Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Believe it, hold on to me and, never let me go

Naquela tarde o sol fez questão de parecer em Paris. O dia estava muito quente e abafado. Por sorte o apartamento possuía um sistema de ar condicionado que deixava uma temperatura mais amena em todos os ambientes. Mesmo assim as meninas não dispensaram os micro shorts e blusinhas bem frescas. Já os meninos estavam apenas de bermudas e sem camisa. Sentados na sala, o grupo espera o almoço ficar pronto.

Alfonso: Any, e a Lu? – olhou o relógio no pulso – Já são quase três da tarde.

Anahí: Ai Poncho, eu já disse... – negou com a cabeça sorrindo – A Magali enviou um sms dizendo que estava saindo do shopping com as meninas. – explicou.

Alfonso: Mas já tem quase uma hora. - insistiu.

Anahí: claro que não. Não tem nem vinte minutos. – deu-lhe um selinho. – Não se preocupe, meu amor!

Alfonso: Eu tô morrendo de sono , mas só vou conseguir dormir quando a minha Luluzinha chegar. – falou manhoso, fazendo todos riram.

Anahí: Ain... Nem fala em sono. – espreguiçou-se - Também tô morta! A noite foi longa! – sorriu escondendo o rosto numa almofada.

Dulce: Não foram só vocês que tiveram uma noite longa? – riu olhando pra Maite e Christian.

Christopher: Tô sabendo dessa também. – falou em forma de provocação.

Alfonso: Mai e Chris? – olhou para os amigos.

Maite: Cambada de fofoqueiros. – levantou. – Parem com isso.

Dulce: Mal conseguimos dormir com tantos barulhos. – saiu correndo para trás de Anahí, assim que Maite ameaçou bate-la. – Falo "mermo"!

Maite: Vou começar a falar das suas coisas também, Dulce. – ameaçou não só com palavras, mas também com o olhar.

Anahí: Então quer dizer que vocês...? - riu. - Hm... Quem diria, dona Maite?!

Maite: Ah! Da um tempo, Any.

As bochechas de Maite estavam mais que vermelhas, denunciando quanto estava envergonhada. Como tinha levantado, acabou parando perto de onde Christian estava sentado. Christopher, por saber da história, lhe deu um leve toque no ombro e ela acabou desequilibrando, porém, antes que caísse, Christian a segurou pela cintura, fazendo com que se sentasse em seu colo.

Christian: Bem, se é a verdade que vocês querem... Estamos juntos! – rindo, ele a prendeu mais entre os braços, já que ela fazia força para levantar.

Após Christian assumir o romance, o casal foi vitima da zuação dos amigos, que faziam a maior farra. Maite tampava o rosto com as mãos, envergonhada.

Alfonso: Espero que as suas intenções com a Mai sejam sérias, rapazinho. – brincou, encarando Christian.

Christopher: Exatamente! – encarou-o também – Estamos de olhos em você, hen?!

Christian: As minhas intenções são as melhores possíveis, né Tita? – beijou o rosto dela e a mesma só assentiu, ainda tampando o rosto.

Anahí: Finalmente! Pensei que nunca iriam perceber que foram feitos um pro outro.

Dulce: Não é?! Milagres existem. Milagres Parisienses.

Maite: Vão ficar zuando, é? – destampou o rosto rindo. – Vou contar um segredo da Dulce também...

No segundo seguinte, Dulce já estava encima de Maite, tampando sua boca. Sabia muito bem do que ela iria falar e não queria, por nada, que todos soubessem, que após ter dormido com Ucker na noite anterior, estava louca pra ter um momento hot com ele, então, o medo de que todos, e principalmente Ucker soubessem era grande.

Dulce: Não fala, não fala, não fala, pelo amor de Deus! Eu faço tudo que você quiser, mas não fala.

Maite: Sai de cima de mim.

Christian: E de mim também. Aguentar vocês duas não é fácil não. – comentou por causa do peso.

Anahí: Podem ir me contando o que está rolando. Não é justo me deixarem de fora do assunto.

Dulce: Não é nada de tão importante assim. – deu os ombros e sentou-se ao lado de Christian. – É só uma bobeira que eu comentei mais cedo.

Christopher: Então por que se jogou encima da Maite quando ela ameaçou contar?

Alfonso: Aí tem coisa. Conta pra gente, Dul. – riu da cara que ela fez.

Maite: É Dul, conta. Todos aqui são seus amigos e querem seu bem. Eles vão entender.

Dulce: Eu não vou contar nada porque não é nada demais. Agora vamos comer porque estou com fome. – levantou e já seguia para cozinha. – Anda cambada, ninguém senti fome aqui não?

O almoço foi bem harmonioso. Conversavam e brincavam durante a refeição que acabou levando horas para terminar, ainda mais que a sobremesa ainda não estava pronta. Logo depois dela, sentaram todos na sala para assistir uns filmes, comendo algumas besteiras. Alguns acabaram dormindo antes mesmo da metade do filme.

Luiza finalmente havia chegado e quase foi sufocada por Poncho e Anahí, que lhe beijavam e abraçavam. E assim Poncho pode dormir tranquilo.

No quarto de Anahí

Luiza já estava dormindo após receber um gostoso cafuné da mãe. Dulce e Anahí conversavam, deitadas na cama.

Dulce: Você já resolveu tudo pra voltarmos. Só faltam dois dias! – alertou – Se ficarmos mais Tio Pedro nos mata. – disse olhando pra TV.

Anahí: Não! – disse apenas.

Dulce: Não? – ergue-se para encara-la e percebeu que ela desviou o olhar - Você vai voltar pro México, não vai?

Anahí: Bem, eu... eu não sei. – abaixou os olhos. – Ainda não decidi.

Dulce: O que?? Você não pode ficar aqui. Isso é loucura! – exclamou nervosa. – Nem pensar, você vai embora com agente. Não tem o que decidir... – foi interrompida.

Anahí: Tenho duas empresas pra administrar... Eu construí muita coisa aqui, nesses anos todos, Dulce. – suspirou. – Se eu for vou perder presidência da Aviesta. E não quero que isso aconteça. Eu me sacrifiquei muito pra alcançar isso.

Dulce: Sua vida é lá no México, Any. Sua carreira, família, amigos... o Poncho. Alias, vão se casar, não é? – parou para pensar.

Anahí: Eu... eu não sei, Dul. – cobriu o rosto com as mãos - Não sei de mais nada!

Dulce: Any, eu não vou deixar você fazer uma coisa dessas, não mesmo. Pára e pensa em tudo que você tem lá, vale a pena jogar para o alto? Vai mesmo abandonar seus sonhos?

Anahí: E tudo que construí aqui vale a pena jogar para o alto? Minha vida também está aqui, Dulce. Eu não posso perder o meu patrimônio. Se eu for estarei abandonando um sonho também. Entende?

Dulce: Quero só ver o que o Poncho vai achar disso, ele não vai deixar você ficar.

Anahí: Não conta nada pra ele. Não quero que ele saiba por enquanto. – olhou para baixo, estava triste com a própria indecisão. – Eu preciso pensar mais um pouco.

Dulce: Você não o ama como eu pensei que fosse. – falou distraída.

Anahí: Amo mais que tudo e é isso que está tornando as coisas difíceis.

Dulce: Desculpa, ele é meu amigo e tem que saber disso.

Anahí: Você é minha amiga também! Não fala nada. – arregalou os olhos. – Por favor.

Dulce: Pensa só em uma coisa... Nós cinco viemos aqui te convencer a voltar e agora você não quer pensar em nós.

Anahí: Não é isso, Dulce... pensa na minha situação... – ele a interrompeu.

Dulce: Não, não irei pensar. Não tem o que pensar. Você está fazendo uma besteira. – levantou. – Vou pro meu quarto.

Anahí: Não fica chateada comigo, por favor. – levantou, seguindo-a até a porta. – Não quero te perder também.

Dulce: Não vai me perder. Só não quero que você fique aqui, porque serei obrigada a vir atrás de você e te arrastar de volta pelos cabelos.

Anahí: Dulce, eu tenho motivos pra ficar.

Dulce: E tem bem maiores pra voltar! – segurou nas mãos dela, depois de um tempo em silêncio. – Estou indo dormi, vou descansar pra aproveitar amanhã, só temos mais dois dias aqui. Tchau, Any.

Após dar um beijo no rosto dela, carinhosa, Dulce a puxou para um forte abraço, permanecendo assim por longos minutos. Tinha um carinho enorme por Any. Eram muito amigas, quando uma precisava a outra sempre estava do lado dando total apoio.

Dulce: Pense bem, Any. Não nos abandone. RBD são seis. – beijou-lhe no rosto. – Boa noite, magrela!

Anahí: Boa noite, ruiva! – empurrou a porta assim que a amiga saiu.

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