Fanfics Brasil - cap.11 parte6 A canção de Dulce::::: vondy:::::::

Fanfic: A canção de Dulce::::: vondy::::::: | Tema: vondy


Capítulo: cap.11 parte6

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Entre duas pilhas de caixas, viu várias pinturas ao óleo, cobertas com lençóis e amarradas com barbante. Amontoadas ao pé destes quadros havia o que pareciam ser panelas de todos os tipos. Tudo isto estava coberto por uma grossa capa de pó e entupidas teias de aranhas se estendiam de um objeto a outro, com seus fios intrincadamente tecidos, decorados por traças e outros desventurados bichos mortos. Não era um lugar apropriado nem para um ser humano nem para uma besta. Entretanto, Dulce se encontrava em algum canto daquele lugar.
Ao dar um passo adiante, raspou a tíbia com um velho baú.
Filho de puta.
— Dulce! — gritou com brutalidade.
Depois de atrever-se a dar uns passos mais, tropeçou com um enorme caldeirão de ferro que uma vez foi utilizado para ferver a roupa suja.
— Maldição! — disse em voz baixa. Logo, falou mais alto: — Dulce, onde está?
Enquanto abria passo através da caótica variedade de objetos desprezados que se amontoaram ali ao longo dos anos, Christopher se recordou a si mesmo que sua esposa não podia lhe responder. Que imbecil era! Estava gritando como se esperasse uma resposta. Por outro lado, o porão era quase tão grande como os três andares de baixo e não lhe entusiasmava a ideia de procurar até no último canto daquele lugar. Menos ainda, quando a falta de luz o convertia quase em um cego e os ratos brincavam de correr entre as sombras. Embora não lhe entendesse ou não lhe ouvisse, continuou falando.
— Dulce? Venha aqui, carinho. Maddy te preparou bolos e chá.
Isso não era exatamente uma mentira. Quando levasse a garota abaixo, se ocuparia de que lhe dessem de tudo.
— Ouviu-me? Bolos. Maldição!
Christopher se agachou para esfregar o joelho, no qual tinha dado um doloroso golpe com a ponta da antiga caixa forte.
— Carinho? Sei que está em algum lugar aqui acima. Não quer vir? Por favor! Corre perigo aqui.
Quando se ergueu, Christopher ouviu um ruído que pensou que saía da ala oriental. Não era o som de um bicho correndo, mas sim, mas bem um golpe forte e de uma vez surdo. Definitivamente era muito forte como para que o fizesse um camundongo O... Deus não o queira... Um rato. Aliviado por ter encontrado ao menos o lugar aproximado onde se encontrava Dulce, voltou-se para aquela direção. Para seu grande alívio, ele descobriu que o caminho havia sido disposto uns quantos metros além da porta, como se ela tivesse afastado as coisas para que não lhe bloqueasse o passo. Fez um gesto de desagrado ao pensar em Dulce movendo móveis pesados. Se a preocupação era uma enfermidade mortal, esta garota o levaria sem dúvida a uma morte prematura.
Enquanto se dirigia ao setor oriental do sótão, notou que a luz era cada vez mais forte. Depois de perguntar-se de onde procederia tal claridade, recordou que naquela ala havia um lado coberto de águasfurtadas. Atraído pela luz, avançou com passo firme, chamando Dulce a voz na garganta em todos os poucos segundos. Embora não o entendesse, ao menos não se assustaria quando a encontrasse.
Depois de rodear um tabique que dividia aquele espaço, Christopher finalmente divisou sua presa. Parou, sem poder acreditar em tudo o que via. Era Dulce... Mas não a Dulce que ele conhecia. Usava um vestido diurno de cor rosa e sapatos negros de pelica, que certamente tinha tirado de um dos baús de sua madrasta morta.
Vestida desta maneira parecia um verdadeiro figurino, embora fosse certo que seu aspecto estava totalmente passado de moda. Com seu longo cabelo negro preso em um coque de cachos desgrenhado e ligeiramente torto, o qual sujeitava com uma pequena fita, seu perfil parecia o de um camafeu. Assim, era a mulher mais preciosa que tinha visto em toda sua vida, sem dúvida alguma.
— Dulce, que diabos está fazendo?
Não houve reação alguma. Nem sequer fez o mínimo movimento para lhe indicar que tinha ouvido. Estava tão assombrado que não podia mover-se, Christopher ficou olhandoa boquiaberto. Dulce seguiu ocupando-se de seus assuntos e muito ocupada parecia estar, em efeito. Usou móveis velhos para organizar um salão, se assim pudesse chamar no qual ele percebeu que não havia teias de aranhas nem pó. Tinha colocado taças e pires quebrados em uma mesa de três pernas sustentada por gavetas em uma dos cantos, e fingia estar servindo o chá.



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Autor(a): sötnos bebis

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 129



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  • stellabarcelos Postado em 28/01/2016 - 23:42:33

    Li e amei muito! História linda demais

  • toy Postado em 13/06/2015 - 21:58:57

    Gostei da sua fic, se der passa na minha http://fanfics.com.br/fanfic/46181/geracao-2016-rebelde

  • anevondy Postado em 14/01/2014 - 04:59:52

    Apaixonante, emocionante, engraçada, linda demais!!

  • bida Postado em 26/09/2013 - 09:43:10

    Parabéns adorei o final...bjos e melhoras :)

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/09/2013 - 13:33:46

    que lindo o final da web.a dul gravida do ucker

  • bida Postado em 17/09/2013 - 09:24:49

    espero q vc esteje bem...bjos e volte

  • carolinamarcos Postado em 07/09/2013 - 09:23:53

    posta +++++++++++++++++

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:58:05

    cara, eu tô aqui \o/ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK continua esse epílogo logo, please T.T

  • isajuje Postado em 16/08/2013 - 12:28:00

    Essa é uma auto-message, não me mate depois de lê-la: Enfim, passando nas wn's pra dizer que estou fora do site aqui por uns tempos. Vou me internar numa clínica psiquiátrica porque não ta dando mais (Mentira, só comédia mesmo). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK to o ó nos últimos tempos, mas depressiva do que nunca. Tenho vontade de chorar só de ver um comercial. Não estou conseguindo me controlar '-' eu tô dando um tempo, espero que entendam. Okay, um abraço, beijo e boa sorte <3' inté.

  • anafernandesnanianagmail.com Postado em 15/08/2013 - 10:48:22

    No final ja ? Ta pensando em escrever outra wn ? ............... Posta maisssssssssss


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