Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Ahora que ya mi vida se encuentra normal, ahora puedo decir que me encuentro de pie, ahora que me va muy bien.

Paris – 07h16min p.m.

Anahí: Não Lu, não pode mexer ai!

Quem é Anahí? Foi uma jovem cantora e atriz muito bem sucedida em sua carreira. Junto ao famoso grupo RBD fez sucesso em muitos países pelo mundo a fora. Atualmente com trinta anos de idade é empresaria e sócia majoritária de uma importante marca de calçados de renome internacional. Mas, digamos que sua vida nunca foi exatamente um mar de rosas. Aos 25 anos conheceu e se apaixonou por Manuel Velasco, um senador do México. O relacionamento foi muito intenso com inúmeras juras de amor públicas. Anahi e Manuel eram o casal mais comentado e apaixonado do Mexico. Muitos afirmaram que o relacionamento era apenas por interesse, já que Velasco era candidato ao cargo de governador do estado de Chiapas. Marketing ou não, Velasco venceu as eleições e no mesmo ano casou-se com a diva mexicana. Porém o casamento não durou muito, dois anos após a união Anahi, saiu de casa, levando consigo, Luiza, filha do casal. Elas foram viver em Paris. As causas da separação nunca foram divulgadas, até por que Velasco fez o possível pra que aquilo não virasse um escândalo e manchasse sua carreira. Ele sonhava em chegar a presidência e anos mais tarde acabou conseguindo... Atualmente é o Presidente da Republica Mexicana. Até hoje Anahi não se perdoa por aquele casamento e por aquela fase ao lado de Velasco.

Mãe de uma bela menina de cinco anos que era, literalmente, sua miniatura.  

As duas moram sozinhas em um apartamento, muito sofisticado e bastante aconchegante no centro da capital Francesa.

Luiza: Mas mamãe, eu quero assistir desenho. – encolheu-se no sofá, emburrada.

Anahí: Você vai assistir, mas deixa que eu coloco. – pegou o DVD da mão dela e o colocou no aparelho – sabe muito bem que é alto demais pra você. – entregou o controle a filha.

Luiza: Assiste comigo? – pediu menos emburrada quando viu a mãe se afastar.

Anahí voltou-se para ela e sorriu.

Anahí: Me deixa levar essas coisas lá no escritório e já volto pra gente ver um monte de desenhos juntas, ta? – abaixou-se na altura de Luiza e a encheu de beijos.

Luiza: Ta bom – gargalhou, devido às cócegas que sentia por causa dos beijos.

Anahí deu um ultimo beijo na cabeça dela e encaminhou-se para o escritório onde guardou os documentos que havia acabado de analisar. Anahi tinha uma situação financeira elevada. Mas havia certas coisas da qual Anahí não abria mão. Como por exemplo, levar serviço pra casa. Gostava de estar sempre por dentro de tudo o que acontecia com a sua empresa. Preocupava-se com o empreendimento 24 horas por dia. Já ia saindo do escritório quando seus olhos bateram diretamente no mural de fotos que havia ali, bem ao lado de seu computador.

Era sempre inevitável não pensar no passado quando via aquelas fotos. Era feliz em Paris junto com a filha. Sempre sonhou em morar ali, desde pequena. Porque segundo ela era um “país de primeiro mundo” diferente do seu país de origem. Mas no fundo sentia falta dos amigos que havia deixado no México, lugar onde nasceu e cresceu. Sempre falava com todos por telefone e pela internet, mas não era a mesma coisa. Queria os ter por perto. Sempre via os amigos do extinto RBD nas revistas e site de celebridades. Ficava contente pelas conquistas dos eternos amigos...  Velasco nunca permitiu que ela mantivesse muito contato com os ex integrantes do grupo e quando o casamento terminou não foi diferente. Anahi teve que ficar sozinha no momento em que mais precisa do apoio e ajuda de todos. Das meninas principalmente. A saudade que sentia de todos era maior que tudo.

Soltando um suspiro alto obrigou aquelas lembranças a sumirem de sua mente e voltou para a sala.

México.

Apartamento 1801 – 11h16min a.m.

Dulce: Desisto! Simplesmente desisto! – largou o lápis sobre a mesa e passou as mãos pelo cabelo – Estou a dias tentando escrever essa musica e nada.

Maite: Pra quê isso? Pra escrever musica tem que ter inspiração. Não é assim, não. – pintava as unhas concentrada, sentada no chão da sala do enorme apartamento da amiga.

Dulce: Sei lá... Acho que é só pra ocupar minha cabeça mesmo. Ando pensando em tanta coisa ultimamente. – encostou o cotovelo na mesa e apoiou a cabeça com a mão, olhando para um ponto fixo – coisas que doem pensar.

Maite: Como o quê?

Dulce: Any

No momento em que ouviu aquele nome, Maite parou de pintar a unha e olhou para amiga que continuava com os olhos fixos em algo.

Maite: Na Anahí? – perguntou confusa.

Dulce: Sim – suspirou – Como ela está... o que esta fazendo... Queria vê-la... Não sei, falar com ela por telefone não dá. Sabe?! Queria olhar nos olhos dela, abraçar. Sei lá, conversar ou só ficar em silencio ao lado dela... ter certeza que ela esta perto e bem. Ai, May, por mim eu pegava um avião agora e ia ver a Any... Tô com saudades... Mas não posso, minha agenda não me deixa viver – indignada – você tem noção disso?

Depois dessas palavras as duas ficaram em silencio e olhando para o nada, apenas refletindo. Refletindo sobre os momentos felizes vividos anos atrás. Com RBD, com Anahi... O que Dulce havia acabado de falar tinha total fundamento, e era difícil para elas admitirem isso. Mas estavam tão concentradas em suas carreiras que nem tinham tempo para ficar perto das pessoas que amavam.

Maite: Como será que ela tá? – perguntou de repente.

Dulce: Não sei – voltou a pegar o lápis e anotar alguma coisa nos papeis que estavam em sua frente – Anteontem encontrei a Marichello numa loja e ela me falou que a Anahí estava bem e a Lu também. Mas sinto que ela não é feliz lá, Não sei...

Maite: Sempre foi o sonho dela morar em Paris, não é? – sorriu de leve, lembrando o passado sem nem ao menos perceber.

Dulce: Foi – respondeu perdida em lembranças- Ah, a Mari disse que é provável que ela venha ao país nos próximos dias... Com certeza, ela vai participar do projeto. Pedro já deve ter falado com ela e tudo... 

Maite: Então... o que decidiu a respeito do projeto da Televisa?

Dulce: o que você acha? – sorriu.

Maite: Sabia, amiga! Vamos almoçar naquele restaurante do shopping pra comemorar sua decisão?

Dulce: Bora...

Televisa – 12h27min p.m.

Alfonso caminhava pelos corredores da Televisa. Falava com alguns de seus amigos. Apesar de ser um dos atores mais importantes da emissora não deixava que isso interferisse na relação que tinha com todos. Sempre conquistou a todos com sua humildade e simpatia, e principalmente as mulheres, com sua beleza.

Christian: A única vantagem de ter que trabalhar em pleno domingo é essa. É só meio período.

Alfonso: Disse bem, a única vantagem. – riu.

Christopher: A gente vai lá pro bar de sempre, tá a fim de ir não? – convidou o amigo - A galera vai trocar o almoço por algumas cervejas.

Christian: Como sempre. – completou.

Alfonso: Dessa vez vou ficar de fora, tô indo pra casa da Perla agora.

Christian: Você ainda ta com ela?

Alfonso: Pois é – passou a mão nos cabelos. Fazendo movimentos para frente e para trás.

Christopher: Ninguém te entende brother – riu e balançou a cabeça de forma negativa.

Alfonso: Qual é? Eu gosto dela – acompanhou o amigo na risada.

Christian: Dela e de todas as outras mulheres do mundo, não é?

Os três riram novamente. Era fato que Alfonso não gostava de Perla do jeito que ela gostava dele. Estava com ela por simples comodismo, havia se acostumado com ela por perto. Mas ela, por inocência talvez, não conseguia perceber isso. Era cega de amores por Alfonso e pobre da pessoa que fizesse alguma critica sobre ele. Ela era capaz de se transformar em uma fera apenas para defender o namorado. Os dois já namoravam a seis anos. Davam-se bem, não havia duvidas, mas faltava aquela química.

Alfonso: Você fala como se eu fosse um cachorro.

Christian: Mas você é um cachorro – brincou.

E naquele clima descontraído os amigos se despediram, e cada um seguiu seu rumo. Christopher e Christian foram juntos com os colegas de trabalho para o bar e Alfonso seguiu para a casa da namorada.