Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

That`s not the way I planned it

Poncho chegou ao DF as 8 horas da manhã, ele mal teve tempo de descansar e seguiu para a Televisa. Não poderia faltar, afinal foi o combinado com Pedro, além disso, teria muito trabalho pela frente.

Televisa – Segunda Feira, as 09hs e 32min a.m.

Anahí estava ansiosa quando chegou à emissora. Precisava vê-lo. Seu coração já não agüentava de tanta saudade. Seus olhos passearam pelos corredores procurando-o, ele não estava lá. Ia em direção à lanchonete quando um par de mãos firmes segurou a sua cintura. Anahí virou num salto. Sabia que era ele, poderia reconhecer o toque de suas mãos de olhos fechados.

Anahí sentiu o coração acelerar: Poncho! – Disse envolvendo-o num abraço apertado – Senti tanta saudade!

Poncho retribuiu o abraço, como sentia falta de tê-la consigo. Já não imaginava como seria a sua vida sem ela.

Anahí: Nunca mais fique tanto tempo longe de mim! – Reclamou fingindo-se de brava.

Alfonso: Jamais! – Respondeu enchendo-lhe o rosto de beijos. - Senti saudades, meu amor! – A ergueu pela cintura apertando-a.

Anahí: Como foi tudo? – Perguntou-o ao ser recolocada no chão.

E antes de responder ele alcançou-lhe os lábios, beijando-a ternamente, sentindo-se completo. Sabia que ali não era a hora nem o lugar adequado, mas a saudade que sentia era maior do que qualquer coisa. Any se entregou àquele beijo, saboreando-o como se não existisse ninguém mais além dos dois.

Alfonso: Eu te amo, minha pequena! – Disse entre selinhos consecutivos.

Mais tarde, Poncho contou como fora a viagem com detalhes e tranquilizou Anahí nas inúmeras vezes em que perguntara sobre como havia sido a relação de Claudia com ele durante aqueles dias.

Aquela manhã correu perfeita. Já a tarde as coisas começaram a ficar um pouco estranhas...

Anahí: Terminei por hoje, amor – disse dando-lhe um selinho terno.

Alfonso: Uhum... – disse desatento olhando algo no celular.

Anahí: Tá tudo bem? – Perguntou tentando ver o que Alfonso fazia no aparelho.

Alfonso: Tá. – respondeu guardando-o assim que percebeu a curiosidade de Any.

Anahí: Por que guardou o celular? – Perguntou desconfiada.

Alfonso: Por... Por nada, amor. – se afastou dela – Não era nada importante.

Anahí: Ah! – Olhou desconfiada, mas preferiu não insistir no assunto – O que vamos fazer hoje? Luiza está louca pra te ver. 

Alfonso: Sabe o quê é, Any – falou receoso – Hoje não vai dar pra gente sair não.

Anahí: Mas porque? – perguntou surpresa.

Alfonso: É que... Eu... é que eu tenho um monte de coisas pra resolver agora que voltei. – mentiu – sabe como é, né?! Agente fica fora alguns dias e quando volta parece que tá tudo de pernas pro ar. – Sorriu tentando ser convincente.

Anahí: Mas você não vai nem ver a sua filha? – perguntou incrédula.

Alfonso: Hoje não. – engoliu seco.

Anahí: Não acredito nisso... – deu as costas indo em direção a porta.

Alfonso: Any espera! – chamou-a e ela parou ainda de costas pra ele. – Prometo que amanhã eu recompenso vocês. – Disse tentando amenizar a situação, mas não teve sucesso, Anahí seguiu sem nem olha-lo.

Naquele momento Anahí estava tomada pela raiva que sentia. Estava tão cega de ódio que esbarrou em Chris e quase o derrubou.

Christian: Que isso, Any?! – disse passando a mão no próprio braço – Quase me arrancou o braço. – reclamou.

Anahí: Desculpa. Eu não vi você. – Falou impaciente de braços cruzados, balançando a perna.

Christian: Que foi? Aconteceu alguma coisa?

Anahí: Aconteceu que eu quero matar Alfonso Herrera. – riu irônica – Só isso, mais nada.

Christian: Wow! – exclamou surpreso - Cadê o amor nesse seu coraçãozinho? – perguntou brincalhão.

Anahí: Você acredita que ele me dispensou? – olhou-o incrédula – não! E o pior, é que ele dispensou os filhos também. – negou com a cabeça inconformada - Aquele...

Christian: Calma, Any. – disse terno puxando pela mão e induzindo-a a andar. – Conta isso direito, mulher! O que ele disse?

Anahí: Disse que tinha muitas coisas pra resolver agora que voltou de viagem – falou debochada – Dá pra acreditar?

Christian: Ah, Any... Não sei... Vai ver ele tem mesmo.

Anahí: Mas não podia ficar com agente primeiro e depois resolver essas coisas? Agente está com saudades, caramba! A Luiza fala nele a cada 5 minutos... – Disse secando as lágrimas que insistiam em cair..

Christian: Tadinha – riu comovido.

Anahí: Aposto que ele vai sair com alguma piranha. – arregalou os olhos ao lembra-se de algo – Será que é a Claudia? – fechou os olhos tentando se controlar. – não, não, não, por favor...

Christian: Acalme-se, Anahi. – segurou-a pelos braços, fazendo-a encara-lo - Não viaja! – Disse firme - Esse stress faz mal ao bebê. Olha, é melhor você esperar pra ver o que tá acontecendo. Sem conclusões precipitadas dessa vez. Ok?! – disse soltando-a.

Anahí: você acha? – Perguntou substituindo o ar de raiva por um ar manhoso.

Christian: Tenho certeza. – disse serio.

Anahí: Tá. – agarrou-se a ele, abraçando-o apertando. – obrigada, te amo!

Christian: Eu também, magrela – beijou-lhe a testa.

Anahi: Você é melhor amigo gay do mundo. – falou rindo secando o rosto com as costas da mão.

Christian: Obrigado! –Riu junto – Mas sabe, eu ando meio na dúvida quanto à isso. –confessou aos sussurros.

Anahi: Quanto a isso o quê? –sussurrou de volta.

Christian: Vêm! – ele a puxou até a seu camarim e a ofereceu o sofá para sentar. Anahí sentou e ele sentou-se ao lado dela.

Anahi: Então? – perguntou rindo.

Christian riu e deu longo suspiro ao fim: Any, eu não tenho mais certeza quanto ao fato de eu ser gay. –falou ele sério.

Anahi: Ah... Tanto alvoroço para me dizer isso? – riu – Desculpa, é que pensei que fosse alguma revelação preocupante.

Christian: Mas isso é preocupante!

Anahi: Claro que não. Isso é normal, sei lá. Eu acho... E daí se você estiver gostando de uma mulher?

Christian: O problema não é gostar de uma mulher, o problema é A mulher.

Anahi: Ah... Quem é ela?

Christian: Desculpa, não posso falar. Mas o fato é que ela é minha amiga e...

Anahi: Não acho que seja um problema... – parou pensativa e arregalou os olhos – Sou eu? – perguntou.

Christian: Credo! Arg! – fez careta e levou um tapão - Aiiiii, é brincadeira, Any. – Disse passando a mão no braço.

Anahi: Não estou entendendo aonde está o problema de você estar apaixonado por essa tal amiga. – apoiou a cabeça com as mãos.

Christian: Você não me deixou acabar a frase... O fato é que ela é minha amiga e ela ama outro, entende?

Anahi: É... ai complica.

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