Fanfic: Forever 16 - First Season | Tema: The Vampire Diaries & One Direction

Pov - Melissa

Depois que tio John e eu chegamos em casa, subi as escadas e fui para o meu quarto. Peguei uma toalha no armário e fui tomar um banho gelado pois precisava renovar minhas energias depois do que aconteceu. Quando acabei, após me secar, debrucei-me sobre a pia, olhando por poucos segundos para o meu reflexo no espelho.

"Há tempos não faço uma limpeza de pele", pensei, "Nada disso importa agora. Melanie está no hospital e tudo que eu tenho que fazer agora deve ser pensando nela."

Vesti a mesma blusa que estava a duas horas atrás e coloquei uma calça jeans azul e calcei meu sneaker meio dourado com algumas tachas. Desci as escadas com meu iPhone em mãos e peguei minhas chaves no porta-chaves ao lado da porta. 

- Aonde você está indo Melissa? - perguntava John a mim.
- Vou ao hospital, ficar um pouco com a Melanie. Posso?
- Será que é uma boa ideia Liss? Acho melhor você subir, trocar de roupa e pelo menos tentar dormir um pouco. Você parece exausta. - depois que ele disse isso, me senti realmente cansada.
- Tem razão tio, boa noite. - disse a ele. Coloquei minhas chaves em cima da mesa e subi bocejando.

Chegando lá em cima tive um pressentimento ruim. Parece que algo havia acontecido com Melanie. Ignorei a hipótese de ter acontecido algo. Ela estava sobre cuidados médicos. Tirei minha roupa e coloquei um moletom de cupcakes. Peguei meus fones de ouvido dentro do armário e os pluguei no celular que agora se encontrava com menos de 50% de bateria. Deitei em minha cama e coloquei uma música da Cher Lloyd, se não me engano o nome da música era "Want U Back", essa garota ficou super famosa, super rápido. Mas também, quem vai na primeira audição do The X Factor já fica famoso. Depois que essa música acabou, começou uma do One Direction "Little Things", como essa música é lenta, adormeci logo depois da primeira parte que o Zayn canta. Nem me dou ao luxo de falar que um dos integrantes dessa banda era meu melhor amigo.

Pov - Melanie           

Não sei o que aconteceu, ou o que era para ter acontecido. Só sei que estou viva, não sei como ou por que. Só me lembro que quando eu atingi o chão, eu vi um espaço todo preto e sentia minha respiração falhar as vezes até que acordei com uma respiração forçada. 

Eu fiquei procurando uma maneira de subir pro meu quarto, já que a portaria se encontrava fechada. Eu tinha certeza que a portaria estava fechada mas não que estava trancada. Graças a Deus ela só estava fechada. Entrei sem fazer nenhum barulho, até eu fiquei surpresa com meu silêncio. Subi até meu quarto e estava me sentido muito fraca, não sei porque. Dormi um pouco e fui interrompida pelos raios de sol que agora eram fortes. Me levantei e troquei de roupa, não agüentava mais aquela roupa branca com bolinas verdes. Senti minha respiração vacilar por estar muito fraca e estava com sede, muita sede. Não era aquela sede de água. Me  levantei e fui até a porta. Fiquei hipnotizada quando um enfermeiro passou por mim. Foi quase impossível não segui-lo. O segui. Quando ele chegou na sala de cirurgia, me sentia muito atraída por todo aquele sangue.
Ele se descuidou, não sei o que aconteceu. Só sei que havia um corte consideravelmente grande em seu braço. Não hesitei em ir até ele e encostar naquilo que me deixava num estado de agonia. Toquei e ele se virou para mim com uma cara de “o que está fazendo?”. Havia um pouco de seu sangue em meus dedos, então pus na boca. Comecei a sentir uma dor insuportável em minha gengiva. Fui correndo até o banheiro para saber o que estava acontecendo em minha boca. Olhei no espelho e meus dentes caninos estavam crescendo, e doía muito, muito mesmo. Essa dor agonizante parou depois de dois ou três minutos. Depois de um certo tempo naquele banheiro, voltei ao meu quarto, onde o sol começou a fazer queimaduras profundas em minha pele. Comecei a fechar todas as cortinas rapidamente (eu era realmente muito rápida). 
Vi que depois de um certo tempo, as queimaduras estavam desaparecendo. Me perguntava o que era aquilo, como aquilo era possível? Me sentei na cama me perguntando aquilo repetidas vezes.

- ... por aqui. - disse o médico entrando no quarto e me fazendo girar rapidamente na cama.
- Oi Melanie, você está bem? - perguntava Melissa preocupada.
- Sim Liss, só me sinto um pouco estranha. Mas tudo bem.
- Aposto que é por causa dessa escuridão nesse quarto. - disse o médico e foi até as janelas, começando a abrir as cortinas.
- Não! - um grito saiu de minha boca de um jeito que eu me assustei. - AAAAAAHHHHH! - o sol queimava minha pele de um jeito indescritível, parecia que eu iria pegar fogo a qualquer instante. Parou quando o tio John foi correndo até as cortinas as fechando rapidamente, o que me fez cair no chão de dor até começar a parte da cura espontânea. 
- O que está acontecendo aqui? - perguntava o médico assustado. 
- Nada aconteceu, você não viu nada, viemos e buscamos a Melanie normalmente. - disse tia Julie firmemente e sem piscar nenhum segundo.
- Sim. Nada aconteceu... Melanie... Vocês a buscaram... - repetia o médico num estado meio retardado, enquanto tio John fazia a mesma coisa em Melissa.
- O que está acontecendo aqui? Alguém pode me explicar?

Tio John me olhava com pena, não entendi o olhar dele. Pena de quê? Por nunca mais poder andar na luz do sol como uma pessoa normal? Isso era horrível. O que seria de mim sem o sol, eu o amo.
O médico havia saído, para pegar o formulário que autorizava minha saída daquele hospital. Eu continuava sem entender, até que uma hora a ficha caiu... Eu havia me tornado uma vampira, ou algo associado a isso. Devia ser essa a causa do olhar penoso do tio John.

Isso não podia estar acontecendo... Não comigo! Não posso ser uma vampira! Como vou viver com isso? Achei que isso não era real, que não existia. 
Estava enganada.
Depois de um certo tempo, ainda dentro do hospital fomos pro carro. Depois de um aviso de minha tia sobre o sol e os perigos que ele representava para espécie deles - bom, agora a minha também - ela me disse para correr muito enquanto eu estivesse sobre ele.

- Melanie, você terá que correr até o carro e sim vai doer. - disse ela tentando me confortar, o que não deu muito certo.
- Por que vocês não se queimam? - perguntei.
- Porque nós temos mais de 150 anos Melanie. Somos imunes a ele, o que nos torna "pessoas normais".
- Então só depois de 100 anos, vou ser imune a ele? - perguntei incrédula.
- Não Melanie, calma. Com o tempo você vai ficando mais forte e as coisas como o sol não te afetam tanto quanto quando você é novata.
- Só o sol que nos faz mal?
- Não Melanie. O sangue também te faz mal.
- Mas, vocês... Digo, nós não nos alimentamos disso? - perguntava sem entender.
- Sim Melanie, mas como saber quando não perder o controle?
- Eu não sei tia. E se... Eu não vou agüentar matar uma pessoa.
- Então treine. Treine muito, assim você terá plena e absoluta certeza de que se alimentando, não matará ninguém.
- Nossa tia, quantas descobertas eu fiz hoje... - chegamos até a portaria, o que me fez parar e encarar a luz solar.
- Tem que ir Melanie. Sozinha. - essas palavras do tio John não me confortaram nem um pouco.
- Ok Melanie... Você consegue! – disse a mim mesma e saí correndo em direção ao carro.
- Muito bem Melanie. Ela consegue ser mais rápida que você querido. - disse tia Julie já dentro do carro.
- Ah é, aposto que perde numa corrida contra mim Melanie. - eu estava sendo desafiada pelo meu tio de 295 anos, aposto que a maioria dos adolescentes acharia isso estranho. A maioria não, todos!
- Vamos ver... - disse e eu saí do carro num lugar de sombra. - Até em casa?
- Buff... Até o Canadá! - o que? Ele estava me desafiando para correr até o Canadá?
- Tem certeza? - pensei bem antes de fazer alguma besteira de que eu pudesse me arrepender depois.
- Tá com medo Melanie? Sabe que eu vou ganhar não é? - sempre fui competitiva, mas agora isso estava maior, mais forte.
- Ah é. Te desafio a correr mais do que eu John. - não o chamei de tio.

Saímos correndo e o sol estava acabando comigo, parei em uma sombra qualquer sem  muitas pessoas e me recuperei, depois pensei bem e não, não valeria a pena, ele não poderia contar para ninguém. Então a vitória dele, não mudaria nada. Pensei por alguns segundos e voltei para casa, sim, correndo muito.

Entrei (por sorte minha tia não havia trancado a porta), toda ferida e gemendo de dor. Me recuperei rapidamente e vi Matt descendo as escadas, estava super preocupada pois não o via desde de ontem. 

- Oi Matt! Que saudades! - disse o abraçando.
- Melanie! Você está bem? - perguntava-me ele, assustado.
- Estou, por que não estaria?
- Eu já estou sabendo Melanie! - ele disse e eu fui até Melissa.
- Por que você contou? Ainda mais para ele! Você sabe como ele é com isso Liss. - eu disse e Melissa ficava calada.
- Não foi ela Melanie, fui eu. - disse tia Julie saindo da cozinha.
- Por que você fez isso? Ninguém tinha que saber.
- Melanie, eu sou seu irmão. Nunca, entendeu? Nunca te julgarei por isso! - ele disse. Eu comecei a chorar e o abracei.
- Jura que você não tá bravo comigo?
- A culpa nunca foi sua maninha, foi daquele filho da ... - coloquei minha mão na boca dele.
- Prometa para mim. Prometa que você não fará nada com ele.
- Por que você está defendendo-o? Olha o que ele te fez! - disse ele nervoso.
- Eu Matt. Eu quero me vingar! - disse e olhei firmemente para seus olhos.
- Até parece. Olha para você Melanie, como você vai fazer isso?
- Deixe comigo. Apenas... Não se intrometa. - disse e ele me escutou. Isso mesmo, ele me escutou, não sei como fiz isso. Ele me abraçou e disse que estava tudo bem, que iria me deixar resolver. - Sério? Você vai me deixar fazer isso?
- Vou te deixar fazer isso. Se é o que quer. Quem sou eu para discordar?
- Obrigada Matt, você é o melhor irmão do mundo.
- Obrigada pelo quê? - perguntava Matt.

Não sei como funciona isso, só sei que é brilhante!