo a não opor resistência. Isto só servia para ganhar um bofetão e ao final, sua mãe lhe colocava a toalhinha na orelha de todos os modos.
Pum, pum. Os fortes golpes que lhe deu sua mãe na cabeça com os nódulos fizeram que Dulce abrisse os olhos. Sabendo perfeitamente o que esperava que ela que fizesse, levantou o rosto e suportou com resignação a cansativa experiência de se deixar lavar. Logo, obedecendo as ordens que sua mãe lhe deu mediante gestos, levantou-se, jorrando água, para que pudesse lhe esfregar o torso e as pernas. Dulce conhecia este ritual de cor, e se voltou para o outro lado.
De repente, sua mãe deixou de esfregar. Dulce a olhou atentamente através das negras mechas molhadas que caíam sobre seu rosto, perguntando-se o que teria passado. Os olhos azuis de sua mãe saíram das órbitas e tinha a boca aberta, como se alguém lhe tivesse dado um golpe que a tivesse deixado sem fôlego. Dulce abaixou a cabeça para se olhar, esperando ver algo espantoso. Mas lhe pareceu que tudo estava perfeitamente bem. Voltou a olhar para sua mãe, interrogando-a em silêncio.
A maneira de resposta, os lábios de sua mãe formaram estas palavras:
— Ai, Meu deus! Está inchando.
“Inchando?” Esta era uma palavra que Dulce não conhecia. Enquanto se esforçava para repeti-la em sua cabeça e estabelecer seu possível significado, viu que sua mãe estava olhando fixamente seu ventre.
Envergonhada, Dulce tentou encolher a barriga para ocultar a ligeira protuberância. Ultimamente tinha notado que a cintura estava crescendo muito, e naquela mesma tarde decidiu começar a comer menos. Como passava tanto tempo perambulando pelo bosque, observava com muita frequência os animais selvagens preparando-se para hibernar, e deduziu por si mesma que comer muito fazia com que as criaturas engordassem. Supôs que estava pegando muitas bolachas na cozinha.
Dulce pensava que a protuberância em seu ventre era um problema de pouca importância, algo que poderia remediar com facilidade. Mas sua mãe parecia acreditar que era muito mais grave. Depois de olhá-la fixamente durante um momento, deixou cair a toalhinha molhada no chão e se cobriu o rosto com as mãos. Pelos movimentos bruscos de seus ombros, Dulce percebeu que estava soluçando. Não sabia o que fazer, e, antes que lhe ocorresse algo, seu pai irrompeu na habitação, com as abas do pijama ondeando ao redor de seus peludos tornozelos.



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Autor(a): sötnos bebis

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Dulce cobriu com suas mãos cruzadas o ponto de união de suas coxas e voltou a meter-se na água. Seu pai nunca entrava em seu dormitório quando estava tomando banho.— Que demônios está se passando? — perguntou.Dulce cravou o olhar em sua mãe, esperando ver em seus lábios a resposta a esta pergunta. Mas as m&at ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



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  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


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