Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

My pride, my ego - part 1

Alfonso: Anahí? Você está bem?

A voz fraca de Poncho próxima ao seu ouvido a fez estremecer. Incrível como mesmo estando fora de si, seus sentidos eram completamente alterados por Alfonso. Anahí respirou fundo e deixou o corpo mole pender para o lado, recostando-se nele. Poncho a envolveu com um braço, confortando-a. Tudo o que ela fizera naquele dia, todas as atitudes controvérsias e as palavras duras não mudaram em nada o que sentia por ela, a amava.

Alfonso: Any, me responda, você está bem? – Insistiu preocupado.

Anahí aninhou a cabeça na curva do pescoço de Alfonso, fechando os olhos: Quero ir embora... – Murmurou.

Alfonso: Quer que eu te leve pra casa?

Anahí: Não quero ir pra casa...

Poncho ficou em silêncio por alguns segundos, em seguida tomou-a em seus braços erguendo-a com cuidado. Anahí afundou o rosto no peito dele, deixando-se carregar. Naquele momento estava fraca demais para qualquer tipo de resistência.

Alfonso: Vamos embora daqui. – Sussurrou-lhe.

Ele caminhou até seu carro, colocando-a deitada no banco traseiro.
Anahí se encolheu no banco, sentindo falta do calor que o corpo de Alfonso a oferecia.

Anahí: Para onde está me levando?

Alfonso retirou uma mecha de cabelo que caia sobre o rosto de Anahí: Eu vou cuidar de você. – Disse terno dando um beijo carinhoso em sua testa.

Ele demorou alguns segundos olhando-a, acariciando levemente a lateral de seu rosto, lembrando do passado tão próximo e sendo consumido pela terrível saudade que sentia. Por fim beijou-lhe a testa mais uma vez e fechou a porta do carro.
Algum tempo depois estavam no hall de entrada do prédio onde ele morava.

Anahí: Alfonso. – chamou-o ajeitando-se em seu colo.

Os dois esperavam o elevador, ele a segurava como uma criança encolhida em seus braços.

Alfonso: Hm? – Perguntou.

Anahí: Por que está fazendo isso por mim?

Alfonso: Porque eu te amo, Anahí. – Disse apenas. Ela não respondeu, não pôde. Não havia resposta para aquelas palavras, exceto a que ela também o amava, mas essa ela não daria.

Alfonso só a soltou quando chegou ao seu quarto, deixando-a deitada na cama.
Any encolheu o corpo, seu cenho estava franzido, o estômago parecia querer sair pela boca. Como era horrível aquela sensação.

Alfonso: Vou fazer um chá para você! – Falou ajeitando os travesseiros sob a cabeça dela.

Anahí segurou a mão dele impedindo-o de deixar àquele quarto: Não vá! – Pediu – Quero que fique aqui comigo.

Alfonso deixou um leve sorriso nascer em seus lábios. Ainda que ela não estivesse no seu estado normal, aquelas palavras eram sinceras e significaram muito para ele.
Poncho passou algum tempo ali, sentado ao lado dela, segurando a sua mão, afagando os longos fios dourados.

Anahí: Meu estômago... – Reclamou contorcendo-se na cama. Sinceramente ela não queria quebrar aquele momento, as carícias de Poncho pareciam acalmá-la, mas seu estômago fazia-se presente lembrando-a do quanto estava mal... Do quanto estava bêbada.

Alfonso: Eu já volto. – Avisou levantando-se – Você vai se sentir melhor. – Ele depositou um beijo na mão dela e seguiu para a cozinha.

Alfonso voltou trazendo nas mãos uma xícara, colocou-a sobre o criado mudo, ajudando Anahí a se sentar.
Ela estava quieta, os olhos baixos, logo uma lágrima surgiu marcando o seu rosto. O estado de euforia causado pelo álcool dera lugar ao sentimento de depressão.

Alfonso: Hey! – Deixou a xícara de lado, sentando-se ao lado dela – O que há? – Perguntou puxando-a para os seus braços.

Anahí: E-eu estou com dor! – Resmungou como uma criança birrenta.

Alfonso beijou-lhe o cabelo: Logo essa dor vai passar, Any, seja paciente! – Pediu carinhoso.

Anahí: Não vai não! – Soluçou – Não vai, nunca vai! – Reclamou.

Alfonso: Any...

Anahí o interrompeu: Por que você nunca acredita em mim, Poncho? Por quê? – E então ele se dera conta de que ela não falava de uma dor física. Por Deus, aquela não era a hora ideal para eles terem aquela conversa.

Alfonso respirou fundo retomando o ar antes de dizer qualquer palavra: Any, eu acho que esse não é o melhor momento para falarmos sobre isso... – Falou calmo, enquanto acariciava-lhe os cabelos.

Anahí: Eu não sou boa o suficiente pra você? – Perguntou ignorando o que ele dissera.

Alfonso: Any, não diga bobagens. Você é perfeita, eu que fui um idiota. – Murmurou.

Anahí: Eu só queria que nada disso tivesse acontecido... – Confessou, certamente porque estava bêbada. E ainda que estivesse um tanto fora de si, aquelas palavras foram muito sinceras.

Alfonso: Eu também, meu anjo. – Lamentou, beijando-lhe o cabelo.

Anahí suspirou: Você me fazia feliz, Poncho. – Sussurrou tão baixo que ele mal pôde ouvir.

Alfonso cerrou os olhos contendo a lágrima que insistia em cair: Any... – Disse, a voz rouca – Eu ainda posso te fazer feliz.

Anahí negou com a cabeça: Não pode. Ninguém pode, Alfonso...

Alfonso: Não, Any. – Tomou o rosto dela entre as mãos – Não diz isso...

Anahí abaixou o rosto, desviando o olhar: Merda, Poncho. – Levou as mãos ao rosto secando as lágrimas que caíam – Eu vou embora... – Levantou-se rapidamente, e no mesmo instante seu corpo pendeu para o lado.

Alfonso se levantou dando-lhe apoio: É melhor você se sentar...

Anahí ergueu os olhos encarando-o: Você não confiou em mim... Me julgou sem saber... Se afastou de mim sem justificativa...– Acusou e seu tom de voz havia mudado, estava com raiva.

Alfonso: Eu sei que eu errei, mas isso que aconteceu... – Tentou explicar, mas foi interrompido.

Anahí: Você acabou com tudo, Poncho! – Falou tão alto que mais um pouco estaria gritando.

Alfonso: Any eu realmente quero te explicar tudo o que aconteceu, mas esse não é o melhor momento. – Sabia que uma conversa séria a respeito daquilo deveria ser feita com calma, e acima de tudo, quando ela estivesse sóbria.

Anahí: E aquele não era o melhor momento para você me machucar... – Retrucou entre lágrimas.

Alfonso: Any, por favor... – Pediu, sentando-a na cama.

Anahí levou as mãos à cabeça, como doía: Por que não confiou em mim? O que foi que eu fiz de errado para você ter agido assim? Não me ama? – Perguntou tropeçando nas palavras.

Alfonso sentou-se ao lado dela, um nó formara-se em sua garganta: Não fale assim, Any. Você não fez nada de errado e não há ninguém que eu ame ou queira mais que você.

Anahí: Como pode mentir assim? Eu não consigo acreditar em nada do que diz, Alfonso. - Eu odeio você! – Fechou as mãos batendo-as no peito dele – Odeio você! - Soluçou deixando o corpo fraco cair para abraçá-lo.

Comentários!!!

lyu: É... Ucker se esforçou pra corrigir o erro que cometeu!!

camillatutty: Dulce is The Best!! A Any não vai facilitar pro Poncho não! Ela é tão orgulhosa quanto ele.

k4k4ponny: Esses dois... KKK

annrbd: Pior que falou... kkkk