Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy

Logo, finalmente a cruzou com seus dedos

delicados. Ucker não podia falar e, embora pudesse fazê-lo, duvidava

que conseguisse expressar as emoções que o embargavam. Depois

de puxá-la para aproximá-la a seu corpo, envolveu-a em um abraço.

Durante um tempo a estreitou daquela maneira. Sabia de forma

instintiva que ela necessitava tempo para acostumar-se a

proximidade física, que precisava saber que ele queria dela muito

mais que apenas seu corpo.

E assim era... Necessitava muitíssimo mais.

Quando notou que Dulce começava a relaxar um pouco, acariciou

um seio. Ela gemeu e conteve a respiração. Brandamente, com toda

doçura, Ucker brincou com o mamilo, que ainda estava úmido pelas

lágrimas que se deslizaram até ele. A ideia de estar tocando-lhe o

seio molhado por suas próprias lágrimas, aumentou sua excitação ao

máximo. Abraçou-a ainda com mais força.

— Deus santo! É incrivelmente preciosa.

Sabia que ela não podia lhe ouvir, mas, por um momento, sua

habitual sensação de frustração deu passo a um vago alívio. Ao tê-la

entre seus braços daquela maneira, quase não podia pensar e muito

menos medir suas palavras. Compreendeu que fazer amor com uma

surda também tinha suas vantagens.

— Deus, como te desejo! Provavelmente seja uma bênção que não

saiba quanto me excita meu amor.

Dulce se aconchegou contra ele, ignorante do que dizia. Ucker sorriu

ao pensar que se sua amada pudesse lhe ouvir sairia correndo

imediatamente para a porta. Logo suspirou e mordiscou de forma

brincalhona a orelha de sua esposa, que voltou a gemer de prazer.

— Ah, você gosta, não é verdade? — Agora se dedicava a beijá-la

no pescoço — Estupendo, pois vou amar-te e saborear cada

centímetro de seu corpo desta mesma maneira. — Fechou os olhos e

se dedicou a degustar aquela pele suave, levemente salgada,

enlouquecedora — Ah, dulce, meu amor...

Quando ela jogou a cabeça para trás, beijou-a. Dulce

soltou um pequeno ruído parecido a um lamento e seu doce fôlego se

derramou sobre os lábios de Ucker. O homem colocou a língua na

úmida boca da amada; e logo a retirou, uma e outra vez, simulando o

ritmo das relações sexuais, imaginando o que sentiria ao introduzirse

de verdade dentro dela. Os músculos de suas coxas se esticaram

ao acariciá-la com irrefreável desejo, gozando de sua suavidade, da

aveludada textura de sua pele. Sem poder conter-se, agarrou as

nádegas de Dulce e a atraiu para si. Ante essa inesperada manobra,

ela ficou tensa e afastou a boca, deixando de beijá-lo.

Ucker levantou a cabeça, deslizando uma mão para o quadril de

dulce até suas costas, para estreitá-la contra seu corpo, caso ela

perdesse o controle. Pela expressão de seu rosto e as fortes

pulsações que percebia em seu pescoço, sabia que a moça estava se

alterando, que possivelmente rememorava o ocorrido nas cataratas.

Não era de estranhar e não lhe surpreenderia.