Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

If you need some love I`ll be there

Mansão Portilla Herrera, as 07h33min a.m.

Ao adentrar a sala de jantar, Alfonso deparou com a Anahí e a Luiza terminando de ajeitar a mesa do café da manhã numa conversa animada. Ainda tentou descobrir o motivo para as risadas, porém desistiu ao saber que era segredo.

Anahí terminava mais uma fatia da torta sem deixar o sorriso de lado. Divertia-se ao ver a brincadeira entre pai e filha. Luiza se contorcia entre os braços de Alfonso, que fingia querer morder a bochecha dela suja de chocolate.

Alfonso: Espera, filha. Deixa o pai dar só uma mordidinha. – a ajeitou no colo, voltando a inclinar a cabeça na direção dela.

Luiza: Não, tá fazendo cosquinha. – se jogou para trás, ao mesmo tempo em que segurava o rosto dele entre as duas pequeninas mãos. – Papai! – gritou entre o riso ao ganhar uma fungada no pescoço.

Alfonso: Hmmm... Parece tão gostoso. – tornou a ‘atacá-la’, fazendo-a rir muito mais. Luiza tinha o rosto corado.

Anahí: Só não arranca um pedaço da minha bebê, hein. – brincou.

Minutos depois, quando Alfonso já estava satisfeito e Luiza lambia o doce dos seus dedos, Anahí partia para a próxima fatia. O desejo era grande e a torta parecia estar ainda mais saborosa do que de costume. Poderia comer todo o restante sozinha, entretanto, ao sentir um desconforto, viu-se correndo para o banheiro. Seus companheiros dos últimos dias estavam de volta, os enjoos. Logo Alfonso se posicionou por trás dela colocando os fios soltos do coque frouxo para trás, enquanto a mesma se debruçava sobre o vaso sanitário.

Luiza: Mãe! – gritou com medo, parando ao lado deles.

Alfonso: Luiza, espera lá fora. Anda! – ordenou um tanto nervoso e tudo piorou ao ver a filha tentar levantar Anahí.

Alfonso: Luiza, não! – a puxou para trás, que logo se soltou. – Ah, meu Deus do céu. – e, então, dessa vez a pegou no colo. A verdade era que estava desorientado, sem saber a quem acudir primeiro.

Luiza: Não, Pai! A minha mãe. – se debateu na tentativa de voltar para o chão.

Anahí: Leva ela. Eu me viro. – tossiu, voltando a vomitar em seguida.

Luiza: Espera, pai. – tentou se segurar na porta, impedindo que Alfonso saísse. Queria chorar. – Eu vou ajuda a minha mãe.

Alfonso: Não, filha, agora não pode. – se posicionou de maneira com que somente ele visse Anahí. Falava rápido demais. – Tenta respirar com calma, Any. Não se desespera. Eu já volto!

Anahí queria rir. Se desesperar? Estava calma e apenas enjoada, não desesperada. Alfonso que ficara nervoso sem saber para que lado ir. Não queria nem imaginar qual seria a reação dele no momento da bolsa estourar. Ao ergue-se para escovar os dentes, sentiu a primeira vertigem do dia.  Apoiou-se na pia e terminou se assustando quando a porta tornou a abrir bruscamente.

Alfonso: Como você está? Se sente melhor? – passou um braço ao redor da cintura fina, encostando o corpo dela ao seu.

Anahí: Luiza está chorando? – perguntou após assentir e ao ouvi-la fungar bem baixinho, o olhando através do espelho.

Alfonso: Aham. Ela não queria te deixar. – olhando para fora do banheiro a procura da filha, e a encontrou espiando de longe. – Viu? Sua mãe já melhorou.

Anahí precisou de ajuda para ir até o quarto, pois ainda se sentia tonta. Ao sentarem na cama, viram os longos fios loiros desaparecerem ao notarem que a dona deles fora descoberta. Luiza permanecia assustada. Não atendeu ao chamado do pai, continuando escolhida e encostada na parede. Tinha medo.

Anahí: Traz ela aqui. – respirou fundo, tentando controlar uma nova náusea.

O moreno se afastou, indo até a porta.

Alfonso: O que foi? Por que está se escondendo? – a segurou pela mão, puxando-a para dentro do cômodo. A menina permaneceu calada, encarando a mãe com os olhos arregalados. – A Any só está um pouquinho mal, mas já vai melhorar e ela precisa da sua ajuda agora.

Ela nada disse.

Anahí: Vem cá. – estendeu a mão, que foi aceita sem hesitação.

Alfonso: Any, você precisa deitar. – disse por vê-la colocar Luiza no colo.

Anahí: Já melhorei. Não é a primeira vez que tenho isso. Acostume-se. – retribuiu ao abraço de Luiza, sentindo a boca melada grudada em seu pescoço e a bochecha molhada em seu ombro.

Alfonso: Tudo bem, mas você está mais branca que uma vela.

Anahí: Seu frouxo. – deu língua, sorrindo e apertando Luísa que ainda fungava. – Ficou todo desesperado.

Alfonso: É claro. Uma fica passando mal e a outra assustada. Vocês me deixam louco, sabia? – suspirou, finalmente relaxando.

Anahí: Também te amamos.

Alfonso: Agora deixa de gracinha e deita. E só levante daí quando se sentir verdadeiramente bem. Ou se quiser vomitar, é claro. Eu vou ligar pra Televisa.

Anahí: Ui! Desse jeito eu obedeço – se jogou para trás, levando a filha consigo.

Alfonso: Luiza, vem lavar as mãos e a boca, depois você volta pra cuidar da sua mãe. E, enquanto isso, eu arrumo a bagunça na cozinha.

Em pouco tempo Anahí se sentia bem melhor, já estava corada outra vez. Porém, mesmo assim não queria sair da cama, encontrava-se muito bem ali sob os cuidados da sua Lu que, sentada ao lado de sua cabeça, lhe fazia cafuné e cantava a nova musiquinha que aprendera na escola.

Anahí: Você ficou assustada, meu amor?– se virou de lado, passando o braço ao redor dela.

Luiza: Eu não quero que você fique dodói... – deslizou a mão carinhosamente pela bochecha de Any.

Anahí: Eu já estou muito melhor e tudo porque você está cuidando de mim. – sorriu, lhe dando um beijinho seguido de um cheirinho na barriga.

Anahí permitiu que ela se afastasse e a observou escorregar o corpo pela cama, deixando assim seus rostos a pequenos centímetros de distância. Não pode evitar sorrir e fechar os olhos ao sentir o nariz dela esfregar-se contra o seu com tamanho chamego. Os pequenos dedinhos ainda passeavam pelo seu rosto com ternura.

Luísa: Eu te amo muito, mamãe.

Anahí: Ai, minha bebê. Eu também te amo muito, muito e muito. Sempre. – disse emocionada, com a voz chorosa.

Comentários!

iza17: Seja bem vinda! Espero que goste!

traumadarbd: O Ucker só da mancada nessa Web... E tudo isso podia te sido evitado se eles trancassem a porta. KKKK

lyu: Acho que ela tem um sensor que avisa a hora exata de interromper.