Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Don`t wanna think about it Don`t wanna talk about it

Mansão Portilla Herrera – Quinta feira, 15h20min.

Anahí mal colocou os pés para dentro de casa e o telefone começou a tocar.

Anahí: Alô?! – ouviu a voz do outro lado da linha e sorriu. – oi Emi!

Emily: Any amiga, como está?!

Anahí: Estou bem. E você? As coisas por ai, tudo certo?

Emily: Tudo na mais perfeita ordem. Liguei porque fiquei sabendo que a novela está acabando. Isso quer dizer que não vai demorar muito pra você voltar? – perguntou empolgada.

Anahí: Voltar? – murmurou baixo.

E foi nesse exato momento que ela caiu em si. Não pertencia mais ao México, sua vida não era mais ali. Quando o projeto acabasse estaria, teoricamente, desempregada, já que não possui mais um contrato fixo com a Televisa. Além disso, tinha as empresas pra administrar e apesar de estar sempre por dentro dos negócios, trabalhando nas filiais do México, era fundamental a presença dela nas matrizes em Paris. Mas se, por um acaso, fosse embora do México teria que deixar Alfonso e... Bem, isso estava completamente fora de cogitação.

Emily: É Any, voltar. Você vai voltar, não vai?

Anahí: Bem... Na verdade... Não. Quer dizer, eu não sei.

Emily: Como não sabe?! – exclamou – vai largar tudo aqui e ficar ai?

Anahí: Não sei ainda Emi. – confessou – Tenho que pensar com calma. Muita coisa aconteceu...

Emily: E as empresas? – inconformada – você não pode fazer isso!

Anahí: Já falei que não sei ainda, calma! Tenho consciência de que se ficar aqui vou perder a presidência da Aviesta. Mas não quero me separar do Alfonso... Eu tô gravida.

Emily: Meu Deus, Any... Que loucura?! Grávida?

Anahí: É – sorriu e mordeu o lábio – Eu me acertei com o Poncho, tô gravida e agente vai casar.

Sabendo que podia desabafar com Emily, Anahí se jogou no sofá e começou a contar-lhe detalhadamente. O assunto era serio e ela não sabia que decisão tomar. Tinha que pensar bem, em todas as possibilidades. E, antes de tudo, teria que ver o que seria melhor para Luiza e pro bebê que esperava.

Emily: Ele te apoia, não apoia? Então Any, pede a ele.

Anahí: Não é tão simples assim. – suspirou – A vida dele tá toda aqui, ele tem um longo contrato com a Televisa, vários projetos cinematográficos pra depois da novela... Muita coisa, entende?! Ele teria que abandonar tudo... Eu não sei se ele faria isso, além do mais, não tenho coragem de pedi-lo pra abandonar os sonhos dele.

Emily: E você pode abandonar os seus? Any, você levou anos pra conseguir isso. Hoje a Aviesta e a Be by Anahi vão de vento em poupa, a cada dia que passa as suas marcas ganham mais prestigio internacional. Esse era o seu sonho, não era? Esse é o patrimônio que você construiu pra Lu e agora pra esse bebê que você está esperando, amiga. Você não pode perder tudo o que já conquistou.

Anahí: Mas também não posso deixar o homem que eu amo. Não posso!

Emily: Então fala com ele. Convença-o a vir pra cá, ora. – pausa - Eu tô fazendo o que posso por aqui, mas na Aviesta você é a presidente. Precisamos de você! Os acionistas têm cobrado o seu retorno e eu tenho medo que possam querer te tirar da presidência. Você tem que tomar uma decisão logo. – insistiu.

Anahí: Prefiro não pensar nisso agora. – balançou um pouco a cabeça, tentando forçar o assunto a mudar. – tenho que terminar de organizar umas coisas da minha casa nova. Tô com horário marcado num agencia de emprego pra contratar babá, empregada... E ainda tenho que ir fazer compras no supermercado. Ufa!

Emily: Assim que eu gosto! Trabalhando! – brincou e riu junto com a amiga. – Agora vou desligar se não gastarei uma fortuna com telefone.

Anahí: É verdade! Tinha me esquecido desse detalhe.

Emily: Fica bem ai amiga. Qualquer coisa pode falar comigo.

Anahí: Você também! Obrigada Emi. – sorriu. – depois nos falamos.

Depois de desligar o telefone Anahí passou as mãos pelo rosto, antes de levantar e ir para seus compromissos daquela tarde. Não se preocuparia agora com possíveis problemas futuros. Deixaria tudo acontecer normalmente. Se no fim do projeto tivesse que decidir se ficaria ou voltaria para Paris, ai sim se forçaria a pensar no assunto com calma e concentração.

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