Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Contigo cariño mio - part 5

No dia seguinte...

Com Ponny

Após as calientes horas no Motel Los A retornaram para o apartamento.

Anahí entrou no quarto carregando um copo e uma caixinha de remédio. Estava com os cabelos ainda úmidos pelo banho que havia tomado meia hora atrás. Ia acordar Poncho, mas o viu saindo do banheiro, secando os cabelos.

Anahí: Ressaca? – sorriu pra ele, que assentiu. – Aqui um comprimido pra dor de cabeça.

Alfonso: Obrigado. – cansado, ele sentou-se na cama. – Sabe que horas são?

Anahí: Quase duas da tarde. – engatinhou na cama, deitando do lado dele. – Dormimos muito.

Alfonso: Nem fala! – tomou o remédio. – E o povo?

Anahí: Todo mundo dormindo ainda. Só Dulce que está matando a fome lá na cozinha. – fechou os olhos, suspirando.

Alfonso: O que foi? – deixou o copo no chão, deitando ao lado dela em seguida.

Anahí: Meu corpo todo dói! – o encarou.

Alfonso: Valeu a pena? – apoiou a cabeça na mão, melhorando a visão do rosto dela.

Anahí: Ainda pergunta?! – sorriu baixinho. – Só não estou pronta para outra, não consigo abrir minhas pernas, doem muito.

Alfonso: Te faço uma massagem, que tal? – lhe deu um cheiro no pescoço, seguido de um beijinho.

Anahí: Estou precisando mesmo. – segurou a mão dele, que estava apoiada em sua barriga. - Poncho... Quantas vezes nós transamos ontem? Foram tantas vezes pra me deixar desse jeito? Eu só lembro as três de antes de acabarmos com a primeira garrafa de champanhe.

Alfonso: Perdi as contas. – disse pensativo. - Sabe no que eu lembrei? – ela o encarou. – Ainda não buscamos a Lu.

Anahí: Relaxa, amor. – alisou o rosto dele. – A mãe da Sofia vai traze-la! Logo ela vai estar aqui!

Alfonso: Assim espero! – mordiscou os lábios dela - já estou com saudades da minha princesinha.

Anahí: Está um friozinho tão gostoso. Sabe o que eu quero? – ele negou. – Ver televisão o resto do dia contigo, abraçadinha.

Alfonso: Claro, que sim! – se ajeitou, puxando para deitar em cima de si. – Vamos fazer o que você quiser. Mas antes temos que comer. A Lourdes já fez o almoço?

Anahí: Está terminando. – ligou a televisão. – Ah, deixa eu fazer uma observação. O que rolou essa noite não foi amor.

Alfonso: Não mesmo! – gargalhou. – Mas está valendo.

Anahí: Muito! E como! – se abanou, brincando. – Mas senti falta de uma coisinha... bem pequena, porém de grande importância.

Alfonso: O que? Camisinha? – a encarou com a testa enrugada. – Pensei que tivesse voltado a tomar remédio.

Anahí: E eu voltei. – riu, mas logo parou. – É de outra coisa que eu estou falando.

Alfonso: Que coisa? – perguntou sem ainda entender.

Anahí: Ai, Poncho! Você sabe, caramba. - se irritou.

Encararam-se, então ele percebeu o que ela queria dizer.

Alfonso: Não falei ontem, mas digo agora sem esforço nenhum. – a abraçou mais apertado. – Eu te amo, sua boba. – lhe deu um beijinho de esquimó.

Anahí: Finalmente. Pensei que não fosse lembrar! – emburrou a cara, fazendo bico.

Alfonso: Já falei que te amo. Agora é sua vez.

Anahí: Eu também te amo, chato. – lhe beijou.

Com Chaverroni

Christian se encontrava no banheiro do quarto, suas mãos estavam apoiadas na pia e mantinha a cabeça baixa. Seus olhos estavam fechados e ele ainda tentava acreditar em tudo que tinha acabado de ocorrer. Os pensamentos estavam a mil, não conseguia parar de se questionar se teria feito o certo. Xingava-se mentalmente por ter saído do quarto sem falar nada, agindo como um moleque e sabia muito bem que essa atitude poderia lhe custar caro.

Christian: Estúpido! Você é um estúpido, Christian. – olhou para sua imagem refletida no espelho. – Idiota!

Encaminhou-se para dentro do box e deixou com que a água fria escorresse por seu corpo, tentando aliviar um pouco toda aquela pressão. Levou muito tempo ali por não saber o que fazer, por não saber como agir e muito menos quais palavras usar. Eram muitas dúvidas que o atordoavam. Sua única certeza era que já não conseguia mais viver sem ela. Tinha a necessidade de tê-la sempre por perto!

Retornou para o quarto já devidamente vestido e a encontrou deitada de barriga para cima, perdida em seus pensamentos. Maite só despertou ao ouvir os passos dele em sua direção e o encarou quando o mesmo sentou-se na cama, de costas.

Christian: Bem... Acho que... – suspirou e virou-se para trás. – Nós precisamos conversar, não é? – ela apenas confirmou, mantendo seu olhar preso ao dele.

Maite: Eu só vou tomar um banho também. – falou enquanto se sentava.

Christian: Tudo bem! – estendeu a mão, ajudando-a se levantar. – Vou ficar te esperando lá na sala.

Maite: Aham! – tentou dar um passo para trás, mas parou quando ele segurou seu rosto. – Não demoro!

Ele assentiu, dando um demorado selinho nela em seguida, que acabou sorrindo com tal atitude.

Quando apareceu na sala, o viu sentado no cantinho do sofá, balançando as pernas freneticamente. Acabou sorrindo por ele estar agindo dessa forma. Parecia um menininho.

Maite: Demorei muito?

Christian: Não. – a viu caminhar. – Não! Chega mais pra cá.

Ela iria se acomodar ao lado dele, mas parou em frente ao mesmo quando ele a impediu, puxando-a para sentar-se bem pertinho. Ele estava com o corpo um pouco de lado, com as costas apoiada no braço do sofá e a deixou com o corpo grudado ao seu, as pernas dela ficaram por cima das dele.

Christian: Não te quero longe.

Maite: Pronto! – se ajeitou, ficando bem pertinho dele. – Agora já podemos? – ele afirmou, mas se manteve calado, deixando seus dedos brincarem no joelho dela. – Chris...

Christian: Te devo um pedido de desculpa, por ter saído do quarto feito um idiota...

Maite: Não precisa! – o interrompeu.

Christian: Claro que precisa, e como precisa! Estou agindo feito um moleque. – passou a mão pela nuca, demonstrando sua irritação. – Só que eu não sei como agir, não sei o que falar... Tenho medo por ter quebrado a promessa que te fiz. Você me pediu para irmos com calma e veja só o que aconteceu. – ela tentou falar, mas ele não permitia. – Estamos, de novo, indo de pressa demais, atropelando as coisas.

Maite: Chris... – tentou novamente, sem chance.

Christian: Só quero que me perdoe por não ter raciocinado, mas é que quero tanto você. Tanto! – suspirou, dando uma pausa e voltando a falar rapidamente. – Espero que isso não estrague tudo o que estamos construindo, não quero que se afaste de mim. – ela segurou a mão dele, que estava apoiada em sua perna.

Maite: Christian Chávez! – o chamou mais uma fez, com bastante calma.

Christian:: Ok! Já sei que estou falando demais. – sorriu, não conseguindo encará-la. –Mas... não sei... Dizem que quando amamos agimos assim, não é? – levantou o rosto e então percebeu o quanto estavam próximos. Esperou por uma resposta, mas a mesma não veio. – Tudo bem! Já estou calado.

Ele nem ao menos havia percebido, prestado um pouco de atenção sequer em tudo o que tinha falado, simplesmente disse tudo o que sentia, sem parar para medir as palavras ou pensar em tais. No final acabou ficando sem jeito, pois Maite se manteve calada o encarando fixamente, sem nenhum tipo de expressão em seu rosto. Isso apenas o fez ficar ainda mais inquieto.

Continuou brincando com os dedos no joelho dela, tentando achar uma solução de como acabar com aquele constrangimento. Ajeitou-se e ela fez o mesmo, deixando a cabeça repousada no encosto do sofá. Agora um leve sorriso começava a se forma em seus lábios, vendo-o ruborizar. A fim de fazê-lo prestar atenção em si, lhe segurou a mão, apertando-a um pouco.

Maite: Naqueles dias em que ficamos distantes, pensei bastante em toda nossa história, em tudo que vivemos juntos e separados. – ele a olhou, após receber um carinho no braço. – E a conclusão que cheguei é que temos uma ligação muito forte! Sempre foi assim e não tem porque mudarmos isso agora.

Ele apenas concordou, ainda sem saber o que falar.

Maite: E eu também quis ficar com você. – admitiu.

Christian: Eu também queria, muito! – tomou coragem de olhá-la de novo e a viu sorrindo, parecendo estar encantada.

Maite: Não quer mais? – questionou.

Christian: Claro que quero, muito mesmo. Mais que qualquer outra coisa. – disse rápido, com agonia. – Você está me deixando nervoso. – suspirou e ela continuou a sorrir, sem deixar de acariciá-lo.

Maite: Desculpa! – disse bem baixinho, virando ainda mais o rosto na direção dele.

Ficaram quietos por alguns minutos.

Christian: Sabe quando você tem um monte de coisas para falar, mas não acha as palavras certas? – ela assentiu. – Tita, eu já estou cansado de tentar me enganar, enganar a você, enganar a todos, escondendo o que sinto. – seus rostos estavam bem próximos, os narizes quase se tocavam. – Não quero que tudo termine aqui. – disse tudo com bastante calma, completamente em sussurro. - Preciso de você comigo!

Maite: Também já cansei! – balançou a cabeça em forma negativa. - Olha quantas voltas já demos todos esses anos e no final paramos aqui... Juntos! – voltou a sorrir. – Então para que continuarmos mentindo e fugindo do que sentimos? – agora ele também já sorria. – Quero viver essa nossa história, que é um pouco confusa, mas é nossa! – ganhou um selinho. – Não importa quanto tempo irá durar, se é só momento, ou se é pra sempre... Quero viver isso que sinto por você! Com você!

Christian: E o que você sente por mim? – chegou um pouquinho mais para perto, deixando seu nariz acariciar o dela.

Maite: Amor! Eu amo você.

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