Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Y aún que el mundo intentó separar los caminos nunca olvide – part 3

Poncho afastou um pouco o rosto do dela, abriu os olhos para olhá-la, os olhares se encontraram e nenhum dos dois foi capaz de pronunciar qualquer palavra. Ele levou as mãos até a face de Anahí, delineando seus lábios com os dedos.

Alfonso: Eu te amo, Anahí. – Disse num sussurro quase imperceptível.
O que ele mais queria era que ela dissesse o mesmo, mas não foi o que aconteceu. Ela espalmou as mãos no peito dele, empurrando-o de leve, abrindo uma distância razoável entre os dois.

Anahí: Não pense que esse beijo significou alguma coisa pra mim, Alfonso! – Disse fria.

Alfonso: O-o que? – Perguntou, a voz fraca. O que ela estava dizendo? O corpo dela dizia uma coisa, a boca outra.

Anahí: Isso não muda em nada o que eu sinto! – Confirmou. Anahí tremia por dentro, fazer aquilo ia contra o que desejava naquele momento: atirar-se nos braços dele. Mas não podia, a razão dizia para não fazê-lo, a raiva dizia para não fazê-lo. Era um sentimento dúbio, e isso a atordoava.

Alfonso respirou fundo, assimilando o que acabara de ouvir, era inacreditável: E o que você sente, Anahí? – Perguntou, e a decepção em sua voz era nítida.

Anahí: Por você? – Pensou um pouco antes de responder, buscando força para mentir – Nada!

Alfonso: Então por que permitiu que eu te beijasse? – A frustração tomava conta de seu rosto.

Anahí: Beijei você como poderia ter beijado qualquer outro nessa festa. Como beijei aquele cara antes de você me arrancar da pista de dança, como beijo o Eleazar.
O semblante dele novamente se contorceu em raiva, lembrar dela nos braços de outro era insuportável.

Alfonso: Eu não acredito! – Disse apenas.

Anahí: Não acredite se quiser, mas essa é a verdade. – Ela esbarrou o corpo no dele, saindo apressada daquele lugar. Precisou sair antes que voltasse atrás. Amor e ódio são dois sentimentos difíceis de entender, e no caso dela eles andavam de mãos dadas.

Poncho foi atrás dela alcançando-a no jardim, ainda antes de chegarem à aglomeração de pessoas.

Alfonso a segurou pelo braço virando-a: Espere Anahí!

Anahí: Alfonso, me deixe em paz!

Alfonso: Merda, Anahí! Como pode me pedir para te deixar em paz depois do que aconteceu naquele quarto?

Anahí: Alfonso coloca uma coisa na sua cabeça: Eu... – Respirou fundo retomando a coragem – Eu não te amo mais!
Alfonso sentiu uma lágrima queimar-lhe o rosto. Ela virou as costas, ainda incerta sobre o que fizera. Ele acompanhou paralisado ela se afastar, perdendo-se no meio das pessoas. Uma facada no peito doeria menos do que aquelas palavras. No fundo ele não acreditara, mas isso não amenizava a dor de ouvi-lo.
Demorou alguns minutos até que Poncho conseguisse se mover. Caminhou lentamente em direção a piscina.

Dulce: Ponchito! – gritou correndo para seus braços. – Você veio você! Não furou comigo...

Alfonso: Oi, Dul – retribui o abraço – Vim... - sorriu forçado.

Dulce: Que foi? Que cara essa? – Perguntou preocupada - Não esta gostando da festa?

Alfonso: Não é isso Dul. – Disse tristonho - Tá tudo ótimo! Só estou cansado... Cheguei só tem umas duas horas.

Dulce: Ah... – Dulce Sabia que o verdadeiro motivo da tristeza de Alfonso tinha nome: Anahí. Pensou em esganar Ucker ao lembrar que ele tinha uma grande parcela de culpa na tristeza do amigo - Você viu o Ucker? – perguntou olhando para os lados o procurando.

Alfonso: Não. – bufou - Mas você nem imagina como quero vê-lo... Tenho 62 ligações pra agradecer. – disse irônico.

Dulce: 62 ligações?  – perguntou confusa.

Alfonso sorriu: Depois eu te conto. – olhou para o lado – Vou dar uma volta.

Dulce: Ah, tá... Beleza. Vai lá...

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