Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

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Paris – Quinta feira, ás 08h02min a.m.

Luiza estava uma animação pura. Louca para voltar ao seu país de origem e encontrar com muitas coleguinhas que haviam ficado para trás. Sem contar que a pequena morria de saudades do seu antigo quarto. Afinal, ela e Anahí não haviam levado nada para o México, apenas algumas roupas. Com isso, Luiza não via a hora de chegar em casa e brincar com todos os seus brinquedos.

Luiza: Porque meu pai não veio?

As duas estavam no taxi indo para o antigo apartamento. A pequena olhava para a rua através da janela e parecia cansada, mas não dava o braço a torcer. Não quis, de maneira alguma, deitar no colo da mãe e dormir.

Anahí: Porque ele tem coisas importantes pra cuidar no México.

Luiza: E quando ele terminar? Ele vem?

Perguntou inocente e Anahí sorriu de canto.

Anahí: Não dá – explicou com calma – nós estamos beeeem longe dele.

Luiza: Não vou mais ver meu pai? – arregalou os olhos.

Anahí: Claro que vai – puxou a filha, abraçando-a de lado – Sempre que ele puder vir aqui ou quando formos ao México.

Luiza: Quando formos ao México vamos voltar a morar com ele?

Anahí: Não sei, filha.

Encerrando o assunto, Anahí beijou os cabelos da filha e se pôs a observar a cidade ao seu redor. Sentia falta da França. Era tudo tão diferente, países completamente distintos. Não tinha nem como comparar um ao outro. Mas apesar de a França, a seu ver, ser o país perfeito para criar a filha, no México estavam as pessoas que de veras a amavam. Sabia que iria ser muito difícil viver longe de Todos. Mas teriam que conseguir!

Anahí: Obrigada. – agradeceu ao taxista e desceu junto com Luiza.

Ao olhar para cima a loira respirou fundo e permitiu-se perder alguns segundos observando a fachada do prédio que foi seu abrigo durante longos anos. Era muito luxuoso, tudo bonito e bem organizado. Exatamente do jeito que ela gostava. A rua era tranqüila e extremamente limpa, assim como o resto do bairro.

Luiza: Mamãe?

Anahí: Oi? – foi tirada de seus pensamentos pelo chamado da garota.

Luiza: A gente vai subir?

Anahí: Vamos sim.

A loira abriu a porta e pegou as malas, preparando-se para ter uma onda de nostalgia assim que entrasse no apartamento e se visse sozinha ali com a filha.

O apartamento continuava como sempre foi. Emily realmente cumpriu o que prometeu a Anahí e foi mantendo tudo em seu devido lugar. Ao saber que a amiga voltaria, pediu para que as empregadas dessem uma geral e deixasse tudo limpinho. Cada vez mais a loira se sentia com uma divida enorme, por conta de todos os favores que a amiga estava lhe fazendo.

Luiza: Olha a “Ingrede” mamãe! – tentou pronunciar “Ingrid”, que era o nome de sua boneca.

Ao ouvir a voz de Luiza, Anahí se encaminhou até o quarto da garota e a encontrou sobre a cama, abraçando sua boneca preferida. Maravilhada com aquilo, a loira olhou para tudo a sua volta antes de deitar na cama ao lado da filha.

Anahí: Acho que ela estava com saudades de você

Luiza: Eu também estava com saudades dela!

A garota agarrou-se mais a boneca e Anahí sorriu, repousando o rosto próximo ao pescoço da menina. As duas estavam deitadas e a loira, meio de lado, tinha um dos braços transpassados pela barriga da filha.

Luiza: Cadê a Tia Emi? – perguntou depois de um tempo em silencio.

Anahí: Ela não vem aqui hoje não, só amanhã.

Luiza: Por quê?

Anahí: Porque hoje ela não pode.

Luiza: E porque não?

Anahí: Chega Lu. – beijou a cabeça da filha e levantou. – Se quiser pode ir vendo um pouco de tevê enquanto organizo as malas. Daqui a pouco nós vamos sair para comer algo.

Luiza: Tá.

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