Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Now I`ll never never get to clean up the mess I made - part 2

Anahí empedrou, sentiu como se uma faca estivesse sendo enfiada no seu estomago. A reação de Alfonso foi parecida à dela, mas ao contrario de Any, ele falou.

Poncho: O que? - Perguntou, estava transtornado, sua voz saia num silvo - Como grávida? - Ele não sentiu, mas Anahí se afastara alguns centímetros dele. Olhava fixamente para baixo, e lutava para que aquele maldito nó em sua garganta não se transformasse em lágrimas.

Should`ve gave you all my hours

Deveria ter te dado as minhas horas

When I had the chance

Quando tive chance

Take you to every party

Ter levado você a todas as festas

Cause all you wanted to do was dance

Porque tudo o que você queria era dançar

Now my baby is dancing

Agora minha garota está dançando

But she`s dancing with another man

Mas está dançando Com outro homem

Sabrina: Como assim `como grávida`? - Franziu o cenho - Se você não se lembra, há pouco mais de dois meses nós dois... - Ele não deixou ela terminar.

Poncho: Sim, eu lembro. Por Deus, Sabrina! - Levou as mãos ao rosto, atordoado - Você não toma nenhum tipo de anticoncepcional? Como isso? Merda!

Sabrina: Hey, não venha culpar só a mim! Você não pareceu nenhum pouco preocupado com prevenção naquela noite! - E então foi impossível segurar e uma lágrima rolou dos olhos de Anahí. Além de ter o peito rasgado por ser colocada frente a frente com um deslize de Alfonso, havia aquele filho. O filho dele que estava sendo gerado dentro de Sabrina. Aquilo era cruel demais. - E agora? - Perguntou. Alfonso estava tão transtornado que mal conseguia pensar. Era como se tivesse perdido o chão sob seus pés, sua cabeça rodava. Céus, era uma criança, dele e da mulher errada. Mas ainda assim era o seu filho e ele merecia ser amado. Por que fora tão estúpido?

Poncho: Quando descobriu? - Disse, a voz custando a sair.

Sabrina: O resultado do exame saiu hoje. Já vinha desconfiando a algum tempo, mas precisava ter certeza. - E ela estendeu um envelope para ele. Alfonso correu os olhos por aquele papel. Era verdade, estava ali, na sua cara, Sabina estava grávida, por Deus. - E agora? O que vamos fazer, Poncho? - Insistiu. Alfonso maneou a cabeça, ele não sabia o que fazer. Foi aí que virou o rosto para olhar Anahí. A cena que viu cortou-lhe a alma. Ela estava a uns dois passos dele, tinha os braços envolta do próprio corpo, se abraçando, o rosto abaixado, os olhos fixos no chão. Alfonso pôde ver que algumas gotas d`agua escorriam por suas bochechas. 

Poncho: Any... - Soltou num murmúrio. Mas ela não o olhou, apenas se abraçou mais forte. - Any - Tentou outra vez dando um passo na direção dela, mas ao sentir ele se aproximar ela recuou, mantendo a distância que havia entre os dois.

Sabrina: Poncho. - Chamou-o - O que vamos faz... - Foi interrompida.

Poncho: Sabrina, por favor, podemos nos falar depois?

Sabrina: Mas... - E ele interrompeu outra vez.

Poncho: Por favor, eu não estou em condições de pensar nisso agora. Preciso colocar as ideias em ordem. - Ela assentiu e voltou para o salão. Já havia conseguido o que queria, acabara de derrubar tudo o que Anahí e Alfonso haviam construído. Havia ganhado, isso era fato.

My pride, my ego, my needs and my selfish ways

Meu orgulho, meu ego, Minhas necessidades e meu jeito egoísta

Cause the good strong woman like you to walk out my life

Fizeram uma mulher boa e forte como você, sair da minha vida

Anahí mantinha-se imóvel, ela só queria sumir. Não conseguia encará-lo, não conseguia sequer levantar os olhos e olhar para frente.

Poncho: Any, eu... – Ele parou de falar quando ela fez um gesto com uma das mãos, pedindo para que parasse.

Um silêncio doloroso se instaurou ali. Alfonso não sabia o que dizer, não sabia o que fazer. E ele sabia que ela, a mulher que mais amava na vida, estava em frangalhos. Dois passos foram dados, vagarosamente, e ele tocou o rosto dela, mas ela se esquivou, virando-se de costas para ele. Como aquilo doía, e era uma dor diferente das que já sentira antes. Não era um sentimento de perda ou então de traição. Era confuso, difícil de explicar e quase impossível de suportar. Sentia-se fragil, e não via nada em que pudesse se agarrar. O futuro tão perfeito desenhado a pouco parecia ter simplesmente fugido de suas mãos, e ela sentia-se impossibilitada de tentar resgatá-lo. Aquele filho seria para sempre uma sombra da relação entre Alfonso e Sabrina. 

Poncho: Any, e-eu... – Tentou – Eu não sei o que dizer. – Sua mão repousou carinhosamente no ombro dela, dessa vez não houve resistência, ela se manteve imóvel. 

Any: Não diz nada, Poncho. – Disse e sua voz era quase imperceptível. 

Poncho: Me abraça. – Pediu, os olhos cheios de água. Ela demorou alguns segundos até se virar e encará-lo, então envolveu seus braços na cintura dele e o abraçou o mais forte que pôde. Alfonso explodiu em lágrimas, afundando o rosto nos cabelos dela. E nada foi dito, os dois ficaram abraçados, chorando em silêncio, sabiam muito bem o que viria depois daquela notícia. Passaram longos minutos ali, o choro cessou, mas a dor não diminuiu.

Now I`ll never never get to clean up the mess I made

Agora nunca, nunca conseguirei arrumar a bagunça que eu fiz

Ooh and it haunts me every time I close my eyes

E isso me assombra sempre que fecho meus olhos

It all just sounds like (oooooh)

Tudo isso soa como ooh, ooh, ooh, ooh, ooh

Any: Vou pra casa. – Disse, soltando-se de seus braços. Seus olhos voltaram-se para o chão, sem forças o suficiente para encará-lo.

Poncho: Any – Maneou a cabeça – Por favor, eu...

Any: Agora não, Poncho. – Pediu – Também não estou com cabeça pra pensar nisso. – Repetiu as palavras ditas por ele. Poncho assentiu, não insistiria.

Poncho: Eu levo você pra nossa casa e... – foi interrompido. 

Any: Não. Eu vou pra casa da minha mãe. Pedirei ao Christian que me leve.

Poncho: Any, por favor, deixe-me ao menos te levar.

Any: Não. – Repetiu, a voz cansada – Preciso ficar longe de você. Preciso pensar, Alfonso. Por favor. – E nada mais foi dito naquela noite. Ela lhe deu as costas e entrou no elevador. Alfonso ficou mais um tempo parado na portaria, viu quando ela e Christian saíram, ela chorosa e ele sem entender muita coisa. Eles teriam que conversar, quem sabe amanhã, e só Deus sabe como essa conversa seria difícil para ambos.

Aquela noite foi longa para Anahí. Ela não pregou os olhos, chorou até que seus olhos ardessem.

Comentários!!

nathycolucci: Ahhhhh.... Também não queria que eles se separassem, mas infelizmente o Poncho cometeu um erro e agora terá que arcar com as consequências...

camillatutty: Ela é tudo isso que você disse e mais um pouco, ô mulherzinha, credo! Pior que deitou sim (cap. Tantas mañanas que no quise despertar – part 1 e 2) . Deixa um pouco pra eu arrancar também. Os Chaverroni, Ah, os Chaverroni, sem palavras, amo eles demais... São minha fofulas...