Fanfic: De outro ângulo | Tema: Zavaría

Finalmente dezembro!

    O dia seguinte a ação de graças tinha sido um dia de ressaca, María não sabia como havia chegado em casa, não se lembrava de nada depois da terceira taça do vinho que o Peche levou e não queria nem imaginar a quantidade de besteiras que deve ter falado aquela noite, bom, pelo menos ela pode colocar a culpa no vinho.

Quando acordou Léia estava dormindo ao lado da cama e seu casaco tinha o cheiro dele, antes daquele dia María simplesmente odiava aquele perfume, mas, sentindo por um outro ângulo até que o perfume era bonzinho (tanto que no outro dia o cheiro não estava mais lá, ela cheirou o casaco por tanto tempo que o cheiro ficou incomodado e se foi...).

     O resto da semana se passou tranquilamente, dezembro havia se iniciado e ela tinha visto Peche uma ou duas vezes enquanto limpava o cocô que Léia tinha feito no calçadão da praia, uns acenos rápidos e um sorriso de "me desculpe por seja lá o que eu tenha feito aquele dia, a culpa foi do vinho" e logo ela desviava o olhar pras ondas do mar ou pro saquinho de cocô em suas mãos. Gabríela estava no banho quando o celular tocou. Número desconhecido.

- Alô?

- Esteja pronta às 8!

- O que é isso? Um aviso de sequestro?

- Seja legal, não é sempre que permito que catadoras de cocô desfrutem de um jantar na minha ilustre presença. Descobri um restaurante ótimo que provavelmente você já conhece mas por favor quando chegarmos lá finja estar imprecionada! E, olha.. Até vou pagar a conta!

- Nossa! Estou lisonjeada com seu convite, fico até imprecionada em não ter que marcar um horário na sua agenda pra poder falar contigo Sr. Peche, mas, sinto muito não vai dar!

- Não seja rabujenta, você ta me devendo essa por ter me atacado aquela noite, sabia que eu era bv?

- Eu fiz o que?

- (risos) Te vejo as 8!

     María terminou o banho com uma interrogação na cabeça, será que ela tinha mesmo atacado ele? Não! Não mesmo! Absolutamente não! Não? 

Ela não queria pensar no assunto no momento, ela não queria pensar no assunto nunca, ela não fazia esse tipinho ele-é-gostoso-vou-pegar e jamais iria fazer. A noite não custou a chegar e María estava enterrada no sofá com uma bacia de morango com leite condensado quando ouviu.

Ding Dong.

    Olhou o relógio, 7:59 pm. Levantou-se travando uma guerra mortal com a preguiça, abril a porta e meu Deus, que homem! Calças jeans, camisa polo azul marinho e um cheiro delicioso que já tinha tomado a casa toda. Mãos para trás.

- Pijamas é a nova moda para ir a restaurantes? Você deveria ter me avisado ant...

- Eu não vou!

Ele sorrio. - Então eu fico.

             Ele mostrou as mãos, em uma tinha uma cesta de piquinique, na outra uma rosa vermelha.

obs: vou continuar dessa cena.