Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Y aún que el mundo intentó separar los caminos nunca olvidé - part 2

Anahí: AI! – Grunhiu.

Homem: Qual é cara? Tá louco, Poncho? – Avançou irritado para Alfonso.

Poncho tinha o cenho franzido, olhou-o com raiva dando-lhe um empurrão: Não chegue perto dela outra vez! – Disse ríspido, e antes que os dois pudessem começar uma briga, ele a puxou pelo braço levando-a consigo.

Anahí: Me solte, Alfonso! ME SOLTE! – Gritou com ele. – Estão todos olhando!

Poncho, contudo, não respondeu, manteve os lábios cerrados possuído pela raiva que sentia.

Anahí: Para onde está me levando? Me solte! – Tentou livrar-se dele, mas foi em vão. Ele a segurava com força e ela não era forte o suficiente para se soltar.

Aos poucos a música foi ficando mais baixa, as luzes mais fracas. Então chegaram a um dos quartos da casa, Alfonso abriu a porta, acendeu a luz e só ai a soltou.

Anahí: Seu idiota! – Acertou o braço dele com um tapa – O que você pensa que está fazendo?

Alfonso afastou-se dela fechando a porta. Abaixou o rosto procurando acalmar a fúria que tomava conta de seus sentidos.

Poncho respirou fundo levando as mãos ao rosto: Não Any, a pergunta é o que VOCÊ pensa que está fazendo? - Disse tentando manter a voz calma.

Anahí: Eu? Estou me divertindo Poncho, você deveria fazer o mesmo! - Deu de ombros. – Isso é uma festa!

Poncho a olhou perplexo, não era possível que tivesse mesmo dito aquilo: Você não pode estar falando sério! - Ela não respondeu e um enorme silêncio se fez presente.

Anahí mantinha os olhos pregados no chão enquanto ele a encarava, esperando que dissesse algo.

Anahí enfim levantou o rosto para olhá-lo: Pensei que tivesse deixado claro que acabou. – Falou ocultando a incerteza em sua voz.

Poncho tomou aquelas palavras como um soco no estômago: É isso mesmo que você quer? - E ela ficou calada outra vez.

Não, não era o que ela queria. Na verdade todo o seu corpo gritava por ele, mas estava ferida, ele não a teria assim tão fácil, seu orgulho não deixaria. Poncho aproximou-se dela, Anahí recuou até não ter mais para onde ir, suas costas bateram na parede fria. Ele parou na frente dela, espalmando as mãos na parede, mantendo-a entre os seus braços.

Poncho aproximou o seu rosto do dela e ela pôde sentir a respiração dele tocando-lhe a face, aquilo era golpe baixo: Diga olhando nos meus olhos que é isso o que você quer! - Disse pausadamente.

Anahí virou o rosto, desviando o olhar para a porta: Poncho me deixe sair daqui! - Pediu apenas.

Alfonso tomou o rosto dela entre as mãos, obrigando-a a olhá-lo: Basta que você me diga, Anahí. – Ela não disse nada, não conseguia. Tê-lo assim tão perto alterava todos os seus sentidos, bagunçava os seus pensamentos e quase a fazia esquecer o quão magoada estava.

Alfonso sorriu de leve como se decifrasse os seus pensamentos: Você não precisa dizer, Any! Seu silêncio já diz tudo... – Suas mãos acariciaram o rosto conturbado dela, contornando seus traços. Ela não se movia, estava numa luta interna, brigando com o que sentia, tomando forças para empurrá-lo e sair dali. Droga. Por que era tão difícil resisti-lo?

O silêncio de Anahí era encarado como um sinal de que poderia prosseguir. Poncho deslizou o seu nariz sobre o dela, a respiração dos dois se misturava aos poucos. Controle era tudo o que ela procurava e era o que mais lhe faltava quando estava perto dele. Quando os lábios dele roçaram nos seus, seu corpo inteiro estremeceu respondendo imediatamente ao toque macio. Tarde demais, estava entregue. Os dois mantiveram-se imóveis por um tempo, apenas sentindo-se, não havia como negar a saudade que sentiam. Poncho abriu levemente a boca, induzindo-a a fazer o mesmo, sua língua procurou a dela vagarosamente, desfrutando o máximo daquele momento. Quando as línguas se chocaram foi inevitável controlar o coração que batia rápido, fazendo-se sentir embaixo do peito. Anahí suspirou, levando as mãos até o cabelo de Alfonso, mergulhou os dedos nos fios negros, puxando-os. As línguas entrelaçavam-se numa dança lenta, como se os dois quisessem aproveitar cada segundo. Ele deslizou a mão do rosto para a cintura de Anahí, colando o seu corpo ao dela, sugou-lhe o lábio inferior, e depois voltou a tomar-lhe a boca, agora num ritmo mais acelerado, deleitando-se com cada milímetro da superfície quente que se movia com ânsia. Se queriam, e isso ultrapassava os limites do corpo. Anahí permitiu-se perder, estava explodindo em saudade, massageava a língua de Alfonso, deixando que os sentimentos viessem, as mãos percorriam as costas dele sem pudor, apertando seus músculos, pressionando o corpo dele contra o seu. A respiração dos dois tornava-se pesada, quase lhes faltava fôlego, mas não queriam, não podiam cessar aquele momento. Alfonso ergueu o rosto de Anahí, puxando-lhe levemente o cabelo e levou a boca até o seu pescoço, mordiscando-o. Um arrepio quase torturante percorreu sua espinha.
Como era possível que depois de tudo o que ele fizera ela se deixasse dominar assim tão fácil? Não podia permitir aquilo. Ele voltou a sua boca para a dela, selando-a demoradamente, mas dessa vez ela não correspondeu.

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