Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Y aún que el mundo intentó separar los caminos nunca olvide – part 4

Depois do que acontecera a cabeça de Anahí estava a mil, parecia ainda sentir os lábios de Alfonso em sua pele. Logo imaginou-o percorrendo o seu corpo. Droga, ela precisava tirar aquilo de sua cabeça. Resolveu dançar, seria uma tentativa para parar de pensar. A caminho da pista de dança viu Perla e Sabrina conversando. Estava tendo uma visão ou aquilo era real? Era só o que faltava... Any deixou um sorriso maldoso escapar entre os lábios, pegou uma taça que estava sobre uma das mesas e foi á direção das duas. Fingiu-se distraída e esbarrou em Perla despejando todo o líquido avermelhado no vestido dela.
Anahí: Ah meu deus! - Levou a mão à boca segurando o riso - Me desculpe, Perla!
Sabrina a olhou possessa, faltou pular no pescoço de Anahí: Sua retardada! Olha o que você fez com ela! - Gritou apontando para o vestido.
Anahí ainda prendia o riso: Que pena, não? - Disse fazendo uma cara arrependida - Não queria estragar o seu vestido, Perla querida! Você estava tão bonitinha! - Pegou um morango que havia ficado dentro da taça e o levou a boca, mordendo-o - Hm... Gostoso! - E então virou as costas deixando as duas em cólera.
Perla alcançou Anahí, parando à sua frente: Não se meta comigo, Anahí! - Ameaçou.
Anahí soltou uma risada debochada: Você acha mesmo que eu tenho medo de você, gracinha? - Apertou a bochecha de Perla, irritando-a ainda mais - Pois eu não tenho, nem de você nem da sua mais nova amiguinha! E se eu fosse você, eu ficaria longe de mim! - Deu de ombros.

Perla resmungou alguma coisa que Anahí não ouviu, já havia se distanciado o bastante. A loira parou ao lado da caixa de som, a música alta invadia os seus ouvidos parecendo amplificar os seus pensamentos em vez de abafá-los. Queria tirar a imagem de Poncho de sua cabeça, chamou o garçom que passava ao lado da pista, pegou uma caipirinha, tomou-a quase de uma só vez. Se a música não a faria esquecer, a bebida faria, e ela sabia disso. Depois daquela caipirinha sabe lá quantas mais ela tomou. Foi uma atrás da outra, o seu corpo estava mole, o riso fluindo sem motivo algum.

Poncho estava sentado na areia quando Ucker se aproximou:

Christopher: Oi – disse se sentando ao lado dele.

Alfonso: Oi – respondeu e voltou a olhar as ondas.

Os dois ficaram sentados ali em silencio apenas observando o mar. Poncho estava imerso em seus pensamentos e ucker criando coragem para conta-lo sobre o engano que cometera.

Christopher: Poncho, eu... – Fechou os olhos tentando encontrar as palavras certas. – Cara, você é o meu melhor amigo, é como um irmão pra mim... – Pausa - Eu te admiro muito, muito mesmo, você é um ser humano incrível, é uma das melhores pessoas que eu conheço. Eu me sinto muito abençoado por ter te conhecido... – Os olhos de Ucker já estavam marejados e Poncho o olhou terno e confuso ao mesmo tempo - Eu não tenho palavras para te agradecer por tudo que você já fez por mim...  Por me apoiar nas horas difíceis... Por ser o meu parceiro nas farras... Enfim... Eu gosto muito de você, irmãozinho...

Alfonso: Valeu, cara. Você também é meu melhor amigo, irmãozinho...  – sorriu o observando. – Obrigada pelas palavras. Nem é meu aniversario... – brincou.

Christopher: Poncho... – respirou fundo – Eu quero te pedir desculpas.

Alfonso: Liga não, Ucker – deu-lhe um tapinha no ombro. – Você nem me incomodou muito ligando sem parar. – Sorriu – Cara, não quero ser você quando a conta de telefone chegar... – negou com a cabeça

Christopher: Poncho, não é isso! – disse e Poncho o olhou preocupado – Eu comete um engano e...  é por isso que você e Any estão mal assim.

Alfonso: Que engano? – perguntou com um semblante sério.

Christopher: Aquele dia na sua casa... – Fez uma pausa – Eu te disse que a Any estava namorando o Eleazar e... – respirou sem coragem pra dizer.

Alfonso: Fala, Ucker... – disse ficando irritado.

Christopher: Eu me enganei. Eles não estavam juntos. – Fechou os olhos esperando a reação de Poncho.

Poncho voltou a olhar pro mar, sua cabeça estava a mil, seu coração parecia que iria pular pela boca. Ele enterrou a cabeça entre as mãos tentando assimilar as coisas.

Christopher: Poncho... – chamou-o  – Desculpa, eu não fiz por mal...

Alfonso: Sabe o que eu tô com vontade de fazer com você Ucker? – perguntou sem olha-lo.

Christopher: Não. – engoliu seco temeroso.

Alfonso: Então não chega perto de mim se não quiser descobrir – levantou-se e saiu.

Anahí caminhou a passos largos pelo clube, procurando Maite ou Christian. No entanto não os encontrou. Sentia-se tonta, talvez tivesse bebido muito além do que costumava, e o pior é que não atingira o seu objetivo. Bebera para esquecer, mas a imagem de Poncho habitava insistentemente os seus pensamentos.
Tinha funcionado até agora, passara 5 anos sem ele, não era fácil, mas era possível, então por que agora já não conseguia? Por que o simples fato de tê-lo por perto era capaz de distorcer todas as suas convicções e a sua ira?

O seu estomago começava a incomodar, ela apoiou-se em uma das árvores, deixando o corpo cair sentado ao chão. Levou as mãos à cabeça, como doía, e saberia que no dia seguinte estaria ainda pior. Não podia voltar para casa daquele jeito, não queria que Luiza e Tisha a vissem assim. Pensava no que fazer, ou melhor, tentava pensar, algo meio difícil nas condições em que estava. Abaixou a cabeça colocando-a entre os joelhos, será que aquele enjôo não iria passar? Há muito tempo não passava mal assim com a bebida... Por que justo agora se sentia assim? Seu estômago parecia que iria virar do avesso a qualquer momento.
Estava perdida em pensamentos soltos quando sentiu uma mão tocar o seu ombro.

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