Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Estoy triste, pero estoy de pie

No dia seguinte Anahí foi chamada por Pedro Dámian para uma reunião e depois de quase duas horas a portas trancadas Anahí saiu da sala com um semblante totalmente abatido.

Em função do ocorrido e seguindo orientações médicas, ela não gravou a novela durante o restante da semana.

Cada dia era um tormento para ela, por mais que tentasse aceitar que Alfonso já não fazia parte de sua vida, essa idéia era triste demais. Sentia-se mais vazia a cada dia, e embora estivesse rodeada de pessoas, o sentimento de solidão era constante.
Para ele não estava sendo diferente, quantas vezes ele desejou poder voltar no tempo e fazer tudo diferente.

A semana de repouso terminou e Anahí teve que voltar para suas funções. Pelo menos agora teria algo com que se ocupar.

Maite: Any! – Disse atravessando o corredor e caminhando em direção à loira – Como você está? – Perguntou preocupada. Ela, assim como todos, já sabia o que tinha acontecido com o bebê e com Poncho. E como não saber, se Sabrina fazia questão de gritar que estava grávida aos quatro ventos? A imprensa não falava de outra coisa.

Anahi: Sobrevivendo. Muito mal, mas sobrevivendo.

Maite: Ah amiga... – Suspirou – Algum dia essa dor vai passar. – A abraçou.

Anahi: Eu espero que não demore muito. – Disse pesarosa. - Mas e você? Como está? - Perguntou antes que as lágrimas viessem outra vez.

Maite: Mais ou menos...

Anahi: Por?

Maite: Christian. Anda muito estranho ultimamente.

Anahi: Estranho como? 

Maite: Ah, desde a festa não conversamos. Agente mal se cruza aqui na televisa e quando se cruza ele age como se nada tivesse acontecido, sei lá, acho que está sempre distante, me evitando... Não sei explicar. – bufou.

Anahi: Ah Mai, desculpe dizer, mas você já pensou na possibilidade dele ter cansado de te esperar? Você fica nesse chove não molha com o coitado. Uma hora cansa, sabia?

Maite: Você acha que é isso? – perguntou receosa.

Anahi: Não sei, Mai. Torço pra que não seja... – suspirou olhando pro lado e quando tornou a olha-la seus olhos estavam marejados. – Pelo menos você tem que ser feliz no amor, já que eu e Dulce somos duas fracassadas – tentou um sorriso.

Maite: Oh, Any – abraçou-a – não gosto de te ver assim, minha amiga.

O dia passou rápido. Anahí daria uma entrevista para uma revista depois da gravação. Queria ocupar todo o seu tempo livre. Quem sabe assim pensasse menos, quem sabe assim fosse mais fácil esquecer.

Ela estava saindo da Televisa quando sentiu o pouco que restava de seu coração ser arremessado ao chão. Alfonso estava parado na frente no estacionamento, usava uma calça jeans e uma camiseta branca, os cachos um pouco compridos balançavam com o vento. Tinha os olhos fixos nas chaves do carro que girava nos dedos.

Anahí prendeu a respiração e apertou o passo. Queria sair dali o mais rápido possível, de preferência sem ser vista por ele. Mas não foi isso que aconteceu.

Alfonso: Anahí? – Chamou-a. Ela que já havia passado por ele virou-se.

Anahí: Oi Poncho. – Obrigou sua voz a sair. Ele ficou em silêncio, olhando-a. Como sentia a sua falta. – O que faz aqui? – Perguntou quebrando o silêncio opressor. Sabia que naquela segunda feira ele estava de folga das gravações.

Alfonso: Eu... – Pigarreou – Eu vim buscar Sabrina. Vamos ao médico hoje.

Anahí: Hm... – Assentiu. Um terrível nó se formava em sua garganta – Eu preciso ir.

Alfonso: Any... – Tentou dizer algo, mas ela não permitiu.

Anahí: Não me obrigue a ter que lidar com isso. – Pediu e lhe deu as costas saindo dali. Ela nem sequer olhou para trás, teve medo da cena que poderia ver a seguir. Sabrina e ele se encontrando, ele cuidando para que ela e o filho se sentissem bem. Como fazia com ela. Deus, já estava chorando outra vez.

Comentários!!

camillatutty: A Any ao mesmo tempo que é frágil é muito forte. Não é fácil lidar com o sentimento da perda... já estou começado a pensar em finais merecidos pra esse ser deplorável chamado Sabrina.

juliapuente: Os dois estão sofrendo muito e na mesma intensidade. Eles viram os sonhos e planos pro futuro irem por agua abaixo. Agora ambos estão perdidos, sem rumo...