Fanfics Brasil - cap.6 parte2 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap.6 parte2

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O coração deu um salto de terror, e olhou ao redor dele, procurando uma maneira de escapar. Passasse o que passasse, não podia entrar naquela casa. Como se ele tivesse intuído o que ela estava pensando, o desconhecido a sujeitou com mais força. Dulce teve que conter-se para não gritar, mas começou a tremer e seus dentes começaram a bater. Ela não podia ouvir este som, mas pensou que ele possivelmente pudesse. Sendo assim, saberia quanto medo sentia. Os malvados sempre eram mais cruéis quando pensavam que ela tinha medo.
O homem a agarrou pelos pulsos com uma mão e, com a outra, pegou o chicote e abriu a porta da carruagem. Antes que Dulce pudesse adivinhar o que ele pensava fazer, colocou o chicote em seu bolso, sujeitou-a contra seu peito e saiu do veículo. Dado que o homem a estreitava com força entre os braços, seus pés ficaram pendurados a vários centímetros do chão. Pensou em lhe dar outro forte chute nas canelas ou em lhe bater de novo na boca com a cabeça, mas em seguida desprezou esta ideia. Agora que a tinha levado até ali, não havia maneira de saber o que poderia lhe fazer se lhe provocasse.
Como se fosse uma boneca de trapo cheia de penas de ganso subiu com ela as escadas que conduziam a casa. Logo, sem soltá-la, de algum jeito conseguiu abrir a porta. Depois de dar três largos passos para entrar no saguão, parou e deixou que pusesse os pés ao chão. Posto que continuasse sujeitando-a com um braço ao redor das costelas, Dulce não pensou em tentar fugir. Embora conseguisse escapar, aonde iria? Ele não demoraria a encontrá-la se retornava a casa.
A moradia era muito maior do que parecia ao vê-la de fora. Muitíssimo maior. Painéis de carvalho adornavam a parte inferior das paredes do saguão. Sobre eles se levantava um mural que representava uma paisagem de princípios de outono. A meio caminho em direção ao extremo oposto do saguão, uma reluzente escada de carvalho surgia do chão de ladrilhos de cor marrom avermelhada para conduzir ao primeiro e o segundo andar.
Atemorizada, Dulce ficou olhando fixamente o mural. As folhas que caíam das árvores pareciam completamente reais, como o lago serpenteava preguiçosamente através de um bosque de álamos da Virginia. No centro do mural estava um cavalo negro, parecido aos que ela tinha visto pastando no campo, com as patas dianteiras golpeando o ar, as vistosas crinas ao vento e a cauda ondeando majestosamente. Nunca viu algo tão formoso. Naquela casa não seria possível fartar-se das chuvas de inverno, pois ali dentro se criava a sensação de que sempre brilhava um dia de sol radiante. Ao olhar a pintura, quase podia sentir uma cálida brisa acariciando suas bochechas.
Sobressaltada, compreendeu de repente que o calor que roçava seu rosto era na realidade o fôlego do desconhecido. Inclinou-se para olhar a expressão de seu rosto. A dele era de inconfundível orgulho.
— Você gosta? — perguntou Christopher.
Durante um longo momento, Dulce ficou olhando sua tez morena, plenamente consciente de sua estatura e da largura de seus ombros. Logo, tremendo, afastou bruscamente o olhar e em seguida tentou conter uma nova onda de pânico. Um tremor no peito do homem lhe revelou que ele estava falando de novo e, pela força das vibrações, supôs que estava chamando alguém. Como esquilos surgindo de suas tocas, um mordomo e vários empregados domésticos saíram de distintas entradas situadas ao longo do corredor. Ao ver Dulce, inclinaram cortesmente as cabeças e se retiraram novamente.
Um momento depois, uma mulher de compleição robusta, vestida de negro, apareceu no patamar do primeiro andar. Dulce nunca viu ninguém parecido a ela. Como um enorme corvo negro abatendo-se sobre uma presa, a mulher desceu a sinuosa escada. Ao chegar no andar de baixo dirigiu-se para eles, abriu os braços em sinal de boas vindas. Dulce a olhou boquiaberta. O único elemento alegre que havia na aparência daquela mulher era a ponta de seu nariz aquilino, que estava vermelho como um tomate. Usava o cabelo de cor cinza preso tão apertadamente atrás, em um coque sobre sua grossa nuca, que parecia estrábica.
— De modo que esta é nossa pequena Dulce. — Brilhava um sorriso de orelha a orelha que deixava ver uma seus dentes não muito bonitos — Caramba, caramba! Tem o cabelo completamente enredado, senhor Uckermann. Sua mãe alguma vez o penteia?
Dulce não pôde ver o rosto do homem para saber o que respondia, mas sentiu a vibração de sua voz repicando sobre suas omoplatas. A mulher o tinha chamado senhor Uckermann. Guardou este nome na memória.
A mulher sorriu ao ouvir a resposta.



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Autor(a): sötnos bebis

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— Ah, bom, não importa. Eu a arrumarei num abrir e fechar de olhos. — Voltando de novo sua atenção para Dulce e lhe estendendo sua mão grossa, disse — Sou a senhora Perkins; e irei cuidar de você. Nós vamos nos dar maravilhosamente bem; você e eu. Tenho certeza.Dulce quase agradeceu a sólida presen&ccedi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



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  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


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