Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

My dreams came true because of you

Mansão Portilla Herrera, quinta-feira, as 07h24min a.m.

Anahí já se encontrava no terceiro mês de gestação e, completamente em todas as manhãs, perdia-se em frente ao espelho admirando a barriga já bem redonda. Estava mais ansiosa do que nunca para descobrir o sexo de seu bebê, já que numa primeira tentativa não deu certo.

Trajando apenas uma lingerie branca, parou no meio do quarto tocando a barriga. No mesmo instante o sorriso grandioso apareceu em seu rosto. Era sempre assim. Não podia evitar. Não se importava de parecer uma boba. Sua felicidade era enorme. Era, simplesmente, mãe.

Distraída, nem ao menos notou que Alfonso encontrava-se parado na porta, escutando sua conversa.

Anahí: Jura pra mamãe que amanhã vai colaborar? Papai e eu precisamos saber se você é menina ou menino pra ajeitar seu quartinho, amor. – riu, sentindo-o mexer, justamente no local onde sua mão se localizava. – Tudo bem. A mamãe confessa que está louca pra saber. Mas só um pouquinho, bebê. – soltou uma gargalhada, jogando a cabeça para trás. – Tá! Sabemos que não é só um pouco. Esse vai ser nosso segredo. Só nosso.

Alfonso: E do papai também. – a abraçou por trás, postando suas mãos bem abertas sobre sua barriga.

Anahí: Você não deveria ficar escutando a nossa conversa. – jogou o cabelo para o lado, deixando-o beijocar a lateral direita de seu pescoço. – E nem me dando sustos.

Alfonso: Desculpa, não resisti. E sou o pai. Eu posso. Meu filhão está concordando. – parou de mover as mãos ao senti-lo mexer.

Anahí: Hoje meu baby despertou animado. Não para de se mexer.

Alfonso: Está só respondendo essa mamãe linda, gostosa, cheirosa e nem um pouco ansiosa. – enquanto falava a enchia de beijinhos e cheiros, tanto no pescoço como na bochecha. – Por isso não resisti.

Anahí: Seu bobo. – virou o rosto para olhá-lo e acabou ganhando dois selinhos bem demorados. – E para de ficar falando que é seu filhão. Quero ver se for outra menina.

Alfonso: É menino, eu sei. Sinto! – se afastou, deixando-a ir procurar algo para vestir.

Anahí: Own! Que bonitinho. Você está acreditando no seu sonho, amor. – caminhou até ele, lhe apertando as bochechas.

Alfonso: Deixa de graça. Isso não pega bem pra mim. – emburrou, fazendo-a voltar a rir.

Anahí: É um bestão mesmo.

Alfonso: Que você tanto ama. – a puxou para si, abraçando-a apertado.

Anahí: Isso eu não posso negar. – esfregou seus narizes, para em seguida beijá-lo. – amanhã saberemos se seu sonho está certo.

Alfonso: Tenho certeza que está. Agora vai acabar de se arrumar. O café já está na mesa e a Solange (babá) já foi acordar a Luiza.

Anahí: Não queria trabalhar hoje. Preguiça. – fez bico.

Alfonso: Me conte uma novidade. – brincou, soltando um beijo no ar ao vê-la resmungar.

O dia parecia ter passado lentamente, aumentando assim ainda mais a ansiedade do casal. Anahí nem ao menos conseguira dormir direito durante a noite e, pela manhã, acordara bem cedo e sem ajuda, deixando Poncho até um pouco confuso por não vê-la ao seu lado entregue ao sono como de costume.

Alfonso tentava agir naturalmente e procurava não tocar no assunto enquanto tomavam o café, pois sabia o quanto ela estava nervosa e tentava disfarçar. Afinal, sonhara tanto com esse dia. Após deixarem Luiza no colégio, seguiram para a Televisa.

No final da tarde, como o combinado, seguiram juntos até a clínica.

Deitados prontos para dormir, Anahí e Alfonso tentavam se aconchegar. Ambos riam pelas tentativas frustradas e voltaram a mudar de posição até que, por fim, pararam frente a frente. Ela tinha a cabeça apoiada no braço dele e mantinha uma de suas pernas por cima do mesmo. Já ele tinha uma das mãos lhe fazendo cafuné, enquanto a outra tratava de revezar entre carinhos no rosto risonho e na barriga.

Anahí: Poncho, agora que lembrei. Você estava certo.

Alfonso: O quê? – enrugou o nariz, deixando de beijá-la para se afastar um pouco.

Anahí: O seu sonho. Você dizia ter certeza e veja, teremos mesmo um menininho. – sorriu, se achegando para em seguida o beijar. – Agora já pode se empolgar pra comprar aqueles carrinhos decorativos. Eu deixo.

Conversam baixinho e ainda tinham o sorriso bobo no rosto. Seus narizes levemente se tocavam.

Alfonso: Já andei encomendando algumas coisas. Umas coisinhas bobas.

Anahí: Coisinhas bobas? Sei muito bem, Alfonso. Depois quero ver o que andou comprando.

Alfonso: Juro que não foi nada de mais. – piscou, dando um beijinho no queixo dela.

Anahí: Fingirei que acredito, moço. – fechou os olhos, adorando a sensação da boca dele passeando por seu ombro. – Estou tão feliz. Tanto que tenho até vontade de gritar.

Alfonso: Está mesmo, Any? Quando soube fiquei tão bobão, mas depois preocupado também.

Anahí: Do que está falando? – voltou a encará-lo, estranhando. – Por que essa pergunta?

Alfonso: Você queria uma menina.

Anahí: Mas menina eu já tenho. – voltou abraçá-lo. – Sempre quis um casal e agora veio o meu príncipe.

Alfonso: Mas você já tinha até nome caso fosse menina...

Anahí: Como você sabe disso?

Alfonso: Dul me contou... Sei que você quer uma Alícia.

Anahí: Essa Dulce é fofoqueira mesmo. Só podia ser ela. E eu também tenho nome pra menino. Não sabia?

Alfonso: Sério? – dessa vez ele que sorriu. – Essa parte ela não me contou.

Anahí: Sério, amor!

Alfonso: E como seria o nome do nosso garotão? – carinhoso, acalentou a barriga dela.

Anahí: Bernardo. Você gosta?

Alfonso: Tenho que confessar um segredo. Eu não queria, mas... – fez careta.

Anahí: O quê? Fala! – levou a mão até o rosto dele, passando os dedos pela barba por fazer.

Alfonso: Eu tive um amigo imaginário e o nome dele era Bernardo. Ele era um grande amigo. Então gosto bastante desse nome.

Anahí: Ai, que coisa mais linda esse meu Poncho. – riu, apertando as bochechas dele. – Imagino a coisa gostosa que você era conversando sozinho.

Alfonso: Amor... Isso é segredo. – a puxou para si, manhoso, escondendo o rosto no pescoço dela.

Anahí: Eu guardo esse segredo, juro. – lhe deu um beijo estalado na bochecha. – Mas preciso conversar com minha sogra a respeito.

Alfonso: Não. Deixa isso pra lá. Já bastou ficarem comentando sobre minhas fotos vestido de super-herói.

Anahí: Quero saber o que conversava com seu amigo. Não pode? – brincou, somente para implicar.

Alfonso: Está ouvindo, Bernardo? Sua mãe é muito curiosa. Pode deixar que vou te proteger. Nada de fotos suas comprometedoras pra mostrar pras suas namoradas. – disse olhando para a onde o filho se encontrava após se erguer um pouco.

Anahí: Rá! Vai sonhando, Herrera. Vá sonhando.

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