Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Me duele tanto ser solo un amigo

Maite: Da onde tirou isso? – levantou-se apressada e cruzou os braços ficando na defensiva.

Dulce: Sabia!! Eu já estava desconfiada... – levantou-se empolgada. – Foi por isso que você estava estranha aquele dia na casa da any. Rolou alguma coisa, não rolou? – acusou-a

Maite: Vocês estão loucas. – deu as costas – Eu vou embora!

Anahí: Nem adianta mentir, Mai. - levantou-se - Outro dia ele disse que... – foi interrompida pelos meninos que adentraram na maior farra - Dessa vez você foi salva, Maizita - Sussurrou passando por Maite e indo ao encontro de Poncho.

Logo todos se encontravam conversando animadamente e somente Maite não fazia parte, pois Anahi e Dulce começaram a tentar ser as cúpidas, Ucker e Poncho também entraram na brincadeira, mas os dois nem faziam ideia do que realmente se passava entre os Chaverroni. Maite se sentiu bastante envergonhada, então se manteve um pouco afastada e calada.

Aos poucos, os RBD’s começaram a se retirar, primeiro Ucker e depois Poncho , sobrando ali Anahí, Dulce, Christian e Maite.

Christian: Já terminou por hoje? – Mexendo no cabelo da amiga. – Aposto que vai embora dormir? Preguiçosa.

Anahí: Vou nada! Tenho várias coisas pra resolver hoje. – olhou para Maite, que estava distraída conversando com Dulce. – Acho que está na hora de vocês ficarem sozinho e conversarem. – apontou para o outro sofá com a cabeça.

Christian: Nada disso. – a segurou. – Pode ficando aqui. Já bastou vocês quatro forçando a barra agora a pouco. – falavam baixo, para que Maite não escutasse.

Anahí: Ela está super deslocada e você deixa de ser frouxo. Aja como homem e corra atrás do que você quer antes que seja tarde. – tentou se levantar e mais uma vez fora impedida.

Christian: Ainda não percebeu que ela não quer papo comigo? Não posso ficar forçando, não mesmo. – deixou seu olhar se fixar nela.

Anahí: Pelo menos tenta. – completamente pediu, mexendo em um dos dedos dele.

Christian: Como você descobriu que era ela? - sussurrou.

Anahí: Bom, primeiro era só uma desconfiança minha, mas depois daquela musica hoje de manhã... Está estampado na cara de vocês dois que tá rolando algo. – sorriu – Acho que só os meninos não perceberam que as brincadeiras que a Dulce e eu  estávamos fazendo tinham um fundo de verdade. Você ama ela!

Diante da afirmação, ele se manteve calado. Anahí tinha toda razão e por isso não iria ter argumento para tentar debater. Aproveitando sua distração, Anahi se levantou e deu alguns passos na direção onde Maite e Dulce estavam sentadas. Christian suspirou pesadamente, com medo do que estava por vir.

Anahí: Sabe, Xtian... – parou, sorrindo ao vê-lo lhe encarar temeroso. – Tô torcendo muito pra esse romance Chaverroni – ergueu os ombros. – Só falta a tonta da Maite Perroni Beorlegui  falar assumidamente que também está completamente apaixonada por você. – falou alto.

Maite: Anahi! – disse baixo e raivosa, querendo que ela se calasse.

Anahi: O que é? – se virou para ela. – Por acaso é mentira? Não!!! Eu sei que não é.  – sorriu – Dul, vamos bater em retirada - Caminhando em direção à porta. – Aproveitem!

Dulce: E juízo, crianças! – disse animada saindo atrás de Anahí – Não esqueçam que estão no meu camarim. Sem imoralidades, por favor! Kisses – puxou a porta.

Maite se encolheu no sofá, tudo aquilo que as amigas havia dito ecoava na sua cabeça. Tudo aquilo em que ela tentara fugir e esconder de si mesmo durante os últimos dias se tornou inútil em questão de segundos, por causa de algumas palavras. 

Ela se abraçou em uma almofada, sem nenhum tipo de reação. É claro que ela também queria que o romance Chaverroni desse certo. Por onde começar?

“Aproveitem!” Mas como aproveitar se estavam tão perto e ao mesmo tempo tão longe?

Christian: Desculpa... Por todo esse constrangimento.

Maite: Tudo bem! - soltou o ar, devagar. – Elas são loucas! – Disse sorrindo tímida sem olha-lo.

Christian: Er... E aí, o que andou fazendo essa semana? – puxou assunto, tentando amenizar as coisas.

Maite: Eu... Eu fiz algumas campanhas publicitarias. – esfregou a mãos nos joelhos.

Christian: Hum! – desviou o olhar quando ela o encarou. – Você tem trabalhado muito, né?

Maite: Aham! – confirmou também com a cabeça. – Mas daqui a pouco quando a novela acabar as coisas se normalizam um pouco. – sorriu. – Eu vou quer longas férias.

Christian: Lembro que antes da novela começar, você tinha me dito que queria viajar pro Brasil. – relembrou de uma de suas conversas passadas.

Maite: E ainda quero! Pretendo passar férias lá.  – mexeu em uma mexa  de seu cabelo, buscando outro assunto. – A sua mãe melhorou do resfriado? – apenas o escutou afirmar. – Que bom! Faz tempo que não a vejo. Gosto dela!

Christian: Ela também gosta muito de você. Acho que até mais do que de mim – sorriu e a ela correspondeu. – Sempre que me liga pergunta por você. Pede que eu te convide pra ir lá visita-la.

O assunto prosseguiu com tamanha facilidade que até ambos acharam estranho, já que não sabiam em que tipos de assuntos comentar, e até mesmo rolou algumas brincadeira e risos.

Christian: Eu tenho certeza que você vai passar nesse teste. Você é uma ótima atriz! – se ajeitou, virando o corpo na direção dela. – Quando vai ser essa novela?

Maite: Tomara! As gravações vão começar depois do fim de Rebelde, vai dar até pra tirar umas semanas de férias antes. – também se ajeitou, sentando em cima das pernas. – Mas isso é, se o Pedro não decidir fazer a turnê... Caso eu passe nesse teste. Vou ter que escolher entre a turnê e a novela. – suspirou.

Christian: Já até sei o que você iria escolher – riu e foi retribuído, realmente os dois se conheciam. - Mas eu acho que o Pedro não vai fazer a turnê, não. Falta pouco pra novela acabar e até hoje ele não nos informou nada. – comentou. – Dessa vez acho que é o fim mesmo, Tita.

Maite: Se for ter a turnê, eu só espero uma coisa: – fez uma pausa e sorriu ao ver o olhar curioso de Christian – Espero que Dulce e Ucker tenham se acertado. Não aguento mais ser ouvinte das DR’s deles. E o Poncho e Any, então? Tadinhos! – sorriram.

Christian: Cara, não entendo como Los A ainda tem paciência com aqueles dois.  – disse e ela gargalhou.
Maite: Nem eu!

Os dois ficaram em silêncio.

Maite: Any e o Poncho são o casal perfeito! - São tão apaixonados e tão intensos. Eles transpiram amor o tempo todo, parecem viver o final feliz de um conto de fadas. – sorriu - Às vezes eu fico os observando e penso que é como se os dois tivessem sido feitos um pro outro, como naquelas historias de almas gêmeas, sabe? – O olhou e ele assentiu – Acho que nem a morte vai poder separa-los – fez uma pausa olhando pro chão – Quero viver um amor assim... – sorriu, já ele ficou serio, de repente.

Christian: E você vai viver, Tita. – Respirou fundo tomando coragem – Você está com alguém? – o olhar dela correu por toda a sala, menos na direção dele.

Maite: Bom... Assim... – buscou as palavras certas. – Estou conhecendo um rapaz, mas... – parou, achando que não deveria continuar.

Mantiveram-se calados, ela por estar incomodada com o rumo que a conversa havia tomado e ele por ter sentindo um enorme desconforto.

Christian: Hum... Está ficando com um cara... – afirmou, mas tentando não acreditar que era verdade.

Maite: Não! Não é nada disso! – se apressou em dizer sem saber o por quê. – Somos apenas amigos, não tivemos nada. – sorriu completamente sem graça, mexendo no cabelo para tentar disfarçar. – Só... Estamos nos conhecendo, ainda.

Christian: Ainda! – repetiu, deixando o silêncio se estalar no ambiente mais uma vez.

No inicio da semana, durante uma sessão de fotos, Caio, o jovem e renomado fotografo responsável pela campanha publicitaria da qual Maite foi estrela, demonstrou interesse por ela, mas a principio a mesma o cortou, não querendo ter nenhum tipo de relacionamento e foi então que o rapaz lhe pediu para irem se conhecendo. Maite aceitou, e apesar de trocarem mensagens e telefonemas, ela sempre o enrolava. Não conseguia deixar de pensar em Christian desde o ocorrido no fim de semana. Não via capacidade de Caio fazer seu desejo despertar. Tentou mentir pra si mesma, fugir dos pensamentos, sufocar o sentimento, ignorar tudo aquilo... Mas foi em vão, percebeu que somente o cara que estava ali, em sua frente, tinha esse poder sobre ela!

Após um longo suspiro, ele voltou a falar.

Christian: Esse clima entre a gente tá muito chato. – fez careta, passando a mão pela nuca. – Nunca imaginei que um dia ia ser assim... Nunca fomos assim.

Maite: Fico sem saber o que fazer, sei lá... – mordeu o próprio lábio. – Acho que ainda estou nervosa. – sorrindo de lado, ele negou com a cabeça.

Christian: Eu imaginava, que quando te reencontrasse depois do que aconteceu, ia ser do mesmo jeito que foi lá. Um beijo bem caloroso. – se encararam intensamente.

Maite: Está falando sério? Mesmo? – arregalou um pouco os olhos.

Christian: Claro que não! – negou com a cabeça, ainda sorrindo. – Era de se imaginar que você fosse ficar retraída, mais... Eu queria muito um abraço! – abaixou seu tom de voz, fazendo-a estremecer. – Senti tanto a sua falta essa semana!

Demorou alguns minutos, mas logo ela se levantou e pulou no sofá onde ele estava.

O impacto do choque entre os dois foi forte devido ao pulo que Maite dera, os dois teriam caído se Christian não estivesse sentado, mas ambos não se importaram, muito pelo contrário. O moreno logo envolveu o pequeno corpo de Maite com seus braços, apertando-a o máximo que conseguiu, exalando o cheiro delicado que tanto amava. Logo tratou de afundar seus dedos no cabelo da mesma, acariciando com bastante ternura.  Com Maite não foi muito diferente, aquele simples contato a deixou arrepiada. Os braços fortes a envolvendo lhe fazia se sentir protegida de uma forma inexplicável, segura! Ela logo contornou o pescoço dele, quase o sufocando com tamanha a força depositada no abraço. Não o soltaria nem tão cedo. Sem vergonha ou receio, ela se permitiu deixar o rosto escondido no vão do pescoço de Christian, se encaixando ali, deslizando o nariz repetidas vezes por aquela região. A risada fraca e rouca, porém audível dele, a estimulou a não parar com os carinhos.

Christian notou que ela estava entregue, e não havia menção nenhuma de fugir da parte dela, então passou a deslizar a mão pelas costas da mesma, fazendo carinhos, enquanto distribuía longos beijos no topo da cabeça dela. Perderam a noção de quanto tempo ficaram ali, agarradinhos, até que ela resolveu se manifestar.

Maite: também senti sua falta, muita! – sussurrou, deixando seus lábios esfregarem no pescoço dele. - Aí, Meu Deus, Christian! Eu tenho que ir... Perdi a noção do tempo.  – afastou-se apressada, por lembrar que ainda tinha algumas cenas pra gravar – Agente se vê depois, tá? – disse caminhando em direção à porta, mas antes de sair o olhou uma ultima vez. – Tchau, Chris! - sorriu e puxou a porta.

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