Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy
Sem poder entender o que estava acontecendo, apagou os abajures e iluminada pelo agonizante brilho das mechas, correu para deitar-se na cama. Embora fosse uma cálida noite do verão, os lençóis estavam frios. Ficou tremendo e se aconchegou sob o edredom. Quando a escuridão se apropriou da habitação, fechou os olhos, resolvida a dormir. O aborrecimento de seu pai, fossem quais fossem seus motivos, não era assunto dela. Não era possível! Muitas pessoas estavam mais gordas que ela, e ninguém se irritava tanto por isso.
Christopher tomou um gole de conhaque, saboreando-o lentamente. Aquele era seu momento preferido da noite: já tinha terminado a jornada de trabalho, tinha jantado, e as tranquilas horas que antecediam o momento de deitar se estendiam diante dele. O fogo crepitava alegremente. Suas chamas de cor âmbar e quase todo o calor que despediam ascendiam precipitadamente pela chaminé. Sem importar que fosse inverno ou verão, Christopher sempre gostava de acender um fogo a noite, para esquentar-se durante os meses frios ou para melhorar sua disposição de ânimo quando as temperaturas alcançavam extremos sufocantes. As chamas emitiam muito pouco calor, mas seu aprazível resplendor piscava tranquilizadoramente até nos mais remotos cantos de seu escritório.
Depois de fazer um pouco de trabalho administrativo, esperava poder dedicar-se a suas leituras. Os jornais de Portland de toda a semana se encontravam amontoados junto a sua cadeira. Nenhum deles tinha sido sequer desdobrado. Tanto nos estábulos cavalos como na pedreira, a primavera e o verão eram as épocas do ano de maior trabalho: começavam com a temporada de partos e terminavam em setembro, no tempo de colheita. Em meio as semanas agitadas transcorria uma infinidade de trabalhos exaustivos; entregar pedidos de pedra triturada, ocupar-se das éguas durante o parto, cuidar os potros, lavrar os campos, e, além disso, semear e regar. As tarefas pareciam não ter fim, e as horas de descanso eram escassas. Eram raras as ocasiões em que tinha um pouco de tempo livre, normalmente as passava na pedreira conversando com seu capataz.
Depois de estirar suas largas pernas, Christopher cruzou os tornozelos. Deleitando-se com o resplendor do fogo, sentiu-se preguiçoso em grau supremo. O torpor se deslizou sobre ele como um edredom sedoso, e se permitiu fechar os olhos, sustentando a taça de conhaque em sua mão apoiada contra o peito.
— Senhor...
Ao ouvir a voz do mordomo, Christopher se incorporou sobressaltado. Derramou um pouco de conhaque sobre sua camisa e amaldiçoou entre dentes.
— Sinto ter que incomodá-lo, senhor, mas James Saviñón se encontra no saguão, e insiste em vê-lo para tratar com o senhor um assunto de grande urgência.
Christopher deixou a taça de conhaque sobre a mesa de mármore que se encontrava junto à cadeira e esfregou o rosto com as mãos. Saviñón? Lançou uma olhada ao relógio da chaminé e viu que eram sete e dez. Se sacudindo para tirar o torpor, ficou de pé e começou a colocar a camisa dentro da calça.
— Faça o entrar, Frederick.
Com as abas negras de sua jaqueta flutuando atrás dele, o mordomo girou sobre os calcanhares e saiu do escritório. Um momento depois, a reluzente porta de mogno se abriu de novo e Saviñón entrou no lugar. Com apenas lhe lançar um olhar, Christopher soube que algo tinha acontecido. O cordão do sapato esquerdo do juiz estava desamarrado, sua meia direita enrugada ao redor do tornozelo e a perna da calça dentro dela. A camisa estava bem abotoada, mas só uma de suas abas se encontrava dentro da calça.
— Meu deus, o que aconteceu, juiz?
O homem mais velho foi direito ao aparador, andando a passos largos até pegar com uma mão a garrafa de conhaque. Sem sequer pedir permissão, serviu-se uma generosa quantidade de licor em uma taça e a bebeu de um gole. Dado que o juiz só tinha ido a sua casa uma vez na noite em que violentaram sua filha, a Christopher pareceu que seu comportamento era muito estranho, para não dizer outra coisa. Ficou olhando o homem com cara de assombro enquanto servia mais conhaque. Depois de beber outro gole, finalmente se voltou para Christopher.
— Está grávida.
Estas palavras pegaram Christopher completamente despreparado. Tinham passado quatro meses sem que tivesse notícia alguma dos Saviñón, e pensou que já não havia nenhuma possibilidade de que a jovem estivesse grávida. Dobraram-lhe os joelhos e teve grandes dificuldades para chegar a sua cadeira. Os olhos lhe ardiam, e a comoção lhe paralisou a garganta. Tudo o que podia fazer era olhar fixamente para o homem mais velho. Depois de uns segundos que foram imensamente longos, disse por fim:
— E agora percebeu?
O juiz agitou a mão, derramando sem querer um pouco de licor. Entretanto, não pareceu notar que deixou cair conhaque sobre o tapete persa.
— Sua mãe não me disse nada. — Deixou de falar e fechou os olhos por um momento — Ela esperava que a interrupção de seu fluxo menstrual não significasse nada. — Abriu os olhos para cravar em Christopher um olhar de angústia — Estava equivocada. Dulce está grávida, não cabe a menor dúvida.
Christopher se deixou cair em sua cadeira.
— Maldição!
— Agora o assunto é o que vamos fazer. Acredito que a gravidez está muito avançada para interrompê-la sem pôr em perigo sua vida.
Christopher sabia que havia alguns médicos de duvidosa reputação que, por uma soma considerável de dinheiro, faziam essa classe de coisas; mas a só ideia lhe enojava. Matar o filho de seu irmão? A seu próprio sobrinho ou sobrinha? Embora ainda fosse possível interromper a gravidez, ele não o permitiria. Para ele, crianças eram um sonho inalcançável e um tesouro sem preço.
Como se lesse seus pensamentos, o juiz bebeu rapidamente o resto do conhaque e disse com voz trêmula:
Autor(a): sötnos bebis
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— Minha Dulce não pode criar uma criança, Uckermann, e nós já estamos muito velhos para assumir uma responsabilidade semelhante. Seremos uns velhos estúpidos antes que ele alcance a maior idade. — Negou com a cabeça — Se sua gravidez não estivesse tão avançada, faria com que minha filha o interr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 129
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stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33
Li e amei muito! História linda demais
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toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57
Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde
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anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52
Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!
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bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10
Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46
que lindo o final da web.a dul gravida do ucker
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bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49
espero q vc esteje bem...bjos e volte
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carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53
posta +++++++++++++++++
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isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05
cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T
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isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00
Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.
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anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22
No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss